039
Assim que cheguei da escola fui direto tomar banho para me arrumar e ir a lanchonete, terminei indo para a cozinha comer alguma coisa antes de sair.
── Acho que esse emprego esta sendo muito puxado pra você, não concorda? - Minha mãe perguntou
── Não. Eu juro que do conta mãe. - Falei, com desespero
── Se não tirar nota boa esse bimestre, você vai ter que sair do emprego. - Ela avisa ── E se for demitida, nem pense em arranjar outro.
── Mas eu não vou ser. Vai ver que vou conseguir manter o serviço e tirar nota boa. - Falo, com confiança o suficiente para que ela não me olhe e semi cerre os olhos
Peguei a minha bolsa, terminando de tomar o suco e me apressei para sair de casa. Seguindo a rua até a rua onde se localiza a lanchonete.
Entrei na lanchonete, e fui recebida pelos olhos de Yeo-Rin que não parecia nenhum pouco satisfeita. Eu murmurei um "bom dia" indo para trás do balcão
── Você vai ficar até mais tarde pra arrumar a lanchonete! - Yeo-rin avisou
── Sozinha? Ou alguém vai me ajudar?
── Claro que sozinha. - Soltou um riso
Eu apenas respirei fundo permanecendo em silêncio começando a anotar palavras aleatórias em meu bloco de notas apenas para testar minha caneta nova
── E não quero mais aquele seu namorado idiota aqui na minha lanchonete. - Continuou, falando com aquela voz irritante
── Ele não fez nada. - Falei
── Fez, O Han Seojun é irritante, além de ser um sem educação.
Permaneci calada afim de não perder minha paciência ou acabar sendo demitida, com os insultos que queriam sair da minha boca, com certeza eu seria.
Depois de passar o dia inteiro sendo feita de empregada, finalmente parei. Quando já está escurecendo e o movimento de clientes abaixou um pouco, eu tirei o celular do bolso e fui até o chat do meu namorado.
Ele não me mandou mensagem o dia inteiro, isso foi estranho porque o mesmo sempre me manda um bom dia ou qualquer coisa.
── Que estranho. - Murmurei
"Seojun? O dia foi de boa?
Aconteceu alguma coisa?
Você não foi pra aula.."
Levantei o meu olhar vendo a Yu-seo entrando na lanchonete toda sorridente, com a mão levantada no ar encarando uma tatto.
── Fez tatuagem? - Yeo-rin perguntou, ela está sentada em uma mesa nos fundos escrevendo algo em um pequeno caderno
── Não. Não é permanente. - Ela sorriu ── É que eu fui no shopping com um gatinho, e fizemos por diversão mesmo.
── Antes de sair com um garoto, cuida dessa sua doença sexualmente transmissível. - Cochichei comigo mesma, voltando a passar pano no chão
── Falou alguma coisa ratinha nojenta? - Yu-seo indagou
── Não, não falei nada. Caminhão de dst. - rebati, lhe mostrando um sorriso fechado
── Do que você me chamou? - Questionou, desfazendo seu sorriso na hora
── Vocês duas podem calar a boca? - Yeo-rin disse impaciente
Soltei um riso terminando de passar pano, e fui para trás do balcão para lavar os copos que restou nas mesas e eu não pôde pegar antes.
── O Han Seojun é bem mais bonito de perto. - Yu-seo comentou, parando na porta da cozinha, resolvendo se entra ou não
Eu a olhei de cenho franzido, mas não iria dar importância as idiotices que essa garota fala.
── E eu não consigo entender oque tem em você pra fazer ele querer te namorar. - Me olhou de cima a baixo
Antes que eu possa falar algo ou pelo menos me defender, ouvi alguém batendo no balcão e me virei, levando a atenção para o garotinho parado ali na minha frente
── Oi Tia Ari, tudo bem? - Era o irmão de Beom-seok, um garoto de dez anos e sorridente
Eu fiquei sabendo que o Beom-seok tinha um irmão quando eu gostava do mesmo, então resolvi me candidatar pra ser baba dele apenas para ficar perto do idiota.
── Oi Ga-Eul. - Sori de volta
── Lim Ari. - O sorriso sumiu quando meus olhos levantaram para o mais velho, Beom-seok
── O que você quer aqui ?
── Comprar um café da tarde.- Ele riu ── Você como uma simples empregadinha de merda tem que atender com educação.
── Ok.- Sorri ── Você quer tomar oque ? Quem sabe veneno ?
── Pode ser. - Ga-Eul deu risada
── Não pense que eu esqueci, e tenha certeza que vou fazer você se arrepender de tudo que me fez, sua maldita vadia! - O garoto se aproximou para dizer isso apenas para mim
Me virei ignorando suas palavras, e pegando bule de café ainda quente, empurrando uma xícara para a frente do beom-seok
── Ari também quero café, por favor. - Ga-Eul me avisou
── Claro. - Lhe mostrei um sorriso fechado, servindo outra xícara de café e entregando para o garoto que olhava a vitrine
── E se o seu corpo não for meu por vontade, então vai ser a força. - Beom-seok disse, passando sua mão pelo meu braço
O encarei com raiva, sem acreditar na audácia que ele teve de falar isso ou me tocar desse jeito, enquanto segurava o bule de café, e ao sentir meu sangue ferver, eu apenas virei o líquido quente no garoto fazendo o mais novo saltar para trás afim de não ser atingido
── Você tá ficando maluca garota?- Beom-seok me olhou incrédulo
── Porque você fez isso? - Yeo-rin levantou de onde estava, vendo a cena e as pessoas que acabaram de entrar olharem assustadas
── Ele me provocou. - Justifiquei
── Tinha que ser Lim Ari, uma barraqueira igual aquela sua mãe esquisitona. - Yeo-rin ── Você e sua mãe são igualzinhas, duas loucas, não sei como seu pai casou com aquilo.
── Não fala assim da minha mãe! - A olhei sem paciência, saindo de trás do balcão e tirando o avental da cintura ── Quer saber? já to de saco cheio desse emprego e de ver essa sua cara cheia de plástica que nem da mais pra ver expressão.
As minhas palavras fizeram com que a mulher procurasse por algum espelho rapidamente apenas para olhar seu próprio reflexo.
── Tá demitida. - Yeo-rin falou
── Grande bosta. - Sorri falso, indo até os fundos para pegar minhas coisas
── Nunca mais volta aqui! - Gritou, assim que me viu sair outra vez
── Com todo prazer, senhora velha. - Ironizei, finalmente saindo da lanchonete
Só quando eu já estava no meio da rua, foi que lembrei do que a minha mãe disse, se eu perder o meu emprego não posso arranjar outro.
── Ai não. - Murmurei ── Vou ter que arranjar outro antes que ela saiba da demissão.
Peguei o meu celular indo no contato que esta "tigrão" e liguei para o meu namorado já que não nos falamos hoje o dia inteiro.
── Alô Seojun, ta fazendo oque? - Perguntei para o mesmo
── Ah, oi gatinha. - Disse, sua voz não parecia tão empolgada quando como sempre falava comigo, ele estava mais seco ── Olha, to meio ocupado agora, mas depois nos falamos.
── Ta ocupado fazendo oque?
── Depois eu te conto, preciso desligar agora. - Falou depressa, desligando o telefonema
Franzi o cenho olhando para a tela do meu celular, fiquei por mais alguns segundos naquela mesma forma, mas logo guardei o celular voltando a andar
Cheguei em casa ainda pensando no comportamento extremamente estranho do Han Seojun minutos atrás, tentando entender porque ele não falou comigo o dia inteiro.
E só se passavam as piores coisas possíveis, subi as escadas choramingando impaciente. Joguei a minha bolsa em cima da cama, me jogando na mesma logo em seguida.
── Será se fui muito fácil pra ele? - Me questionei
── Fácil? - Ouço uma voz mais grave que com certeza não é da Joo Kyung, logo reconheci que é do meu irmão
── Oque vc ta fazendo aqui? - Me virei
── Jogando.
── Tem o seu quarto pra isso.
── As vezes enjoo de ficar no meu e venho pra cá. Mas eai, ta irritada com oque? - Disse
── Não é da sua conta. - Resmunguei, afundando meu rosto contra o travesseiro
── Quer que eu vá na locadora pegar algum quadrinho pra te animar? - Ju young perguntei, e eu estranhei toda essa gentileza dele
── Porque essa boa vontade? Você sempre fez isso forçado com todo o ódio possível. - Meus olhos confusos foram para o menino deitado na cama da minha irmã
── Só não gosto de ver a minha irmã tão tristinha assim. - Falou, certamente mentindo
── Tanto faz. - Murmuro, e assim que Ju young se levanta para sair ── Espera oque você acha que é quando um garoto começa a te ignorar?
── Que ele enjoou ou conseguiu oque queria. - Respondeu ── Mas posso estar errado.
── Ai que droga.
── Não pode ser pior que a minha situação. - Ju young choramingou, fazendo drama ── mais cedo descobri que a minha amada esta com outro,e essa dor é insuportável.
── Acho que ela não suportou toda sua chatice. - Ironizei, antes de ajudar, eu preciso humilhar
── Falando nisso, não sabia que você parou de sair com o Han Seojun. - Falou, indo até a porta, e eu o olhei confusa ── Porque o cara é ele.
── Oque? - Arregalei os olhos, nesse instante uma onda de ódio se instalou no meu corpo
E o meu irmão saiu do quarto, no entanto, eu continuei imóvel encarando o nada. Não tinha reação nenhuma diante das palavras anteriores.
Não. não. Isso não pode ser verdade, ou poder fazer total sentido do porque ele estar me ignorando completamente esses últimos dias.
── Han Seojun, seu babaca! Você está mesmo me traindo? - Falei sozinha
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