Capítulo 14: Invasão
Robert POV:
Estar com a Rebeca de novo estava sendo como um sonho. Um sonho doce. Eu não podia reclamar de absolutamente nada, pois eu estava muito mais do que satisfeito com a minha nova vida.
E de uma coisa eu também tinha certeza: eu iria pedir ela em casamento na primeira oportunidade surgisse, a aliança já estava até comprada. Para que esperar? Já tínhamos esperado por tantos anos. Eu queria torná-la minha e pertencer a ela.
— Oi, meu bem. — Lhe dei um beijo demorado quando Rebeca entrou no carro. Eu havia combinado de buscá-la no trabalho e depois buscar Willow no colégio para termos um almoço em família.
— Oi, amor. Saiu do set agora?
— Foi, e no caminho comprei uma coisa pra você.
Estiquei meu braço até o banco de trás e peguei o buquê de rosas brancas que comprei para presentear a minha amada.
— Surpresa. — Sorri.
— Você não existe mesmo. — Rebeca ficou com as bochechas coradas. — São lindas, obrigada.
— Você merece.
— Eu te amo. — Ela me deu outro beijo.
— E eu amo mais ainda. — Acariciei sua bochecha.
— Tá bom, chega que carícias, senão vamos ficar aqui a tarde toda. A Willow tá nos esperando.
— É, você tem razão, vamos logo.
Durante o caminho, começou a tocar uma música da cantora Taylor Swift na rádio, me lembrando imediatamente de contar algo para Rebeca.
— Você nem vai acreditar. — Disse rindo sozinho.
— O que foi?
— A Taylor Swift vai fazer um show aqui em L.A no dia 24 de dezembro agora. Dia do aniversário da Willow.
— Eu sei. O que que tem?
— Tenho dois ingressos pra área VIP.
— Rob! Que incrível! A Willow vai amar isso! — Rebeca sorriu.
— É.
— Mas como você conseguiu? Eu tô tentando comprar esses ingressos a meses pra ela, mas não consegui. Como conseguiu comprar faltando menos de uma semana pro show?
— Tenho meus contatos.
— Obrigada por isso, Rob, ela vai ficar muito feliz. Você é um ótimo pai.
— Só temos que decidir quem de nós dois vai com ela.
— Você pode ir.
— Posso mesmo?
— É claro. Foi você quem comprou.
— Mas e você?
— Rob, já sou uma mulher de 41 anos, já não tenho mais pique pra ficar indo em show. Ela também vai adorar passar esse tempo com você.
— Tá bom.
Quando chegamos na escola da nossa filha, ficamos alegres ao vê-la interagindo com outras meninas. Confesso que fiquei preocupado quando ela se mudou para Los Angeles, com medo de que ela não se adaptasse, mas tudo correu bem.
A única coisa que não gostei, é que tinha um garoto ali no meio, e ele estava sendo simpático até demais com a minha filha.
— Wills, vamos! — Rebeca abaixou o vidro e chamou.
— Quem é aquele menino? — Apontei.
— Quem?
— O que tá do lado da Willow. De cabelo preto.
— Aquele ali é o Mathew Williams, é a paixonite dela.
— Paixonite? Ela não é muito nova pra isso não? — Perguntei com raiva.
— Amor, ela já vai fazer treze anos, já é uma moça. Aceita.
— Não gosto nada disso.
— Você não tem que gostar de nada. Deixa ela viver a vida dela.
Willow entrou no carro toda bobinha, com aquela típica carinha de quem estava apaixonada, e aquilo revirava meu estômago. Como o tempo podia passar tão rápido? Por que ela tinha que crescer?
— Como foi a aula? — Rebeca perguntou.
— Ótima. — Wills respondeu com a voz melosa. — Fiz uma prova em dupla com o Mathew hoje. Ele é muito inteligente.
— Não gostei desse Mathew. — Retruquei.
— Você nem o conhece. — Willow respondeu.
— Minha filha, você é muito novinha pra ter um namorado.
— Pai, sou eu quem faço as minhas escolhas, independente se elas vão lhe agradar ou não. — Minha filha disse. Às vezes ela falava como adulta.
— Ela tá certa. — Rebeca defendeu.
— Tá bom... tá bom... é que eu não queria que o tempo passasse tão rápido.
— Mas ele passa, pai, e você tem que lidar com isso.
Depois da nossa conversa, começamos a falar sobre outros assuntos no carro, assuntos banais. Até que finalmente chegamos ao restaurante.
— Olá, tenho uma reserva. — Falei com a atendente.
— Olá, senhor Pattinson. Siga-me, por favor.
Atravessamos até a outra extremidade do restaurante e ficamos em uma mesa bem reclusa, para conseguirmos privacidade. Então, assim que nos acomodamos, fizemos o nosso pedido.
— Vou ao banheiro rapidinho, ok? — Rebeca disse.
— Tá bom, meu amor.
— Volto já.
Assim que percebi que Rebeca já estava distante o suficiente, me aproximei de Willow e começamos a cochichar.
— Quero te contar uma coisa, mas não pode dizer pra ninguém, hein.
— O que, pai?
— Comprei uma aliança. — Mostrei o anel de ouro para a minha filha e ela ficou boquiaberta. — Quero pedir sua mãe em casamento.
— Nossa, pai! Isso é incrível!
— Acha que ela vai aceitar?
— É claro que vai! Ela nem é louca de dizer "não".
— Tô meio nervoso, Wills.
— Não fique, vai dar tudo certo, tenho certeza.
— Sempre sonhei em poder chamar sua mãe de "minha esposa".
— Imagino que sim. E você vai chamar em breve.
— Acha que eu devo fazer o pedido hoje?
— Não, com certeza não! Planeje alguma coisa... leve ela pra jantar, faça algo bem romântico e aí você pede.
— É, você tá certa. — Guardei o anel. — Na melhor hora, eu a peço em casamento.
— Que casamento? Quem vai casar? — Rebeca apareceu. Deixando Willow e eu super desconfiados.
— Ninguém. — Respondi rápido.
Por sorte, nossa comida chegou bem na hora, fazendo Rebeca esquecer sobre a tal história de casamento. Conseguimos, com facilidade, trocar de assunto.
— Seu pai tem uma coisa pra lhe dizer. — Rebeca começou a sorri.
— O que?
— Fala pra ela, Rob, aquilo que você me disse no carro.
— Bom... seu aniversário é na semana que vem, certo?
— É. — Willow respondeu confusa, arqueando a sobrancelha.
— Eu já tenho o seu presente.
— O que é?
— Descubra por você mesma. — Dei os tickets do show a ela.
— Meu Deus! Isso é... — Willow mal conseguiu falar quando viu seu presente.
— Dois ingressos pro show da Taylor Swift. — Falei.
— Pai, obrigada! Você é o melhor! — Minha filha se levantou e me abraçou.
— Tudo por você, minha princesinha. — Sorri para ela.
Quando acabamos o nosso almoço, pedimos a conta e pegamos o carro para ir embora. Até chegarmos em casa, Willow não parava de falar sobre sua cantora preferida. Ela estava muito, muito, mais muito animada para aquele show.
— Eu acho que vou até chorar quando ver ela. — Willow riu. — Sou fã da Taylor desde sempre.
— Posso até te levar no camarim dela, se quiser. — Sugeri.
— Pode mesmo fazer isso?
— Filha, é claro que eu posso. Não sou qualquer um.
— Seria o máximo, pai, eu iria adorar.
— Pois você vai conhecê-la então.
Chegando na frente do portão da nossa casa, percebi algo estranho. As grades estavam escancaradas, sendo que antes de sair eu havia trancado tudo.
— Rob? Parece que alguém entrou aqui... — Rebeca falou baixo.
— Eu vou lá dentro ver.
— Tá doido? E se tiver realmente uma pessoa dentro da nossa casa? Você deve chamar a polícia.
— Calma, amor, não deve ter ninguém.
— Por favor, toma cuidado.
— Eu vou.
Entrei na casa e vasculhei algum sinal de invasão por todos os cômodos. Subi e desci as escadas várias vezes para procurar um suposto vândalo, mas não tinha nada, ainda bem. Talvez, por desleixo, eu só tivesse esquecido o portão aberto.
— Tá tudo bem. — Voltei até as meninas.
— Mesmo?
— Mesmo, podemos entrar. Acho que eu esqueci de fechar tudo quando saí.
— Então tá. Cuidado pra não esquecer na próxima vez de novo.
— Desculpa, meu bem, vou ficar mais atento.
Mas mal eu sabia naquele dia que alguém realmente tinha entrado na nossa casa.
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