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Capítulo 07: Mais próximos

Robert e eu ficamos saindo por bastante tempo, mais ou menos por um mês, sem que ninguém descobrisse e enchesse a nossa paciência. Íamos a restaurantes, bares, caminhadas a céu aberto, etc. Sem contar com as nossas conversas e trocas de mensagens por telefone que duravam horas.
  Eu realmente gostava de passar o tempo com ele, nós nos entendíamos bem e tínhamos várias coisas em comum. Estávamos formando uma amizade bastante sólida (apesar de sermos amigos com benefícios).
  Graças a companhia dele, senti uma leve redução em minha ansiedade e ataques de pânico, a psiquiatra até conseguiu diminuir a quantidade de comprimidos que eu tomava. Era inegável, Robert me fazia bem.
  Só ele tinha a capacidade de me tirar daquela minha rotina perfeccionista sem agredir o meu psicológico, com ele tudo era bastante fácil.

  — Vai pra casa do Robert de novo? — Ana questionou ao me ver saindo de casa em mais um sábado à noite.

  — É, eu vou.

  — Rebeca... me conta a verdade.

  — O que?

  — Você já descobriu tudo o que precisava descobrir sobre ele, não é?

  Meu corpo gelou naquele momento. Como ela soube?

  — Que? Como assim? — Fiquei desconfiada.

  — Sobre o término dele com a Kristen, você já sabe de tudo. Por que tá escondendo? O Simon tá louco atrás dessas informações.

  — Ana, olha, vou ser honesta com você. Se alguma coisa sobre o término do Rob vazar, não vai ser por minha culpa.

  — "Rob"? Que intimidade toda é essa?

  — O Robert — Me corrigi. — confia em mim, assim como eu também passei a confiar nele. Eu me apeguei a ele e não quero mais fazer fofoca sobre algo que o machucou profundamente.

  — E desde quando você liga pra isso? Você sempre quis saber tudo sobre os famosos, não importava iam te processar, ou te mandar pra cadeia ou até mesmo te dar porrada.

  — Mas eu não vou fazer isso com o Robert, ele não merece. — Elevei um pouco a voz.

  — Você tá gostando dele.

Quando Ana fez aquela suposição, meu corpo alterou completamente. Senti uma taquicardia imediata, meu estômago deve ter feito umas mil cambalhotas e minha boca ficou seca. Eu não estava apaixonada, quer dizer, eu não podia estar.

— Tá doida, é? Cheirou ou fumou alguma coisa? — Fiquei nervosa.

— Você tá afim dele! — Ana sorria igual uma idiota. — Você finalmente tá dando uma chance pra alguém!

— Chance porra nenhuma, ele só é meu amigo. — Balancei a cabeça em negação.

— Amigos que se pegam.

— Ah, vai me dizer que você nunca teve uma amizade colorida.

— Já, mas eu não me apeguei tanto como você tá se apegando.

— Ai, Ana, me poupe. — Peguei meus pertences e fui em direção à porta. — A gente se vê mais tarde.

— Tchau, apaixonadinha. — Ouvi ela falar quando fechei a porta.

No caminho até a casa do astro, fiquei refletindo bastante. E se eu realmente estivesse gostando dele? Aquilo não podia acontecer, eu ia me machucar e terminaria igual a minha mãe.
Mas e se o Robert fosse diferente? E se ele fosse a tal "pessoa certa"? Não... eu não podia dar margem. Eu não podia deixar aquela suposta paixonite boba estragar a minha vida.
Chegando na casa, respirei fundo e bati na porta. Quando eu o vi, meu coração saltou, mas eu não sabia se era por medo, ou nervosismo, ou... paixão.

— Demorou, hein. — Robert me deu um selinho.

— É... aconteceram umas coisas em casa, desculpa. — Entrei como ele para dentro da casa.

— O que houve?

— Nada demais, coisa da Ana.

— Ata.

— Enfim, não precisa se preocupar.

— Tudo bem. Ah, antes que eu me esqueça...

Robert pegou uma embalagem de presente que estava em cima do sofá da sala e me deu.

— Pra você. — Ele disse com um sorriso.

— Pra mim? Não precisava.

— Abre logo, vê se gosta.

— Ok.

  Rasguei a embalagem com pressa, curiosa para saber o presente que Robert havia me dado. Quando abri a caixa, vi que era um maiô bastante sensual, mas ainda era muito bonito.

  — É lindo. — Respondi e olhei a etiqueta para olhar a marca. Me espantei ao ver a logo da grife. — Isso é da Dior?

  — Sim.

  — Não posso aceitar, deve ter sido caríssimo.

  — Ah, para com isso, não precisa se preocupar com o dinheiro. Além do mais, sou embaixador da marca.

  — Mas, Rob...

  — Experimenta logo.

  Então fui até o lavabo que ficava próximo à sala e vesti a roupa de banho. O maiô tinha um decote em V, as costas nuas e uma tonalidade cor de vinho. Ele super valorizava meu corpo e minhas curvas, Robert tinha escolhido muito bem.
  Saí do banheiro e percebi que ele ficou surpreso ao me ver com aquela roupa. Espero que tenha sido uma surpresa boa.

  — O que acha? — Dei uma voltinha.

  — Você tá... — Ele piscou duas vezes e pensou no que dizer. — tá muito sexy.

  — Obrigada. Mas por que decidiu me dar isso?

  — Pra a gente usar a minha piscina.

  — Finalmente né, achei que ela tava ali só de enfeite. — Eu falei e ele riu.

  — É, faz bastante tempo que eu não entro nela, mas pensei que seria legal a gente passar a noite tomando banho, bebendo uns drinks e tal.

  — É uma ótima ideia.

  — Vou vestir meu short, pode ir entrando na água se quiser.

  — Tá bem.

  Fiz, então, conforme Robert pediu. Comecei molhando os pés e percebi que a piscina estava aquecida, me dando segurança para mergulhar o corpo inteiro.
  Robert voltou com dois drinks para nós e entrou na água pouco tempo depois. Ele estava perfeito naquele short de banho. O abdômen e o peito dele eram tão sarados que eu não conseguia parar de olhar.

— Olha, é a primeira vez que eu faço drinks, então espero que não tenha ficado uma merda. — Robert me deu um dos copos que ele segurava.

— Colocou o que?

— No seu eu coloquei whiskey, coca-cola e limão. O meu é de gengibre.

— Foi o drink que tomei quando nos conhecemos. — Sorri sem mostrar os dentes.

— Eu sei, por isso fiz ele, você é a única pessoa na face da terra que eu já vi gostar desse drink horroroso.

— Nem é tão ruim. — Bebi.

Ficamos bebendo e conversando na piscina até tarde da noite. Robert tentava se aproximar de mim durante o papo, mas eu me esquivava sempre. Eu estava morrendo de medo de estar desenvolvendo sentimentos por ele.

— É impressão minha ou você tá meio estranha?

— Eu não tô.

— Então por que não quer que eu te toque?

— Não é isso, acho que você tá vendo coisa onde não tem.

— Tem alguma coisa errada, Rebeca?

— Não tem nada errado, Robert. — Revirei os olhos.

— Então tá.

— Desculpa, — Percebi que fui grosseira. — só tô com muita coisa na cabeça.

— Quer conversar sobre isso?

Como eu ia explicar que era ele que tava me deixando daquele jeito?

— Não precisa, sério.

— Mesmo?

— Mesmo.

— Posso te tocar então? Ou você vai me morder?

— Pode, só vou te morder se você quiser.

Ele me envolveu em seus braços fortes e eu entrelacei minhas pernas no seu tronco. Ficamos tão perto um do outro que foi inevitável não beijá-lo.
Puxei-o pela nuca e lhe dei um beijo intenso. Usei a língua para desbravar todos os pontos possíveis da sua boca. Ele alisava minhas costas e também descia as mãos até minhas ancas.
Eu o queria, eu o queria em todos os sentidos, não aguentava mais resistir tanto. Mas duas vozes ficavam perturbando a minha cabeça, a primeira dizia: "Se você transar com ele, vai desenvolver mais sentimentos do que já está sentindo.", já a segunda falava: "Agarre esse homem e não solta nunca mais.". Qual voz devia seguir agora?

— Quer ir pra um lugar mais particular? — Ele perguntou ofegante.

— Quero.

Deixei a segunda voz tomar conta de mim, sem pensar em nenhuma consequência.

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