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Capítulo 01: Primeiro olhar

   'O mais triste era que eles se amavam, porém eram jovens demais para saber como amar.'

O Pequeno Príncipe

Quando eu era criança, minha mãe lia O Pequeno Príncipe para mim todas as noites antes de eu dormir. Apesar de ter decorado quase todas as cenas e falas do livro, foi essa frase que eu levei para o resto da vida, pois basicamente ela resumiu toda a minha juventude.
  Acho que tudo começou no ano de 2013. Eu tinha por volta dos meus 27 anos e havia me formado em jornalismo na UCLA a pouco tempo. Minha colega de quarto e eu estávamos iniciando a nossa carreira na revista GQ, uma das mais vendidas dos Estados Unidos e do mundo. Nossa maior missão: fuçar a vida dos famosos.

— Adivinha o que eu acabei de descobrir? — Ana abriu a porta do nosso apartamento super animada.

— O que? — Respondi da sala de estar, onde eu assistia TV e comia salgadinhos.

— Robert Pattinson tá naquele pub da esquina!

— Ai, Ana... — Nem quis acreditar muito.

— É sério, Beca, um pessoal me confirmou que ele tá mesmo lá!

— Da última vez que você falou isso, a gente pegou dois ônibus até Malibu pensando que ia encontrar a Angelina Jolie e no final das contas nem tinha ninguém lá. Além disso, nosso expediente de trabalho já acabou, tá na hora de descansar. — Me esparramei ainda mais no sofá.

— Mas dessa vez é sério, ele tá lá mesmo! Vamo lá, Rebeca... por favor. — Ela fez uma cara de cachorrinho pidão. — Nem é tão longe daqui, vamos só dar uma checada. A gente precisa descobrir se a Kristen traiu ele ou não, precisamos saber o que ele vai fazer com a carreira agora que Crepúsculo acabou e todas essas coisas. Imagina a moral que a gente vai ter no trabalho quando chegar com essas informações fresquinhas!

— Tá, mas se ele não estiver lá, você vai lavar a louça por uma semana.

— Fechado.

Me levantei do sofá da sala, peguei meu casaco e saí de casa junto com Ana. Por sorte, o pub ficava a uns quinhentos metros do nosso prédio, então se o astro de Crepúsculo não estivesse lá, a frustração seria menor.
O local estava muito escuro e coberto de fumaça devido a quantidade de pessoas que estavam fumando lá, tanto nicotina como maconha. Seria bem difícil encontrá-lo logo de cara, as celebridades eram boas em se esconder até em lugares pequenos.
Ficamos procurando Robert durante uns cinco minutos, mas não tinha nenhum sinal da sua presença, como esperado.

— Eu ganhei a aposta e você vai lavar toda a louça durante uma semana inteira. — Olhei para ela com um olhar de "eu te avisei".

— Merda... — Ela estalou a língua.

— Você tem que parar de cair em fake news, isso é vergonhoso pra uma jornalista, sabia? — Tirei sarro.

Mas Ana não me respondeu, ficou apenas observando um ponto fixo do bar com os olhos semicerrados, ela parecia estar tentando ver algo.

— O que foi? — Perguntei.

— Não acredito... — Ana riu.

— Não acredita no que?

Ao me virar para tentar entender o que ela havia visto, me deparei com Robert Pattinson saindo do banheiro masculino e indo direto até o bar. Inacreditável, Ana tinha finalmente acreditado no rumor certo.

— Me deve um pedido de desculpas. — Ela cruzou os braços.

— Tá, desculpa por ter duvidado de você. — Revirei os olhos.

— Tá perdoada, agora a gente tem que decidir quem de nós vai ir lá puxar assunto com ele.

— Ah, não, eu não vou, já fui da última vez e você lembra o que aconteceu.

Eu nunca tive boas experiências com celebridades. Kanye West foi o último famoso com quem tentei conversar, e os seguranças dele quase me levaram pra cadeia por causa disso. Tudo bem que eu fiquei alfinetando ele com perguntas sobre a Taylor Swift... mas quem se importa?
Essas pessoas eram esnobes e fúteis, se sentiam como deuses na Terra. Bater papo com uma delas era a mesma coisa que pedir para ser humilhado sem dó.

— Eu também não vou ir lá, você sabe que eu fico nervosa e começo a gaguejar. — Ana falou.

— E agora? A gente vai embora?

— Não, não podemos perder essa oportunidade! — Então ela pensou por alguns minutos. — Hum... que tal pedra, papel e tesoura?

— Sério?

— Tô falando sério, vamo logo enquanto ainda dá tempo.

— Tá bom.

Começamos a sacolejar nossas mãos e eu fiquei torcendo para ela perder a brincadeira e poder ir falar com o astro no meu lugar. Mas Ana havia jogado tesoura, e eu papel, ela tinha ganhado.

— Puta merda... — Respirei fundo.

— A tesoura corta o papel, então eu ganhei e você vai lá com ele.

— Eu não tenho escolha mesmo.

  Caminhei em direção ao bar, me sentei ao lado de Robert como quem não queria nada e fiquei observando-o de canto de olho. Como eu iria introduzir uma conversa? O que eu perguntaria primeiro?

  — A senhora deseja algum drink? — O barman me perguntou.

  — Ah... eu... — Olhei rapidamente para o copo de Robert. — vou querer a mesma coisa que o moço aqui, por favor.

  — Tá bem, um whiskey com com Coca-Cola saindo. — O homem saiu de perto e foi preparar minha bebida.

  — Já digo logo que esse drink é uma merda. — Robert alertou.

  Foi a primeira vez que uma celebridade falou comigo por vontade própria, confesso que fiquei bastante surpresa.

  — Bom... pelo visto vou só gastar dinheiro. — Suspirei.

  — A melhor pedida nesse bar é o Moscow Mule, é o meu drink favorito.

  — Se é seu favorito, então por que pediu esse?

  — Sei lá, acho que já não tô mais muito sóbrio pra tomar boas decisões.

  — Entendo.

  — Sou Robert, a propósito. — Ele se apresentou como se eu não o conhecesse.

  — Sou Rebeca, prazer. — Estendi a mão para cumprimentá-lo.

  — Você vem aqui sempre? Acho que eu nunca te vi, e se eu tivesse visto com certeza teria lembrado.

— Na verdade, é minha primeira vez. Eu não sou muito de beber, então é bastante raro eu ir a um pub.

— Continue assim, beber e fumar trazem sérios prejuízos à saúde. — Robert comentou tirando um maço de cigarro do bolso.

— Obrigada pelo conselho, vou me lembrar disso. — Abanei o ar discretamente quando ele tragava e soltava aquela fumaça de cheiro insuportável pela boca.

— Aqui está, senhorita, seu whiskey com Coca-Cola. — O barman voltou.

Enquanto Robert fumava, decidi beber um pouco, e até que o drink não era tão ruim quanto eu esperava, tinha uma combinação de sabores bastante diferente do normal.

— E aí? Achou uma merda? — Ele quis saber.

— Não, até que é bom. — Dei mais um gole.

— Você não deve ser muito normal então.

— Estudos afirmam que pessoas não normais são as mais inteligentes.

— Então já que é tão inteligente, poderia me passar seu telefone. — Robert foi direto.

Senti imediatamente um frio na barriga e meu coração começou a dar uma acelerada forte. Ele devia estar bêbado demais, só pode.

  — Você tá me cantando?

  — Tô só arriscando a sorte.

— Eu tô aqui a trabalho. — Dei uma desculpa.

— Você trabalha com o que? Nunca vi alguém vir a um bar a trabalho. — Ele riu.

— Sou jornalista.

— Claro, tinha que ser. — Robert revirou os olhos.

— Eu trabalho na GQ e acho que seria bem legal se você nos cedesse uma entrevista.

— Olha, eu realmente quero ficar fora dos holofotes por enquanto.

— E se nós fizéssemos um acordo?

— Que tipo de acordo?

— Você deixa eu te entrevistar e em troca eu te dou meu número.

— Tentador. — O astro arqueou uma das sobrancelhas.

— E então? Aceita a proposta?

Robert deu uma profunda tragada no cigarro e bebeu mais um gole do drink. Ele com certeza estava refletindo se valia a pena tomar aquela decisão.

— Provavelmente vou me arrepender muito disso amanhã, mas eu aceito.

— Ótimo. — Sorri.

— Esse é o número do meu agente, entra em contato e a gente marca a entrevista. — Ele falou se levantando e logo pedindo a conta. — Vou pedir pra ele lhe colocar como prioridade.

— Tá, vou ligar em breve.

— A gente se vê, Rebeca.

— Até mais, Robert.

O astro foi embora e eu havia conseguido atingir o meu objetivo, aquela noite tinha sido realmente produtiva. Voltei para onde Ana estava e vi que ela estava quase tendo um pico de ansiedade.

— E então? Você conseguiu? — Ela tremia como vara verde.

— É claro que eu consegui.

— Você é foda! Espero que o patrão dê uma boa grana pra gente por causa disso.

Nós voltamos para casa super animadas, principalmente eu. Fiquei ansiosa para encontrar Robert novamente, pois ele havia sido legal comigo. Talvez ele fosse diferente das outras celebridades de Hollywood. Teria até uma chance de virarmos amigos.

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