Nate Hacker narrando:

Hoje é sábado, dia 29 de abril. Queria fazer algo divertido com Vinnie mas não acho que ele vá querer.

Passo pelo seu quarto vendo paredes rabiscadas por canetinhas, diversas manchas no edredom da cama feitos por tinta e roupas pelo chão inteiro.

Porque ele está fazendo isso?

O menino estava desmaiado na cama, pela sua expressão eu sabia que ele estava extremamente cansado. Fecho um pouco mais a cortina para que os raios de sol não o acordem e saio do quarto.

Hoje eu vou contar para ele sobre a viagem.

Mando alguns empregados arrumarem o café da manhã dele e subo para meu escritório. Preciso assinar uma enorme papelada antes de viajar, e até eu ler todos esses termos certamente vai demorar.

(...)

Era uma da tarde e eu estava quase terminando de assinar os documentos, quando escuto um barulho alto de desenho.

Vinnie acordou.

Saio da minha sala descendo para o andar debaixo e vejo o café da manhã todo na mesa e o menino jogado no chão assistindo o desenho alto

-- Bom dia, Vinnie! - Desejo chamando a atenção do menino que me ignora colocando um bico nos lábios e cruzando os braços.

Ele não gosta de minha presença, isso já está claro para mim.

-- Você não vai comer, querido? -- Pergunto.

-- Naum quelo!

-- Vinnie, ontem você só comeu barras de chocolate, fará mal para você não comer nada. - Falo calmamente sentando ao seu lado no chão, mas ele respira fundo se levantando

--  Se você levar o Vinnie di volta pala a casa da tia Mandy o Vinnie come!

- Querido, eu não posso te levar para lá, pelo ou menos, não agora. Espere alguns meses e prometo que iremos.

- Agola! - Ele grita batendo os pés no chão.

-- Eu não posso..

-- AGOLA, NATE!

-- Sinto muito pequeno, se eu pudesse, sabe que eu te levaria para visita-lá..

Ele bufa irritado e pega todas as almofadas do sofá jogando em meu rosto com força.

-- EU TE ODEIO SEU FEIOSO! VOCÊ ESTRAGOU A VIDA DO VIN! - Ele grita jogando uma por uma em mim -- O VINNIE QUER A TIA MANDY! -- Ele continua batendo os pés no chão.

-- Vinnie.. Por favor, pare com isso. -- Peço não querendo ver ele chateado, mas o mesmo ignora.

Ele vai irritado, batendo os pés no chão até a cozinha e demora alguns segundos, logo depois vejo ele trazer um pote e tirar alguma coisa branca e redonda de lá.

O que é aquilo?

Ao perceber o que era desvio, vendo ele jogar um ovo ao lado da minha cabeça.

O ovo se quebra na parede, deixando a gema amarelada manchar a parede branca e escorrer até o chão. Sem eu poder pensar, ele começa a jogar ovos em mim e na casa toda, sujando tudo. A televisão estava com duas linhas azuis no meio pela força que Vinnie jogou o ovo nela. O sofá bege claro extremamente caro que eu comprei a alguns meses atrás já estava todo sujo, por ovo e marcas de sujeira do tênis de Vinnie, já que ele tinha subido em cima do sofá com seu sapato sujo.

-- EU QUELO VER MINHA TIA MANDY! -- Ele grita jogando outro ovo ao meu lado

-- Tudo bem Vinnie, iremos vê-la. --  Me rendo vendo o menininho sorrir e subir para seu quarto correndo.

O Vinnie não é di fazer bagunça, mas eu odeio o Nate e quelo que eli me leve di volta pala a casa da tia Mandy!

O Vin sempre consegue o que quer, então é bem fácil.

Eu quelo, eu semple vou ter!

Coloco minha miseta vemelha do homem aranha e coloco meu short preto, coloco também um sapato branco que a tia Mandy me deu. Eu tava bem bunitão!

Termino di me arrumar e desço pala baixo, vendo algumas pessoas arrumando a sala e limpando tudinho.

Olho pala o lado vendo Nate arrumado e falando com alguém no celular.

-- Muito obrigado, Gröner. Prometo que recompensarei você e Jordan por isso! -- Ele diz sorridente.

Quem é Gröner? E quem é Jordan?

Nate desliga o celular e vou até eli. Cutuco suas costas fazendo-o olhar para mim com um sorriso ao me ver arrumadinho.

-- Você está muito bonito, Vinnie. -- Diz baixando na minha altura.

--Eu sei. O Vinnie é bonito, já você naum é, seu feioso!

Eli respila fundo e me leva até o carro deli, me colocando no banco de trás.

-- Venha aqui Vinnie, deixa eu te colocar na cadeirinha. -- Eli me chama apontando para a cadeirinha do meu tamanho.

-- Eu naum vou ficar aí! -- Nego cluzando os blaços.

-- Vinnie isso é para a sua segurança. Você é muito pequeno. -- Justifica tentando me pegar.

--Se você tocar um dedo em mim, seu nojento.. Eu bato em você! -- Ameaço.

-- Eu só quero te proteger, filho..

--Eu naum sou seu filho! -- Glito esmurrando a barriga deli com toda a força que eu tinha.

-- Tudo bem, Vinnie. Eu não chamo mais você assim..

Palo di bater neli.

-- Acho bom mesmo! -- Empino o naliz. -- Seu bundão!

(...)

Eu tinha dormido no carro, eu tô bem feliz porque o Vin vai ver a tia Mandy e vai ser bem legal!

O carro pala na frente da casinha amarela dela e eu abro a porta saindo correndo de dentro daquele carro chato. Vou até a porta e toco a campainha várias vezes ansioso.

Eu tô muito feliz!

A porta abre e a tia Mandy me olha surpresa, ela me pega no colo e me dá um beijo molhado na buchecha.

-- Meu amor, o que você está fazendo aqui? - Pergunta animada vendo Nate sair do carro e vir até nós.

-- O Vin veio ver você! - Falo sorrindo.

-- Olá Mandy, sinto muito por vir sem avisar, é porque alguém não quer ficar sem você. -- Nate diz apontando para mim e eu sorrio olhando para ela.

-- Tudo bem, eu amo esse neném! -- Mandy fala beijando a ponta do meu nariz me fazendo rir.

-- Tia Mandy, o Vin já volta! - falo descendo do colo dela e subindo para meu quartinho.

Vou até minha mesinha di colorir e abro uma caixinha azul. Pego minha pepeta que tava lá dentro e coloco na boca.

Eu estava com tanta saudadi dela. O chatonildo do Nate pegou minhas roupas e tudo meu, mas naum pegou minha pepeta.

Me jogo na minha caminha abraçando o Senhor pimpo (meu ursinho de pelúcia), mas eli é di verdade, eli é o meu amigo!

-- Senhor pimpo, eu tava com saudadi.. -- Falo abraçando eli foiti

Nate naum pegou nada legal meu. Eli esqueceu minha pepeta, o senhor Pimpo, meus giz de cera pala desenhar, meus brinquedos, meu boneco homem aranha e meus Legos que eu gosto di colocar na boca.

Volto para a sala vendo só a Tia Mandy na sala.

Desço pala baixo com o senhor Pimpo e com minha pepeta na boca. Vou até tia Mandy e peço colo. Ela sorri e me pega, alisando os meus cabelinhos loiros.

-- O Nate foi embola pala sempre? - pergunto animado e ela ri.

-- Não meu amor, ele está na cozinha. -- Ela responde e eu respiro fundo pesando minha cabeça em seu ombro.

-- O Vin naum gosta dele.. O Vin quelia ficar com você, tia Ma... -- Sussurro.

-- Oh meu amor, eu sei. Mas você poderá me visitar outras vezes igual está me visitando hoje. Sabe que minha casa sempre estará de portas abertas para você.

Sinto meus olhos arderem e as lágrimas começarem a cair muito rápido. A tia Mandy vê e dá batidinhas nas minhas costas pala o Vinnie se acalmar.

-- Porque está chorando, querido? -- Pegunta confusa.

O Vinnie quelia ficar com você pala sempre, mas naum podi..

Não chore querido, eu vou sempre estar aqui quando você vier.

Fecho os olhinhos chupando minha pepeta com força e enterro minha cabeça em seu pescoço continuando a cholar.