Capítulo 62
Pov Sina
Sou acordada com um balde de água fria sendo jogado na minha cara. Levanto o olhar e vejo Liana parada em minha em frente.
Liana: anda vagabunda, levanta- ela diz puxando meu braço me tirando da cama
A noite foi péssima. Dormi nessa cama dura, passei muito frio e estou com muita fome, já deve fazer mais de 24 horas que eu não como.
Liana me põe sentada em uma cadeira e amarra meus braços e pernas com uma corda, ela apertou de mais, tenho certeza que vai ficar machucado depois.
Sina: eu estou com fome...
Liana: e eu com isso?
Sina: Liana chega disso, me solte por favor, eu prometo não contar pra ninguém que foi você que me sequestrou- digo e ela me olha debochada
Liana: escuta aqui- ela segura em meu rosto o apertando- eu não vou desistir até conseguir oque eu quero, e é bom você se comportar muito bem, se não quem vai sofrer, serão seus amados filhinhos- ela diz soltando meu rosto e saindo pela porta
Meus filhos... Já sinto tanto a falta deles, de Noah...
Liana pode fazer oque quiser comigo, mas nos meus filhos ela não toca e se precisar, darei minha vida por eles.
Pov Noah
Já faziam quase quatro horas que eu dirigia sem parar até a cidade onde Érica me disse que Liana poderia estar.
A cada minuto que passa, eu me preocupo cada vez mais com oque possa estar acontecendo com a minha Sininho, não gosto nem de pensar oque seria da minha vida sem ela.
Érica: o galpão fica na próxima direita- ela me avisa e eu assinto- é melhor a gente não ir com o carro- assinto novamente e paro o veículo ali mesmo
Saímos do carro e eu levei comigo minha arma que tinha trazido. Fomos caminhando devagar até o local.
Érica: ela está aqui mesmo, olha o carro dela ali- ela diz apontando para um carro que estava atrás do galpão, perto das árvores
Noah: e agora, qual o plano?- pergunto baixo
Érica: vamos tentar entrar pelos fundos- ela diz me guiando
Fomos até o fundo do galpão e lá tinha uma portinha. Quando Érica estava abrindo, escutei um choro, um choro que eu conheço muito bem.
Noah: anda logo com isso Érica- sussurro e ela abre a porta
Fomos seguindo o choro pelo corredor, até pararmos em frente à uma porta. Quando abro, vejo a pior cena que poderia ver.
Liana: achou que eu fosse burra, Noahzinho?!- ela diz prendendo o pescoço de Sina com o braço e com o outro segurava a arma em sua cabeça
Noah: é bom você soltar ela Liana, se não...
Liana: se não oque, meu amor?
Sina chorava e soluçava, e meu coração doia em ver ela assim. Preciso tirar ela dali.
Érica: é bom você não se mexer, Liana- ela diz com a arma apontada em direção a morena
Liana: me admira ver que você está contra mim agora, Érica. Mas isso não importa, você acabará morrendo, igual essa vadia aqui- ela diz apertando mais a arma na cabeça de Sina
Noah: Liana, solte ela, por favor- peço suplicando já sentindo meus olhos arderem
Liana: você acha que pedindo por favor vai me convencer meu amor?
Noah: se você soltar ela, eu prometo viver com você, pra sempre, mas por favor, solte ela
Sina: Noah... não...- ela diz com dificuldade
Liana: e você cale a boca- diz entre os dentes apertando mais o pescoço de Sina
Liana olha pra mim e depois para Sina. Vejo ela soltar minha esposa que corre até mim e me abraça forte.
Sina: você não pode fazer isso Noah, não pode- ela diz chorando
Noah: olha pra mim- ergo o rosto dela que estava vermelho- eu prometo te amar pra sempre, tá bom? eu ainda vou te encontrar- ela assente ainda chorando muito e se afasta um pouco do abraço
Liana: acho que isso não será possível- ela diz e eu ouço um disparo
Sem nem pensar duas vezes, me jogo na frente de Sina, e sinto uma ardência em minha barriga.
Pov Sina
Me afastei devagar dos braços de Noah, meu coração estava doendo tanto. De repente escuto Liana se pronunciar.
Liana: acho que isso não será possível- ouço um disparo e fecho os olhos automaticamente esperando ser atingida
Nada... não senti nada. Abro os olhos devagar e vejo a pior cena, Noah caído no chão todo ensanguentado, com os olhos quase fechando.
Sina: não... não, não- me abaixo e coloco a cabeça de Noah em minhas pernas- Noah, baby fala comigo... Por favor- peço já chorando
Liana: NÃO! NÃO ERA PRA TER ATINGIDO ELE!- ela grita furiosa
Érica: agora quem será atingida é você!- ela dispara a arma e a bala acerta Liana, fazendo ela cair no chão
Sina: Noah... Por favor fala comigo- peço segurando seu rosto e ele me olha com os olhos entre abertos
Noah: eu... Te amo...- ele diz quase fechando os olhos
Sina: eu também te amo...- as lágrimas desciam a todo momento
Vejo Noah enfim fechar os olhos e me desespero.
Sina: Noah... Noah por favor- tento sacudir ele- acorda meu amor, acorda- suplico entre lágrimas- não me deixe...
Érica: precisamos ir ao hospital Sina, o mais rápido possível- ela diz e mesmo eu estando confusa, não questionei a presença dela aqui, não era hora pra isso
Érica me ajuda a levar Noah até o carro. Deito no banco de trás com ele deitado em minhas pernas enquanto Érica dirigia.
Fui segurando em suas mãos o caminho todo. Estavam geladas, e o sangue não parava de sair de sua barriga, mesmo eu tentando estancar com uma camisa.
Sina: eu preciso tanto de você... não me deixe por favor...- digo baixinho e beijo o rosto de meu marido que estava desacordado
Chegamos no hospital mais próximo e gritamos por ajuda. Colocaram Noah numa maca e o levaram pra dentro imediatamente.
Tive que ficar esperando na recepção junto de Érica. Sentei num sofá que tinha ali e passei as mãos pelo rosto.
Deixei as lágrimas caírem sem me importar. Era tanta coisa pra raciocinar... primeiro eu fui sequestrada, depois meu marido foi baleado e a mulher que me sequestrou também... e agora ele está lá, podendo correr risco de vida...
Érica: toma, você precisa se alcalmar- a mulher diz me entregando um copo de água
Sina: obrigada...- pego o copo e bebo a água- posso... Te perguntar uma coisa?
Érica: claro
Sina: porque nos ajudou? Digo, porque esteve do nosso lado agora ao invés de ajudar Liana com seu plano?
Érica: foi como eu disse pro Noah... Depois de quase ter morrido, percebi que não vale a pena passad minha vida fazendo mal às pessoas, eu me arrependo muito de tudo que fiz a vocês
Sina: já passou, e eu só tenho que te agradecer agora por ter ajudado Noah a me encontrar lá...- digo e começo a chorar de novo
Érica: ei, fique calma, Noah vai sair dessa, ele é forte- ela diz passando as mãos em minhas costas
Parei de chorar um pouco, mas ainda estava morrendo de preocupação. Já faziam umas 2 horas que Noah tinha sido levado lá pra dentro, e nada de notícias ainda.
Wendy: Sina!!!- a mais velha exclama ao entrar no hospital e me ver ali na recepção- e o meu filho, como ele está?- ela pergunta afobada, eu tinha ligado para os pais de Noah pra avisar de todo o ocorrido
Marco: se acalme, querida- ele diz para a esposa
Sina: ainda não me disseram nada sobre ele, já perguntei mas disseram pra eu esperar- digo a eles que vem até mim e me abraçam
Marco: ficamos preocupados com você- ele diz e eu sorrio fraco
Sina: eu estou bem... graças ao Noah que me salvou... Mas agora por culpa minha ele está aqui nesse hospital- digo com a voz embargada e Wendy me abraça de novo
Wendy: nada disso é culpa sua meu amor, não se preocupe ok- ela diz fazendo carinho em minhas bochechas- agora precisamos rezar pra que nada de ruim aconteça com ele
Fizemos uma oração em silêncio ali mesmo, pedindo para que Deus proteja meu marido.
Wendy e Marco disseram que as crianças estão com Linsey, e que não contaram nada pra Angel, oque eu achei ótimo, não quero ver minha filha preocupada nem triste.
Estava quase dormindo encostada no sofá, quando um médico aparece ali na nossa frente com uma prancheta e uma cara não muito boa.
Médico: familiares de Noah Urrea?- ele diz e nós nos levantamos
Wendy: como meu filho está, doutor?
Médico: então...
Oii
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