🕛Segredos🕛
○● Capítulo Seis ●○
《ㅡ P.O.V. Rose ● Weasley ㅡ》
Não importa o que falam, não importa as desculpas esfarrapadas que os dois irmãos Malfoy's criam. Eu sei perfeitamente que Lyra Malfoy, desde as férias da virada do ano, não está normal.
Com eu sei disso?
Bom, essa é fácil, os olhos dela não brilham mais.
Estou extremamente preocupada com ela, mas como ela é teimosa, nunca admite que precisa de ajuda. Uma tolice, na minha opinião.
Acho que esse é um defeito da tão perfeita Lyra Malfoy, ela tem na cabeça que precisa dar orgulho para a família.
Quando pequena, eu escutava a história de como o trio de ouro salvou o mundo e, claro, meu pai sempre deixava bem frisado que a família Malfoy é extremamente preconceituosa, resumindo, eu cresci sabendo que tinha que manter distância deles.
Mas tudo mudou quando eu conheci a Lyra. Nós nos conhecemos no Expresso de Hogwarts, ambas com 11 anos. Ela estava acompanhada por Scorpius Malfoy, e Alvo Potter me acompanhava. Os dois garotos se deram bem de cara, sem ao menos perguntarem os nomes. Eu, por algum motivo, não me dei muito bem com a garota, o que me levou a ler um livro até metade da viagem. Foi quando Alvo finalmente perguntou o nome dos dois irmãos a nossa frente, o que eles responderam tirou a minha concentração do livro.
Eu ainda lembro da cara de surpresa do Alvo, mas aposto que a minha foi parecida. Falei o meu nome e o do meu primo, e foi a vez dos dois loiros nos olharem pasmos.
A verdade é que nenhum de nós quatro sabíamos que aquilo era um início de uma grande amizade.
Portanto, eu estou determinada a saber o que tanto incomoda os irmãos Malfoy's. E pretendo fazer isso hoje mesmo.
《ㅡ●ㅡ》
A biblioteca estava quase vazia, exceto por Lyra, que estava sentada sozinha em uma mesa. Eu não consegui ver direito o título, mas o livro que ela lia era grande, bem velho e desgastado.
Pego um livro qualquer que estava em cima de uma mesa, e sento em frente à Lyra.
ㅡ Como você está? ㅡ Sou a primeira a quebrar o silêncio. A loira na minha frente me olha por breves segundos, para depois votar a ler.
ㅡ Estou ótima. Por que a pergunta?
ㅡ Tem certeza? Tipo, certeza absoluta?
Lyra joga o livro sobre a mesa, fazendo um barulho meio alto. Foi aí que eu consegui ler o título:
Dementadores.
ㅡ Por que está lendo um livro sobre essas criaturas? ㅡ Pergunto, enquanto pego o livro.
ㅡ Por acaso você é algum tipo de auror? Está parecendo que você está me investigando. ㅡ Largo o livro que eu segurava, prestando mais atenção no que Lyra falava. ㅡ Não me olhe com essa cara de dúvida! Você, Rose Weasley, quer saber algo sobre mim. Então vá em frente!
Foi mais fácil do que pensei...
ㅡ Tá legal, o negócio é o seguinte: eu quero saber o que aconteceu para você mudar tão drasticamente do ano passado para esse. ㅡ Lyra iria me cortar, mas fui mais rápida que ela. ㅡ E não adianta negar, você está diferente!
A loira bufou e revirou os olhos.
ㅡ Puxa, você descobriu! Que pena, eu tentei tanto esconder... ㅡ Foi a minha vez de revirar os olhos. ㅡ O que você quer saber?
ㅡ Assim tão fácil? Eu tô desde o começo do ano querendo saber, e agora eu descubro que era só perguntar? ㅡ Realmente eu sou muito lerda.
ㅡ Bom, se você quer saber a resposta, certamente precisa perguntar. Talvez você não saiba, mas eu não leio mentes. ㅡ Lyra comentou observando Hermione, também conhecida como minha mãe, entrando na biblioteca. ㅡ O que é aquilo no uniforme da sua mãe?
Meu olhos vasculharam todo o uniforme, até ver um distintivo colocado próximo à gravata. Ele era laranja, e de longe dava para ler o que estava escrito: F.A.L.E.
ㅡ É aquela ideia de libertar os elfos domésticos. ㅡ Lembrei vagamente do que minha mãe tinha dito para mim no começo do meu segundo ano em Hogwarts. ㅡ Mas isso não importa. Me conte tudo o que aconteceu com você nas férias de Natal.
ㅡ Tudo?
ㅡ Tudo!
ㅡ O.k., vamos lá:
" Tudo começou nas férias de Natal do ano retrasado, no qual uma família da Noruega veio até a minha casa. Essa família era composta por um homem, chamado Arthur, uma mulher, chamada Mikaela, e o filho deles, chamado Aslak. Os nomes são assim estranhos porque são noruegueses.
Enfim, Aslak e Scorpius se deram muito bem. Os pais dele, com já eram amigos dos meus, só ficaram conversando na sala de estar. E então eu sobrei, mas nem me importei, porque passava o dia inteiro na biblioteca, lendo os livros antigos de Magia Negra do meu avô.
E em uma noite, na qual eu estava lendo escondida, Aslak apareceu do nada e disse que também se interessava nos livros do meu avô. Ficamos até de madrugada conversando sobre isso, e ele realmente era muito inteligente.
No outro dia, ficamos nós dois na biblioteca, conversando e lendo. Scorpius odiava ler, e ele pegou nojo de Aslak. Eu tentei fazer os dois se acertarem novamente, mas Scorpius é muito teimoso. E isso só fez com que a amizade entre mim e Aslak só aumentasse.
No Natal, ele me deu uma corrente em forma de uma cobra, ela é de prata e cristais. Ele já sabia que eu amava a Sonserina, e depois que eu contei sobre a Casa, ele mesmo começou a gostar.
E passamos as férias assim, conversando e rindo. Mas infelizmente as minhas férias haviam acabado, e eu teria que voltar para Hogwarts. Passamos o ano inteiro um mandando carta para o outro.
Foi a primeira vez que eu realmente senti algo por alguém.
E então, as férias de Natal chegaram novamente. Como em Durmstrang as férias são diferentes, no Natal é a única época que nós dois podemos nos ver.
Como nenhuma das duas famílias sabiam o que fazer, Aslak deu a ideia de irmos acampar. Logo, todos aceitaram contentes.
Arthur já conhecia uma floresta pequena, onde quem paga pode passar um final de semana lá. Claro que ela é longe dos trouxas, porque a maioria das pessoas que "aluga" a floresta são bruxos sanguepuristas.
Bom, meu pai montou as barracas, Scorpius tentou fazer fogo do modo trouxa, Mikaela e minha mãe foram buscar algumas frutas, e eu e Aslak fomos explorar a floresta.
Estava tudo muito calmo, mas a floresta era linda. Ela até pode ser pequena, mas a quantidade de árvores e animais fantásticos compensa o tamanho. Nós achamos uma pequena caverna, e dentro havia alguns ossos de animais. Bom, era o que a gente pensava.
E para completar o clima totalmente agradável, começou a chover. Então, óbviamente, decidimos ficar na caverna até parar de chover. Olhando agora parece uma péssima ideia.
Foi aí que algo chamou a minha atenção, tentei chamar Aslak, mas ele estava dormindo. No meio das árvores algo grande e preto passou, e depois de um segundo passou outro. Tentei achar a minha varinha, mas eu tinha deixado ela no acampamento, além de que não posso usar magia fora de Hogwarts.
E de repente, o clima ficou mais frio ainda, se é que fosse possível. Eu comecei a tremer de medo e frio, enquanto tentava acordar Aslak, mas aquela mula não acordava nunca. E então, eu vi o meu pior pesadelo. Dois grandes Dementadores, com cerca de três metros altura, cobertos por mantos encapuzados e escuros de pano preto longo e rasgado. Sua respiração é longa e lenta, como ele se estivesse tentando "sugar mais do que o ar". Suas mãos são brilhantes, acinzentadas, de aparência viscosa e cobertas de feridas.
Foi como se toda a minha felicidade fosse sugada. Eu me senti horrível, era como se eu fosse inútil.
E então, eles foram se aproximando, e eu já tinha começado a gritar pedindo ajuda. Os Dementadores não paravam, e foi aí que eu senti a minha alma sendo sugada. O Dementador abaixou o capuz, revelando seu rosto cinzento e podre. Eu nem tive tempo de pensar em nada, pois Aslak pulou na frente.
Eu gritava, chorava, implorava para eles irem embora, enquanto eu via Aslak morrendo. Mas claro que os monstros nem se mexeram.
E eu... Eu... " ㅡ Nessa hora Lyra já estava com os olhos cheios de lágrimas, uma fato raro vindo dela. E eu só conseguia pensar nas coisas horríveis que essa garota já passou.
ㅡ Eu... Não pude fazer nada! Eu fiquei olhando ele morrer! SEM FAZER NADA! ㅡ Agora sim ela estava chorando, eu nunca a vi assim. Sinto a minha vista embaçada, foi quando percebi que estava quase chorando também.
ㅡ Eu o amava, o amava de verdade! Eu amava Aslak Kassa! E ele morreu, na minha frente. Eu vi os Dementadores puxarem a alma dele, eu vi os olhos de Aslak não brilharem mais, eu vi tudo e não fiz NADA! ㅡ Lyra respirou fundo e enxugou as lágrimas. ㅡ E então o meu pai apareceu, e ele conseguiu espantar os monstros. Ele conseguiu usar o Expecto Patronum, eu ainda não sei como ele teve lembranças felizes depois da guerra.
Lyra deu uma pausa, e eu segurei a mão dela, como um incentivo para ela continuar.
ㅡ Foi o dia mais triste da minha vida. A pessoa que eu amei morreu na minha frente. Enfim, eu não pude ir no velório dele, pois eu estava no St. Mungo's fazendo o tratamento por causa do negócio que aconteceu com Pansy Parkinson.
O meu coração estava quebrado, eu nunca imaginei que Lyra Malfoy havia passado por isso. Eu realmente não sabia que ela já havia amado alguém, muito menos que essa pessoa morreu para a salvar.
Eu não sabia o que dizer, então eu somente a abracei, enquanto ela chorava no meu ombro.
ㅡ Eu não queria ser assim, Rose, mas me transformei nisso. ㅡ Eu escutei perfeitamente o seu sussurro.
ㅡ Eu entendo, Lyra, eu entendo. ㅡ Abracei ela mais forte.
《ㅡ ●ㅡ》
Hey! Passei aqui para dizer que esses primeiros capítulos só eram introdução, para vocês conhecerem melhor os personagens.
Agora sim que vai começar a emoção.
Já prepararam os remédios?
É isso,
Valeu,
Falou,
Fui 🐼
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