🕛Aula de Poções🕛
○● Capítulo quatro ●○
ㅡ O Professor Moody realmente transformou o nosso pai em uma doninha, Lyra! Você tinha que ter visto, foi hilário! ㅡ Scorpius contava, enquanto ele e Lyra estavam andando no corredor em direção à primeira aula de Poções que eles teriam.
ㅡ Scorpius, eu agradeço por você estar me contando, mas eu já sei de tudo isso... ㅡ Scorpius parou de sorrir e concordou com a cabeça, desviando o olhar dela e olhando para frente. ㅡ Não é para ficar triste, Scor! Me desculpe se fui muito fria.
Scorpius não respondeu, ele sabia que ela não tinha culpa de ser assim. Às vezes, precisamos primeiro conhecer o passado da pessoa antes de julgá-la.
Lyra rapidamente ficou constrangida, não era a primeira vez que tinha sido grossa com o próprio irmão.
ㅡ Como vai a dupla de irmãos mais lindos de Hogwarts? ㅡ Alvo apareceu, ele distanciou os irmãos Malfoy e ficou bem no meio, abraçando os ombros dos dois.
ㅡ Estava tudo perfeito até você chegar. ㅡ Lyra lançou o olhar frio dela para o Potter, que entendendo a mensagem, tirou o braço dele do ombro dela.
ㅡ Que bom que você gostou da minha presença, Lyra! ㅡ Alvo falou sarcasticamente, fazendo a loira revirar os olhos.
ㅡ Já disse que para você é somente Malfoy. ㅡ A garota empurrou Potter para mais longe possível dela.
ㅡ Ah! Pelo amor de Merlin! Se beijem logo! ㅡ Alvo e Lyra pararam de andar e os dois encararam Scorpius com os olhos arregalados.
Lyra não sabia se matava o próprio irmão usando o Cruciatus, ou se matava queimado ou então se matava ele jogando para o cachorro de três cabeças para comê-lo.
Alvo só conseguia pensar em uma coisa: de todas as garotas desse mundo, a última que ele iria beijar seria a Malfoy.
Scorpius olhava atentamente para as duas pessoas paradas na sua frente, mas ele sentiu muito medo quando viu as íris cinzas da sua irmã.
ㅡ Hã... Acho que vocês entenderam errado... ㅡ Ele tentou se defender, dando um passo para trás quando viu a garota pegando a varinha. ㅡ Lyra, você entendeu erra...
ㅡ Está tudo bem, Scorpius. ㅡ A garota desistiu de pegar a varinha, deu as costas e saiu daquele lugar constrangedor.
A Malfoy havia acordado de bom humor, o que é um milagre vindo dela. Não seria um comentário de Scorpius que faria a loira perder a cabeça.
Ela entrou na Sala de aula de Poções, da qual é uma sala nas masmorras de Hogwarts. É grande o suficiente para permitir, pelo menos, vinte alunos trabalharem e suas paredes são revestidas com animais conservados em frascos de vidro. Em um canto da sala está uma bacia em que água gelada derrama da boca de um gárgula, enquanto em outro tem um armário com ingredientes para os estudantes. Há também um quadro negro no qual o mestre de Poções, que no caso é Severo Snape, pode escrever instruções para a classe.
A sala já estava meio cheia, e como a Sonserina e a Lufa-Lufa dividiam essa aula, Lyra não teve a companhia de sua parceira de Poções, Rose Weasley.
A loira se viu totalmente perdida, não conhecia ninguém daquele recinto. Sabia que Scorpius e Alvo iriam sentar juntos, então, era melhor escolher uma dupla rapidamente.
Seu olhar foi atraído por um garoto que estava sentado sozinho em uma das mesas. Sua veste com as cores amarelo e preto eram bem visíveis, e a loira foi diretamente falar com ele.
Lyra sempre teve curiosidade em saber como a mente de um Lufano funciona. Ela já tinha descoberto como é a mente de uma Grifinória por causa da Rose, descobriu a mente de um Corvino por causa de um cara que ela tinha ficado ano passado. O ano anterior realmente foi muito movimentado.
De toda essa curiosidade, apenas faltou um Lufano para completar a lista dela. Depois da Sonserina, a Lufa-Lufa é a Casa que a Malfoy mais admira.
ㅡ Olá! Será que eu posso me sentar aqui? ㅡ O garoto Lufano levantou o olhar e encarou Lyra, que estava apontando para o banquinho de madeira ao lado dele. O olhar do garoto foi rapidamente ao encontro do emblema da Sonserina, o que fez com que ele revirasse os olhos. ㅡ Qual é? Não é porque eu sou da Sonserina que eu vou te matar agora mesmo. Além do mais, uma sala de aula não é o melhor lugar para cometer um assassinato. ㅡ Lyra comentou.
O garoto, ao invés de responder decentemente, apenas deu de ombros. Para a garota, isso foi sim, fazendo com que ela sentasse ao lado dele.
ㅡ Sou Lyra Malfoy. ㅡ Ela esticou a mão para o garoto, que mesmo desconfiado apertou-a.
ㅡ Jonathan Blade. ㅡ Foi assim que a conversa entre eles morreu.
Ficaram em silêncio durante um curto tempo, até ele se virar para ela e perguntar algo que subitamente apareceu na mente dele.
ㅡ Malfoy? Pensei que os Malfoy's repugnassem qualquer pessoa que não seja da Sonserina e sangue-puro. ㅡ A garota encarou-o, ela tinha que admitir, ele era realmente bonito. Seu cabelo era de um tom que lembrava muito o ouro, seus olhos eram de um castanho tão escuro que lembrava o preto, seu sorriso era extremamente alinhado, e o principal: toda vez que ele esboçava um sorriso, uma covinha aparecia de cada lado da bochecha.
Chegava a ser cômico o quanto ele lembrava o brasão da Lufa-Lufa pelas cores.
ㅡ Algumas coisas mudaram no futuro. ㅡ Ela deu de ombros. ㅡ Já te disseram que você lembra o brasão da sua Casa pelas cores?
Foi aí que Jonathan abriu um sorriso que deixou Lyra sem ar.
ㅡ Não, nunca falaram nada disso. ㅡ A Malfoy ficou meio constrangida por ser a primeira a falar sobre isso para ele.
ㅡ Ah, bom... Agora você sabe... ㅡ De repente o caldeirão na frente da garota ficou muito mais interessante do que olhar os olhos de Blade.
ㅡ Então é verdade que você realmente veio do futuro? ㅡ Ele disse, para quebrar o clima pesado que tinha se instalado.
ㅡ Hã... Bom... Segundo Dumbledore, eu nem poderia estar falando com você, então... Sim, eu vim do futuro. ㅡ Ela respondeu, ainda encarando o caldeirão.
ㅡ Ah sim, fiquei sabendo que você não pode falar nada. A própria Professora Minerva nos proibiu de perguntar qualquer coisa para o seu grupinho. ㅡ Comentou ele. ㅡ Mas como é no futuro?
ㅡ É surpreendente.
A conversa deles novamente morreu, mas dessa vez o culpado foi Severo Snape, que adentrou na sala.
○●○
Lyra estava quase dormindo enquanto o Professor Snape falava o quanto é importante fazer os N.O.M.s, que ele não aceitaria nada menos do que um 'Ótimo' para poder passar para a classe de N.I.E.M.s.
Como a garota não prestaria seus N.O.M.s nessa época, ela não ligava para o que ele estava falando.
ㅡ Senhorita Malfoy, está achando essa aula chata? ㅡ Snape pergunto à ela, quando ele viu-a quase dormindo.
ㅡ Extremamente chata, senhor. ㅡ Ela respondeu, mas demorou dois segundo para se tocar do que tinha acabado de falar. ㅡ Bom, na verdade, depende o ponto de vista...
ㅡ Pode explicar melhor?
ㅡ Claro. Tem gente aqui dentro dessa sala que quer escutar o senhor falando o quanto temos que nos esforçar para poder passar nos N.O.M.s e blá blá blá. Mas tem gente, como eu, que está aqui para escutar o senhor falar algo que já não sabemos, como por exemplo, fazer a poção Amortentia. ㅡ Scorpius deu um pequeno tapa na própria testa dele, ele sabe que Lyra estava brincando com fogo.
ㅡ No quinto ano vocês só aprendem a Poção Simples do Amor. ㅡ O professor comentou, chegando perto da mesa da Lyra. ㅡ Se não gosta do jeito que dou aula, pode retirar-se.
A Malfoy encarou mortalmente Snape, a garota achou que ele iria recuar, mas pelo contrário, ele sustentou o olhar dela, encarando-a com seus olhos negros.
ㅡ Como quiser. ㅡ Lyra levantou, pegou o material e ia sair da sala, mas lembrou de algo. ㅡ Conversamos depois. ㅡ Ela falou, olhando para Jonathan, que somente fez um sinal de positivo.
○●○
Os corredores de Hogwarts não pareciam mais aconchegantes como antes. Eles estavam frios e sem ninguém. E pela segunda vez, Lyra se sentiu totalmente sozinha e perdida naquele grande castelo.
Ela não sabe o quanto tempo andou, mas sabia que tinha que estar no dormitório.
A aula de Poções foi a última aula do dia, sendo assim, ela teria que ter ido para o Salão Principal, mas não foi. Ficou andando por um tempo pelos corredores, e percebeu os alunos saindo do Grande Salão e indo para os dormitórios, mas ela se escondeu atrás de uma grande estátua.
E era por isso que ela estava sozinha, torcendo para nenhum monitor achá-la.
A garota encostou-se em uma parede e escorregou até sentar no chão, abraçou seus joelhos e descansou sua cabeça na parede.
Se alguém do futuro a visse, não acreditaria que ela é a mesma Lyra Malfoy que dá medo em todos, a mesma Lyra que os garotos suspiram quando ela passa, ou a mesma garota forte, que nunca deixa ninguém vê-la de guarda baixa.
Ela suspira cansada quando lembra das coisas que ainda irão passar.
As escolas de outros lugares, Beuxbatons e Durmstrang.
O Cálice de Fogo.
Os quatro campeões.
A primeira prova, o dragão.
O Baile de Inverno.
A segunda prova, o Lago Negro.
A terceira prova e última, o Labirinto.
A morte de Cedrico Diggory.
A volta de Voldemort.
O pior de tudo é saber disso e não poder fazer nada para mudar. Lyra se sentia inútil.
Ela levantou em um pulo quando lembrou do lugar preferido de todo o castelo, a Torre de Astronomia. Esse é o lugar mais alto de Hogwarts, além de que é um belo lugar para poder admirar as estrelas.
A porta range quando Lyra a abre, e a garota deu sorte por não ter nenhuma turma nesse horário. Por mais peculiar que pareça, as aulas de Astronomia acontece por volta de meia-noite, pela professora Aurora Sinistra.
A loira anda até a pequena mureta que tem ali, e observa as constelações. De todas, a Canis Major sempre foi a sua preferida. Ela gostava de ver essa constelação por causa da estrela mais brilhante, do qual o nome era familiar, Sirius.
Lyra nunca entendeu o porquê que prefere essa estrela, afinal, Sirius Black foi um "traidor" de sangue. Mas ela o admirava pela coragem que ele teve, ele se rebelou contra a própria família e escolheu o lado certo da luta, foi preso em Azkaban por algo que não cometeu e, mesmo assim, foi morto pela própria prima, Bellatrix Lestrange.
A porta da Torre range, anunciando que alguém havia chegado. Lyra fica aflita, pensando que poderia ser um monitor que havia pego-a no flagra.
A pessoa veio até a luz, e seus cabelos eram inconfundíveis, juntamente com seus olhos cinzas.
ㅡ Desculpe, não sabia que tinha gente. ㅡ As palavras, que eram para soar como uma amigável desculpa, soaram mais como uma ameaça.
ㅡ Tudo bem, eu não me importo. ㅡ A garota deu de ombros e voltou a olhar os milhares de pontos brilhantes, também conhecidos por estrelas. ㅡ A Canis Major é linda, não?
ㅡ Não mesmo. A constelação de Scorpius é a mais bonita. ㅡ Lyra olhou para Draco, que estava muito concentrado em falar o quanto a constelação de Scorpius é interessante.
A garota já sabia disso, ele vivia falando para o seu irmão, no futuro. A sua mãe, Astória, discordava totalmente do marido, e é por isso que a loira recebeu o nome de Lyra, pois é a constelação preferida de Astória.
ㅡ Achei que diria que a constelação de Draco é mais bonita. ㅡ Ela comentou, e ele a olhou.
ㅡ Achei que diria que prefere a Lyra. ㅡ Ele revidou, e a garota sorriu de lado.
ㅡ Touché, Draco.
ㅡ Por que está aqui? Quer dizer... Não é todo dia que quatro jovens invadem o Salão Principal alegando serem do futuro.
Estava bom de mais para ser verdade, pensou Lyra.
ㅡ Não acredita em mim? ㅡ A garota já estava cansada de tanto explicar para os outros que era verdade.
ㅡ Deveria?
Um minuto de silêncio se instalou, a loira respirou fundo se segurando para não jogá-lo daquela Torre.
ㅡ Será que o estrago seria muito grande se eu te jogasse daqui? ㅡ Draco olhou para ela com os olhos arregalados e se assustou mais ainda quando viu que Lyra não estava brincando.
ㅡ Mataria alguém da sua família? ㅡ Ele rebateu.
ㅡ Deveria?
Ele levantou uma sobrancelha e sorriu orgulhoso.
ㅡ Jogando o meu joguinho, Lyra?
ㅡ Eu sou uma Malfoy, você é um Malfoy, esse joguinho já está no meu sangue. ㅡ Falado isso, ela deu as costas e foi embora.
Draco não sabia se ela realmente era a sua filha, poderia ser neta, não se sabe ao certo. Mas de uma coisa ele tinha certeza: Ela é um orgulho para a família Malfoy.
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