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Capítulo 12: Emboscada

~ Sora ~

Shinji despejou a água quente em três tigelas, mergulhando o conteúdo de três pacotes de macarrão instantâneo nelas. Em seguida, entregou uma tigela para cada um de nós.

— Aqui, tomem cuidado, está bem quente. — disse ele gentilmente.

Kanemin pegou seus hashis e, após agradecer pelo alimento, começou a comer desesperadamente.

— Oh, come devagar, você vai acabar se engasgando! — Shinji o repreendeu, mas o pequeno não deu importância e logo se engasgou, fazendo Shinji correr desesperadamente para pegar água em sua mochila. — Aff! Eu disse para você tomar cuidado! — Ele disse preocupado, entregando o cantil com água para o garoto.

Eu apenas observava o cuidado de Shinji com o menor. Após Kanemin terminar de tomar a água, voltou a comer, mas agora com Shinji o exortando a comer devagar. Então, Shinji percebeu que eu ainda não havia começado a comer e perguntou:

— Você não vai comer, Sora?

Encucado e curioso, optei por não responder à sua pergunta. No entanto, fiz outra pergunta:

— Quando foi que você desenvolveu esse instinto paterno, Shinji?

Ele corou envergonhado e esbravejou sem jeito:

— Cala a boca e coma antes que eu dê o seu para o esfomeado do Kanemin!

— Opa! Eu quero! — Disse Kanemin com a boca cheia e com os lábios sujos de caldo e macarrão.

Os olhos de Shinji vacilaram por alguns segundos quando ele olhou para Kanemin. Com um olhar de amor fraternal, deixou um sorriso gentil escapar de seus lábios.

— Seu irmão tinha quantos anos quando foi levado? — perguntei, fazendo Shinji voltar a si e adotar uma postura melancólica.

— Dez anos — ele respondeu.

Observando Kanemin, percebi que ele devia ter entre dez e onze anos. As peças finalmente se encaixaram na minha cabeça: era evidente que Shinji tratava Kanemin com amor fraternal porque ele lembrava seu irmão.

Dei um leve sorriso e sussurrei: — Que fofo!

— Do que você está rindo? — perguntou Shinji, curioso.

— De nada.

— E então, não vai terminar sua história? Fiquei bem curioso sobre aquele seu amigo — comentou Kanemin.

— É mesmo, é melhor eu terminar. Não quero deixar vocês curiosos. Bom, onde foi que parei...

Olhei por alguns segundos para a tigela fumegante à minha frente, de onde saía um maravilhoso aroma que penetrava em minhas narinas, fazendo meu estômago desejar experimentar aquele sabor.

Levantei a tigela e a levei até a boca. Bebi o caldo, que estava uma delícia. Em seguida, deixei a tigela no chão e comecei a contar novamente minha história, sem mais delongas, vendo as recordações voltarem à minha memória como se tudo estivesse acontecendo no presente momento.

O exército rebelde crescia a cada dia, com pessoas contrárias à dinastia atual se juntando a nós para lutar contra o imperador e seu exército de militares. O orgulho só aumentava na cabeça do nosso líder, Kazuma, que sempre ia à frente da batalha com o peito estufado, vangloriando-se para todos que o seguiam.

Essa situação já estava passando dos limites, era o que eu sempre pensava. Algumas vezes, criava coragem para dizer que devíamos parar com essa loucura, mas, como sempre, ninguém me levava a sério.

Então, chegamos próximos à capital. Nosso objetivo estava quase sendo alcançado, pelo menos era o que todos achavam. Ao chegarmos em Ninshu, a cidade que liga a estrada para Yoshioka, fomos emboscados e totalmente massacrados por um grupo de militares muito bem treinados, liderados por um ninja que, com sua chuva de flechas flamejantes, nos pegou de surpresa, matando metade do nosso exército.

Os que sobraram se juntaram para lutar, mas morriam um por um devido ao poder monstruoso daquele único ninja de elite. Só recebemos a ordem de recuar quando Takashi foi quase carbonizado vivo. Yuichiro o salvou das garras do ninja, e Kazuma deu a ordem de retirada.

Os sobreviventes desse ataque foram: Akira e Kira, os gêmeos, que sofreram leves queimaduras; Hideki, que fora baleado e sofria com hemorragia; Shin, que também fora baleado e sofreu queimaduras de segundo grau; Yuso, que teve graves ferimentos; e Takashi, que estava em estado crítico, entre a vida e a morte, por um milagre ainda vivo. Entretanto, eu, Kazuma, Yoshi e Yuichiro saímos ilesos.

Todos esses sobreviveram e, por grande obra do destino, somos todos sobreviventes de Kibe. Os outros que se juntaram a nós, infelizmente, perderam suas vidas.

Nos escondemos em uma floresta ao leste de Ninshu, próximo a um pequeno rio. Yuichiro colocou Takashi no chão e todos os outros se sentaram ao redor. No caminho para cá, eu havia feito os primeiros socorros em Hideki, que, se continuasse perdendo sangue, poderia morrer. Muito preocupado, fui fazer os primeiros socorros nos outros.

Kazuma, com lágrimas nos olhos ao ver seu amigo gemendo de dor pelas queimaduras, gritava, amaldiçoando todos os ninjas e militares até sua última geração.

— Não grite, caro líder Kazuma, eles irão nos encontrar! — pediu Yoshi calmamente, para não irritar ainda mais o líder.

— Aqueles canalhas vão me pagar! VÃO ME PAGAR!! — gritou Kazuma furioso, sem dar ouvidos ao que seu companheiro havia dito.

Dei um suspiro alto, estressado com tudo aquilo. Kazuma virou-se no mesmo momento e gritou: — POR QUE VOCÊ AINDA NÃO VEIO CUIDAR DELE?!

Curto e grosso, respondi: — Porque estou ocupado.

— ENTÃO LARGUE ESSA MERDA E VENHA CUIDAR DO TAKASHI AGORA?! — ordenou autoritário, com a voz carregada de desespero.

Dei outro suspiro alto e virei para ele. Olhei para Takashi, que mal respirava, com pesar e melancolia. Comecei a falar: — Ouçam com atenção, o estado do Takashi é sério e crítico demais. Nem um médico profissional pode salvá-lo, quem dirá eu, que não passo de um estudante de medicina. Mesmo que houvesse alguma chance de salvá-lo, não o faríamos a tempo, pois o jeito que ele respira indica que ele está morrendo.

Kazuma, sem ao menos tentar me compreender, com fúria em seus olhos, levantou-se e se direcionou a mim. Ele me puxou pelo colarinho, me deixando tão perto de si que pude sentir seu mau hálito.

— MAS QUE MERDA VOCÊ TÁ FALANDO, CARA?! — gritou, ignorante.

— Continue gritando desse jeito e todos nós morreremos! — rebati, irritado.

Exasperado, ele me jogou no chão, subiu em cima de mim e começou a socar meu rosto enquanto gritava exaltado: — VOCÊ É APENAS UM COVARDE! UM LIXO QUE SÓ SABE FUGIR DA BATALHA ENQUANTO TODOS ESTÃO DANDO TUDO DE SI! VOCÊ NÃO TEM DIREITO NEM DE ABRIR ESSA SUA BOCA, PORQUE DELA SÓ SAI MERDA!

Ouvir tudo aquilo sem chorar seria uma tarefa impossível para alguém como eu. Então, como um molenga, chorei. Chorei pela dor dos socos fortes de Kazuma, chorei de aflição por ouvir a verdade jogada na minha cara, chorei de desgosto de mim mesmo, chorei por todos os companheiros que perdi e pensei que, se fosse outra pessoa, quem sabe não teria os salvado. Enfim, no final das contas, eu sou apenas um fracassado. Não tive coragem nem para revidar, apenas chorei como o grande covarde que sempre fui.

— Já chega, Kazuma! — interveio Yuichiro, agarrando Kazuma por trás.

— ME SOLTA! EU VOU MATÁ-LO! — gritava Kazuma, se debatendo e tentando se soltar dos braços de Yuichiro.

— Se acalme, líder, por favor! — implorava Yoshi, desesperado.

Eu nada fiz ou falei, fiquei parado como uma estátua, vendo aquela fera em minha frente, babando de fúria, cogitando tirar minha vida.

"Será que essa é a sensação de ouvir a morte nos chamando?", pensei enquanto via o semblante horripilante de Kazuma.

No entanto, meu medo passou e o furor de Kazuma cessou ao ouvir uma frase de um dos gêmeos: — Ele morreu!

Um silêncio reinou por segundos que pareceram milênios, enquanto todos tentavam processar a informação que receberam de Akira. Todos viramos devagar para Takashi, e minhas palavras se concretizaram. Takashi estava com os olhos abertos, derramando lágrimas, enquanto seu corpo carbonizado ficava cada vez mais frio, indicando o que todos já esperavam: ele havia morrido.

Kazuma correu e, agarrando o corpo do amigo, começou a chorar e a gritar desesperado. Ele gritou tanto que espantou os pássaros da floresta. Sua garganta ficou seca e sua voz mudou completamente para uma rouquidão indescritível.

Vendo a cena que eu já esperava que acontecesse, me levantei e disse uma última vez: — Eu avisei, várias e várias vezes, mas tudo bem, faz parte do ser humano ser ignorante.

Virei as costas para eles e sussurrei para mim mesmo antes de ir embora: — Acho que Deus deu inteligência ao ser errado.

— Espera! Onde você vai, Sora?! — perguntou Yuichiro, com a voz carregada de preocupação.

— Vou deixar minha mochila. Nela tem tudo que vocês precisam para cuidar dos ferimentos dos outros. Você, Yuichiro, aprendeu muito comigo, então acho que dará conta de cuidar deles. Sinto muito, mas eu não aguento mais viver assim. Eu não nasci para ser um samurai. — Respondi e saí dali de imediato.

— Volta aqui, Sora! — ouvi ele gritar, mas o mesmo foi interrompido por Kazuma, que ordenou que me deixasse em paz.

(...)

Caminhei pela floresta, colhendo algumas ervas e as guardando em meus bolsos. Já imaginava minha nova vida, cheia de sonhos altos e absurdos. Prometi para mim mesmo que abriria uma casa de cura, onde eu curaria todas as doenças do mundo. Eu seria um grande médico, reconhecido até mesmo pelo imperador.

Caminhei tão distraído que nem me dei conta de que já estava entrando na cidade. Como já estava lá, resolvi conhecer melhor Ninshu, a cidade da rota. Já estava quase anoitecendo, então, ao passar por uma casa de chá que produzia um aroma maravilhoso, ouvi uma conversa que futuramente envolveria todo o meu destino.

Era o mesmo ninja que nos atacou mais cedo. Ele ria loucamente enquanto zombava do exército rebelde, dizendo: — Eles eram um bando de fracotes, ficaram com medo e fugiram com o rabo entre as pernas, que piada! — Todos ao redor de sua mesa, provavelmente militares, gargalhavam do que o ninja dizia.

Em minha cabeça, vieram todas as cenas das perigosas batalhas que todos os membros do exército enfrentaram, enquanto eu ficava escondido em um lugar seguro, mas perto o bastante para ver toda a luta. Eles eram corajosos e orgulhosos. Por mais que achasse aquilo uma loucura, ver todos eles com aqueles olhares de confiança e inabaláveis me deixava feliz. Me dava vontade de ser como eles, de empunhar uma espada e lutar ao lado deles cheio de orgulho, mas era tudo um sonho patético.

Sim! Era patético, mas nem por isso eu deixaria alguém zombar deles dessa forma! Um grande furor cresceu em mim e, sem raciocinar direito, entrei na casa de chá e caminhei lentamente até a mesa deles.

— Ha, ha, ha! E ainda se diziam rebeldes! Uma ova, eram apenas lixos! — o ninja falou gargalhando alto.

— Retire o que disse! — falei ao chegar diante deles, minha voz tremendo de raiva.

— O quê? — perguntou o ninja, sem me levar a sério.

— EU MANDEI RETIRAR O QUE DISSE DO EXÉRCITO REBELDE! — gritei, com o corpo ardendo em fúria.

— E quem você pensa que é para me dar ordens, moleque? — perguntou o ninja, com um sorriso desdenhoso.

— Eu... — tentei pensar em uma resposta, mas o sangue fervendo em mim não me daria esse luxo. Então, com a coragem que nunca pensei que tivesse, esbravejei: — Eu me chamo Sora Minamoto e faço parte do exército rebelde de Kibe!

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