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22- Saya

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Fazia muito tempo que Emma estava jogando com a mesma pessoa. De onde eu estava, conseguia ver o suor se acumulando em suas têmporas. E nem estava tão calor assim. Meu coração errava as batidas toda vez que ela andava uma peça e a outra garota a encurralava rapidamente. Um movimento errado poderia custar sua vaga no último jogo. Se ela ganhasse, disputaria o primeiro e o segundo lugar no próximo e último jogo. Algo me dizia que seria mais difícil do que esse.

As peças de sua adversária se aproximam cada vez mais do seu rei. Meu coração batia forte e as palmas da minha mão estavam suando. Preciso fechar os olhos quando Emma ergue a mão para movimentar uma peça. Eu não queria ver o que estava prestes a acontecer. Não queria sentir. Por favorzinho...

-Vitória da Emma- Anuncia uma das organizadoras e aplausos percorrem o gramado. Abro os olhos devagar e vejo Emma de pé sorrindo. Sorrindo para mim.

Sorrio para ela de volta e bato palmas. Se todos não fossem tão educados, eu daria um grito e correria até ela para abraçá-la. De qualquer forma, não daria tempo, já que eles chamam o próximo jogador para disputar a jogada final. Antes de o jogo começar, o olhar de Emma cruza o meu novamente. Movo meus lábios desejando boa sorte. Eu estava mais ansiosa do que qualquer um ali. Aquilo era importante para Emma. Já consigo imaginar o pequeno troféu na sala da casa da avó ao lado do tabuleiro de xadrez, cujas peças estão coladas. E sentada no sofá, sua avó, com um grande sorriso e um braço entrelaçado no da neta. Isso precisa se tornar real.

Um raio de sol passa por entre as folhas da árvore e ilumina o cabelo escuro de Emma. Seu rosto fica ainda mais belo quando está corado pelo calor e pela tensão do momento. Os óculos traz um toque especial para sua aparência. Toda vez que ela o deslizava pela ponte do nariz colocando-o novamente no lugar meu coração acelerava.

E é isso que acontece agora. Ao inclinar a cabeça, os óculos caem e ela o coloca no lugar. Como pode uma garota fazer meu coração acelerar dessa maneira com apenas um gesto?

A organizadora anuncia o início da última partida. Agora ela jogaria contra um garoto de cabelos loiros ralos e com a pele branca como as nuvens. Poderia jurar que ele estava ficando vermelho com apenas os raios de sol que escapavam por entre as folhas de árvore. Ou talvez fosse apenas nervosismo.

O garoto, cujo não sei o nome, anda com a rainha logo de início. Achava que ele iria se emboscar por essa decisão, mas ele parecia saber o que estava fazendo. Percebo uma ruga surgir entre as sobrancelhas de Emma quando vê com o que vai ter que lidar.

-Eu acho que a de cabelo curto vai ganhar- Sussurra uma garota ao meu lado- Eu joguei contra essa garota e ela é realmente boa.

-A Emma? Estou torcendo para ela também- Sussurro de volta sem tirar os olhos do jogo. Agora era a vez do garoto andar uma peça.

-Você parece um pouco nervosa- Diz a garota. Uma parte de mim queria que ela ficasse quieta para que minha atenção ficasse voltada cem por cento para o jogo. Mas a outra agradecia pela distração.

-Esse jogo está me deixando tensa. O garoto está pensando a meia hora.

Um pequeno sorriso aparece nos lábios da garota. Ela cruza os braços e inclina a cabeça para o lado como quem tivesse muita experiência no assunto.

-É necessário calcular cada jogada. Você já deve saber o que acontece quando uma jogada não é bem planejada.

-Xeque mate- Diz Emma interrompendo a minha conversa com a garota.

Todos se voltam para o tabuleiro. Até os que cochichavam param para olhar. Emma havia colocado o rei do garoto em uma emboscada, onde qualquer movimento o levaria a perder. Vejo os ombros do menino pálido murcharem, mas ele levanta e cumprimenta Emma mesmo assim com um sorriso no rosto.

-Parabéns Emma. Você é a vencedora- Um homem anuncia e uma organizadora se aproxima com um pequeno troféu nas mãos, aquele mesmo que eu estava sonhando.

O rosto de Emma se ilumina como eu nunca tinha visto. Seu sorriso era o mais alegre já existente. Seus olhos brilhavam de felicidade e suas mãos seguravam o troféu com tanta força que deixava a dobra dos seus dedos brancos.

Os alunos batem palma parabenizando a ganhadora. Eu bato palmas tão forte que sinto-as ficando vermelhas. Mas não me importo. Ela merecia todo o barulho possível. Logo, os alunos se dispersam novamente e começam a conversar formando grupos.

Quando a organizadora termina de tirar uma foto de Emma com o troféu e várias pessoas terminam de cumprimenta-la, corro de encontro com ela agarrando seu pescoço com força.

-Eu sabia que você ia ganhar.

- Eu ainda não consigo acreditar.

Me afasto para olhar em seus olhos. Estavam tão brilhantes quanto estrelas.

Sorrio para ela.

Ela sorri para mim.

A conversa estava tão alta e animada que era difícil entender o que Emma falava. Os organizadores conversavam entre si e logo teria um discurso de despedida. Provavelmente eles agradeceriam a presença de todos nós e os professores diriam a importância de participar dessa experiência. Eu, sinceramente, não estava a fim de ouvir todo esse papo, então puxo Emma pelo gramado até encontrar uma sombra em um lugar afastado e onde não seriamos vistas.

O vento suave finalmente chega para nos refrescar, secando o suor causado pelo nervosismo. Ele leva o cabelo escuro de Emma para trás expondo totalmente seu rosto. O maxilar definido e branco, as bochechas coradas de suor, o contorno de seus lábios rosados me deixava com vontade de tocá-los. Eu nunca havia conhecido alguém que me deixasse assim, bobinha. O vento também jogava o cheiro dela para cima de mim. Me sufocava com todo aquele cheiro único que vinha dela. Emma deve sentir meu olhar analisando-a, pois se vira para mim com os olhos iluminados de alegria e faz aquele lance com os óculos.

-Sinto muito por você não ter passado para as finais- Ela diz quebrando nosso silêncio. Ao longe, um microfone resmungava.

-Eu nem gosto de xadrez.

O sorriso desaparece e uma ruga surge entre suas sobrancelhas. Ela abre a boca para falar mais fecha sem entender. Acho que esse é o momento certo.

-Bem, eu aprendi a gostar. Mas... Você ainda não percebeu?- Aproximo minha mão da dela. O coração batendo tão forte que parece um tambor- Eu gosto de você Emma. E eu não sei se é só como amiga. Eu sinto alguma coisa diferente. Algo que eu nunca senti por ninguém na minha vida. Toda vez que te vejo meu dia melhora imediatamente. Quando você ajeita os óculos me deixa sem ar. Não sei se você sente o mesmo por mim, mas...

Os lábios de Emma se pressionam contra o meu de repente. Eles são tão macios quanto eu imaginava. Minhas mãos deslizam pela sua cintura e a dela pousa atrás da minha cabeça. Nunca estive tão próxima dela a ponto de sentir o cheiro do seu sabonete.

Me afasto por alguns segundo para analisar seu rosto. O vento sopra na hora perfeita como nos filmes, espantando os fios de cabelo de nossas faces. Sua pele beijada pela luz do sol era tão perfeita. Toco seu rosto acariciando-o com cuidado e em segundos nossos lábios estão novamente grudados.

Aquilo era real?

Nos separamos e olho no fundo de seus olhos que estavam mais alegres do que antes. Eu poderia fazer isso o dia todo. Poderia beijá-la, acariciar seu rosto, abraça-la e depois voltar a beijá-la.

Ela sorri para mim.

Eu sorrio para ela.

Caímos na grama fresca. Minha mão desliza para a dela. Ficamos ali, apenas encarando o céu enquanto refletíamos sobre o que tinha acontecido sem dar uma palavra. A voz da organizadora ecoando ao longe, o vento nos envolvendo e seu cheiro me afogando. Trocávamos olhares de vez em quando, mas não dizíamos nada. Não precisávamos.

O beijo já tinha dito tudo.   

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