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01: eu odeio kim seon woo

De todas as pessoas que eu vi desde que cruzei as portas duplas de vidro no primeiro andar, eu soube que era privilegiada.

Vamos esclarecer algumas coisas, querido leitor.

É, você mesmo, seu curioso.

Não, eu não sou narcisista. Levemente obsecada por mim mesma? Talvez, mas que mal há nisso?

Acontece que eu sei quando a oportunidade está destinada a ser minha. O meu sexto sentido sempre apita quando isso acontece. E neste momento o meu sexto sentido está me dizendo que eu vou me dar muito bem.

Segundo ponto: eu estava há bons passos à frente que todos esses queridos candidatos à vaga de secretário. Isso por que eu já trabalho aqui.

Tem dois anos que estou trabalhando na Korean Times, fazendo parte da equipe editorial. É um trabalho muito bom, com um salário muito bom, o que compensa bastante já que meus colegas do departamento são chatos como uma porta.

Mas não iremos falar deles, eles não são importantes agora.

Após descobrir que o chefe do departamento de jornalismo estava precisando de um secretário mais do que depressa eu mandei o meu currículo. Mandei várias vezes, em todos os e-mails daquele lugar e até mesmo colocando meu currículo impresso no meio dos documentos dele, sigilosamente.

Agora estou aqui, esperando minha deixa para ser chamada para realizar a minha entrevista, com um sorriso de orelha à orelha em meus lábios cor vermelho-vinho. Algumas pessoas sentadas nas poltronas são jovens, provavelmente ainda estão na faculdade e procuram um emprego na área delas. Não julgo, quando fui contratada eu estava no meu último ano também.

Entravam e saiam pessoas nervosas da sala onde estava acontecendo as entrevistas. Nervosismo é algo chato e que atrapalha bastante o desempenho de um profissional.

Bom, eu não tenho nervosismo. Não tenho motivos para ter. Estou confiante de que essa vaga já é minha.

Que delícia é essa sensação da vitória quando mal se entra em guerra.

A entrevistadora saiu da sala quando outro candidato termina sua entrevista. Ela confere o nome de alguém no tablet em sua mão e depois, olha para nós.

— Kim Seon Woo?

Os homens presentes olharam de um para o outro, mas ninguém se levantou.

— Candidato Kim Seon Woo? — Ela chama novamente e não obtêm resposta. — Pelo visto o candidato Kim não está presente. Próxima... Lim... — Ela franze o cenho e olha diretamente para mim, me reconhecendo. — Que surpresa. Senhorita Lim Na-eun, chegou a sua vez.

— Claro.

Me levantei da poltrona e penduro minha bolsa — que antes estava no meu colo. O scarpin preto de solado vermelho em meus pés fizeram barulho enquanto eu desfilava até a porta aberta, fisgando olhares de todos os cantos.

[...]

Saio da sala me sentindo bonita, rica e gostosa.

Bom, rica eu ainda não sou, mas como esse emprego já tá no papo eu já posso começar a planejar minha viagem pra Milão.

Fui muito bem e respondi perfeitamente cada pergunta que recebi. Sei que deixei à entrevistadora uma boa impressão. Aliás, boa impressão é o que eu mais deixo por aí. Em meus vinte e dois anos de vida eu nunca conheci alguém mais estiloso do que eu.

Distraída com meus devaneios enquanto andava, não percebi que alguém estava vindo em minha direção, e acordo pra vida quando esse mesmo alguém tromba comigo.

Me virei para trás com uma mão no ombro e vejo um homem jovem. Devia ter mais ou menos minha idade. Seus cabelos pretos estavam molhados e grudados em seu rosto. Água pingava deles. Os lábios daquele desconhecido eram rosados e de um formato bonitinho.

Desci mais um pouquinho, seguindo por um acaso uma gota de água que escorria de seu rosto para o pescoço, passando cautelosamente pelo pomo de adão até alcançar as roupas.

Consegui ver que a camisa social branca por baixo do blazer também estava molhada, num nível que se ele não estivesse com aquele blazer — o que acredito que ele tenha colocado para poder entrar no prédio com o mínimo de decência — era possível vê-la transparente.

Não tive tempo para olhar mais para baixo, a voz dele surgiu, me fazendo erguer os olhos para cima.

— Sinto muito.

— Não tem problema...

— O senhor é... — A entrevistadora de antes perguntou, chamando nossa atenção.

— Kim Seon Woo, candidato à vaga de secretário. Me atrasei um pouco por causa da chuva.

— Certo, venha comigo.

— Obrigado. — Ele dá um sorriso de leve.

O tal Seon Woo me dá uma última olhada antes de seguir para sua entrevista.

Sigo meu caminho até o elevador, pronta pra voltar pra casa.

[...]

A tela do meu celular ascende, era mensagem da equipe de rh. Dizia que eu tinha passado e que estavam me aguardando em uma sala para acertarmos a situação. Meu rosto chegava a doer de tanto que eu estava sorrindo.

— Tá parecendo uma psicopata. Que bizarro. — Sora, uma estagiária que sentava à minha frente, resmunga. Levantei meus olhos do celular e seus olhos arregalaram por ter sido pega no pulo.

— Disse alguma coisa, Sora querida?

— Nada, nadinha. — Ela achava que eu era sonsa, pobrezinha.

Mas não vou discutir com ela, afinal, nossa convivência está prestes a acabar, assim como a minha convivência com todos os outros.

Quando deu a hora, eu levantei da cadeira e peguei minha bolsa.

— Estou saindo para resolver algo. — Falei para ninguém em especial e saí da sala.

Apertei o botão para chamar o elevador. Enquanto ele não vinha, retirei um espelho da bolsa, na tentativa de retocar meu batom. Antes que eu pudesse começar o elevador chega.

As portas se abrem e vejo a figura de um homem. Ele levanta a cabeça e me surpreendo ao ver que se tratava daquele cara molhado do dia anterior. Só que desta vez ele estava seco, pra variar.

Ele levanta uma sobrancelha ao notar que eu ainda estava parada ali.

— Vai subir?

Não respondi, apenas entrei e apertei o botão para ir para o quarto andar — estávamos no segundo. Encostei minhas costas na parede do elevador e volto a retocar meu batom. Passo a língua nos dentes para remover uma manchinha atoa de batom e depois passo indicador nos cantos dos lábios, me recusando a deixar algo borrado.

Ao terminar, esfrego suavemente os lábios um no outro para espalhar a cor, e finalizo dando um beijinho. Um costume meu. Por algum motivo que eu não faço a mínima ideia, na hora do meu beijinho diário para o espelho eu olhei para frente e notei que aquele cara me encarava fixamente. Resultou que sem querer querendo eu mandei um beijo no ar para um cara que eu sequer conhecia.

Levantei a sobrancelha.

— Algum problema senhor...

— Kim Seon Woo.

Dou um sorriso falso.

— Algum problema Kim Seon Woo?

— Nenhum.

— Ótimo. — Guardei minhas coisas. A porta se abriu e eu saí na frente dele, indo até a sala. Ajeito meus cabelos e ouço passos atrás de mim. Me viro para trás com uma careta. — Está me seguindo?

— Não. — Responde tranquilamente. O tal Kim Seon Woo tinha um cheiro muito bom, não vou negar. Mas ainda assim, sinto que não vamos nos dar bem.

Ele bate na porta e fico sem entender. Então a porta se abre.

— Que bom que chegaram. Entrem, entrem, temos muito o que conversar!

[...]

Não era exatamente assim que imaginei que eu iria ser contratada.

Na verdade eu nem fui contratada, ao mesmo tempo em que fui.

Vou explicar.

Eu fui selecionada sim pra vaga, só que, aparentemente, a equipe de rh ficou entre mim e o tal Kim Seon Woo. Eu achei uma perca de tempo, afinal, eles já me conheciam e sabiam que eu era boa de serviço!

Por causa da indecisão nós dois fomos chamados para a vaga. Temporariamente iremos trabalhar juntos, e quem se sair melhor durante esse curto período de teste, ficará com a vaga.

Respirei fundo ao esperar o elevador. Aquele aroma e perfume masculino invadiu meus sentidos quando o Kim parou ao meu lado, também aguardando o elevador.

Ninguém fala nada até entramos.

Assim que as portas se fecham eu cruzo os braços e encosto minha cabeça na parede.

Tá tudo bem Na-eun, isso não significa nada. Tenho certeza absoluta de que eu vou ficar com o emprego e não preciso mais desfazer o meu projeto de ir pra Milão ano que vem, ou no outro... Enfim. Eu não precisava me preocupar com o Kim, vou simplesmente fingir que ele não existe.

Minha chance de ser contratada é altíssima, afinal o meu currículo é impecável, minha apresentação é impecável, eu sou bonita, inteligente, dedicada, esperta e...

Ouço uma risada baixinha e ao abrir os olhos mais uma vez me deparo com o Kim me fitando, em seu rosto há um sorriso meio torto.

Fecho a cara.

— O que foi?

— Nada. — Meu andar chega e me apresso para sair. — Que mulher maluca.

Ao ouvir aquilo me virei rapidamente para trás, mas já era tarde de mais e o elevador já tinha ido.

Eu odeio Kim Seon Woo.

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