Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

────── 𝓒𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟕

— para este capítulo (final)  —
música: another love

A noite ao lado do príncipe foi mais agradável do que Madelaine gostaria de admitir. Karl tinha um ótimo senso de humor e era um excelente dançarino. Além disso, também era muito bonito. Mas, por algum motivo desconhecido, ela se sentia nervosa, e, ao mesmo tempo, à vontade perto dele. Sempre que ele se aproximava demais se sentia em perigo e simultaneamente conseguia ser ela mesma como nunca conseguiu com outra pessoa que não fosse de sua família.

Percebeu então, sentada ao lado dele, longe do salão do baile e de todo mundo, que não o odiava mais. Na verdade, após aquela noite cogitava que ele seria um ótimo amigo. Não sabia porque ele deixava as pessoas o reduzirem ao apelido de Príncipe Pervertido. Ele era muito mais do que isso.

— Você continua me odiando? — perguntou o príncipe, enquanto alisava um piano empoeirado.

— Não o odeio, apenas o suporto — respondeu com um sorriso. — Acho que de alguma forma muito estranha, somos amigos agora.

— Eu não tenho amigas, Maddie. Eu tenho amantes — alfinetou.

Ela congelou por um instante e sua mente saiu dali. Apenas o seu pai a chamava de Maddie, fazia muito tempo que não ouvia esse apelido. Ela era Anne para os amigos e para toda a família. Sentiu seu coração apertar em seu peito e uma lágrima escorrer por seu olho direito. Sentia falta de ser chamada assim.

O príncipe imediatamente saiu de perto do piano e se ajoelhou à sua frente, pegando suas mãos com uma expressão preocupada no rosto.

— O que foi? Eu cometi algum equívoco?

— O apelido. Maddie — foi tudo o que conseguiu dizer. — Meu pai me chamava assim.

— Me desculpe. Eu não sabia — comentou ele, acariciando sua mão. — Prometo não chamá-la mais assim.

Encarou os belos olhos azuis do príncipe e percebeu que estava se sentindo atraída por ele, para piorar, estavam sozinhos naquele cômodo. Era a sala de estar dela, o local que ela ia quando tinha que fugir de algo para tocar piano. No entanto, agora não tinha como fugir daqueles olhos azuis piedosos, preocupados com ela.

— Não, por favor. Eu gostei de ser chamada assim de novo. Senti falta desse apelido — confessou, acariciando a mão dele de volta. — Pena que não há nenhum apelido para Karl.

— Talvez você possa me chamar de amor no futuro — brincou, a fazendo rir. — Estou brincando. Ou não.

Karl se levantou e encostou no piano com curiosidade. Parecia fascinado com o móvel empoeirado.

— Esse piano é incrível e muito feminino. É seu?

— Sim. Eu tocava, tive aulas de piano na França — contou. Era estranho, sentia que podia falar de tudo com ele e o clima não ficava pesado — Mas parei quando meu pai faleceu.

— Pois deveria voltar, você tem dedos lindos.

Karl cometeu o erro de lançar um sorriso travesso para o sorriso tímido dela e se aproximar, se sentando ao seu lado. Madelaine o encarou de volta. Ambos ficaram em silêncio por alguns instantes. Ele se aproximou, colocando a mão em seu pulso e analisando cada detalhe seu. Seus olhos pareciam presos nos dela, o que a deixou muito nervosa. Piscou várias vezes e engoliu em seco. O olhar do príncipe parecia ser capaz de consumi-la.

Sabia que estava prestes a ser beijada, portanto, se levantou abruptamente.

— Se não voltarmos logo ao salão, vão começar a desconfiar.

— Você está certa — concordou ele com um longo suspiro. — Tenho umas partituras de Mozart que pertencem a minha irmã Norabel, posso emprestá-las a você se quiser.

— Seria ótimo. Obrigada, Karl.

Assim, como uma covarde, Madelaine fugiu dali o mais rápido possível. Só podia estar ficando louca. O príncipe era um libertino e ela... Meu Deus, ela namorava.

Havia se esquecido completamente de James.

Uma semana depois, a família de Amelia Wicklewood estava oferecendo um evento com chá ao ar livre em uma de suas propriedades, um passeio informal seguido de piquenique. Pensando ser um passeio como qualquer outro, Madelaine não se deu ao trabalho de ir bem vestida, diferente da mãe que estava sempre deslumbrante. A duquesa de Norfolk havia escolhido na noite anterior um lindo vestido turquesa, que combinava com seus olhos verdes e cabelos ruivos. Já o duque, assim como a irmã mais velha, se vestiu da maneira mais informal possível.

— Não aguento mais esses eventos sociais estúpidos — comentou Louis para a irmã, enquanto aguardavam a mãe na sala de estar.

— Nem eu.

— Por favor, se case logo para que eu possa viver em paz — disse Louis. O coitado estava com olheiras, passara a noite analisando cada pretendente da irmã e anotando comentários sobre cada um.

— Desejo que você tenha pelo menos cinco filhas — brincou Madelaine. — Não, dez seria melhor. Definitivamente dez.

— Se Deus for misericordioso, terei apenas filhos homens ou todas minhas filhas serão freiras.

— Vou colocar em todas minhas rezas minhas claras preferências por dez sobrinhas.

— Que Deus tenha misericórdia de mim.

A mãe adentrou o recinto no mesmo instante em que Louis havia dito as palavras.

— Desde quando Louis virou devoto a Deus? — indagou a duquesa.

— Desde que Madelaine está me amaldiçoando a ter dez filhas.

— Eu consideraria isso uma benção. Imagine, dez netinhas! — comentou a duquesa fazendo um gesto para os filhos se levantarem. — O castelo ficaria tão cheio...

Com a manhã começando de forma leve e discussões casuais dos irmãos Hanworth, o tempo passou rápido e logo chegaram ao local do evento. Como de costume, chegaram na hora marcada.

Primeiro, cumprimentaram os anfitriões, elogiaram o local, conversaram sobre coisas entediantes e depois foram de encontro a Imogen, que desta vez, para a surpresa de todos, estava desacompanhada da ilustre presença do sobrinho.

— Recebi uma carta de Birgitta hoje — comentava a tia, a respeito da única filha que possuía. — Está grávida do quarto bebê. Espero que dessa vez seja um conde. Ela e o marido precisam de um herdeiro.

— Que maravilhoso! — alegrou-se Mary Louise. — Espero que eu consiga ter tantos netos quanto você, Imogen.

— Netos são uma benção. Você pode mimá-los, ficar com eles o quanto quiser e quando começarem a incomodar, pode simplesmente devolver aos pais.

Madelaine logo parou de prestar atenção na conversa delas, pois seus olhos estavam ocupados procurando o infame príncipe da Suécia e da Noruega. Depois de muito procurar, o encontrou em um papo muito agradável com uma moça.

Era Amelia Wicklewood. Ele estava ajudando a abotoar as luvas dela, um claro sinal de cortejo. Mesmo que houvessem boatos de que Amelia gostava do visconde Bunwell, não havia como negar que ela e o príncipe formavam um casal e tanto.

O humor de Madelaine se tornou o pior possível. Não conseguia se concentrar nas conversas ao seu redor e foi ignorante pelo menos três vezes com o irmão. Comia os biscoitos com uma raiva tremenda. Segundos se passaram, depois minutos e o príncipe continuava a rir ao lado de Amelia.

Era irritante o quanto ficavam lindos juntos. Já estavam praticamente no mês de maio e logo ele voltaria a sua terra natal, era de se esperar que investisse em alguma dama. Precisava se casar.

Ainda assim, aquilo a incomodou.

— Está tudo bem? — perguntou Louis. — Karl está vindo na nossa direção.

O comentário a fez se engasgar com o biscoito que mordiscava e o irmão desesperadamente começou a bater em suas costas, o que apenas piorou a situação. O príncipe chegou logo em seguida, pegou-a no colo como se fosse uma boneca e apertou sua barriga com força. O biscoito voou de sua boca.

Se sentiu completamente humilhada.

— Você está bem? — perguntou Karl, sentando-a de volta no lugar e colocando a mão sobre seu ombro. — Maddie?

— Eu estou bem! Obrigada — respondeu tirando a mão dele de seu ombro.

O duque e o príncipe se cumprimentaram brevemente e o Louis saiu, dando espaço para que o príncipe se sentasse ao lado dela. Foi na direção da mãe e da tia que se encontravam um pouco longe dali.

— Eu te fiz alguma coisa? — perguntou Karl, percebendo que estava sendo ignorado.

— Nasceu.

— Desculpe por ter salvo sua vida. Eu deveria tê-la deixada engasgada — respondeu rispidamente.

— Não pedi para ser salva, Karl. Nem para que se importasse comigo.

— Maddie, o que houve? Foi a noite do baile? — perguntava ele desesperadamente, tentando ter sua atenção. — Se fui invasivo com você, por favor, me perdoe.

— Não acho que nossa amizade seja bem vista, Karl. Pode arruinar minha reputação.

Aquilo pareceu feri-lo profundamente. Não sabia porque estava sendo tão cruel com ele. Então encarou seus olhos, visivelmente tristes, e se arrependeu de suas amargas palavras de imediato.

Estava sendo uma tola. Mas por quê?

— Que seja. — ele respondeu, retirou algo de sua sobrecasaca que entregou em suas mãos. — Só vim nesse evento estúpido para te entregar isso. Agora que entreguei, posso me retirar. Com licença milady, estou de saída.

Ficou boquiaberta enquanto observava Karl ir embora furioso. Olhou para as próprias mãos que seguravam uma partitura tão rara e ficou envergonhada. Sua atitude tinha sido ridícula e muito infantil. Não conseguia entender o que estava acontecendo consigo mesma.

Então viu Amelia Wicklewood e compreendeu.

Estava com ciúmes.

Ciúmes do príncipe com ela.

Havia enlouquecido de vez?

Mais tarde, Madelaine se deitou cedo como de costume e guardou com carinho as partituras. Pela primeira vez em dois anos, conseguiu tocar um pouco, mesmo que com timidez. Sabia que tinha que se desculpar e agradecer ao príncipe, mas estava cansada demais no momento para pensar em como faria isso.

Se despiu com a ajuda de suas criadas, vestiu seu robe habitual de dormir e deitou-se em sua cama, encarando a lua e pensando em James. Sentia que o estava traindo cada vez que pensava no príncipe. Talvez nem se sentisse atraída realmente por ele, certamente estava apenas sentindo falta de ter atenção masculina, já que o amado havia sumido fazia mais uma semana.

Era isso. Tinha de ser.

Adormeceu, convencendo-se a si mesma que suas atitudes recentes eram apenas carência.

Duas horas depois foi acordada por Ellen, que sussurrava seu nome e a balançava levemente. Madelaine fez o possível para fingir que não havia acordado, pois detestava ser acordada assim.

— Eu sei que você está acordada — disse Ellen. — Levante-se. Eu trouxe James, ele está esperando do lado de fora de sua porta.

Se sentou com um pulo, o coração saindo pela garganta e um sorriso no rosto. Ao mesmo tempo, estava magoada pelo sumiço repentino dele.

Lavou seu rosto com uma rapidez impressionante, prendeu o cabelo desajeitadamente e se olhou no espelho. Não estava bonita, mas também não estava feia.

— Obrigada, Ellen. Pode chamá-lo.

Percebeu Ellen suspirar ao colocar o lampião por cima da cômoda e até mesmo parecer triste. Certamente estava preocupada com Madelaine, já tinha demonstrado anteriormente preocupação em relação ao seu relacionamento com James.

Um minuto depois, James entrou, com seu sorriso usual e um pequeno arranjo de flores nas mãos. Se abraçaram e de repente tudo pareceu certo. Todas as dúvidas que pairavam em sua mente cessaram.

O olhou e soube que mesmo que não tivessem o que a mãe e o pai tinham, bastava. Saber que podia confiar nele mesmo quando não o via, era o suficiente. Se sentia sempre bem ao lado dele, sem preocupações e nunca haviam brigado um com o outro. Era algo leve e bom.

James, sem dizer nada, a beijou. Um beijo leve e suave como de costume, sempre com a mão em sua cintura. Sentia-se acolhida pelo toque dele, como se estivesse protegida. Se ele não a desejava, podia ser coisa de sua cabeça ou apenas o óbvio: ela não era tão bonita ou desejável assim. Na verdade, certamente deveria ser um problema com ela. James era perfeito, bom e puro demais para ser verdade.

— O que aconteceu? — perguntou, colocando as flores na cômoda e sentando-se na cama. — Senti sua falta.

— Tive que trabalhar em dobro e não consegui te mandar nenhum bilhete, Ellen não entrou mais em contato comigo. Então, vim pessoalmente aqui.

— Oh... — sussurrou. — Ela deve ter tido seus motivos.

— Certamente — concordou ele e pegou algo do bolso. — Trouxe algo para você. É simples, mas você merece.

Ele abriu a mão e ela pode ver um simples anel de prata. Aquilo aqueceu seu coração. Amava a sensação de sentir que James gostava dela e que a protegeria de tudo. Depois da morte do pai, quando se afundou nas próprias lamúrias e nem sequer se levantava da cama, o que a fez se sentir viva novamente foi ele. O motivo dela estar viva era ele. E era grata demais por isso.

— Madelaine Hanworth, case-se comigo — disse ele com um sorriso doce. — Prometo que assim que chegarmos a França, acharei um padre e nos casaremos apropriadamente. Farei o possível para termos uma vida estável.

Ela sorriu de orelha a orelha.

Mas hesitou. Sim, por um minuto, ficou pensativa. Aceitar aquele pedido significaria abandonar sua casa, sua mãe e seu irmão. Mesmo que fosse algo combinado há meses, na teoria, era algo empolgante, fugir por amor. Entretanto, na prática, era diferente.

— Madelaine?

— É claro que sim. Eu me caso com você, James.

Não tinha como dizer não. Se sentia tão bem perto dele e protegida. Gostava dele genuinamente. E acima de tudo: era grata por ele. Não sabia se algum dia conseguiria expressar essa gratidão ou retribuí-la como ele merecia, mas esperava que sim.

Convicta de sua escolha, Madelaine o persuadiu naquela noite e conseguiu levá-lo para sua cama. Pensou que tudo seria perfeito, que sua primeira vez seria como as criadas lhe contavam que era, cheia de paixão. Mas James fez tudo de olhos fechados, como se não a desejasse. Ou pior ainda: como se quisesse estar com outra pessoa.

Mas para Madelaine, o único problema era ela. Se convenceu de que não era desejável, depois que ele se fora, ficou olhando para o próprio corpo nu. Precisava achar uma maneira de se tornar mais atraente.

— Notas da autora —

Oi gente! Obrigada por todos comentários. Hoje vou fazer uma dinâmica diferente: vou responder as duas primeiras pessoas que comentarem com pequenos spoilers.

Para quem escutou a música no final: foquem na letra, às vezes posso dar spoiler ou sinais através de letras musicais.

Não se esqueçam de favoritar e comentar, por favor, isso ajuda muito a me dar ânimo de continuar e a engajar a história. Os feedbacks de vocês e lamúrias em capítulos como esse são sempre bem-vindos.

E não menos importante: gostaram da nova capa? Essa vai ser definitiva!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro