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────── 𝓒𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟎

Para este capítulo —
músicas: call out my name (the weeknd)
pillowtalk (zayn)
wonder (shawn mendes)
love story (taylor's version)
black out days (phantogram)
as it was (harry styles)

Durante todo o trajeto para o Castelo de Bamburgh, concedido pelo rei da Inglaterra para a noite de núpcias, Karl estava aflito como nunca. Sentia em seus braços uma tensão sempre que a esposa o encarava e sorria. Nunca havia ficado tanto tempo sem os prazeres de uma mulher. Se não fosse a maldita noite de núpcias ter que ser perfeita para a esposa, ele dormiria com ela ali mesmo, na carruagem.

Karl olhou para Madelaine — que agora era oficialmente sua esposa, embora não fosse fácil de acreditar que ele a conquistara. Nunca imaginou que algum dia se casaria, ainda mais por amor. Em poucas semanas, Madelaine Bernadotte se tornaria uma princesa, na verdade, sua princesa.

— O que foi? — perguntou ela inocentemente, sem perceber que o príncipe a devorava com os olhos.

Os olhos azuis de Karl, que estavam presos nos olhos de esmeralda dela, deslizaram para baixo. Ele respirou fundo, mas cometeu um erro de principiante, encarando o decote da esposa. Madelaine, percebeu imediatamente e encarou os lábios dele em resposta. Quando ele se aproximou perigosamente de seu rosto, ela arfou.

— Gostou do casamento? — perguntou ele em seu ouvido.

— Eu...

Madelaine queria conseguir responder racionalmente, mas Karl estava muito próximo e ela não sabia o que dizer.

Karl encostou os lábios sutilmente abaixo da orelha dela, de forma tão leve que ela estremeceu.

— Gostou da decoração? — sussurrou ele.

— Sim, estava tudo muito... — ela arfou, incapaz de terminar seu raciocínio com o toque dos lábios dele. — belo.

Agora, com os olhos fixos nos dela, ele beijou a ponta de seus dedos, um de cada vez.

— E do que mais você gostou?

— O vinho — comentou ela, sobre o vinho que estava na carruagem.

— Você está com sede? — Karl a puxou para si. — Muita sede?

— Você não quer tomar...

— Ah, quero — murmurou ele, a prendendo contra seu corpo. — Quero como nunca quis.

— Karl — arquejou Madelaine, tentando lembrá-lo que estavam na carruagem ainda.

As mãos de Karl desceram de sua cintura até seu traseiro, o apertando. Os lábios, passaram para seu pescoço.

Madelaine precisava retomar o controle, antes que eles fizessem algo precipitado. Mas era Karl quem estava no comando e ela só sabia gemer.

— Pensei sobre o que eu faria hoje todas as noites — murmurou ele contra sua pele.

— Sério?

— Sim — a voz grave dele, causou arrepios por todo seu corpo. — Quando me deito, fico desejando que você esteja ao meu lado.

Madelaine sabia que precisava parar, antes que eles se descontrolassem ainda mais. Mas, ao invés disso, preferiu provocá-lo.

— O que você faria se eu estivesse deitada ao seu lado?

Karl a levantou, pressionando seu quadril e a colocando em cima dele até que ela pudesse sentir a comprovação do desejo.

— Penso muito em fazer isto — falou Karl, os dedos deslizando sobre os botões de seu vestindo, abrindo um por um.

Madelaine nem sequer percebeu quando a carruagem parou. Seus olhos estavam presos no de Karl, que a carregava desesperadamente nos braços. Quando chegaram ao quarto, ele sussurrou em seu ouvido:

— Acima de tudo, o que mais penso é em fazer isto.

Karl desfez o último botão, deslizando o vestido para baixo com um puxão. A derrubando na cama, ele a surpreendeu, encarando a nudez dela, enquanto se livrava de suas botas e de suas próprias roupas. Esperto, ele demorou longos segundos para se despir, deixando que ela o admirasse.

Madelaine olhou para cada detalhe do marido, o cabelo preto agora bagunçado, os olhos azuis tempestuosos encarando seus seios. Ah, sem falar da nudez.

— Você é perfeita — sussurrou ele, se aproximando. — Mais do que perfeita.

Ela tocou em seu rosto, tão próximo do dela, segurando em seu cabelo e admirando seus olhos azuis.

— Me beije logo — ordenou Madelaine.

Sorrindo, como nem o diabo seria capaz, Karl passou a mão esquerda por debaixo do cabelo dela, desfazendo seu coque e o puxando. Com um sotaque norueguês irresistível, ele sussurrou:

— Como quiser, Lady Bernadotte.

Então, tudo foi muito rápido. Os lábios dele estavam sobre os dela, em um beijo profundo e sincero. A mão direita, apalpando seu seio com força. Ela agarrou seu cabelo preto, achando que não aguentaria mais.

— Karl...

As mãos dele, bem como sua língua, estavam por todo lugar, puxando seu vestido cada vez mais para baixo.

— Levante a perna — ordenou ele.

Ela obedeceu. Lentamente, ele se livrou do vestido e depois de suas meias de seda branca. Assim, ela ficou completamente nua diante dele.

— Avise se não gostar de algo que eu fizer — falou ele, surpreso com a própria cordialidade. — Ou se algo em meu corpo te deixar com repulsa.

Ela não compreendeu. Olhando para as marcas de queimadura no corpo dele, pensou se isso o deixava inseguro.

— Eu gostarei de tudo — sussurrou ela, tocando seu rosto. — Eu te amo e amo tudo sobre você, cada parte sua.

— Eu também te amo — murmurou ele, dando-lhe um beijo desesperado.

Karl se moveu para cima dela, afastando suas pernas com as coxas. Estava quase perdendo o controle em pensar em penetrá-la, mas precisou averiguar se ela estava pronta.

— Você gosta disso? — perguntou ele, deslizando os dedos até sua parte mais sensível.

Lentamente, deslizou um dos dedos para dentro dela e a massageou. Fez movimentos leves de vai e vem. Quando ela se retorceu, ele soubera que não podia mais ser um cavalheiro.

— Não consigo esperar mais — arfou ele, esperando seu consentimento. — Preciso de você.

Enterrando os dedos dentro dela, ele esperou desesperadamente que ela estivesse pronta.

— Eu também preciso de você — respondeu ela, gemendo.

Rapidamente, os dedos dele desapareceram. Agora, na entrada do corpo dela, estava algo rijo e exigente entrando lentamente. Ela era mais apertada do que ele imaginou, fez o possível para ser gentil.

Por favor — implorou ela. Ela queria aquilo mais do que nunca — Estou pronta.

Empurrando seu corpo para frente, Karl a penetrou. Iniciou sua movimentação lentamente e obteve rápida resposta. Os quadris de Madelaine começaram a se movimentar, seguindo o corpo dele. Ao encarar seu rosto, tudo o que viu fora prazer.

Assim, o autocontrole desapareceu.

Ele começou a se mexer conforme a própria necessidade. O desejo se intensificou e Karl se entregou à vontade primitiva que o sufocava desde o momento em que a conhecera.

Agarrou o pescoço dela com força, incapaz de ser gentil. Dominado pela própria vontade, arremeteu mais fundo e rápido, sentindo-a cravar as unhas em seu pescoço, tentando seguir seu ritmo com os quadris.

— Karl — ela gemeu. — Ah!

Aquele som o inspirou a ir mais fundo e rápido. Tudo era inspirador, desde o cheiro dela, a imagem de seu rosto satisfeito.... Sentiu-se estremecer, mas conseguiu se segurar ao ranger os dentes. Não podia chegar ao clímax antes dela.

Karl.

Ele voltou para dentro dela, pressionando com muito menos sutileza do que deveria. Jamais desviou os olhos do rosto dela, observando os lábios dela se abrirem, desesperados em busca do ar, enquanto o corpo dele empurrava e arqueava.

Então, aconteceu. Um som saiu dos lábios dela, doce e suave. Ela gritou seu nome quando chegou no limite e estremeceu debaixo dele. Em resposta, ele arremeteu mais uma vez, explodindo dentro dela e a beijando, completamente sem forças.

— É sempre assim? — perguntou ela. — Eu não sabia que podia ser assim.

— Nem eu — confessou ele, rolando para o lado e a puxando contra seu corpo. Sentiu a mão dela repousar sobre seu peito. — Nunca foi tão bom.

Pela manhã, após um longo banho juntos, Karl e Madelaine estavam despidos e fazendo o desjejum. Mais felizes do que nunca, ele estava lhe contando sobre a promessa que fizera. Contou sobre a reza que fez para que ela fosse dele e que agora teria que frequentar a Igreja todos os domingos e todos os seus filhos seriam católicos. Era gargalhou da situação.

— Me conte sobre a Noruega — pediu ela, após parar de rir. — Como foi crescer lá?

— É um belo país, mas tem muita neve. Fica tudo coberto de neve no inverno, quase não dá para sair do castelo — contou ele, enquanto mordiscava uma uva.

— Como foi sua infância? — continuou ela, bebericando o chá. — Não consigo imaginar que tipo de criança você foi.

— Eu era terrível, obviamente. Cresci com meus dois irmãos mais velhos. As criadas enlouqueciam de tanto correr atrás de nós — contou Karl, a fazendo rir. — Espero que nossos filhos não puxem a mim.

— Estamos em apuros, eu era mais temperamental ainda e ninguém conseguia lidar comigo, com exceção do meu pai — ela sorriu, com a lembrança de saudade. — Ele tinha um humor parecido com o seu, apesar de odiar libertinos.

— Então ele me amaria, pois agora sou oficialmente um homem de família — o príncipe deu uma piscadela e se levantou em toda sua glória para se vestir. — É melhor começarmos a nos preparar, a viagem vai ser longa.

— Mas no máximo, não chegamos entre uma semana ou uma semana e meia lá?

— Teremos que parar ao longo do caminho — comentou ele, lhe dando um selinho. — Muitas vezes.

Ah.— Madelaine sorriu, envergonhada.

Em um impulso, ela se levantou e se aproximou dele, que estava se vestindo. Ficou triste quando olhou para as costas dele, com uma enorme cicatriz de queimadura e marcas de alguma briga. Na verdade, logo abaixo da queimadura, ele tinha marcas mais profundas ainda. Não somente nas costas, mas nas nádegas também. Ficou chocada por não ter percebido antes.

— São cicatrizes de funções militares ou de brigas? — perguntou ela, alisando a pele dele, que parecia ter ficado muito sério e desconfortável. — Tudo bem se não quiser falar.

Percebeu que o marido estava com os olhos tristes, mas gentilmente ele se virou e pegou a mão dela, levando para outros lugares em que ele tinha as mesmas marcas. Parecia que ele tinha sido açoitado.

Ah, não, pensou ela. Ele foi.

— São cicatrizes de castigos físicos do meu pai, a maioria com chicote. Mas ele gostava de inovar às vezes — contou Karl, a deixando com os olhos marejados. — A das costas, foi quando ele quase me matou. Mas meu irmão mais velho conteve o rei. Eu tinha dez anos e o peguei esbofeteando minha mãe, quebrei um jarro de flores na cabeça dele. Saiba, Maddie, que nunca serei igual a ele — Karl levou a mão dela ao seu rosto, que pela primeira vez parecia expressivo. Contar aquilo foi muito difícil para ele — Sempre vou tratá-la bem, com respeito e carinho. As queimaduras são um presente para mim, de quando salvei você. Elas cobriram a maioria das marcas, sou grato por isso.

— Desculpe, eu não fazia ideia — Madelaine tentou segurar o choro e acariciou o cabelo dele. — Sinto muito que isso tenha acontecido com você, tão pequeno e querendo proteger sua mãe — observou uma lágrima cair do olho dele, que nunca chorava. — O que você fez e ainda faz por ela é lindo. Tenho certeza de que ela vai ficar bem e orgulhosa do filho que teve.

— É o que eu mais quero — admitiu ele, colocando a mão sobre os olhos para chorar. — Só quero que ela saia da cama e converse comigo, me abrace como costumava — Madelaine secou as lágrimas dele. — Quando ela interviu na última discussão que tive com meu pai e anunciou que eu me casaria, fiquei com esperança. Ela foi forte e destemida, parecia ter recuperado as forças e me pediu com todo coração que eu achasse alguém e fosse feliz — ele soluçou. — Tudo o que quero é que ela fique bem e tenha orgulho de mim, que veja que achei o amor.

— Ela vai, Karl, tenho certeza disso. Você é um filho incrível e tem o mais belo e nobre coração que eu já vi — percebeu que ele ainda segurava o choro e toda dor que sentia. — Pode chorar, eu estou aqui e sempre estarei. Enquanto eu estiver ao seu lado, ninguém nunca mais vai machucá-lo. Não vou permitir.

Assim, Madelaine o abraçou e permitiu que ele chorasse. Sabia que o príncipe nunca chorava e não desabafava com ninguém. Por trás de toda dor e postura petulante, havia ainda um garotinho muito machucado pelo pai e pela tristeza da mãe, que vivia acamada. Queria ser capaz de tirar toda a dor dele e transferir para ela ou fazer algo a respeito para diminuir o fardo. Amava Karl com todo seu ser e partia seu coração vê-lo assim. 

Duas semanas depois, Madelaine e Karl finalmente chegaram à Noruega, que assim como ele descrevera, era um país lindo. Com muitas montanhas e lagos, ela ficou deslumbrada pela paisagem natural ao longo do caminho. Tinha certeza que seria muito feliz ali, já sentia como se estivesse em casa.

Quando finalmente chegaram ao castelo, ela enrolou o máximo que podia até entrar. Durante o trajeto, fez questão de costurar uma roupinha para o Pequeno Karl, embora fosse péssima com agulhas. Enrolou o pequeno cachorro gentilmente em uma cobertinha de lã e o entregou para uma criada, que ficou encarregada de cuidar do pequeno.

— Você será uma ótima mãe — falou Karl, observando a cautela dela com o cachorro. — Nunca vi ninguém tratar um animal com tanto carinho.

— Penso que todos os seres vivos merecem respeito — ela deu uma última arrumada no cabelo, com ajuda de um espelho que carregava. — Como estou? Minha mãe escolheu esse vestido.

O vestido em questão era muito belo, além de ter uma capa azul cor de gelo por cima, com bordados brancos enrustidos que a deixava aquecida. O vestido era branco, com detalhes brilhantes e delicados, de renda em algumas partes. Azul era a cor do brasão dos Hanworth e branco, a dos Bernadotte. Horas antes, eles pararam em uma hospedaria na fronteira e Madelaine colocara as joias dadas por Louis de presente de aniversário, além de fazer um penteado semelhante ao que sua mãe sempre usava.

— Você está mais que linda, está deslumbrante. Mais do que a mulher mais bonita da Inglaterra, agora terei que tomar cuidado, pois você também se tornou a mulher mais bonita da Suécia e da Noruega — ele acariciou seu rosto, tentando tranquilizá-la e desceu da carruagem, oferecendo sua mão. — Vamos?

— Não existem regras de etiqueta aqui para a esposa permanecer atrás do marido? — perguntou ela, enquanto descia e ele colocava sua mão sobre seu braço. — Não quero causar uma má impressão.

— Eu não sou conhecido aqui pelos bons modos, querida. A má impressão sou eu, não se preocupe — sussurrou ele em seu ouvido, enquanto eles andavam.

Quando a porta foi aberta e a chegada dos dois anunciada, Madelaine congelou. Tentou parecer tranquila, mas percebeu que todos os funcionários do castelo a encaravam, curiosos. Como não estariam curiosos em saber que tipo de mulher o Príncipe Pervertido havia se casado?

O salão da família real era maior que o do castelo de Arundel, além de ter um tapete vermelho enorme, característico de membros da realeza do mais alto nível. Um pouco depois, estava o trono do rei e o da rainha logo ao lado, ocupados. Ao lado da rainha, estava o assento para quatro pessoas. Um deles estava ocupado. Madelaine olhou para Karl e percebeu que ele estava muito feliz de ver a mãe ali, se não fosse o pai, já teria se jogado nos braços dela.

Quando Madelaine se aproximou e fez a melhor reverência que conseguiu, ao se levantar, ficou chocada com a beleza da rainha. Ann Elizabeth Bernadotte, Rainha da Suécia e da Noruega, era a mulher mais bonita que ela já havia visto na vida. De cabelo preto e olhos azuis, além de idêntica a Karl, a rainha era mais alta que Madelaine e não parecia ter mais do que quarenta anos. De traços marcantes, quando ela sorriu, Maddie ficou chocada com a semelhança até mesmo do sorriso deles.

— Karl! — uma voz feminina gritou. Madelaine viu a silhueta de uma garota loira muito baixinha, se jogar nos braços de Karl.

Viu que era Norabel, a irmã que ele tanto falava. De olhos azuis, ela também se parecia com a mãe. Era muito bela. Madelaine achou lindo a forma como Karl, que era uns trinta centímetros mais alto do que a irmã, a levantou e a jogou para o alto.

— Eu não sou mais criança! — protestou a princesa. — Coloque-me no chão, quero conhecer sua esposa.

— Também senti sua falta, irmãzinha.

De repente, Madelaine sentiu a rainha se aproximar dela e congelou. O rei permanecia sentado, parecendo entediado. August era mais baixo que a rainha e nenhum pouco semelhante aos filhos, no máximo os mais velhos e Norabel tinham o mesmo cabelo dele, de resto, por sorte, puxaram a mãe.

— Perdoe-me pela insolência de meus filhos, Lady Bernadotte — a voz da rainha era doce e calma. — É um prazer conhecê-la. Desde que Imogen me falou sobre você, fiquei ansiosa por sua chegada. Espero que você se sinta em casa.

— Obrigada, Vossa Majestade — Madelaine fez a melhor reverência que conseguiu. — É uma honra finalmente conhecê-la, meu marido me falou muito sobre você.

A rainha se virou e observou o rei partir, ele cumprimentou Madelaine brevemente e ignorou completamente a existência do filho. Sem ele ali, o local se tornou mais leve.

— O rei está cansado, mas daremos um baile durante a noite de boas-vindas para vocês e na próxima semana teremos um evento para coroá-la — avisou a rainha. — Gostaria de me acompanhar para que possamos conversar e nos conhecer?

— Seria uma honra, Vossa Majestade. Eu só gostaria de avisar meu marido antes, mas o perdi de vista.

— Ele está ali — apontou ela, na direção de Karl que estava sendo abraçado por umas sete crianças. — São os meios-irmãos dele. Estou aguardando a euforia passar para cumprimentá-lo.

— Ele parece gostar muito de crianças — observou Madelaine, vendo que Karl levantava as crianças e fazia cócegas nelas.

Ela gostava de bebês, nunca teve muita paciência para crianças. Percebeu, observando o marido brincar com os pequenos, que eles seriam uma dupla perfeita, ela podia mimar os filhos pequenos e depois deixá-los para Karl.

— Karl será um ótimo pai — acrescentou a rainha. — Sua prima logo chegará também, está ansiosa para vê-la.

— Birgitta? — Madelaine não pode conter a felicidade, fazia muitos anos que não via a prima, filha de Imogen. — A princesa Imogen comparecerá ao baile também?

— É claro, Lady Bernadotte, elas são da família e agora mais do que nunca querem estar perto de você — a rainha olhou para o filho, que finalmente havia se livrado das crianças. — Se me der licença, antes de irmos tomar nosso chá, eu quero cumprimentar meu filho.

Madelaine assentiu e observou Karl ir na direção da mãe, que o abraçou e colocou a mão sobre seu rosto, alegando estar muito feliz ao vê-lo parecer tão bem. Ele também demonstrou satisfação em vê-la feliz e bem, contendo as lágrimas.

— Imogen me falou muito sobre vocês e me descreveu cada detalhe do casamento — comentou a rainha.

— Eu tenho muito para contar sobre Madelaine. Graças a sua ideia de me casar, estou mais feliz do que nunca — contou Karl.

— Podemos conversar mais tarde, agora você precisa ir cumprimentar seu irmão Henry, ele ficou muito preocupado ao saber do seu acidente. Eu também, é claro — a rainha analisou a mancha vermelha escondida pela gola da sobrecasaca do príncipe. — Fico contente em vê-lo saudável. Vou passar um tempo com sua esposa, se você não se importar.

— Se você me devolvê-la em uma hora — respondeu ele. — Eu estou com saudades de todos vocês e tenho muito a conversar com Norabel, mas quero passar o maior tempo possível ao lado de minha esposa.

— Recém-casados — comentou uma voz familiar. Birgitta. — Todos iguais.

Madelaine perdeu a postura nobre que tanto tentara manter e foi correndo na direção de sua prima, que segurava um pequeno bebê. Birgitta tinha a aparência semelhante a de sua mãe, mas uma personalidade muito distinta. As duas se abraçaram brevemente.

— Senti sua falta, Anne — comentou Birgitta. — Gostaria de ter ido ver sua temporada.

— Eu também. Estou muito feliz de vê-la e conhecer Norman — Madelaine fez carinho no bebê, que parecia tranquilo nos braços da mãe. — Onde estão as meninas?

— Com meu marido, logo elas vão chegar, estão ansiosas para vê-la. Já se faz dois anos, não? — Birgitta se virou, fez uma reverência para a rainha e andou na direção de Karl para lhe dar um pontapé. — Esquecendo de me cumprimentar, idiota?

Da família, sua prima era quem mais se assemelhava com a personalidade de Madelaine, com a diferença de que era muito mais temperamental que ela e perdia a paciência facilmente.

— Minha querida prima — Karl sorriu falsamente. — Graças a Deus, seu filho se parece com o conde — ele levou um tabefe no braço. — Ai. Madelaine, me defenda. Ela também é sua prima.

— Na verdade, eu poderia ajudá-la — sugeriu Madelaine, fazendo a rainha rir. — Me esqueci completamente que temos a mesma prima.

— Imagine eu, a minha surpresa em saber que meu primo mais detestável se casou com minha prima mais querida — Birgitta pisou no pé dele antes de se dirigir a rainha. — É melhor você andar na linha, August. Eu moro há meia hora daqui e se você magoar minha prima, eu mesma vou matá-lo.

— Não tenho dúvidas — ele deu um sorriso amarelo e se virou para Madelaine. — Preciso ir ver meus irmãos. Você acha que vai ficar bem?

— É claro, sua mãe é incrível — comentou ela, enquanto ele lhe dava um rápido beijo na bochecha ao ver que a mãe estava distraída com a prima.

— Estou preocupado a respeito da nossa prima em comum, ela é pior que você. Passei a infância apanhando dela por quebrar suas bonecas — contou ele, a fazendo rir. — O que achou da minha mãe?

— Além de muito gentil e educada? Ela é a mulher mais bonita que eu já vi — falou. — Estou chocada com o quanto vocês se parecem fisicamente.

— Esse é o melhor elogio que eu poderia receber — ele beijou suas mãos levemente, antes de partir. — Até mais tarde, querida esposa.

— Até mais, Karl.

Assim, Madelaine se virou e foi na direção da rainha e da prima que a esperavam. Teve uma tarde muito agradável, contando sobre como ela se apaixonou pelo príncipe para as damas e chocando Birgitta ao revelar que Karl havia se mostrado um cavalheiro e tanto, além de aliviar a rainha que temia que o filho continuasse com o comportamento de antes. Garantiu para ambas, que o príncipe estava mais que domado, ele estava apaixonado.

Se vestir para o baile da família real fora mais difícil do que Madelaine pensara. Após receber muitos beijos e carinhos maliciosos do marido, ela conseguira fazê-lo parar e chamou suas novas criadas para ajudá-la na preparação. Recebeu de presente um vestido de veludo vermelho da rainha, com bordados dourados, bem como joias lindas de que combinavam com ele e acessórios para o cabelo.

Ao olhar para o espelho, Madelaine viu uma mulher, uma futura princesa e não mais uma menina que estava sempre com o cabelo desgrenhado e odiava usar roupas bonitas. Realmente, o vestido era desconfortável e as joias muito pesadas, além de ser insuportável ser o centro das atenções, mas estava se acostumando mais facilmente do que imaginava.

— Maddie, você está pronta? — perguntou Karl, que estava usando uma coroa prateada acima do cabelo e vestes em um tom de azul-escuro combinando com os olhos. — Posso entrar?

— É claro, esse é o seu quarto — lembrou ela.

— Prometo que mandei trocar todos os móveis — comentou ele enquanto abria a porta. Ficou imóvel quando a viu.

— O que foi? O gato comeu sua língua? — indagou ela, sorrindo.

— Estou com ciúmes de todos te verem assim — ele pegou o lençol e jogou por cima dela. — Agora sim.

— Karl! Meu cabelo — ela tirou o lençol de sua cabeça rindo. — Vou matá-lo se algum fio meu estiver fora do lugar.

— Não há nada mais gratificante do que ser ameaçado por uma mulher bonita — comentou ele, com um beijo em sua mão. — Principalmente minha mulher.

Madelaine sentiu um arrepio percorrer seu ventre quando o rosto dele se aproximou perigosamente de seu pescoço, para depositar um leve beijo. Reunindo toda a dignidade possível, ela foi para o lado e empurrou as costas dele.

— Vamos logo, Karl. Se você ficar me provocando, terei que puni-lo.

— Você está tentando me encorajar ou me fazer desistir? — ele deu um de seus malditos sorrisos e ela o empurrou para fora do quarto com um chute.

— Pelo amor de Deus. Karl, agora não é hora ou o momento para isso — Madelaine aceitou o braço que Karl estava oferecendo. — Você precisa terminar de me ensinar tudo sobre sua família, pessoas que devo tomar cuidado e...

— Falando em tomar cuidado — murmurou ele no ouvido dela, parando no meio do corredor antes de adentrar o salão. — Lady Henrietta, que desprazer vê-la por aqui. Não deveria estar correndo atrás do rei?

— Fiquei sabendo que minha antiga melhor amiga saiu da cama — respondeu a mulher asquerosa, que Madelaine soube imediatamente que era uma das amantes do rei. — Finalmente, não é mesmo?

Madelaine segurou o braço do marido ao ver que ele havia fechado a mão de raiva. Não havia nada pior do que alguém falar mal da mãe para ele, principalmente a melhor amiga que havia traído Ann Elizabeth, sendo um dos motivos de sua melancolia.

— Julgo que ainda não fomos apresentadas — interviu Madelaine. — Sou Madelaine Bernadotte, a duquesa de Vestland, na Noruega. Além do condado de Bohus, na Suécia — levantou o queixo, era mais alta do que a amante real. — Quem é a senhorita, de quem nunca ouvi falar?

— E futura Princesa da Suécia e da Noruega — completou Karl, orgulhoso. — Minha esposa.

— Sou Lady Henrietta Hansen, uma amiga próxima do rei August Bernadotte — cumprimentou ela, fazendo uma reverência forçada. — Uma pena que a senhorita, sendo tão bela, tenha um marido de péssima reputação.

— Existe reputação pior do que a de uma amante? — indagou a duquesa de Vestland. — Da próxima vez que nos virmos, espero uma reverência adequada. Não sabia que na Noruega a corte real era tão mal frequentada — Madelaine passou por ela e deu um sorriso falso. Antes de sair, sussurrou no ouvido de Henrietta: — É uma pena o pouco discernimento do rei para escolher uma mulher. A rainha é mil vezes mais bela do que você.

Segurando o braço do marido e com a confiança de que conseguiria sobreviver naquele país, Madelaine e Karl adentraram o salão de baile após serem anunciados. Assim como ela imaginou, a maioria das mulheres pareciam ter ódio ao olhá-la e suspiros quando viam Karl, que olhava firmemente para a esposa, admirado com a beleza dela e ainda mais apaixonado após ela ter colocado a amante de seu pai em seu lugar.

Depois de cumprimentar uma longa lista de convidados e rever a tia, Imogen, Madelaine finalmente pode conhecer a Princesa Norabel Bernadotte, de quem Karl tanto falava. Assim como descrito por ele, ela tinha uma personalidade doce e aparência que lembrava Georgina Bunwell.

— Eu estava tão ansiosa para conhecê-la. Karl me escreveu uma carta de cinco páginas falando sobre você — contou Norabel, a surpreendendo com um abraço. Era mais desinibida do que Georgina. — Você é mais linda ainda pessoalmente! Posso chamá-la de irmã? Eu sempre quis ter uma irmã mais velha.

— É um prazer conhecê-la também, princesa. — ela sorriu gentilmente. — Pode me chamar como bem entender. Seu irmão falou tanto de você que sinto que já nos conhecemos.

— Até mesmo o som da sua voz é bonito! — observou a pequena princesa. — Tenho tantas coisas para contar para você.

— Você vai deixá-la tonta, Norabel — avisou Karl. — Amanhã posso liberá-la um pouco para tomar chá com você, hoje ela já está nervosa com muitos olhares.

— Desculpe — falou a pequena garota, segurando a mão de Madelaine. — Se alguém a desagradar, me conte imediatamente. E me chame de Norabel, por favor.

— Obrigada, Norabel — Madelaine apertou sua mão carinhosamente. — Você é adorável.

Madelaine e Norabel se assustaram com uma mulher de cabelo cacheado voando nos braços de Karl em um abraço carinhoso. Ele havia descrito cada pessoa importante para ele e a esposa não se lembrava de nenhuma familiar semelhante à ruiva.

— Karl, quanto tempo! — falou a moça desconhecida, lhe dando um beijo na bochecha.

O príncipe sorriu para ela. Foi quando Madelaine planejou como o mataria.

— Yennefer, como você veio parar aqui?

Até que Madelaine se deu conta, ao ver a mulher o abraçando mais forte ainda para esfregar seus seios fartos contra o corpo dele, que se tratava de alguma nobre com quem ele já tivera um caso. E pelo visto, muito descarada.

Karl foi bastante educado e retribuiu o abraço. Quando se afastou da garota, viu Madelaine com as sobrancelhas erguidas, ainda envolto nos braços da mulher que se dizia uma amiga antiga. Ele imediatamente tirou as mãos da amiga de seu rosto e se afastou ao perceber o olhar gélido da esposa, embora a garota estivesse agora acariciando seu braço.

Karl estava desesperado e Norabel se assustou com a expressão de Madelaine, que agora parecia tranquila e, ao mesmo tempo, incomodada, com um sorriso falso no rosto. As sobrancelhas dela estavam ainda mais levantadas, aguardando Karl fazer a devida apresentação.

— Yennefer, permita-me apresentar minha esposa, a duquesa Madelaine Bernadotte e futura princesa da Suécia e da Noruega — Karl saiu do lado dela e foi até a amada. — Madelaine, essa é Yennefer Laurent.

Ah, então é verdade. Estou honrada em conhecê-la, Vossa Graça — a garota fez uma reverência e Madelaine retribuiu. — Parabéns por ter conquistado um homem tão incrível. Você é uma mulher de sorte.

— O prazer é todo meu — Madelaine sorriu e olhou para Karl. — Tenho muita sorte mesmo.

— Me conte, Vossa Graça, ele conquistou seu afeto com presentes ganhados em duelos? — Yennefer acariciou o braço de Karl, que continuava olhando fixamente para a esposa.

— Na verdade, ele ganhou meu coração sem precisar usar uma arma — respondeu Madelaine educadamente ao ver Yennefer passar a mão no braço de Karl. Sentiu o sangue ferver dentro de seu corpo, queria matá-la também.

— Que pena — continuou a garota, passando a mão pelo cabelo dele, que arregalou os olhos. — Quando eu o conhecia, ele era incrível em duelar por joias.

— Ah, sério? Ele era? — Madelaine se virou para o marido, com um sorriso que o fez tremer.

— Foi apenas um brinco — argumentou Karl, enquanto Norabel o encarava de braços cruzados e Madelaine aguardava. — Um brinco muito pequeno e insignificante, que conquistei em um duelo — Madeleine fez um som de "hum", para que ele prosseguisse. — O mais engraçado é que Yennefer acabou se casando com o homem que duelei.

— Que romântico — comentou Norabel. — Como está o casamento, Yennefer?

— Ele morreu — respondeu ela. — Teve uma terrível gripe.

Yennefer voltou a se virar para Karl e murmurou uma frase em francês. A ruiva era provavelmente uma ex-namorada dele da França.

Pourriez-vous me présenter le palais? (Você se importaria de me apresentar o palácio?) — ela falou, acreditando que a esposa dele não falava francês.

Je ne peux y aller qu'avec le consentement de ma femme (Só posso ir com o consentimento de minha esposa) — respondeu Karl, tentando se livrar dela com educação.

— Você se importaria de emprestar seu marido? Não se preocupe, eu apenas gostaria de levá-lo para dar uma volta — indagou Yennefer para Madelaine.

N'hésitez pas, vous pouvez le prendre (Fique a vontade, pode levá-lo) — respondeu Madelaine, surpreendendo até mesmo Karl que não sabia que ela era fluente em francês.

Yennefer sorriu e segurou o braço de Karl, o arrastando. Ele olhou para a esposa, que continuava com uma expressão serena no rosto, esperando uma confirmação ou qualquer coisa. Ela queria, de fato, matá-lo, mas aguardaria até que eles chegassem em seus aposentos. Madelaine estava o testando, pois queria que Karl se livrasse da mulher por conta própria. Era um teste e ele havia falhado.

— Bom passeio, Karl. Te vejo mais tarde — sussurrou Madelaine em seu ouvido, enquanto observava Yennefer puxá-lo.

— Uau — comentou Norabel. — Nunca vi meu irmão tão assustado na vida. Como você o deixa com tanto medo? Quero aprender a assustar meu futuro marido como você fez.

— Então você realmente vai se casar? — perguntou Madelaine, em choque. — É algo que você quer?

— Eu gosto muito dele, do Príncipe dos Países Baixos. Ele é gentil e também gosta de mim — contou a garota. — Vamos nos casar assim que eu fizer dezesseis anos.

— Você já conversou sobre isso com seu irmão?

— Sim. Ele disse que só vou me casar se ele aprovar meu noivo — contou ela, revirando os olhos. — Amanhã meu futuro noivo vai chegar para organizarmos um jantar formal de noivado, ele está morrendo de medo de Karl. 

— Não se preocupe, Norabel, talvez o seu irmão não esteja vivo até amanhã — comentou Madelaine, observando Karl desaparecer de sua vista, com Yennefer o arrastando até fora do salão.

No fim da noite, Madelaine fez o possível para fugir do marido, que a perseguia por todos os cantos do salão. Estava esperando sua raiva passar para não discutir na frente de todos. Irritada, fez questão de dançar com William, um irmão bastardo de Karl que ela conhecera durante sua infância.

— Você parece muito irritada — observou William, no final da dança. — O que houve, foi sua boneca que eu quebrei aos dez anos?

Madelaine riu, lembrando do ódio que tinha dele, que agora a tratava tão bem. Assim como muitos outros no salão, ela sabia que William tinha segundas intenções com ela. Sentiu a mão do bastardo em sua cintura, ele estava admirado com a beleza dela.

— Não. Na verdade, você conhece Yennefer Laurent? — indagou Madelaine, quando a melodia parou.

— Ela e Karl namoraram há uns cinco anos, me lembro que ele chegou a pensar em noivar com ela para irritar nosso pai — respondeu ele. — Mas ela acabou ficando com outro na época. Se ele te desagradar de alguma forma, me avise imediatamente.

— Interessante. Obrigada pela informação e pela dança, William — Madelaine sorriu e olhou na direção que o irmão de Karl estava olhando. — Até mais.

Ali estava Yennefer, segurando o braço de Karl que conversava com o irmão mais velho, Harald. Karl tentava gentilmente afastar a mão dela, mas ela era muito persistente. De repente, ele se virou para Madelaine com um sorriso. A esposa saiu andando, se tremendo de tanta raiva que estava sentindo. Não acreditava que ele ainda não havia se livrado da inconveniente. Talvez estivesse gostando das insinuações dela.

Andando o mais rápido que podia, Madelaine saiu do salão e ergueu o vestido para cima para subir as escadas correndo ao perceber o marido que estava logo atrás dela e gritava seu nome. Não soube para que lugar ir, então entrou no quarto que dividia agora com Karl. Assim que ele chegou, fez questão de bater a porta na cara dele.

— Madelaine! — Karl a chamou, batendo na porta. — Pelo amor de Deus, vamos conversar e resolver esse mal-entendido.

Madelaine colocou uma cadeira na porta, para impedi-lo de entrar e se afastou, se sentando na frente do espelho para desfazer o cabelo e tirar os acessórios. Tirou um por um, enquanto se mantinha em silêncio.

— MADELAINE! — ele bateu na porta mais forte, ao perceber que estava sendo ignorado.

— Espero que você tenha algum lugar para dormir aqui no castelo — respondeu ela. — Ah, talvez Yennefer tenha espaço na cama dela para você. Devem ter confundido ela com sua esposa hoje, aproveite e faça dela sua mulher.

— Ah, pelo amor de Deus! — ele bateu na porta novamente. — Se você não abrir essa porta agora, eu vou entrar contra sua vontade nesse quarto.

— Não ouse! — ela se levantou, tirando os sapatos e se preparando para jogar nele. — Se você entrar, eu vou matá-lo.

Teimoso como sempre, o príncipe abriu a porta com um chute. Fechou ela com outro e se virou para Madelaine, furioso. Tentou ir na direção dela.

— Não se aproxime! — gritou ela, jogando um sapato nele.

— Se eu me aproximar, você fará o quê? — ele deu mais um passo e dessa vez ela jogou a escova de cabelo nele. — Controle seu temperamento, Madelaine, eu já estou furioso o suficiente com você.

— Ah, você está? Eu poderia ter feito um escândalo, mas me contive pelas aparências e fiquei a noite inteira esperando você se livrar daquela mulher! — agora os travesseiros estavam voando na direção dele, enquanto ela andava para trás.

— Raios, pare de jogar coisas em mim! — ele tirou o que deveria ser um lençol de cima. — Eu não fiz nada com ela, fiquei esperando que você se livrasse dela — ele se aproximou. Agora Madelaine estava com uma mala na mão — Já que estamos falando disso, pensa que eu não vi a forma como William olhou para você e segurou na sua cintura?

— E eu agora sou sua mãe para me livrar de quem o incomode, Karl? Você é dono da sua própria vida e deveria ter me respeitado e afastado aquela mulher! — gritou ela, furiosa, jogando a mala nele e o deixando mais irritado ainda.

— Isso não justifica sua dança com meu irmão — ele respirou fundo, passando a mão pelo cabelo. — Você não é tola, sabe que ele estava com segundas intenções. Homens são perigosos, Madelaine.

— Não foram nem dez minutos se comparar a mais de uma hora que Yennefer ficou seguindo você — Madelaine se aproximou, para encará-lo. — Como ousa tentar me culpar pela sua própria imaturidade? Sua boca ia cair de falar para ela se afastar? — ela o empurrou, o deixando ainda mais irritado. — Ah, talvez você tenha gostado de quanto ela esfregou os seios fartos em você!

— Ah, com certeza, se eu tivesse gostado como você diz, poderia estar na cama dela agora e não atrás de uma mulher temperamental como você — ele se aproximou e segurou a mão dela, que estava segurando uma bandeja pronta para ser arremessada nela. — Não ouse jogar mais nada em mim, Madelaine.

— Largue o meu braço — avisou ela, com muita raiva. — Me deixe em paz e vá atrás de Yennefer!

— Pelo visto, talvez eu devesse ir mesmo! — ele explodiu. — Parece que é o que você quer. Assim você pode ir atrás do meu irmão, não?

Madelaine esbofeteou Karl com o máximo de força que conseguiu, fazendo ele respirar fundo de tão enfurecido que ficou. Em resposta, o príncipe a prendeu contra a parede e colocou suas mãos para cima, tentando pará-la.

— Me largue, seu imbecil! — ela tentou chutá-lo na perna, mas ele estava sério. — Vou matá-lo. 

— Eu não vou largá-la enquanto não se acalmar — avisou ele, com o rosto próximo do seu. — Não é assim que resolveremos as coisas, com você gritando e me agredindo sem me ouvir — ele esperou mais um tempo, mas a expressão no rosto dela continuava assustadora. — Me escute, só vou repetir uma vez. Eu não fiz nada com Yennefer e nunca faria. Eu amo você, não há ninguém na Noruega a essa altura que não tenha visto isso depois que sai correndo como um idiota atrás de você no meio do salão.

— Eu disse para você me largar — insistiu Madelaine, que parecia muito irritada, mas um pouco mais controlada. — Você me irritou hoje como ninguém nunca foi capaz e eu não posso permitir ser desrespeitada como fui.

— Me escute — ele soltou os braços dela e se aproximou. — Você não está me ouvindo.

Quando Karl largou os braços de Madelaine, se aproximou perigosamente do rosto dela. Ela ergueu o queixo para encará-lo nos olhos. Muito próximos, ela sentiu a raiva diminuir um pouco, principalmente quando ele a beijou. De início, ela se assustou, mas depois o empurrou. Ela pensou em levantar a mão para ele novamente, mas desistiu ao ver seu rosto vermelho.

Maddie... — ele murmurou, a olhando com raiva.

Com ódio nos olhos e um desejo avassalador surgindo e percorrendo todo seu corpo, Madelaine o beijou enfurecidamente. Karl retribuiu com mais fúria ainda, a jogando contra parede e retirando seu vestido como um selvagem, enquanto a mão dela trabalhava em seu zíper. De repente, ela se livrou da parede. Foi quando decidiu que iria se vingar do marido.

Com uma das mãos sobre o peito de Karl, ela o empurrou sobre a cama. Ele a olhou, com os lábios umedecidos de desejo e um fogo inexplicável nos olhos, sem acreditar no que ela fizera.

Madelaine se afastou e colocou a mão na chemise que vestia docemente.

— Quer que eu tire? — sua voz foi um sussurro.

Karl assentiu, sem entender o que estava acontecendo.

— Então implore — exigiu ela.

Queria saber se ele poderia ser dominado, se deixaria ela se vingar de todas as vezes em que a provocava.

— Por favor — implorou ele, com a voz falha e rouca.

Madelaine havia aprendido muito nas duas semanas de casamento com Karl, principalmente sobre tudo o que o deixava excitado. Quando ela tomava partido, ele parecia arder em chamas. Ela não podia negar amar ter controle sobre ele, era uma delícia vê-lo desesperado.

Se sentiu poderosa o olhando de cima e vendo ele com os olhos ainda fixos no corpo dela, aguardando ansiosamente.

Lentamente, Madelaine abaixou a manga direita da chemise, depois a esquerda, mas ainda deixando seus seios cobertos.

— Você quer mais, Karl? — provocou, sorrindo maliciosamente.

— Sim — ordenou ele.

— Não é assim que vai conseguir — sussurrou ela.

— Por favor, mais — pediu ele. — Eu faço o que você quiser.

Se virando de costas para impedi-lo de ver a parte que ele mais gostava em seu corpo, ela abaixou a chemise completamente e passou pelas pernas. Passou a mão pelo próprio corpo e apertou seus seios, ouvindo ele grunhir por não poder enxergá-la.

Ao ouvir Karl se mexer, soube que ele não aguentaria muito.

— Fique parado — exigiu.

— Maddie, por favor — ele arfou, quase na ponta da cama, com a mão prestes a tocá-la.

— Deite-se — ordenou ela, o deixando desesperado e confuso. — Eu mandei você se deitar, Karl.

Karl se afastou, indo mais para trás na cama, com a respiração irregular e o corpo ardendo em desejo.

Ela passou a mão pelo bico dos seios, depois foi descendo até quase chegar a virilha, não chegou a se tocar, mas abaixou a mão o suficiente para levá-lo à loucura. Ela gemeu para provocá-lo. 

Karl emitiu um som completamente incompreensível, quase incapaz de se conter. Ela sabia que ele não aguentaria muito tempo.

— Termine de puxar suas calças — exigiu ela e ele imediatamente obedeceu, com muita pressa, com o membro já saltando para fora. — Eu deveria ajudá-lo?

Ele grunhiu, tentando se conter e se livrou das calças. Ela o admirou, passando a língua pelos lábios e imaginando o que mais poderia fazer para levá-lo a loucura.

— Madelaine — ele estava implorando. — Não posso suportar mais.

— Se você não me obedecer, Karl, não me terá — avisou ela. — Me obedeça.

Ele permaneceu parado, com os olhos cheios de malícia. Se encostou na cabeceira da cama, com as mãos apertando o lençol. Karl também era muito bom e provocar, não precisava se esforçar, bastava olhá-la com a maldade de seus olhos azuis e ela perderia o controle.

— Eu me pergunto, se você gostaria que eu fizesse... — ela levou os dedos aos mamilos. — Isto.

Madelaine acariciou seu seio direito, com arrepios pela expressão de desejo de Karl enquanto a observava.

— Maddie — gemeu ele, com os lábios entreabertos e os olhos carregando uma vontade avassaladora.

— Que delícia — disse ela, no mesmo tom que ele usara no dia da árvore. Ela levantou a outra mão e começou a acariciar seus seios com mais força, da mesma forma que ele gostava de fazer, em movimentos circulares. — Que sensação deliciosa.

— Eu posso fazer melhor — sua voz saiu misturada a um gemido e o sotaque norueguês irresistível. — Venha aqui.

— Você tem muito mais conhecimento nessa área, não? — provocou ela. — Interessante.

— Deixe-me te mostrar toda minha experiência então.

Ela pareceu interessada na proposta, levantando a sobrancelha, como se estivesse cedendo. Mas, na verdade, estava amando a sensação de poder fazer com ele o que bem entendesse. Assim, Madelainde se aproximou dele, que também se aproximou dela.

— Vou deixar você me tocar, mas... — ela colocou a mão sobre o peito dele. — Você vai fazer tudo o que eu mandar. Diga que vai.

— Qualquer coisa, por favor — ele estava desesperado.

Madelaine subiu na cama, indo em sua direção e se sentando na coxa direita dele, para provocá-lo mais ainda. Karl grunhiu alto, com sua masculinidade tocando a perna dela.

— Encoste no meu seio direito como fiz, me mostre como você faria.

Obviamente, ele sabia como usar as mãos muito melhor do que ela. Apertou e acariciou da forma que ela fizera, mas muito melhor. Ele claramente faria qualquer coisa que ela mandasse.

— Coloque na boca — mandou, mas quase se entregando ao desejo que crescia por estar sentada na perna dele.

Karl lhe mostrou tudo o que sua língua desesperada era capaz de fazer, chupando e beijando, fazendo o corpo dela se contorcer de tanto desejo. Quando a mão dele foi de encontro com seu quadril, o apertando com força, ela sabia que estava perdendo o controle.

Mas ainda precisava dar uma lição nele.

— E agora? O que posso fazer por você, Lady Bernadotte? — ele começou a provocá-la, sabendo que ela estava gemendo muito para respondê-lo. — Talvez eu deva ajudá-la a pensar nas opções?

O corpo dela ficou rijo ao sentir a mão dele passando pelo meio de suas pernas. Não respondia mais por si. A mão foi diretamente para a sua entrada.

— Tenho tantas opções. Eu poderia beijá-la aqui — o dedo dele estava na sua feminilidade. — Ou aqui — a língua, lambendo o bico de seu seio — ele sorriu, sabendo que seu sorriso a desequilibrava. — Posso descer até o meio de suas pernas também ou ensiná-la a montar. O que você prefere?

Karl — ela arfou, enquanto os dedos dele entravam lentamente dentro dela.

— Se você montar, saiba que não serei dócil como da última vez — ele provocou.

Da última vez que Madelaine tentou ir por cima, sentiu muito incômodo e ele fora muito gentil. Mas agora, ainda mais com raiva dele, passou as pernas pelo seu quadril e o deitou na cama com um empurrão. Ele levou a mão até os quadris dela, desesperado. Sentiu os dedos dele escorregarem, a guiando para baixo até ela sentir a ponta de seu membro, duro e exigente em sua abertura. Dessa vez, não hesitou.

— Deixe que eu a guio — falou ele, sem aguentar a demora dela.

— Não — respondeu Madelaine, empurrando o quadril até senti-lo dentro dela. Era uma sensação estranha, mas não mais dolorida.

Sentiu cada centímetro dele deslizando para dentro dela, roubando-lhe toda a postura que precisava para colocá-lo em seu devido lugar. Deslizando para cima e para baixo como fizera da última vez, dessa vez ela não fora delicada. Estava com raiva e o faria pagar.

— Maddie — ele gemeu, sentindo ela envolvê-lo por completo e embalando o corpo para cima e para trás, ainda com a mão no peito dele, o impossibilitando de se levantar.

— Nunca mais você vai abraçar alguma mulher ou deixar que lhe toque, está me entendendo? — perguntou ela, se movimentando com mais força para frente e o fazendo gemer. — Está me entendendo? — ela puxou o cabelo dele. — Prometa.

— Sim! — arfou ele. — Eu prometo.

Finalmente, ela tirou a mão do peito dele e ele teve liberdade para ajudá-la. Respirando com dificuldade e se contorcendo sobre ele, Karl assumiu o controle e a colocou para se movimentar para cima e para baixo, da forma que ele gostava, em um ritmo constante e difícil para ela seguir.

— Karl — ela gemeu, sentindo o corpo se agitar, incapaz de controlá-lo perante o desejo que tomava conta de seu corpo.

Karl apenas grunhia de forma primitiva, com o membro pulsando dentro dela. Assim como avisou, não foi nenhum pouco dócil, puxando o cabelo dela às vezes e apertando seu pescoço. Madelaine fez o melhor que conseguiu, se movendo junto a ele e conforme ele exigia. Até que finalmente aconteceu.

Soltou um grito involuntário, sentindo-se desmoronar e atingir o limite do prazer, apertando os ombros dele com força. Um pouco depois dela, ele explodiu, levantando-a da cama no momento e sussurrando seu nome.

Quando terminou, a levantou como se fosse um objeto frágil e a deitou ao seu lado, abraçando sua esposa temperamental e lhe fazendo promessas de amor, de que nunca, jamais, em hipótese alguma, deixaria alguma mulher desrespeitá-la novamente. Por Deus, ele faria qualquer coisa por Madelaine.

Um mês depois da coroação de Madelaine, Karl preparou uma surpresa. Ele amava estar no castelo com a família, mas sabia que muitas vezes seu pai era inconveniente, e a esposa, mesmo dando seu melhor, não gostava nenhum pouco do rei e odiava toda a atenção diária que recebia, tendo sempre que agir de maneira planejada. Ela nunca falou nada para ele sobre estar insatisfeita lá, mas ele a conhecia como ninguém agora e sabia que precisavam deixar o castelo.

Henry August Bernadotte, o príncipe herdeiro da Suécia e da Noruega, havia concedido um ducado e um condado para o irmão, em um deles, no ducado de Vestland, havia o castelo Gamlehaugen, muito belo. Acreditava que a esposa iria amar por ser no campo e aconchegante.

Ainda com a fenda nos olhos de Madelaine, percebeu que ela estava começando a ficar impaciente com a demora.

— Já estamos chegando? — perguntou ela pela décima vez. — Onde você está me levando?

— Para casa — respondeu, a deixando assustada. — Nossa casa.

Assim que a carruagem parou, ele a ajudou a descer.

— O Pequeno Karl — lembrou Maddie, ao ouvir o latido do canino. — Não sei onde estamos, mas não o deixe fugir.

— Ele está nos meus braços — falou ele, olhando para o castelo branco logo a frente, rodeado por árvores, além de um lindo e vasto campo. — Já pode olhar.

Quando Madelaine olhou para o castelo Gamlehaugen, ficou sem palavras admirando a beleza do local, bem como a paisagem e todos os detalhes. Ficou muda por um bom tempo.

— É perfeito — falou ela, lhe dando um selinho e sendo lambida pelo cachorro nos braços de Karl. — Não é grande demais para deixar um vazio ou pequeno para não caber cinco filhos — ela correu para a entrada, quando o mordomo da casa abriu as portas.

Karl já conhecia o local, havia brincado lá algumas vezes durante a infância, o castelo era usado apenas pela rainha, para passar as férias de verão com os filhos. No primeiro andar, havia uma sala de estar enorme, uma sala mais íntima junto a uma vasta biblioteca, uma estufa pequena anexada ao castelo, uma sala de música, dois escritórios e uma bela sala de jantar. Nos fundos, havia a cozinha e cômodos menores. No segundo andar, um quarto principal, quatro quartos infantis decorados, um quarto de hóspede e uma sala de estudos. Era um bom local para pessoas como eles, que cresceram em ambientes grandes e extravagantes demais e queriam um lugar mais aconchegante. Madelaine ficou admirada, principalmente com a decoração impecável. A cada porta que abria, mais feliz ficava.

— Você gostou? — perguntou Karl, colocando o Pequeno Karl no chão. — Tem até uma caminha para o nosso cachorro.

Ela sorriu e se jogou nos braços dele para beijá-lo. Não poderia estar mais realizada.

— Eu amei — respondeu ela, lhe dando mais um selinho. — Mas se vamos ter cinco filhos, vamos ter que redecorar a sala de estudos.

— Na verdade, considerando o passado de sua avó, a Duquesa da Fertilidade, se trabalharmos em dobro e tivermos gêmeos, não vamos precisar mudar nada — brincou ele.

— Nesse caso, temos muito trabalho a fazer — comentou ela. — Nosso quarto é lindo, mas acredito que precisa ser inaugurado imediatamente.

— Quem sou eu para discordar da minha linda esposa? — Karl a levantou nos braços a caminho do quarto e a beijou carinhosamente. — Eu amo muito você, sabia? Estou ansioso para ter filhos que se pareçam com você e com a minha personalidade.

— Ah, então você tem medo de nascer uma pequena Madelaine? — ela lhe deu um peteleco. — Pode ter certeza de que agora vou rezar todas às noites para todos os meus filhos terem o seu rosto e o meu jeitinho.

— Que Deus tenha misericórdia de mim.

Sorrindo, ele a levou para o quarto e Madelaine soube imediatamente. Karl sabia que ela não havia se acostumado com a vida na corte, sem que ela precisasse falar algo a respeito. Ainda, ele decidiu se mudar para um lugar que sabia que ela sonhava em morar. Não tinha dúvidas de que Karl era o melhor desafio que já tivera em sua vida e que eles seriam muito felizes juntos.

O infame Príncipe da Suécia e da Noruega, Karl August Bernadotte, havia virado seu mundo de cabeça para baixo com o seu sorriso travesso e intensos olhos azuis. E ela não poderia estar mais feliz por isso.


— AGRADECIMENTOS —
CAPÍTULO EM REVISÃO.

Chegamos ao tão esperado último capítulo, mas antes de eu me despedir de vocês, preciso que comentem aqui o que querem ver no epílogo. Eu sempre termino um livro querendo saber alguma coisa, então quero fazer um epílogo bem detalhado.

Comentem aqui e no epílogo, qualquer coisa, para eu poder ir atrás de quem quiser ler a história do Louis, vou avisar um por um que comentar quando postar. Me sigam também, Cartas para Louis Hanworth é apenas uma das histórias que estou planejando.

Gostaria de agradecer por todos os comentários, curtidas e apoio de vocês. Fazia muito tempo que eu não escrevia e sou conhecida por começar projetos e nunca terminar, devo ter mil fanfics arquivadas no meu google docs. Estou muito feliz em ter terminado essa história.

Sobre Cartas para Louis Hanworth: quem lê as notas, sabe que já postei a sinopse aqui e a capa vai ser a azul, que algumas leitoras escolheram. Karl e Madelaine vão ter participação especial em um capítulo e muito destaque quando forem visitar Georgina.

Gostaria de fazer um agradecimento especial para as leitoras que comentam: Eu di Lua, Bella, Luisa, Nicole, Juddy, Letícia, Karol, Edileuza, Kelly, Soph, Duda, Dani, Nice, Lis, Thais, Bruna, Maju, Grazielle, Beatriz, Patricia, Pri, Ana Gabrieli. E mais umas 10 que eu certamente esqueci, mas se comentarem, eu boto aqui. Vou atrás de todas vocês para avisar da história do Louis.

É isso, vejo vocês no epílogo e na história  do Louis. O epílogo vai sair ainda esse mês, se preparem psicologicamente. Até mais!

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