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────── 𝓒𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟓

Quando Madelaine acordou novamente, percebeu ser real. Infelizmente, o acidente havia acontecido e o príncipe, falecido. Seu coração estava despedaçado de uma forma que nunca esteve antes, cada parte de seu ser doía. Apesar da falta de ar, era como se ela não conseguisse se sentir viva. A dor do luto e a culpa a consumiam.

— Finalmente — ouviu uma voz masculina e se esforçou para se sentar. — Você não sabe o quanto me preocupei com você.

Enquanto ela tossia, o irmão a abraçou. Louis começou a fungar, chorando no ombro dela, enquanto murmurava sobre o quão preocupado havia ficado e sobre ter sido ele quem teve que carregá-la até o quarto.

— Eu sinto muito de verdade, Maddie. Enquanto você estava desacordada, fiquei em pânico. Senti-me tão culpado — ele acariciou a mão dela. — Por favor, me perdoe. Se não tivéssemos discutido, tudo isso não teria acontecido. É minha culpa.

Com lágrimas nos olhos, ela colocou a mão sobre a dele e tossiu mais um pouco antes de falar.

— Não é sua culpa, Louis. A única culpada sou eu. Desonrei nossa família, fui irresponsável e imatura — falou, abaixando os olhos e sentindo lágrimas se formarem. — E por minha culpa o príncipe se foi. É tudo minha culpa.

Sentiu o soluço preso em sua garganta, estava prestes a desabar novamente. Louis começou a sacudi-la, a fazendo tossir mais ainda.

— Louis?! — chamou ela enquanto tossia muito. — O que você está fazendo?

— Me ouça — ele colocou a mão no rosto dela, a forçando a encará-lo. — Você não deixou a mamãe terminar de explicar, teve um surto de sofrimento tão forte que os médicos deram remédios para você dormir — ele suspirou e deu um leve sorriso. — Karl está vivo, Madelaine. Muito ferido, mas vivo.

Madelaine ficou em choque, piscou várias vezes para ver se havia entendido direito. Sentiu lágrimas rolarem em seu rosto, mas agora de alívio. Saber que ele ainda respirava lhe deu forças novamente, coragem de viver.

Precisava encontrá-lo, falar com ele e se desculpar. Tinha tantas coisas para dizer para ele. Queria repreendê-lo por não ter cuidado da própria vida, pelo perigo que correu. Queria irritá-lo como sempre fazia e sentir seu toque sobre sua pele.

— Eu preciso vê-lo — animou-se ela, tentando ficar de pé com a ajuda do irmão. Antes que ele pudesse protestar, ela completou: — Sei que você dirá que estou fraca, mas prometo perdoá-lo, contanto que você me perdoe também, se você me levar até ele — o irmão ficou tentado com a proposta e ela segurou em suas mãos. — Por favor, Louis.

— Tudo bem, mesmo que eu não a levasse, tenho certeza de que você pularia a janela ou iria se rastejando — ele fez um gesto para uma criada se aproximar. — Coloque um vestido nela e arrume seu cabelo, por favor. Chamarei os médicos de Karl para conversem com ela.

Madelaine, que estava tomando um pouco de água, quase se engasgou.

— Quer dizer que ele está aqui? Ele está vivo e está aqui? — não pode deixar de sorrir, pegou o primeiro vestido que avistou e o colocou sozinha, dispensando a criada. Lavou o rosto numa bacia e foi até o irmão — Estou indo agora mesmo.

— Ele não vai fugir, Madelaine. Na verdade... — ele suspirou e ergueu o braço para a irmã. — Acho melhor você ouvir do médico, mas a situação do príncipe é delicada.

Segurando o braço de Louis, Madelaine começou a se movimentar em passos fracos. A tosse ainda incomodava, fora seu corpo que estava fraco e desnutrido. A única coisa que a mantinha de pé era a vontade de ver Karl, mesmo que ele estivesse tão deplorável quanto ela.

Quando chegou em um aposento no fim do corredor do dela, percebeu uma enorme movimentação na porta. Médicos entravam e saiam o tempo inteiro do local, enquanto Imogen estava sentada do lado de fora da porta ao lado de Georgina que segurava sua mão. Se aproximou delas, quase sorrindo de felicidade por Karl estar vivo.

Mas percebeu que havia algo de errado quando viu os olhos da tia cheios de lágrimas. Se sentou em uma cadeira ao lado dela, tentando compreender a situação.

Louis tentou avisá-la.

— Titia, o que aconteceu? — colocou a mão em seu ombro. — Vocês estão me assustando.

— Ah querida, fico feliz de vê-la bem — a tia a abraçou. — Fiquei sabendo de seu surto e meu coração ficou apertado — passou a mão pelo rosto da sobrinha. — Sua mãe passou a noite em claro ao seu lado, foi dormir e me deixou cuidando de tudo por aqui.

Percebeu que a tia desviou do assunto, se virou para Georgina, que apenas murmurou estar feliz por Madelaine estar bem e depois abaixou os olhos, olhando para as próprias mãos.

— Doutor — Louis o chamou. Um homem alto e idoso, que Madelaine reconheceu por ser o mesmo médico que tratou de Georgina, foi até o corredor. — Por favor, explique a condição do príncipe para minha irmã, Madelaine. Ela acabou de acordar e não sabe ainda da gravidade da situação.

Madelaine fez o possível para não tossir e conseguir falar claramente.

— Doutor, por favor, me conte o que está acontecendo. Preciso vê-lo imediatamente.

O médico suspirou, como se estivesse prestes a dar uma notícia ruim.

— Srta. Hanworth, me alegra vê-la bem, apesar de a senhorita ter inalado muita fumaça, não teve ferimentos — começou ele. — Mas a situação do príncipe é delicada, algumas madeiras pegando fogo caíram sobre ele e ele teve muitas queimaduras, mesmo com os esforços dos criados em apagar o fogo. Desmaiou de tanta dor.

— Que tipo de queimaduras? Ele já acordou? — quis saber.

— O príncipe sofreu duas queimaduras graves, sendo elas, na mão direita e no lado direito das costas. Nos braços, pescoço e peitoral, queimaduras de nível médio foram encontradas e no resto do corpo foram queimaduras leves graças à rapidez impressionante dos criados em apagarem o fogo. Mas ainda assim, as queimaduras de nível mediano e as mais graves são perigosas, pois podem infeccionar — ele a olhou com solidariedade, antes de falar a pior parte. — Se infeccionar, ele pode falecer.

— E o que pode ser feito para não infeccionarem? Tem que ter algo que possamos fazer.

— Estou fazendo tudo o que posso, além da medicina tradicional. Estudei medicina na França, estive entre nativos da América e conheci médicos chineses da Ásia, garanto senhorita que sei todos tipos de medicina possíveis e estou fazendo tudo ao meu alcance. — ele tirou um frasco estranho do bolso e mostrou-lhe. — Lhe dei remédios da medicina moderna, limpei-o como os indígenas fazem, fiz até mesmo emplastros para queimaduras como o dos chineses. Estou fazendo tudo o que posso e o mantendo dormindo para que não sinta dor, mas o resto depende do organismo dele. Peço que se limpe, antes de adentrar o cômodo e que façam de tudo para que o cômodo esteja sempre limpo.

— Ele já acordou?

— Sempre que o príncipe acorda, grita de dor e alucina mesmo com os remédios e emplastros. Portanto, o medicamos para que dormisse desde o dia do acidente, há dois dias — o médico baixou o olhar. — Mas ele ainda não acordou. Com toda medicação, emplastros e procedimentos que estou fazendo, já era para a dor ter diminuído e ele ter acordado.

— Se ele sobreviver, vai ter marcas pelo resto da vida?

— Infelizmente, sim, principalmente nas mãos e nas costas — o médico alcançou uma bacia com sabão para ela. — As queimaduras vão melhorar entre duas semanas a um mês, no mínimo. Peço que a senhorita se limpe antes de entrar.

Assentindo nervosamente devido à quantidade de informações, ela se limpou como recomendado e se levantou com a ajuda do irmão. Da porta, conseguia ver a silhueta do príncipe. Seus olhos se encheram de lágrimas ao imaginar a dor que ele estava sentindo e ao entender a gravidade da situação.

— Quer que eu entre com você? — perguntou Louis.

— Não, por favor, me deixe ter um momento a sós com ele — ela largou seu braço e fez o possível para não tossir e se manter equilibrada. — Eu consigo.

Com isso, ela adentrou o recinto em passos lentos e fechou a porta atrás de si. Ficou paralisada vendo o príncipe desacordado e nu da cintura para cima, o corpo coberto de emplastros verdes e toalhas umedecidas.

Se aproximou delicadamente do lado da cama onde ele se encontrava, analisou que seu rosto estava praticamente intacto, com exceção de uma mancha vermelha na testa, que certamente o cabelo taparia. A orelha direita também estava avermelhada e o pescoço com alguns emplastros. O cabelo havia provavelmente pego fogo, pois estava cortado de maneira irregular.

— Karl — sussurrou ela sem poder encostar nele. — Eu sinto muito. Foi tudo minha culpa.

Ficou aguardando alguma resposta, olhando para os olhos dele e para as mãos impacientemente.

E nada.

— Por favor, acorde. Tenho muito a falar. Você precisa acordar para que eu possa xingá-lo e repreendê-lo — se aproximou do ouvido dele, choramingando. — Preciso ver o seu sorriso, me desafiando, os seus olhos, me consumindo. Preciso de você. Por favor, acorde.

Uma semana depois de Madelaine ter finalmente despertado, ela ainda visitava o príncipe diariamente, na esperança de que ele acordasse. Na verdade, passava as tardes e às vezes as noites ao lado dele, lendo livros e contando histórias de sua infância, coisas sobre seu pai. Brincava como se ele estivesse ali, a respondendo e a provocando.

— Tenho certeza que você teria me julgado ao saber que meu primeiro cachorro se chamou Canino — contou ela, sentada na cama ao lado dele. — Apesar de você não ser muito criativo também e ter apelido meu cachorro de Pequeno Karl — continuou ela alegremente. — É, eu sei que você está pensando que é uma honra o cachorro ter seu nome e que eu jamais vou me livrar de você.

Mesmo que fosse uma situação delicada, a esperança havia se tornado sua melhor amiga. O príncipe não havia apresentado sinais de infecção ainda, mesmo não acordando, certamente isso significava que ele tinha chances de sobreviver. E qualquer esperança de melhora era bem-vinda, mesmo com todos os riscos que os médicos alegavam, Madelaine estava esperançosa e tentava parecer o mais alegre possível quando o visitava, torcendo para isso ajudar em sua recuperação.

— Querida — Mary Louise a chamou, os observando da porta. — Vai passar mais uma noite em claro aqui? Você também precisa descansar.

— Estava recém contando a ele sobre Canino — argumentou ela, pegando um livro. — Vou ler um romance de jovens pastores cristãos, tenho certeza que Karl é do tipo que odeia esse tipo de livro — ela observou o livro. — Talvez ele acorde na hora para reclamar.

— Tudo bem — a mãe concordou. — Fico feliz que você esteja bem e cheia de esperança, mas querida... — ela abaixou o tom de voz. — Você precisa começar a aceitar que talvez as coisas não sejam como você espera que sejam.

— Como assim, mamãe?

— Talvez ele não acorde — falou a mãe tristemente. — Já faz mais de uma semana, talvez seja melhor que ele continue desacordado, sem sofrer.

— Não diga isso. Sei que ele acordará — tentava convencer mais a si mesma do que sua mãe. — Eu sinto.

Com isso, a mãe lhe deu boa noite e saiu do cômodo, sabendo que a filha era uma pessoa difícil e não aceitaria facilmente a possibilidade de Karl não acordar ou falecer.

Para Madelaine, desistir dele não era uma opção. Conversava com os médicos frequentemente e sabia de casos onde pessoas dormiram por mais tempo que Karl e acordaram milagrosamente depois.

— Tenho certeza de que você vai acordar — reafirmou ela, deitando ao lado do príncipe e encarando seu rosto imóvel. Acariciou a cabeça dele. — Eu estou disposta a ouvi-lo, a abrir meu coração. Farei o que você quiser — começou ela. — Apenas acorde, por favor.

Começou a choramingar. Sem saber o que fazer e obviamente se inspirando em contos de fadas estúpidos, Madelaine o beijou por longos segundos. Sabia que podia parecer que ela estava se aproveitando dele, mas não conseguia pensar em alguma coisa que ele gostasse mais do que ser beijado por ela.

Tinha certeza sobre os sentimentos do príncipe. A forma como ele a olhava, a tocava e sorria para ela. Todos os seus atos demonstravam sua afeição, sem falar no colar que ele lhe dera e vivia agora em seu pescoço, escolhido delicadamente. E claro, o motivo de ele estar acamado agora era ela. O pior libertino da Europa, considerado um mulherengo irreversível, estava à beira da morte por uma mulher.

Madelaine não tinha certeza se o que sentia era amor, mas a julgar pela forma que sofreu, era óbvio que gostava dele e estava se apaixonando, mesmo que não fosse ainda na mesma intensidade.

— Tudo bem, se você não quiser acordar, vou te contar as histórias mais chatas do mundo, cantarei músicas infantis insuportáveis — deu mais um selinho nele, dessa vez mais demorado. — Ou talvez eu fique te beijando assim até você acordar.

Ficou esperando alguma resposta por parte dele e nada. Voltou para o seu livro entediante do casal de pastores, começou a folhear a parte procurando a mais entediante possível para ler para ele. Começou a rir sozinha quando encontrou a página ideal, onde o protagonista da história oferecia vacas para que a mulher se casasse com ele. Começou a ler.

— Se eu soubesse que você me beijaria, teria me queimado antes — a voz que ela mais queria ouvir no mundo murmurou. — E não me diga que ela aceitou doze vacas para se casar com ele, por favor.

Incrédula, olhando finalmente para os olhos do príncipe azuis a encarando, ela chorou de felicidade. Abraçou sua cabeça sabendo que era a parte menos afetada pelas queimaduras e beijou sua testa inúmeras vezes como uma tola apaixonada.

— Karl! Não acredito, espero que não seja um sonho — pegou o rosto dele em suas mãos, analisando cada detalhe seu. O olhar apavorado e o sorriso provocativo que ela tanto sentiu falta. — Me belisque se isso for real.

— Como você pode perceber, é difícil de me mexer com esses emplastros e a dor terrível que estou sentindo — comentou ele com um leve sorriso. — Mas sinta-se bem vida para usar minhas mãos como bem entender.

— Karl! — ela já estava o repreendendo, mesmo sorrindo. Largou sua cabeça e se afastou. — Onde você estava com a cabeça? Sabe o quanto me preocupei?

— Desde que a conheci, não existe outro lugar em que meus pensamentos estejam se não focados em você — ele sorriu, mesmo com dor, não havia nada melhor do que a preocupação dela. — Posso voltar a fingir dormir para você me beijar novamente?

— Sem brincadeiras, Karl August Bernadotte — fez o possível para se manter séria. — Estou muito grata por você ter me salvado, de verdade. Mas olhe para você, mal consegue se mexer — ela continuou argumentando: — Sabia que você quase morreu? Ainda corre risco de vida caso tenha alguma infecção, como pode brincar estando em uma situação tão grave?

Mantendo a expressão mais neutra, o príncipe fez sinal com a ponta do dedo para que ela se aproximasse. Contrariada e irritada com suas provocações e, ao mesmo tempo, muito feliz, ela prontamente se aproximou, sabendo que ele queria dizer algo.

— Eu me queimaria mil vezes, Madelaine, se isso significasse que você sobreviveria. Não pense que eu me arrependo — com um esforço inacreditável, levantou o braço esquerdo que estava menos afetado e passou a mão pelo cabelo dela. — Você vale cada machucado. Se eu tivesse morrido, teria morrido como o homem mais feliz do mundo.



— Notas da autora —

AVISO

Primeiro, oi gente tudo bem? Vi que chegaram vários leitores novos e peço perdão por não ter conseguido responder todos comentários, mas li um por um.

Segundo: Quase 4K!!!

Terceiro e mais importante: O final da história vai atrasar. Faço cursinho pré-vestibular de medicina integral e to com muita coisa acumulada, vou focar nos meus estudos, pois tenho vest em junho. Já tenho 18 caps escritos, falta o penúltimo, o último e o epílogo. Até julho vou escrevê-los, o epílogo vai demorar mais, pois quero algo bem feito. Além disso, já encomendei capa para a história do Louis e essa vai demorar para sair, pois até gifs manipulados e talvez um teaser eu faça, já tem título e sinopse também.

É isso, não esqueçam de comentar e até mais!

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