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────── 𝓒𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟎

— para este capítulo (final) —
música: toxic (BoyWithUke)

Durante o resto da noite, Madelaine não conseguiu dormir. Seu coração estava acelerado e seu corpo completamente quente. À medida que o tempo passava, o álcool desaparecia de sua mente e sua consciência se tornava cada vez mais pesada. Primeiro, se sentiu suja, não deveria ter bebido a ponto de tomar coragem do que, no fundo, ela tinha vontade de fazer. Não havia parado o príncipe diante de suas provocações, na verdade, gostou até demais do que foi feito. Sempre que pensava em seu rosto, cada parte do seu corpo estremecia. Ao lembrar de seu toque, suas pernas ficavam bambas.

Por Deus, ele nem a beijara e ela se sentia assim. O que aconteceria se ele tivesse conseguido cumprir suas provocações? Estaria arruinada.

Não, já estava arruinada. Se sentia uma traidora, uma libertina. Se alguém soubesse do acontecido ou tivesse visto, seria obrigada a se casar com Karl. Aquele tipo de comportamento não era bem-visto e poderia acabar com a reputação até mesmo da irmã de um duque. O escândalo poderia ser tão fatal que atingiria sua família.

Tudo seria tão mais fácil se ela fosse uma pessoa adequada como Georgina. A amiga tinha uma personalidade tranquila e dócil, era sempre muito educada mesmo com aqueles que a caçoavam e tinha desenvoltura até mesmo ao chorar. Lembrou-se dela, no castelo Arundel, mesmo sendo humilhada, permanecia de costas, sem revidar e chorando disfarçadamente. Madelaine nunca conseguiria ser assim, era do tipo que agia, que falava o que pensava quando precisava. Sempre fora uma pessoa de muita personalidade e muito falante, mas por saber que isso não era bem-visto na sociedade, não se sentia bem em eventos e bailes, pois tinha sempre que ser outra pessoa que não era ela, e com o tempo passou a ter dificuldades em se abrir com quem não conhecia. Após a morte do pai, ficou desprotegida, como se necessitasse pisar em ovos, porque se descobrissem como ela realmente pensava, não teria ninguém para defendê-la de ser mal falada. O irmão ainda não era poderoso o suficiente.

Sua única proteção era James. Se sentia protegida por ele, mesmo que ele não tivesse poder algum. Em seus braços, tudo parecia certo. Ele a compreendia e a respeitava, o que mais podia desejar? Desde que a salvara, não conseguia ver sua vida sem ele, estava sempre esperando um bilhete seu, quando não recebia, sequer conseguia dormir, aflita. Era como se não pudesse respirar se ele não estivesse ali ou ser ela mesma.

Então conheceu Karl. Sempre que estava com ele, virava a menina que era antes da morte do pai, que tocava piano e não tinha medo de ser quem era ou falar o que pensava. Tinha voltado à sua versão antiga e até mesmo se esquecia de James por alguns instantes. Conseguia respirar e dormir. Da última vez que o noivo não conseguiu vê-la, mesmo decepcionada, toda angústia se esvaiu ao ver Karl. Não sabia o que ele era, mas era o oposto do que tinha com James. Era liberdade, amizade, desejo. Queria decidir se isso era bom ou ruim. No entanto, sabia que tinha que se afastar dele. Havia feito uma promessa e nunca poderia descobrir o que ela e Karl teriam sido se ela não tivesse o empurrado naquela noite.

Após o desjejum, Madelaine recebeu sua tia e explicou-lhe todo o ocorrido. Imogen Bernadotte decidiu enviar um bilhete com o acontecido para os Bunwell e para o sobrinho, assegurou-se de deixar claro que Georgina estava bem, que ela estava em casa durante toda a noite cuidando das meninas e as levaria em segurança após o desjejum. Cuidou de todos os detalhes perfeitamente, para que não acarretasse problemas para ninguém. Era inaceitável que tivessem dormido sob o mesmo teto de um homem, mesmo que um príncipe, completamente desacompanhadas. Claro, haviam as criadas no local, mas não eram consideradas damas de companhia adequadas nessa situação.

Como prometido, assim que terminaram a pequena refeição, as meninas já estavam na carruagem com Imogen.

Ambas foram informadas que o príncipe Karl estava em um compromisso e não poderia se despedir adequadamente, mas desejou que fizessem uma boa viagem. Isso fez com que Maddie ficasse mais tranquila, encarar Karl era a última coisa que queria agora. Não conseguiria lidar com o rosto decepcionado ou envergonhado dele.

Ainda teria que contar para James sobre o ocorrido e implorar por seu perdão. Enquanto se culpava, sentia lágrimas querendo escapar de seus olhos.

— Chegamos na casa de sua família, Srta. Bunwell... — Imogen olhou para a sobrinha, que estava de cabeça baixa e parecia fungar. — Madelaine, você está bem?

Precisava pensar em uma desculpa.

E rápido.

— Sim, titia — falou, se jogando nos braços da amiga. — É que fiquei tão preocupada com Georgina. Ela me deu um susto e tanto.

— Desculpe — murmurou a loira. — Não foi minha intenção.

— Que tipo de pessoa pede desculpas por ficar doente? — repreendeu Imogen. — Levante a cabeça, Srta. Bunwell.

— Desculpe — ela repetiu no automático e ficou vermelha.

Por sorte, foram interrompidas pelo irmão mais velho de Georgina, que entrou como um raio na carruagem e pegou a irmã nos braços como se fosse uma boneca e a levou para fora.

— Onde você está machucada? O que aconteceu? — indagava ele, ainda com a irmã nos braços. — G, se algo tivesse acontecido com você...

— Desculpe — foi tudo o que Georgina conseguiu murmurar. Então começou a chorar. — Desculpe, eu sempre o preocupo, Bell. Sou um estorvo.

Os olhos do visconde ficaram marejados e ele a abraçou mais forte.

— Nunca mais diga isso. Você é o único ser racional nessa casa, a única em quem confio, minha irmã e melhor amiga — comentou ele, ainda em um abraço com a irmã. Apenas olhou por cima do ombro dela para agradecer silenciosamente a Madelaine.

Assim, tanto tia quanto sobrinhas, emocionadas com a cena, se foram em direção a mansão dos Norfolk em Londres.

Ao menos, Madelaine sabia que naquela horrível família com irmãs cruéis e uma madrasta pior ainda, sua amiga estava protegida pelo visconde Bunwell, que amava a irmã mais do que tudo e certamente cuidaria dela. Ele era um ótimo irmão, assim como Louis, que mesmo muito novo e com muitas responsabilidades, sempre defendia Madelaine e respeitava suas opiniões.

Permaneceram quietas durante todo o trajeto, entretanto, a menina sabia que a tia não tirava os olhos dela. Assim como seu pai, Imogen era uma pessoa muito observadora, não deixava nada passar despercebido.

— Anne — sua tia a chamou. — Querida, você está tão abatida. O que aconteceu?

— Nada, titia. Tive um dia estressante ontem e não dormi bem a noite.

— Espero que Karl tenha conduzido uma boa hospitalidade e tratado vocês... — então Madelaine engoliu em seco enquanto a tia falava. E Imogen percebeu. — Ah! Não me diga que ele fez algo.

— Não aconteceu nada — falou, tentando convencer mais a si mesma do que a tia.

— Querida, deixe-me contar uma coisa — a tia cruzou as pernas e pôs as mãos entrelaçadas sobre os joelhos. Era muito parecida com o pai em aparência física. — A mãe de Karl é uma pessoa melancólica, que mal sai da cama. Eu me encarreguei de sua educação pessoalmente, o criei e amei como se fosse meu filho — ela respirou fundo. — Se tem uma pessoa que o conhece e sabe sobre o que ele é capaz, essa pessoa sou eu. Mesmo a mais nobre das garotas não seria capaz de resistir aos seus encantos.

— Então por que você quer casá-lo se sabe que ele não seria um bom marido?

Sabia a resposta, mas queria saber outra coisa. Em algum lugar de seu coração, precisava convencer a si mesma de que o príncipe jamais daria um bom marido, pelo menos para ela.

— Karl teve problemas na família que o fizeram agir como ele age. Não é justificativa, é claro. Mas tudo o que ele faz é para chamar atenção do pai — contou. — Observe que ele não teve nenhum escândalo aqui. Claro, sei que visitou bordéis com seu irmão, no entanto, posso garantir que a reputação que ele tem faz jus as suas transgressões. Na verdade, ele é ainda pior — a tia sorriu levemente. — Não estou fazendo bem meu papel de casamenteira, não é? — a carruagem parou e ela finalizou: — E respondendo a sua pergunta, apesar de tudo isso, ele é gentil e tem um bom coração. Se você pudesse conhecê-lo por trás da reputação de Príncipe Pervertido, saberia que ele é um grande homem, muito protetor com sua irmã mais nova, um bom filho para a mãe e sempre respeitoso com as mulheres. Sem falar do dia que...

— Madelaine! — nem percebeu que a mãe correu até a carruagem, entrou e a abraçou quase chorando. — Fiquei tão preocupada, esperando notícias suas — pegou o rosto da filha com as mãos. — Como você está?

Amava a mãe e era raro vê-la sair da postura de duquesa de Norfolk. Não era uma pessoa de demonstrar amor ou carinho, sempre fora muito contida em suas emoções. Receber um abraço dela era algo raro, diferente do pai que vivia abraçando os filhos e fazia carinho na cabeça da mais velha até que dormisse.

— Estou bem, mamãe.

— E Georgina?

— Melhorou muito, graças ao médico do príncipe — contou e se sentiu ruborizar, com medo de que a mãe pudesse perceber algo em suas palavras.

— Fico aliviada sabendo que as duas foram bem recebidas — virou-se para a cunhada. — Obrigada por cuidar de minha filha, Imogen.

— Não há de que, Mary. Mas não podemos continuar nossa conversa dentro de casa? Está muito desconfortável aqui dentro.

Mary Louise ficou tão animada ao ver a filha que nem percebeu que todas continuavam na carruagem.

— Perdoem-me pela emoção — Mary saiu da carruagem com a ajuda de criados e ofereceu o braço às duas. — Vamos? Temos muito a conversar, a começar por...

Algumas horas após descrever toda a noite que tivera  — obviamente, que ocultando a maioria dos detalhes —, Madelaine conseguiu fugir da conversa com as damas graças a ajuda do irmão, que chegou de um compromisso e foi abraçá-la. Não fez perguntas, pois percebeu o seu cansaço, apenas pediu para ser mais cuidadosa com o tempo ao sair e afirmou estar muito feliz por ambas estarem bem. A acompanhou até a porta do quarto. Na despedida, apertou suas bochechas como sempre faziam na infância. Era um gesto somente deles.

— Agora vá descansar, Anne — disse ele, abrindo a porta. — Amanhã teremos um evento ao ar livre. Mesmo que mamãe esteja de bom humor, ainda é uma casamenteira do pior tipo — olhou para o relógio. — Tenho uma reunião com o primeiro-ministro amanhã, mas vou buscá-la assim que sair e prometo que não será obrigada a dançar. Se quiser, invento algo e vamos embora mais cedo.

— Obrigada, Louis. Você é o melhor irmão que eu poderia ter.

Sorriu e entrou no quarto. Percebeu que estava tudo como deixara, inclusive as partituras na cômoda. A lembrança de Karl em sua mente a fez se sentir culpada. Precisava falar com James, mas nem sabia como entrar em contato com ele, era sempre sua dama de companhia, Ellen, quem recebia os bilhetes dele e a ajudava.

Ellen. Ela poderia saber em qual casa ele estava fazendo tutoria e ajudá-la a se comunicar com ele.

Decidida, saiu de seu quarto e foi procurar a dama de companhia. No tempo livre, a mesma sempre estava em seu quarto lendo algum livro ou bordando. Por sorte, seu quarto era no andar debaixo do de Madelaine. O pai, quando acolheu a pequena Ellen como sua pupila, que era bastarda de um amigo seu, fez um quarto para a pequena, sempre a tratando como se fosse parte da família.

Quando chegou à porta do quarto, não conseguiu segurar a emoção. Queria contar tudo a sua confidente, sabia que ela não a julgaria e a acolheria como sempre. Tudo o que precisava, além da ajuda para falar com o noivo, era de um ombro amigo.

Abriu a porta sem pensar duas vezes.

Seu mundo desabou. Pôs a mão sobre a boca para conter o grito.

— Não, não pode ser... — murmurou com lágrimas nos olhos.

Era James e Ellen.

Juntos.

Estavam se beijando apaixonadamente. Na casa dela, sob o mesmo teto dela. As duas pessoas que mais confiava no mundo.


— Notas da autora —

Oi gente, acredito que a maioria acertou o segredo de James com todas as dicas essenciais que eu dei, mas queria explicar bem uma coisa que nem todos perceberam:

– Relação do James com a Maddie: dependência emocional. Quando Madelaine se afogou no lago semanas após a morte do pai mesmo sabendo nadar, eu quis deixar de maneira bem sutil que ela estava com depressão. Ela desistiu da vida naquele momento e James a salvou. Claro, ela se recuperou, mas a depressão deixa marcas: baixa autoestima, dependência emocional. O James pode ser um canalha, mas a pessoa que está amarrada ao dependente emocional não consegue se desprender por medo de que aquele que é/era depressivo na relação, atente contra a própria vida.

ATENÇÃO:

Se esse capítulo render 100 visualizações e tiver bastante comentários/ curtidas, posto o 11 até domingo, com participação do ilustre Karl Bernadotte e nossa primeira cena romântica de verdade.

– E OBRIGADA PELOS 2K, ESTOU MUITO FELIZ!!!! Já estou quase terminando de escrever a história, garanto que vai ter uma reviravolta/plot, que nem a mente mais criativa seria capaz de adivinhar.

— Challine

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