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────── 𝓒𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏


12 de abril de 1820

Um dos maiores medos de uma mulher debutante à beira dos 20 anos na Inglaterra, definitivamente era a mãe, pois na época de abril a mesma deixava de ser mãe para se tornar uma casamenteira desesperada. Esse era o segundo ano de Madelaine Hanworth como debutante e ela já não aguentava mais. Estava decidida a não se casar, uma vez que já havia encontrado alguém que acreditava estar apaixonada, mesmo sendo um amor impossível.

Madelaine suspirou, enquanto admirava a paisagem pela janela de seu quarto. Teria que aguentar apenas um mês para colocar seu plano em ação. Revisava cada detalhe mentalmente, para ter certeza de que não cometeria erros. No dia 20 de maio, sua mãe certamente visitaria sua avó, visto que seria aniversário da mesma, e seu irmão, como sempre, iria para o clube — na verdade um bordel —, com seus amigos, dando a ela a oportunidade perfeita de fugir com o único homem que achava aceitável na Inglaterra, embora seu amor certamente estaria longe de ser aceitável pela sociedade londrina.

James Booth era o homem perfeito, mesmo que sua classe social fosse baixa. Ele era filho da camareira de Madelaine e ambos haviam sido criados juntos, atualmente ele exercia trabalho como tutor de famílias aristocráticas graças às boas referências por ter crescido no ducado de Norfolk, na casa do duque, e ter sido autorizado a participar das aulas com seus filhos. James era um homem educado, um erudito e sempre foram bons amigos. No entanto, quando cresceram, a amizade se intensificou após um acidente.

Há dois anos, aos dezoito anos, Madelaine deveria ter debutado em busca de um marido, todavia, seu pai faleceu deixando a família toda muito abalada para comparecer a qualquer tipo de evento. Ela fora a mais afetada, uma vez que ela e o pai eram extremamente próximos, o considerava seu confidente e ele a tratava como uma princesa. Sendo assim, duas semanas após seu falecimento, Maddie, como ele a chamava, resolveu nadar no lago de uma de suas inúmeras propriedades, mais especificamente no favorito de seu pai. Nesse dia, ela se afogou, nunca foi uma boa nadadora e por um instante pensou em desistir de tudo e sucumbir à morte. Após um minuto e meio na água, foi salva por seu amigo de infância, este que já era um homem crescido, de pele cor de café com leite e o sorriso mais bondoso que já vira. O homem mais gentil que ela já conheceu. Naquele dia, se apaixonou.

Infelizmente, para a filha de um dos mais poderosos duques da Inglaterra, viver um romance com um homem de classe tão baixa como um tutor era inadmissível, inclusive ele poderia ser preso por 'seduzi-la', sua reputação como mulher seria manchada para sempre. Dessa maneira, eles resolveram que o melhor seria fugir. Sua mãe não ficaria desamparada, já que seu irmão, com recém completados dezoito anos, agora era o duque de Norfolk e sempre estaria ali por ela. Sabia que era algo de adolescente abandonar a própria família por um homem, entretanto, não havia outra escolha.

Enquanto as criadas terminavam os nós de seu vestido, Madelaine avistou o irmão entrar em seu quarto sem ser anunciado, como sempre. Sendo o novo duque de Norfolk, o coitado estava cheio de olheiras ao redor de seus brilhantes olhos verdes e parecia muito mais velho do que realmente era.

— Anne — ele a chamou pelo apelido de infância, passando a mão pelo cabelo e sentando-se em uma poltrona. Cheirava a charuto e conhaque. — Você não vai acreditar na última que mamãe aprontou sem nos avisar.

— Deve ser algo muito importante, para você entrar no meu quarto comigo quase despida — disse em um leve tom de reprovação.

A criada terminou os nós, fez uma reverência e Madelaine a dispensou com um aceno. Olhou-se no espelho da penteadeira e quase viu o irmão. Estava também com olheiras ao redor de seus olhos verdes esmeralda, havia emagrecido tanto quanto o irmão nos últimos dois anos, possuía o mesmo cabelo castanho desgrenhado e a mandíbula marcada, uma característica facial dos Hanworth.

— Titia Imogen está vindo para Londres, para a temporada de casamentos com um de seus sobrinhos ranhentos — comentou Louis, que detestava os sobrinhos bastardos de sua tia mais que qualquer coisa na vida. — Qual dos bastardos ela vai tentar fazer você se casar dessa vez?

— Louis! — Madelaine jogou seu travesseiro nele. — Primeiro, que é duquesa Imogen Bernadotte. Mamãe já nos advertiu para sermos mais formais em relação a ela. Segundo, que nem todos seus sobrinhos bastardos são insuportáveis. William era bom menino.

— Mas os outros, principalmente aquele Benjamin, eram insuportáveis. Ou você se esqueceu que Benjamin quebrou suas bonecas favoritas, depois quebrou o próprio brinquedo e te incriminou?

Louis sabia como atingi-la, visto que a irmã era rancorosa. A expressão de Anne mudou para uma expressão furiosa e a mesma saiu andando à procura da mãe, que deveria estar se arrumando para o baile em seu quarto. Nessa noite, iniciava-se a temporada em Londres e sua mãe certamente gostaria de estar impecável. Entrou sem bater e a mãe imediatamente a repreendeu.

— Madelaine Hanworth, qual a dificuldade de anunciar sua entrada? — disse ela enquanto colocava um de seus brincos mais valiosos. — Você quase me mata de susto.

— Qual dos bastardos titia vai tentar me casar agora, mamãe?

— Ah, as informações correm rápido nessa casa — ela se aproximou e passou o dedo pelo rosto da filha. — Não se preocupe, não dei permissão para que trouxesse aquele insuportável do Benjamin. Pedi a ela que lhe trouxesse um de seus sobrinhos mais ricos e gentis.

Não fazia sentido as palavras da mãe, sendo que todos os sobrinhos de Imogen eram ricos. Imogen era a irmã gêmea de seu pai e havia ido embora aos dezessete anos, quando se casou com o segundo príncipe na linha de sucessão da Noruega e Suécia. Contudo, ela teve apenas uma única filha e era muito apegada em todos seus sobrinhos, principalmente aos bastardos que eram muito negligenciados pelo rei, portanto, de vez em quando os trazia quando visitava a Inglaterra, tentando fazer com que a sobrinha se interessasse por algum deles.

— Não vou me casar com nenhum bastardo, mamãe — disse, inventando uma desculpa qualquer. Apenas não se casaria com qualquer que não fosse James.

— Querida, se não gostar de quem ela vai trazer, você pode se casar com qualquer um da nobreza em Londres — respondeu ela, dando ênfase à palavra nobreza. Às vezes suspeitava que sua mãe soubesse do que tramava — Tenho certeza que haverão muitos duques, condes e viscondes para desposá-la esse ano. Encontraremos alguém bom para você, eu prometo.

Mas nenhum deles é quem eu quero, pensou. Nem todos os nobres de Londres se comparavam a James. Não conseguia sequer dançar por cinco minutos sem ficar entediada, eram todos mimados e insuportáveis, só a queriam pelo seu status.

— Tudo bem — concordou Madelaine, vendo que discutir com a mãe sobre isso não a levaria a lugar algum. — Estou pronta, vou esperá-la na sala de estar.

Logo, deu as costas à mãe, sabendo que essa temporada seria mais insuportável que a anterior. Na temporada passada, quando debutou aos dezenove, teve a desculpa do falecimento do pai para fugir de todas as propostas de casamentos e até mesmo das danças entediantes.

Conseguiu manter um bom disfarce e se manter invisível na sociedade londrina. No entanto, esse ano, com a chegada de sua tia que era esposa de um príncipe, e um de seus sobrinhos bastardos, seria impossível fugir das expectativas de todos. Inclusive, muitos já estavam fofocando sobre Madelaine, apostando que ela seria o diamante da temporada e uma das primeiras a se casar. A atenção sobre ela nos bailes quase a sufocava.

Mesmo assim, tudo o que ela queria era deixar aquela vida agitada, cheia de fofocas e intrigas e se recolher no campo com James. Poderiam ir para a França, onde tutores eram mais remunerados e requisitados. Venderiam todas as joias valiosas dela, comprariam uma casa afastada da cidade, se casariam e teriam lindos filhos. Algum dia, talvez a mãe e o irmão a perdoassem e ela os pudesse visitar, embora soubesse ser improvável.

Na verdade, ao sentar-se com um sorriso triunfante por pensar em James, nem sequer imaginava as surpresas e frustrações que logo teria. Em poucas horas, todos os seus planos para um futuro pacato seriam virados do avesso com a chegada inesperada do príncipe da Suécia e Noruega, Karl August Bernadotte.

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