CAPÍTULO 6: Quando se é roubada
Sentada naquele banco no meio de uma praça, eu não sei o que fazer, olho para minha pulseira de pedras azuis na esperança de que ela me dissesse algo.
Isso é loucura! — Penso.
Como um objeto pode me dizer o que fazer? Eu devo voltar lá e procurar por eles, mas como? Eu não sei o caminho.
Então vejo um vulto preto arrancar com violência e rapidez a pulseira do meu pulso, em um gesto impulsivo e desesperado saio correndo atrás daquele que acabara de me roubar. Ele tomou de mim a única pista do meu passado, passado esse que eu não lembrava, eu não iria deixar ele fazer isso, custe o que custar!
— Ei! Volta aqui! — Grito o mais alto que posso.
Eu uso minhas energias para alcançá-lo, ele parece não se cansar.
Que droga é essa? Eu "tô" correndo atrás de um maratonista? — Penso
Ele entra em ruas e becos escuros, cada lugar mais esquisito do que o outro, eu não me importo, estou disposta a pega-lo! Eu estou correndo atrás de um ladrão, o que mais de estranho pode acontecer?
O vejo entrar em uma rua, fiz o mesmo. Nada. Ele sumiu, desapareceu!
Eu estou confusa, como pode uma pessoa sumir no meio do nada? olho para todos os lados, ele não está aqui.
— NÃO, NÃO E NÃO! — Grito tentando extravasar toda raiva e tristeza que eu estou sentindo nesse momento.
— Glyna? É você?
uma voz suave e conhecida me chama.
Olho para traz e uma súbita alegria toma conta de mim ou ver a moça de longos cabelos castanhos e o rapaz esguio que parece cansado, ambos na minha frente.
— Catarine! Miguel!
A garota vem em minha direção e me abraça fortemente, sinto meu corpo inteiro doer, seu abraço é bom, eu sei que ali, junto a eles eu estou protegida.
— Onde você estava? te procuramos como loucos! Porque saiu de perto de nós! — Miguel está visivelmente irritado.
— Eu me assustei com tantos os policiais! Saí correndo.
— Ah claro! Em vez de vim atrás de nós, sai correndo como uma desgovernada? — Ele responde ainda mais alto.
— Gente! Calma, "tá" tudo bem agora.
Catarine se põe no meio de nós dois tentando evitar algo pior.
— Não me culpe pela confusão que você me colocou! — Falo apontando o dedo indicador para ele.
— Eu te ajudo e é assim que você agradece? Você é uma ingrata desmemoriada!
Todos ficam em silêncio, eu estou completamente arrasada com o que Miguel falou.
— Chega "né", já foi confusão demais por hoje, vamos voltar para casa.
Olho para o chão e vejo um objeto azul em forma de círculo.
— Minha pulseira!
— Sua pulseira? — Diz Catarine confusa.
— Quando me perdi de vocês, fui parar numa praça e um ladrão a roubou, eu o segui até aqui mas ele sumiu.
— Que estranho. — Sussurrou Miguel.
Depois de eu pegar a pulseira fomos para casa, o caminho era silencioso, eu estou chateada com Miguel pelo o que ele disse, Catarine as vezes tenta puxar assunto, mas nenhum dos dois quer falar, então ela simplesmente desiste e fica quieta. Por precaução pegamos um ônibus e descemos um pouco longe da casa, os irmãos não querem dar nenhuma pista de onde estão, o resto do caminho fomos a pé.
Depois de alguns minutos de caminhada chegamos a rústica casa, que fica escondida na floresta. Assim que Catarine abre a porta, eu subo as escadas, entro no quarto da garota que temporariamente era meu. Me jogo na cama e respiro fundo, hoje havia sido um dia agitado.
Talvez um banho me faça relaxar mais. — Penso.
Ao sair do banheiro ponho uma roupa leve e confortável.
Está muito quente. — Penso mais uma vez.
Vi que a janela está fechada, decido abri-la para deixar o ambiente mais fresco.
Já era noite, sendo possível ver a grande quantidade de estrelas cintilarem no céu, uma vantagem de estar na floresta. As luzes da cidade tira toda a beleza do céu estrelado, sobrando apenas um céu escuro e tedioso, sem um pouquinho de luz.
— Quando eu vou poder saber quem realmente sou? — Pergunto em um sussurro para a lua, como se ela fosse me dar uma resposta.
lembro de todos os sonhos que tive, quem eram aquelas pessoas?
Então me veio uma ideia! Procuro pelo quarto, papel e lápis, ao encontrar começo a desenhar tudo que eu consegui lembrar dos sonhos que tive.
Oi pessoal :)
Faz meses que não escrevo, desculpa. A verdade é que eu não estava com cabeça para escrever, mas eu tenho alguns capítulos já prontos, então depende muito de vocês.
Se vocês quiserem que eu continue, falem aqui.
Até mais, beijos ❤
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