A noite em Bragança
A noite de Bragança é tão fria
Tanto que as minhas mãos tremem
Mesmo assim a noite queima
E através do nevoeiro ele espreita;
Mesmo com pouca luz
Mesmo que chova sobre mim
As palavras querem sair
Dói, não vou mentir;
A cada toque sinto me queimar
Por dentro a congelar
For fora sinto me a sufocar
Este rio, onde vai dar?
Quero ir para casa, quero dormir
Deitar-me de uma vez por todas
Poder descansar, sorrir e desistir
Mas continuo com frio
Os meus dedos queimam ao lembrar
Que apenas uma das mãos pode escrever
Pois apenas uma delas eu consigo sentir
Este frio cresce em mim
E mesmo que de mão pudesse trocar
Eu sei que não seria o mesmo
Mesmo que coloque em agua quente
A sensação nas duas é diferente
As palavras de um morto que aprendeu a andar
Entre os vivos não preciso de me disfarçar
Como podem estas mãos mortas tanto sentir
Como pode um cadáver dançar e rir
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