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Capítulo 13- Encontros E Reencontros II

José se dirigiu até a pintura descoberta, pegou-a em suas mãos trêmulas e vislumbrou-se com as lembranças esquecidas que o tempo não traria mais.

— Senhor Edson... — chamou-o com aflição na fala vacilante.

— Oi, algo de errado? — Aproximou-se com uma voz acolhedora, pois constatou sua tristeza interior. Quando avistou a tela que ele possuía em mãos, sentiu seu coração palpitar fortemente. — Fiz essa depois que voltei da viagem aos Estados Unidos... Não sei o que significa, ou, pelo menos, quem é...

Suas palavras foram interrompidas por um forte abraço do filho enternecido, o qual chorava descontroladamente. O grisalho não entendeu o porquê daquilo, porém, sabia que não era necessário compreender, precisava apenas o acolher em seus braços e ampará-lo.

— Desculpe... — José soluçou secando as lágrimas, ainda no abraço de Edson. — Não queria que isso tivesse acontecido.

— Jovem, o que tanto te atormenta? — Afastando-o um pouco para olhar em seus olhos marejados, o homem perguntou.

— Acho que só... Apenas algumas lembranças esquecidas — respondeu com um sorriso forçado.

O Senhor pegou a tela da mão do rapaz e colocou-a em cima de uma mesinha ali do lado. Estendeu a palma gentilmente para o mais novo, o qual a segurou firme. Depois conduziu o moço até a frente de uma pintura coberta, a qual logo foi mostrada e assim perceberam que ainda estava em branco absoluto, pronta para ser usada.

— Olhe. — Apontou à pequena obra que representava Joseph em cima da mesinha. — O passado não pode ser mudado. Às vezes, nossa mente esquece alguma coisa, mesmo que seja importante, entretanto, nosso coração jamais esquecerá...

O contemplava no fundo dos olhos verde-cristalinos do rapaz.

— E aqui. — Indicou a tela branca à sua frente. — É este que temos hoje. O presente é o que devemos desenhar neste momento. É apenas com ele que temos que nos importar agora.

— E o futuro? — questionou curioso, e o pintor vistoriou o espaço à sua volta.

— Ali. — Apontou para outro quadro em branco, escorado na parede do sótão. — Como vê, é apenas mais um presente pronto para ser vivido. O futuro é uma tela guardada para depois. Não deve ter medo, pois é você quem vai desenhá-la da forma que desejar.

— E por que não fazer isso agora? — José indagou com a sobrancelha arqueada, indicando o objeto que representava o futuro.

— Para fazer o presente, você deve ter o conhecimento do passado. Não pode desejar que o futuro chegue em forma de presente, se desperdiçou o que está bem à sua frente. — Edson aclarou filosoficamente, enquanto sorria. — Deve usar o que passou como inspiração, para desenhar um hoje melhor e, quando o amanhã chegar sem trazer mais esse nome... Você vai ter acertos para repetir, erros para corrigir, novos sentimentos para sentir e um novo motivo para sorrir. — O anfitrião concluiu sorridente, assim como o jovem.

Eles realmente eram perfeitos um para o outro. — Não conseguiu pensar outra coisa senão quão injusto o destino poderia ser em separar almas que foram feita para estarem juntas. Desfez o sorriso que mantinha, da mesma forma que baixou a cabeça que pesava. — Mas ficou tudo no passado...

— Não estou pedindo para que esqueça o passado, ou para que não pense no futuro, mas que apenas viva intensamente o presente — terminou erguendo, com gentileza, o rosto do menor. Mostrou um pincel azul e o jovem começou a rir.

— Desculpe-me, mas eu não sei desenhar — revelou desfazendo o sorriso constrangedor.

— Você não sabe passar um pincel em uma tela? — Franzindo o cenho, o homem interrogou.

— Claro que sei, quero dizer que não sei desenhar coisas bonitas — esclareceu indicando as outras telas do cômodo em caos artístico.

— A vida não é feita apenas de coisas bonitas, por que um desenho seria? O que importa é como você vive a vida e como se expressa ao desenhar. — Edson estendeu o pincel em sua direção novamente.

O bruxo o pegou e os dois puseram-se a preencher o branco daquela tela com as tintas vencidas. Colorindo o presente sempre em harmonia sem importar-se com nada mais que não fosse aquilo.

Passados alguns minutos, possíveis horas, no quadro já não havia mais espaço para desenhar. O resultado não era uma coisa que dava para entender, todavia, não podia ser mais expressivo. Impossível mostrar mais harmonia que as listras em tons azuis misturadas com pontinhos amarelos, espalhados pela tela. Quase um A Noite Estrelada do famoso Vincent Van Gogh.

Depois que terminaram, viam-se cansados. José olhou fixamente para seu possível pai, o qual o destino lhe apresentou, perpetuando sua forma indecifrável de agir.

— Por que o senhor me mostrou essas coisas e falou tudo isso? — inquiriu colocando o pincel na mesinha.

— Filho, sinceramente, acho que está aqui por obra do incompreensível destino. Por mais que não entendamos as coisas, elas acontecem por algum motivo — explicou guardando o pincel também. — Foi você quem me motivou a desenhar novamente, como nunca mais havia feito... E talvez eu tenha te ensinado alguma coisa — completou com humor, sorrindo.

— Sem falar no fato de que, quando pus meus olhos em você, senti muito apreço e, te conhecendo mais, agora vejo que me traz um sentimento de cuidado especial, como se realmente fosse meu filho...

José sentiu seu coração batucar mais forte que um tambor, golpeando bruscamente sua caixa torácica. Seus olhos arregalados encheram de lágrimas sem que percebesse e sua garganta secou dolorosamente. Vendo aquilo, Edson o abraçou, acolhedor, traçando a mão em suas costas para acalentá-lo.

Não sabia se estava sentindo felicidade ou tristeza, mas seja o que fosse, fazia seu peito arder e seu estômago revirar. Não poderia falar nada, por mais que quisesse revelar que realmente era filho do brasileiro. Naquele momento, o bruxo soube qual o peso de uma máscara, só assim entendeu o que Joseph e Safira passaram.

— Edson! José! O almoço está na mesa! — Escutaram Jhennifer gritar.

Desceram e almoçaram como se conhecessem uns aos outros há anos. As duas senhoritas se tornaram grandes amigas em pouco tempo em que ficaram juntas, pois possuíam bastante em comum. As horas daquele dia passaram rapidamente entre risos e conversas aleatórias.

•••

— Nós precisamos ir agora, temos um compromisso... — A moça explicou levantando-se da cadeira, percebendo a ausência de luz solar através da janela de grade. — Muito obrigada por tudo, por tudo mesmo...

— Que conversa é essa? Já está tarde, não vão sair a essa hora — retorquiu Edson, em contrapartida, na ponta da mesa. Na realidade, não era tão tarde assim. — Vão dormir aqui essa noite. A Jhennifer até já arrumou o quarto de hóspedes.

— Não, infelizmente não podemos...

— Acho uma boa ideia dormir aqui essa noite. — José interrompeu sua namorada com entusiasmo.

Queria somente passar o máximo de tempo que pudesse ali, com aquele que nunca imaginou que encontraria um dia. Safira o censurou com a sobrancelha direita erguida. Entretanto ele não poderia julgar a poderosa que nunca teve uma figura paterna decente, assim como ela entendeu o sentimento daquele que havia reencontrado a sua.

— Muito bem então! — O pintor concluiu com ânimo. — Agora vão dormir, caso queiram acordar cedo amanhã.

— Podem subir, o quarto é a terceira porta da esquerda. — Jhennifer informou levantando-se para recolher as xícaras da mesa, pois tomavam chá. — Boa noite.

— Boa noite. — O bruxo e sua namorada disseram ao mesmo tempo, enquanto pegavam as bolsas para subir as escadas.

— Tenham bons sonhos. — Edson os desejou quando viraram para a escadaria. Safira agiu normalmente, sorrindo para o senhor, porém, seu namorado paralisou ali mesmo. Permaneceu estagnado com aquelas palavras que geralmente saíam da boca de Joseph. Percebendo sua perplexidade, a moça se apressou em puxá-lo pelo braço, para subir os degraus.

— Tá na hora do remédio. — Ouviram a voz da senhorita enquanto subiam.

— Ah, é, já havia me esquecido...

Finalmente chegaram ao aposento reservado, jogaram as mochilas num canto e não demoraram em se deitar na cama grande. Permaneceram deitados e em silêncio por um bom tempo que não conseguiriam contar.

— Me esqueci de te avisar. — O rapaz buscou parecer empolgado, mas só mostrava tristeza em sua voz. — Edson é...

— Seu pai? — interrompeu com pesar e José apenas confirmou com a cabeça. — Demorei um pouco para ligar os pontos, mas, quando dormi na sua casa, eu vi o rosto de Edson desenhado na parede do quarto de Joseph. Claro que era um rosto mais jovem, mas...

A garota cessou, repentinamente, percebeu que seu namorado não precisava de explicação alguma. Entendia pelo que ele estava passando e teria que carregar como fardo. Então apenas o abraçou e assim ficaram até que adormeceram.

•••

Poucos minutos antes dos primeiros raios de sol alcançarem aquela cidade, uma neblina cobriu todas as ruas e instalações daquela região costeira. Uma névoa densa estranha que adentrou até as próprias residências. Meia hora depois do início daquele fenômeno inusitado, José acordou com batidas na porta da casa do Sr. Edson.

Em sua sonolência, constatou que os outros não despertariam com o barulho, então decidiu ele mesmo ir atender o chamado persistente. Foi o mais rápido que pôde até a entrada, enquanto alguém batia com insistência. Depois de minutos, finalmente abriu a porta.

— Bom dia...

§ HORAS ATRÁS §

— Boa sorte. — Curupira os desejou. Fire apenas acenou com a cabeça. E os dois então saíram em direção à esquina na qual viraram.

— E esse capitão aí... Ele é de confiança? — Enquanto andavam naquelas calçadas pouco movimentadas, King indagou incisivo.

— Confio mais que em você — respondeu sorrindo. Seus olhos amarelos haviam tomado a cor castanha para não atrair tanta atenção.

— Ele é um poderoso? — questionou desviando de algumas pessoas que passaram em grupo, deviam estar em alguma festa noturna.

— Claro que é. Qual a lógica para que colocasse vocês nas mãos de um humano normal? — inquiriu retoricamente. — Por que está tão preocupado?

— É minha missão cuidar daqueles jovens, seria eu o culpado se eles fossem expostos ao perigo — retrucou apressando o passo que já estava rápido, ainda reclamava mentalmente dos sapatos apertados que lhe foram oferecidos pelo ruivo.

— Cuidado para não se apegar demais a eles, tá parecendo uma babá — zombou o Curupira, gargalhando.

— Não sou uma babá, nem estou me apegando! É minha missão mantê-los em segurança... — O poderoso pirocinético devolveu com rispidez.

— Tá bem, não digo mais que você parece uma babá — alegou levantando as mãos.

Andaram um pouco em silêncio, apenas observando a noite igualmente calada que acabava lentamente, até que viraram em outra esquina da cidade populosa.

— É... Se me permite perguntar, para onde estamos indo? — King interrogou acompanhando o guardião que quase corria à sua frente. Sinto falta da minha motocicleta...

— Vocês estão precisando de um barco, certo? Então o mais óbvio é ir ao porto — respondeu com convicção.

— E isso é muito longe? — As demasiadas perguntas já começavam irritar o zoomorfo, talvez fosse exatamente por isso que o deus não parava de fazê-las.

— Não, estamos quase chegando. — Depois disso, passaram mais um tempo caminhando no sossego do fim da madrugada.

— O que você tem para conversar com o capitão? — Fire inquiriu.

— Quê? — Não entendeu, pois não dava atenção.

— Você disse que tinha uns assuntos com o capitão que poderia nos ajudar. O que é? — Refez a indagação como se lhe importasse.

— Nunca disse que é um capitão, apenas que uma pessoa podia ajudar vocês. E nossos assuntos não são do seu interesse — retrucou com uma incrível serenidade gentil, enquanto sorria. Ele não apreciava seu lado ríspido da personalidade, por mais que, às vezes, fosse necessário usá-lo.

— Como assim, não é um capitão? Não me venha dizer que é um simples marujo ou até um pescador! — esbravejou indignado, sendo repreendido pelo olhar do outro.

— Se não me engano, vocês querem atravessar o oceano. Então o que interessa é como vão atravessar e não quem vai ajudá-los...

— Porém, não quero colocar isso nas mãos de um homem inexperiente — retaliou em voz baixa, para que ninguém o escutasse além de seu guia.

Com isso, Curupira apenas gargalhou balançando a cabeça, em negação. Virou em outra esquina e dali puderam ver o porto.

— Pronto, chegamos, apressado! — O poderoso informou o óbvio, apontando para os vários barcos e navios ancorados na paisagem à frente. — Agora vamos procurar...

— Como assim, procurar?!

— Bem, as pessoas não ficam sentadas numa cadeira esperando outras pessoas precisarem delas — retrucou sorrindo.

— Então tá...

Eles cursavam pelo porto, avistando o oceano ao seu lado esquerdo e várias embarcações, de todos os tamanhos imagináveis. Do lado direito podia-se perceber lojas, bares, o comércio de frutos do mar e peixes, além de alguns estabelecimentos particulares.

— Por onde vamos começar? — O de cabelo preto questionou, enquanto seguia Curupira, o qual andava encarando todos aqueles indivíduos carrancudos que transitavam por ali. Aquela parte da cidade parecia que tinha acordado mais cedo que todo o resto.

— O mais óbvio é ir para onde a pessoa trabalha e é para lá que estamos indo — esclareceu desviando de alguns pescadores que encaravam a imponência que o deus apresentava.

Seguiram por certos minutos entre as pessoas apressadas do porto. Encaminharam-se até um estabelecimento que se destacava entre os outros. Ele era o menos cuidado e em cima da porta jazia um tridente azul escuro, de ferro enferrujado, o que o fera imaginou ser algum tipo de brasão de seja lá o que fosse aquela instalação.

— Alguém? — chamou batendo na porta trancada.

— Ótimo! A procura já começou muito bem. — King reclamou-se suspirando de raiva.

— Ora! Acalme-se. As pessoas podem demorar a abrir a porta, sabia? — recriminou o apressado que tinha suas cicatrizes escondidas pelas vestes longas. Voltou a bater na madeira desgastada. — Alguém em casa?!

— É... Bom dia. — Um homem reivindicou a atenção deles, parecia um simples pescador. — Faz alguns dias que não tem ninguém aí. O dono deve ter feito uma viagem muito longa...

Antes de sair às pressas dali, o pescador acenou, sendo correspondido pelos poderosos agradecidos e disfarçados.

— Agora já posso deixar de estar calmo? — Fire protestou em sussurros ríspidos.

— Óbvio que não. Ainda há um lugar para procurar — refutou o Curupira esperançoso.

O guardião das florestas passou do lado de King, o qual começou lhe seguir como antes. A dupla se direcionou ao maior cais daquele porto, no qual os navios cargueiros estavam atracados. Por serem os maiores, quanto mais longe da margem, melhor seria.

Também puderam contemplar o dia, já claro, com algumas nuvens que não escondiam a intensa luz do sol. Caminharam sobre as tábuas fortes do cais até o seu final. Quando beiraram à ponta, o ruivo se abaixou até que pôde tocar na água do mar. Um pouco afastado, Fire permaneceu apenas observando a cena esquisita e curiosa.

— Você vai dar um mergulho ou só molhar a mão? — O deus zombou com os braços cruzados. Já farto do que considerava um desperdício total de tempo. — Se bem que você tá mesmo precisando de um banho, aquele lodo em sua pele não é normal.

— Assim como as correntes na sua transformação, o lodo serve para que eu me conecte com mais intensidade ao meu poder — devolveu num tom educado e levantou. — Por favor, fique aqui. Preciso fazer uma coisa...

— Não, não, não! Você está com muito mistério. Conta logo o que está planejando. — O de pele bronze exaltou-se um pouco. — O que você vai fazer?

— É... — Ficou sem reação e constrangido, por causa das pessoas que passaram por ali. — Eu vou ao banheiro — esclareceu com simplicidade. — Por isso deve ficar de vigia aqui, caso algum barco chegue.

— Ah... Sendo assim, pode ir então — pronunciou com acanhamento, enquanto revirava os olhos dourados.

Curupira regressou por onde havia chegado ali, seguindo o caminho do cais. O deus de Marte escorou seu corpo em uma estaca que segurava a estrutura de madeira, pois não sabia quanto tempo aquilo iria demorar. Passados alguns minutos, cansou-se e sentou em um dos caixotes que estavam ali juntos aos barris vazios.

Com a exagerada demora de seu guia, as pálpebras do poderoso começaram a pesar tanto quanto um barco médio, em sua percepção. Não aguentava o sono que o atingiu de repente, não havia dormido o suficiente na noite passada. Pouco a pouco, sua cabeça pendia para os lados e, algumas dessas vezes, tiravam-no da maldita sonolência.

Ele disse para ficar aqui, não ficar acordado — maquinava uma forma de contornar a situação. — Teve uma parte sobre ficar de vigia, mas...

Dormiu ali sentado, por fim.




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