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Capítulo trinta e oito

Sofia

- O meu e o de todos da minha família. Injetei em você, na sua nuca. Inseri uma pequena quantidade de um líquido - ele falou logo de uma vez e acabou com todo o suspense.

- Por que você fez isso? Como você teve coragem? Como pode fazer uma coisa dessas sem a minha permissão? Você não tinha esse direito! Quem disse que eu queria isso? Você deveria ter entrado em contato comigo antes de tudo isso, não deveria? – Como eu iria processar judicialmente um extraterrestre?

- Sofia, eu sei que errei. Agi sem pensar nas consequências. Quer dizer, eu pensei nas consequências e, mesmo assim preferi correr o risco. Eu não quero te magoar, não fiz por mal. E eu sabia que o que fiz não iria te trazer nenhum mal. E o fato de estarmos ligados há tantos anos me fez acreditar que você era a escolhida para mim.

- Você correu o risco? Quem correu risco fui eu! E sem saber!! Você não imaginou que você poderia não ser o escolhido para mim? E desde quando pensar é ter certeza? Você... Você foi um egoísta!! Meu Deus que horror! – as lágrimas rolaram soltas.

Silêncio. Ele instantaneamente mudou sua feição de culpado para sério, preocupado, intrigado.

Eu realmente me senti mal com a história. Mil coisas passaram pela minha cabeça. Essa atitude dele fez reforçar que eu parecia mais um teste do que uma coincidência boa. Percebi que não adiantaria deixá-lo ciente dos meus pensamentos, que ele não poderia perceber que eu estava disposta a mudar a condição em que eu estava. E que eu provavelmente não conseguiria fugir dele.

Não dava para deixá-lo com a ideia de que estava mudando minha forma de pensar sobre eles ou que estaria me separando dele chateada. Pensei rápido em uma forma de mudar o rumo da conversa na tentativa de despistá-lo. Eu queria que ele sumisse da minha frente logo. Eu precisava de algumas respostas. Estava com medo do que iria acontecer comigo, mas no momento fugir parecia mais importante.

- E como não senti nada? Quero dizer, no momento em que você injetou este líquido?

Ele então saiu do transe. E todo desconsertado tentou me responder da forma mais objetiva e honesta que poderia conseguir.

- A agulha que utilizei é muito mais fina do que a mais fina agulha que vocês utilizam na medicina. Mais fina e mais curta que uma agulha para insulina ou acupuntura. Portanto, não deixa marcas visíveis ao olho nu.

- E por que na nuca então?

- Porque você estava toda coberta e deitada de lado. E também por estar próximo à cabeça, onde naturalmente sentiria menos dor a uma leve picada. Só por isso.

Então nós voltamos ao silêncio quando ele ensaiou falar mais alguma coisa.

- Sofia, eu...

Percebi que ele iria voltar ao momento em que demonstrei estar chateada com ele. Continuei a fazer as minhas perguntas sobre todo o processo na tentativa de deixá-lo acreditando que eu o havia perdoado.

- E esse DNA está me transformando em um alienígena? – Se eu tinha um outro tipo de DNA em mim, precisava parar de chorar e resolver o problema. Se estava em mim, não adiantava mais me lamentar, tinha que resolver.

- Não! Está fazendo apenas com que seu corpo tolere o que nós toleramos. Que se comporte como o nosso. Eu só queria que você tivesse uma resistência maior à doenças, que se curasse com facilidade, que suas células evoluíssem um pouco mais. Só que não esperava que fosse demorar tanto... até o momento em que você tomou aquele xarope e tudo começou a acontecer. Na verdade o DNA estava adormecido.

- E viajar com vocês é uma conseqüência?

- Sim, era uma das coisas importantes no processo. As "viagens" são fisicamente quase impossível de acontecer entre vocês, por vocês não estarem evoluídos ao ponto de transformar completamente a matéria em energia, digo, essa energia a qual me refiro. Só que o fato de você conseguir viajar não foi o que me deu a certeza que nosso DNA está funcionando em você.

- E então o que te deu a certeza?

- Você sofria de uma doença, certo?

- Sim, sofro.

- Não sofre mais. Quando você tomou aquele remédio, foi curado todo o tipo de doença que havia em você. E o fato disso ter funcionado foi que me deu a certeza. A partir do momento em que você reagiu, pensei que você poderia evoluir para muito mais. Você também se machucou os pés e rapidamente foi curada...

- É verdade. Foi espantoso. Deixe-me ver se entendi direito. Isso tudo não me impede de ficar doente ou me ferir, já que foi o que aconteceu comigo ontem. E também não impede meus sentidos para temperatura, etc. Correto?

- Mais ou menos. Você está bem protegida de doenças. Pode se ferir, mas também poderar se recuperar mais rapidamente. Mas esse processo você ainda não está adaptada totalmente. Eu quero deixar claro que nós não somos imortais. Isso não vai te fazer imortal, apenas mais forte. Lembre-se que você ficou boa praticamente instantaneamente, não foi?

- Sim. Verdade. Muito estranho. Mas achei que era devido apenas a tal pasta brilhosa que Gabriel colocou no meu pé.

- A pasta é tipo uma enzima, que acelera o processo, um catalizador, apenas isso. Mas no geral, isso é uma prova que algo bom te aconteceu. Você continuará a Sofia de antes. Apenas, melhor. Um pouco melhor. Significantemente melhor.

- E quanto a essas viagens, posso viajar agora, sem você perto de mim?

- Eu não sei. Não sabemos ainda. Eu posso transferir minhas células para qualquer lugar e posso levar as suas comigo. Na verdade eu não levo suas células, apenas agito-as ao ponto delas conseguirem também se tornarem apenas energia. E há gastos de energia neste processo. Não podemos ficar fazendo viagens o tempo todo e sem parar. Ou sumiríamos. Por isso precisamos parar um pouco, descansar nossas células, esperar que elas renovem essa energia gasta, para então podermos agitá-las novamente. Só que não sei se você poderá fazer essa transferência sozinha. Entende?

- Um pouco. Mas, por que eu? Só porque sonhei com você?

Ele fez uma cara de quem procura uma forma de explicar algo que nem ele mesmo sabia a resposta. Arqueou as sobrancelhas, depois semicerrou os olhos um pouco e depois começou a falar.

-Sofia, eu não sei como isso aconteceu. Você é algo que eu preciso, mas ao mesmo tempo não é algo como uma droga. É um bem estar. E eu não sei explicar o porquê de eu não conseguir deixar de me envolver por você. Só sei que foi exatamente isso o que aconteceu. Peço desculpas por não ter sido honesto contigo, eu não poderia fazer de outra forma porque eu tinha medo da sua reação. E sei que mesmo assim não é desculpa. Eu realmente assumo essa falha. E estou ainda tentando entendender a razão de tudo estar acontecendo entre nós, porque eu ainda não sei explicar o que acontece comigo em relação a você. Nem meus pais sabem.

Eu já estava zonza com tanta informação que naturalmente era algo inacreditável. E já não sabia se ele estaria falando a verdade de fato. Mas então, por que ele falou em reprodução com o irmão dele? Mesmo que isso tudo fosse verdade, essa ligação que ele pretendia comigo era apenas para perpetuar a espécie dele na terra?

Se essa era a razão, eu não queria fazer parte disso. Ninguém sã, concordaria em fazer parte de uma loucura assim. Eles nem eram da mesma espécie que nós. O que poderia acontecer comigo caso eu engravidasse de um extraterrestre? Que tipo de filho eu teria? Era tudo muito inconcebível para mim.

Era como se alguém quisesse engravidar de um animal, como um gorila, ou coisa do tipo. Só que no meu caso seria um animal bonito e fisicamente igual a nós. Ou pelo menos era o que eu achava naquele momento. Essas ideias estavam martelando minha consciência e eu estava com medo de enlouquecer.

Eu já começava a duvidar de tudo o que vivi e senti pelo Tim. Estava começando a crer que eu deveria estar delirando quando me deixei envolver por ele. E ao mesmo tempo sentindo muita raiva dele ter feito tudo isso sem me dar o direito de escolha! Olha, dizer que falei se não falei, que fiz algo se não fiz e, me colocar em uma situação que não pedi, eram as três coisas que eu mais odiava no mundo.

O pior era que naquele instante em que eu me encontrava eu não sabia se tinha chances de decidir qualquer coisa. Já que não sabia até onde meu corpo iria mudar. Não tinha ideia do que poderia acontecer comigo e nem em que situação eu estaria envolvida.

Definitivamente sempre tive a certeza que não era nenhuma adolescente que acreditava em romances entre humanos e lobisomens, vampiros ou homem-aranha. Nem mesmo super homem, que veio de outro planeta e na verdade não passava de um extraterrestre!

Eu era uma mulher, adulta, vivendo uma situação real e que precisava refletir sobre essas novas informações e decidir o que fazer. Principalmente em se tratando de uma condição que mais parecia filme de ficção do que a própria realidade. Isso tudo era tão esquisito que estava mais fácil acreditar que alguém havia me colocado em um show de Truman. Parecia uma realidade simulada!

Eu estava prestes a ter um ataque de pânico.

Enquanto eu pensava, ele também permaneceu em silêncio. E esse instante de silêncio da minha parte fez com que ele ficasse um pouco incomodado. Ora ele baixava a cabeça, ora voltava a olhar para mim, aguardando que eu falasse algo.

Mas eu permanecia parada, olhando para ele, sem saber o que dizer e ainda pensando um monte de loucuras.

Ele quis me dar este tempo. Apesar de incomodado, ele percebeu que precisávamos nos afastar para que enfim, eu pudesse ter o momento de decisão que me fora negado. Seja lá qual fosse a decisão mediante essa novidade.


Tim

Sofia estava mudando. Estava se transformando. Eu não sei quando o gatilho aconteceu, se quando ela tomou um dos nossos remédios ou foi simplesmente com a nossa convivência. Talvez eu a tenha energizado ainda mais com a primeira viagem.

Não sabia como contar tudo. Quando ela finalmente acreditou em nós, quando fizemos aquela viagem à Bahia para buscar o tal óleo de dendê, onde ela nos viu em processo de energização, quando sumimos diante de seus olhos, ela finalmente deve ter tido a certeza. Eu entendia, não era fácil para ninguém acreditar em tudo.

Minha família também começou a se convencer que ela era mesmo tudo o que eu falava. Há anos que a visito e em todo o tempo eles sabiam meus passos, minhas decisões. Nossos guardiões no nosso planeta também sabiam. Na verdade, segundo eles, ela poderia ser a única no planeta que ainda portava nossos genes, pois alguns humanos, há muitos anos, puderam receber parte da nossa herança. Em algumas pessoas não se manifestava, pois o DNA humano é muito forte e recebe muita carga tóxica ao longo dos anos, bloqueando cada vez mais nosso DNA. Algumas pessoas extraordinárias no mundo, eram justamente as que desenvolveram um pouco da nossa genética. Sofia era normal, regular. Mas ela desenvolveu os sonhos. E isso ninguém tinha tido até o momento.

Esse era o ponto. No nosso planeta, eles não acreditavam que Sofia poderia ser remanescente, já que era extremamente regular. Até tinha doenças como fibromialgia e outras articulares, justamente doenças autoimunes. O que não condiz com nossa espécie. Mas os sonhos... isso não tinha nenhuma explicação lógica!

Eu precisava ter certeza. Eu iria fazer algo completamente isolado de todos. Nenhum dos nossos guardiões ou da minha família estava concordando com isso. Não era ético com os humanos. Não mais. Não precisávamos de mais experiências com eles. Na verdade, por alguma razão que me foi negada pelos guardiões, eles estavam com medo, pois segundo eles, os humanos tinham genes fortes, mas que conseguiam se combinar de um forma com os nossos que poderia dar algo muito errado, que a humanidade poderia se modificar tando ao ponto de chegarem a um nível de conhecimento que ou destruiriam seu próprio planeta ou conseguiriam chegar e se igualar ao nosso. E isso poderia ser igualmente avassalador, porque a maldade existente neles com a busca pelo poder era sem precedentes.

Mas eu já estava tão ligado a ela que nada mais me importava. Eu sofria por ela. Eu sonhava com ela e necessitava de tê-la perto, mas o Brasil era inviável para mim. Quantas e quantas vezes fiz viagem para aquela cidade linda e quente em que ela mora, só para cruzar com ela? Ela nunca percebeu que eu estava de longe, olhando-a. Sempre que eu percebia que ela poderia olhar meu rosto, estava de óculos escuros, boné e até mesmo dando as costas!

Os melhores momentos eram sempre quando ela finalmente sonhava comigo. Eu conseguia chegar mais próximo enquanto ela dormia. Ela ficava quase que na posição fetal para dormir, com um braço embaixo do travesseiro e outro por cima do corpo, seguindo suas curvas. E tinha muita inveja do gatinho dela, pois ele sim, conseguia se aninhar e ficar coladinho nela. As vezes ele me via e corria de medo. As vezes ela acordava com o susto e eu tinha que sumir. Por vezes ela estava em crise de dor, não dormia bem e tinha que encontrar uma posição mais confortável para sentir menos dor, porém não era a mais agradável para dormir.

Ah, eu a conhecia tão bem!

Acabei não resistindo a tudo aquilo. Eu queria o melhor dela, que ela ficasse bem e... Talvez pudesse ser mais precisa nos sonhos. E eu sei que ela gostou de mim antes mesmo de saber tudo o que estava acontecendo com ela. Fiquei tão feliz com tudo o que acontecia conosco, mas não previ os acontecimentos de hoje.

Agora estou impacientemente aguardando que ela me perdoe e que volte a querer estar perto de mim. Eu não sei exatamente o que ela pensa, mas queria muito que ela conseguisse me amar e me aceitar do jeito que eu sou, principalmente agora que ela é também um pouquinho parecida comigo.

Ela tem a escolha de conviver com essa nova vida longe de mim. Não a forçaria a nada. Mas ainda teria que conviver um pouco mais conosco até tudo normalizar em seu corpo. E isso seria doloroso para mim, saber que ela está perto, mas que poderia escolher viver longe de mim.

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