Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo trinta

Sofia


- Eu não quero esperar. Preciso que me explique já!

- Eu te prometo todas as explicações que você desejar. Mas primeiro, troque a roupa.

- Para que? Não ficar doente?

Ele limitou-se a um sorriso.

Eu não falei mais nada. Eu já não sentia mais todo aquele frio e nem mesmo todo aquele calor. Apenas estava encharcada. E realmente incomodada com isso. Minha roupa ficou colada, mostrando todo o formato do meu corpo. Minha sorte é que eles se preocuparam com o meu bem-estar naquele instante. E eu não quis interferir nisso. Também era do meu interesse.

Nicolle foi amável. Levou-me ao banheiro e me ajudou com tudo o que eu precisaria para me fazer sentir confortável comigo mesma. Preparou um banho, separou um jeans, um moletom, uma bota tênis de cano curto e roupas íntimas.

E inclusive brincou comigo:

- Você tem uma pele muito bonita Sofia. E não é magrela como eu. Tem um corpo bastante bonito. E mais, nem tente negar isso ou se diminuir. Sei que fez algumas mudanças, mesmo assim, está bastante bonita. Então, aproveite este elogio!

- Obrigada. Você é gentil. Mas não te acho magrela. Comparada ao meu corpo, talvez. Mas isso não te torna feia, muito pelo contrário. Acho que você é simplesmente perfeita. Aliás, todos vocês são incrivelmente bonitos. Até espantoso - Ela deu uma risadinha.

Não existia um pensamento sequer que me fizesse levar ao fato de que extraterrestre fosse vaidoso. Incrível. Mas independente dessa descoberta, ainda estava preocupada com os homens da casa...

Depois de os irmãos terem ido à Bahia por um simples ingrediente culinário, acreditei que não deveria ser muito difícil para eles comprarem essas roupas para mim. E com certeza não precisaram ir muito longe para isso. Ou talvez já tivessem guardado com essa finalidade mesmo antes de eu chegar.

Eu estava sentada na cama, escovando os cabelos quando ela disse que iria me deixar mais a vontade e estaria na sala se eu precisasse de alguma coisa. Segurei a mão dela sem precisar falar qualquer coisa.

- Eu imagino o que você está passando. Não deve ser fácil mesmo.

- Existe a possibilidade de acontecer algum mal a mim?

- Você gosta mesmo do meu irmão, não é? – Nicolle já estava se sentando e mexendo em algum aparelho eletrônico que não consegui distinguir exatamente o que era.

- Por que você pergunta isso?

- Porque vejo todo o seu esforço em evitar olhar para ele enquanto está conosco por perto. E quando você olha, parece que só existem vocês dois no mundo. É terno. Essa forma de agir é uma das minhas preferidas nos seres humanos. Vocês podem revelar não apenas algumas palavras com o olhar, mas sentenças inteiras, parágrafos, um livro, uma vida. Tudo com apenas um olhar. É como se vocês fossem capazes de descrever todos os sentimentos puros de amor, felicidade, harmonia, delicadeza, cumplicidade, fidelidade em apenas um olhar ou por vezes com um toque. É claro que isso também ocorre com sentimentos ruins...

- É a energia que fala. Neste caso, isso também é bom, já que podemos assim detectar algo errado e nos afastarmos... Não são todas as pessoas que sentem isso. O toque revela muito da energia. Vocês não sentem isso muito forte, não é?

- Não exatamente como vocês. Talvez eu sinta mais que a minha família. Eles sentem mais com o toque do que observando. E isso não significa que não desejamos coisas boas uns para os outros ou até mesmo que não tivéssemos amor. Simplesmente não somos como vocês, de detetar emoções com o olhar. Claro que, nessa forma humana, estamos diferentes e aprendemos muito com a convivência. Eu não tive muito essa visão do meu mundo, já meus pais e irmãos, tiverem mais. É muito difícil de explicar isso. São tantos os detalhes que implicam em tantas outras coisas. Nós vivemos situações e sensações semelhantes, mas nem sempre agimos ou demonstramos da mesma forma. Temos isso em comum entre todos nós – ela fez um gesto ampliando nós dois e ampliando em seguida como se quisesse generealizar tudo ou todos - Nós acabamos nos repetindo, de certa forma. Vocês aqui não são assim. Existe o elemento surpresa. E nem todos possuem essas sensações e sentimentos por outro ser humano da mesma forma. Nunca sabemos quando é verdade ou quando é mentira. Às vezes observo que vocês acreditam e acham ter certeza de algo. Mas tudo pode mudar. E novamente quando acham que existe algo concreto, esse "concreto"se desfaz e você nem imaginaria isso. Ou em algumas situações um sentimento verdadeiro inicia, mas morre por desistirem em levar adiante. E as vezes vocês querem bem tratando mal. É um misto de querer bem, querendo mal. Eu não entendo como você ama hoje e amanhã você esquece completamente tudo. E nada é levado em consideração. Complicado. Mas tem as coisas legais, como falei do que vejo em você com relação ao meu irmão. E essa honestidade é o que mais me toca.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Como ela conseguiu me enxergar tão bem se mal conversamos? Eu fiquei de cabeça baixa, inclusive envergonhada da minha espécie. Pensei nas inúmeras guerras que o planeta já viu, no uso abusivo dos nossos recursos naturais, da nossa insensatez por coisas que nos dão uma felicidade muitas vezes ilusória e rápida, da corrida pela hegemonia dos países, sabendo que nós alcançamos já um poder bélico que não podemos usar... De que adianta tudo isso? Ao mesmo tempo me pergunto se seria mesmo mais fácil se todos fóssemos um...

Fiquei imaginando como seria o planeta deles. E na harmonia que eles devem ter. Talvez não sejam muito de demonstrar afeto, mas e daí? Não significa que isso não exista entre eles. E com certeza existe uma forma de cada um saber o que o outro sente. Ou eles não iriam querer tanto o bem um do outro.

- Sofia, não queremos e não faremos mal a você.

Permaneci em silêncio. Na verdade, imaginei que talvez eles estivessem com o mesmo medo que eu. Se eles tinham essa visão sobre nós humanos, sobre essa inconsistência, talvez fosse exatamente a razão para que o Gabriel ficasse sempre contra mim. Porque eu sinto que ele não está satisfeito com a minha presença perto deles.

- Você já quer que eu chame o meu irmão? – Ela fez a pergunta porque viu que eu já estava pronta e talvez porque decidiu que a nossa conversa já havia encerrado.

- Sim, por favor.

Nicolle saiu e não demorou muito para que Tim chegasse. A porta estava aberta, ele já foi entrando e sentando ao meu lado. Percebi que ele também havia tomando banho, trocado aquelas roupas molhadas. Vestia um moletom e jeans. Os cabelos ainda estavam molhados e penteados para trás.

Ele parecia estar mais tranqüilo. Não vi preocupação nos olhos dele. Então ele tirou a escova da minha mão, colocou-a na cômoda ao lado, segurou minha mão com firmeza e deu um sorriso.

- Onde está o Gabriel?

- Pensei que estivesse querendo saber outra coisa de mim - Respondeu dando um sorriso triste.

- Tim, eu ouvi a discussão entre vocês. Sei que tem a ver comigo.

- Ah... - Tim deu um suspiro profundo e continuou – Ele está bem. Provavelmente deve ter ido trabalhar. Não fique preocupada com ele. Daqui a pouco ele estará de volta e mais tranqüilo.

- Está bem. Posso saber por que eu não consegui abrir meus olhos naquela hora? Tinha alguma coisa pontuda e dura...

- (risos) Suas pálpebras estavam congeladas, só isso.

- Ah, entendi. Óbvio!  - Bato a palma da minha mão na testa - O que aconteceu com o seu irmão para deixá-lo tão perturbado? O que você está fazendo para desagradá-lo tanto? Eu sei que é sobre mim também...

- Um pouco. E você sempre preocupada com o Gabriel. Estou começando a ficar com ciúmes.

- Seus ciúmes são bem humanos e totalmente desnecessários... Até porque eu sou o bicho estranho nesta história e naturalmente posso irritar algum de vocês. É natural ficar curiosa com um extremista na família!

- (risos longos e gostosos). Sofia... A verdade é que uma vez ele se apaixonou por uma mulher e o final da história foi bastante drástico. E isso resultou em um problema muito grande para nós e para nossa missão. Por isso ele estava tão nervoso há pouco e, não concorda muito com sua presença aqui. Na verdade não concorda com tudo o que está acontecendo. Ele está fazendo o papel de irmão protetor baseado na experiência dele. Apenas isso.

Então ele soltou minha mão e seguiu até a janela. Já era noite e por causa dos grandes pinheiros que circulavam a casa, pouca coisa se via do lado de fora. Só não era uma grande escuridão porque as árvores estavam cobertas de neve e a luz da lua refletia sobre elas gerando claridade e permitindo alguma visualização do lugar. E também dava a impressão de terem milhões de cristais sobre os pinheiros. Era uma linda visão, tudo prateado.

Timmy continuou olhando aquele cenário quando quebrou o silêncio que ele mesmo havia imposto.

- Sabe Sofia... Eu acho esse planeta muito bonito. Justamente por ser tão diversificado. Em cada País, em cada Estado, em cada canto do planeta há uma particularidade. Vocês possuem biomas totalmente distintos. Nós nem tanto. Vocês tem muito colorido. Mas de todos os lugares que já vi aqui, gosto demais deste que estamos. Talvez porque seja necessário ou até mesmo porque no inverno me faz lembrar mais o meu planeta.  Esse lugar é especial para mim. Ele se tornou importante. Eu queria que você soubesse disso.

- Imagino que sim. Qualquer lugar em que nos sentimos bem e podemos chamar de lar, sempre será considerado o melhor lugar do mundo.

No momento que ele tinha me falado isso talvez eu não tivesse entendido a mensagem. Apenas achei que ele estaria divagando sobre o lugar. Depois de um tempo refleti um pouco e pensei que talvez, apenas talvez, ele estivesse querendo dizer que ele precisava se manter ali e que não teria condições de mudar-se para outro lugar. Caso eu decidisse ficar com ele a minha escolha deveria incluir não apenas ele, mas desistir do meu próprio país. Ou eu estaria novamente sonhando acordada.

- Sofia, você está lembrada dos "outros"?

- Sim.

- Na verdade, eles são em seis. Na verdade aconteceu uma falha de processo, mas preferimos manter isso dando uma pequena vantagem para eles.

- E essa vantagem seria a garantia deles por vocês estarem em vantagem com relação ao conhecimento?

- Isso. Nós poderíamos ter uma possível salvação com a ajuda deles. Nós passamos todo o processo e tecnologia para que eles obtivessem o que eles precisam no planeta Terra. Só que enquanto estávamos colhendo o necessário eles estavam usurpando de vocês. Ou não se importando com o que vocês têm aqui. De qualquer forma, o trato entre nós foi quebrado. E como nós temos algumas vantagens sobre eles, mesmo estando em um grupo menor, eles começaram a nos perseguir. E o rompimento aconteceu exatamente na mesma época da separação do Gabriel com um deles. Eles sempre estão nos perseguindo, mas depois explico melhor isso. As nossas relações com eles agora são apenas entre os nossos superiores e entre planetas.

- Entendo. Você estava tentando apagar todos os rastros da existência de vocês em todos os lugares que passaram exatamente para não serem encontrados? Foi por isso que você foi ao Brasil?

- Sim e não! Mas que tal sairmos para jantar fora? A gente pode conversar sobre todas essas coisas em um lugar neutro. Você me parece bem. Não acredito que terá problemas com temperatura por um tempo. Será bom. Você poderá conhecer um pouco da cidade e acho até que sei o lugar exato que poderemos ir.

- Acho uma excelente ideia.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro