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Capítulo quinze

                                   Sofia

Eu não resisti e voltei a Sampa. Queria retornar àquele museu. Talvez ao hotel em que ele estava hospedado. Pensei em conversar com a Júlia, contar tudo. Ou parte das coisas. Não acho que estaria comprometendo-a, já que eu também não sabia de nada.

Eu só não iria contar o que eu estava desconfiando. Iria deixá-la tirar as suas próprias conclusões. Na verdade, estava torcendo para que ela pensasse em outra hipótese sobre essa história. Como eu estava tão envolvida, talvez não estivesse pensando com muita clareza. Talvez duas cabeças pensem melhor que uma.

Ao mesmo tempo eu ficava me perguntando o porquê de estar me preocupando com um cara que simplesmente havia sumido. Nada aconteceu. Só um beijo. Isso pode não ter significado nada. E ele pode muito bem ser uma pessoa normal e eu estou criando ideias mirabolantes.

Na noite anterior a minha ida a São Paulo, tive aquela sensação de estar em catalepsia novamente. Depois comecei a perceber que eu já não estava mais dentro de mim. A sensação dessa vez era um pouco diferente. Eu me via deitada na cama, como se a minha alma saísse de mim e ficasse observando meu corpo estático ao mesmo tempo em que tinha consciência de que eu estava sonhando.

Pelo menos era o que eu achava que estava acontecendo por parecer tudo tão real, mais uma vez. Só que agora meu sobrinho dormia em outra cama!

Eis que vi a presença de uma terceira pessoa no quarto. Mas também parecia ser um espírito assim como o meu, ali, me observando dormir. Foi então que entendi que a terceira pessoa não era como eu. Dessa vez, vi um estranho ser, vindo na direção do meu corpo. Não demorou muito para eu descobrir que aquela forma de ser era a mesma da estátua naquele museu, que fui com a Júlia e onde tropecei no Timmy.

Ele parou perto da cama sempre olhando para meu corpo indefeso. Eu não conseguia fazer nada porque não conseguia me mover e nem falar. Eu estava também estática, aos pés da cama, como se estivesse flutuando, colada ao teto e de frente para o meu corpo. Então forcei minha mente para me fazer voltar e conseguir despertar. Repetia "preciso voltar ao meu corpo" sem parar.

Até que aquele ser que estava parado, de cabeça baixa apenas observando meu corpo, simplesmente olhou para mim. Ele fixou aqueles olhos grandes e pretos nos meus. Naquele instante eu tive tanto medo que não sabia mais o que pensar. Era como se ele estivesse dentro daquele universo, dentro de um pesadelo que era meu, mas que ele também tinha o controle! Ou como se estivéssemos dentro de um mesmo sonho, um mesmo pensamento. Parecia que a minha alma, fora do meu corpo, também pudesse ser observada!

Eu retribuía o olhar, simplesmente não conseguia deixar de olhar nos olhos dele. Instantaneamente resisti ao medo e continuei encarando-o na tentativa de provar que não iria mais sentir impotente ou na situação de vítima, sem controle sobre mim. Decidi que o medo não poderia ser opção, já que eu não sabia se aquele ser era do mal ou não. E precisei olhar bem para ele porque eu não queria esquecê-lo quando eu conseguisse despertar. Eu queria acordar do pesadelo lembrando de todos os detalhes. Foi então que os olhos começaram a mudar de cor, como se estivesse surgindo uma luz vinda lá do fundo deles. E então deixaram de ser aquela grande massa oval e negra para uma espiral brilhosa e luminosa. A sensação era de estar vendo uma galáxia ou coisa parecida através dos olhos dele. Isso me chamou bastante atenção porque era realmente hipnotizante de tão bonito que era. Era tão surreal que precisava descobrir o que ia acontecer em seguida.

Então ele voltou-se para meu corpo, que simplesmente acordou. Nesse instante eu não entendi mais nada porque se meu espírito estava fora de mim, como eu poderia acordar? Não era lógica aquela situação. Só que eu não fiquei acordada por muito tempo, logo que vi aquele estranho ser, desmaiei de susto. E não poderia ser diferente, qualquer um poderia entrar em pânico diante de uma situação dessas.

Foi então que ele me pegou no colo.

O meu espírito ficava observando tudo aquilo sem poder fazer nada para evitar que eu fosse levada embora. E por causa disso, tentei fazer força para me despertar daquela situação ruim. Talvez assim eu pudesse evitar que aquele bicho levasse meu corpo com ele. Eu já estava ficando desesperada, com a sensação de estar me sentido presa e impotente.

Eu não sei como e nem quando acabou. Eu simplesmente não lembro. Acordei no dia seguinte e, quando acordei, nem parecia que eu estava sonhando. Fiquei com aquela sensação terrível de desespero e pânico, como se aquilo tudo tivesse acabado há muito tempo, mas só naquele instante eu havia me dado conta. Parecia que tudo aquilo realmente tinha acontecido.

Pensando sobre tudo, nada daquilo poderia ser real. Se fosse, com certeza eu não seria um espírito. Mas parecia que eu estava vendo um filme através do tempo, de outra dimensão.

Pior é não saber o que pode ter acontecido de fato. Fiquei desejando voltar a dormir na tentativa de mudar tudo o que me aconteceu. Como em um sonho ruim que temos e desejamos poder continuar nele para mudar tudo de ruim. Ou ao menos entendê-lo melhor.

Porém, era impossível voltar a dormir quando todos na casa já estavam despertos e em atividades. Já havia perdido a noite e não iria queria também perder o dia. Só me restou pegar minha mochila e correr para a rodoviária a fim de chegar o mais cedo no Tietê e de lá, pegar o metrô para a casa da Júlia.

Já no metrô, passei por uma das estações do museu. Embora eu estivesse no subterrâneo e não estava visualizando o local, não tinha como não lembrar que alguns dias atrás eu estava exatamente ali, trombando no Timmy. Não dava para ficar sem procurar ao menos alguma explicação para aquilo tudo que havia acontecido. Eu nem poderia tentar retornar a ligação para o mesmo número que ele me ligou, pois quando isso aconteceu, apareceu número restrito. Não tinha como rastreá-lo. E não recebi qualquer ligação nesse celular depois. Eu estava completamente perdida.

Expliquei alguns fatos para a minha amiga. Graças a Deus que ela me entendeu e não fez muitas críticas. Deixei a mochila com algumas roupas na casa dela e fui direto ao hotel. Mas não tive sucesso por lá. Ninguém sabia onde ele estava e nem poderiam dar informações sobre ele.

Com um pouco de sorte, encontrei o rapaz que me levou à recepção do hotel naquela noite, o mesmo que me conduziu até o motorista que me deu uma carona para a casa da Júlia. Ele disse que tem hóspedes que são tão especiais que só o gerente ou o dono do hotel possuem o contato deles.

Eu não acreditei que ele fosse assim tão especial. Rico ele parecia ser. Não sabia que o salmão dava tanto dinheiro assim e que tivesse tamanha importância para o dono do hotel. Não acredito que esses privilégios todos vinham da ligação que ele tinha com relação a laboratório e todo o resto. Afinal, ele me contou como se fosse um segredo muito sério. Então não achei que o dono do hotel pudesse ter qualquer participação nisso. 

De qualquer forma, como eu vi que seria muito difícil falar com um desses donos do hotel, resolvi ir ao museu. Eu estava sozinha porque a Júlia estava trabalhando uns pacotes turísticos de clientes em casa.

A escultura que ele estava olhando ainda estava lá. Pelo menos isso. O mais estranho é que essa escultura é uma espécie de homem bicho. Não era uma reprodução exata dos humanos porque tinha uns braços compridos e finos, com dedos longos. A mesma coisa acontecia com os membros inferiores. E a cabeça, também era mais alongada. E tinham dois desses bichos na mesma escultura, só que enroscados entre si.

Chegava a ser confuso. Apesar que a idéia principal de terem dois seres enroscados um no outro não era imperceptível, porém os detalhes ficavam um pouco confusos porque eram dois em um. O mais estranho é que eu não havia prestado tanta atenção na primeira vez. Não sei como consegui reproduzir com tanta extadidão naquele sonho que tive essa madrugada.

Para o meu susto, ali tinha um desenho pequeno e igual ao brasão do cartão que ele me mostrou. Parecia uma tatuagem na criatura. Gelei. Fiquei tensa. Então ele realmente estava buscando alguma coisa relacionado a família dele. E quem produziu aquela escultura, com certeza era algum parente dele ou sabia algo sobre eles.

Fui rapidamente ver a placa que contém informações  sobre a obra. Pelos meus cálculos, deveria ter pelo menos uns cem anos que a estátua existia. Na verdade, a ideia da estátua, já que aquela era uma réplica. Então, cem anos atrás, alguém já produzia réplicas?

Era fato que existia alguma coisa relacionada à família dele, mas o que exatamente? Só a autoria não poderia ser. Havia alguma coisa naquilo, alguma mensagem na ideia da estátua. Mas o que? Será que alguém viu algum ser de outro planeta e foi reproduzida daquela forma?

Fiquei ali parada, olhando para aquilo tudo, pensando no que havia acontecido e tudo o que o Tim me falou nos nosso encontro. Só que eu não conseguia deixar os meus pensamentos em ordem. Parecia que cada vez que eu raciocinava, ficava tudo ainda mais confuso. E mesmo assim, não tinha a menor vontade de desistir de entender.

Foi então que senti uma respiração no meu pescoço.

- Você não me esqueceu, não é?

                                ****

Eita minha nossa!

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