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Capítulo quarenta e dois

Verdades. Mentiras. Um plano.
***

Sofia

- Não. Você não vai deixar de ser humana.

- Mas com alterações importantes ao ponto de não poder mais ficar em lugares de temperatura mais quente?

- Provavelmente sim. Mas ainda não tenho certeza porque nunca fizemos tal experiência antes, quer dizer, nós todos somos uma experiência! Mas nunca nenhum dos dos cinco fez qualquer experiência com um humano antes. Talvez você esteja apenas se ajustando. Talvez com você seja bem melhor. Talvez você seja mais resistente que nós. Eu não acredito em mudanças ruins, acho até que você vai ser mais forte que todos nós. Sua energia estava muito alta em um curto período de tempo. Isso parece muito para mim. E de uma forma boa.

- Desculpa, eu não consegui te ouvir direito porque parei em um ponto na sua explicação... Quer dizer que eu sou uma experiência para você?

- Claro que não! – ele ficou assustado – Acho que não estou conseguindo me explicar direito... Eu me envolvi com você depois de perceber que você tinha alguma ligação comigo. E percebi que você sofria com aquela doença, então pensei que poderia te deixar mais forte, sem dor...

- Mesmo assim! Você não poderia saber se iria funcionar, não é?

- Não, eu não sabia. Eu corri este risco, aliás, fiz você correr um risco, desculpe.

- Não sabia e mesmo assim o fez! Tudo bem que eu acreditei em você em um momento e, não me importei com o que poderia estar fazendo. Eu já estava tão cansada de não conseguir resultados bons para essa doença, que me deixei levar por essa vontade de ficar boa e também pelo fato de estar gostando tanto de você ao ponto de confiar totalmente ou de não querer ser indelicada.

- Eu sabia que você queria se sentir bem e pensei que essa oportunidade talvez fosse ser conveniente – ele falou triste.

- Conveniente é uma palavra bem apropriada, não é? – eu já estava ficando chateada novamente e cansada da conversa, que já não fazia mais sentido, porque não tinha mais volta!

- Sofia, acredite em mim quando digo que não quis te machucar ou me aproveitar de você. E não quero mesmo! Mas confesso que alguma coisa me prende a você que e por isso estou sendo egoísta em querer ter você perto de mim. Mesmo que para isso você precise ficar mais tempo aqui do que no seu país. E eu fiz questão de forçar a situação porque desde muito tempo eu já tinha uma ligação com você. Você já não era mais uma estranha para mim. E isso você já sabe.

- Então você sente que existe algo entre nós. Um sentimento, talvez? – eu baixei a guarda, de certa forma, mas iria até o fim.

- Um sentimento forte, com certeza.

- Não seria uma necessidade, ao invés de "sentimento"?

- Como assim? Não estou entendendo...

- Será que você não sente a vontade de querer estar comigo apenas, para quem sabe, eu servir de veículo para a perpetuação da sua espécie aqui na terra? Não é apenas o meu útero que você deseja?

- O que??? Do que você está falando? – ele parecia perplexo.

- Não se faça de desentendido! Ouvi sua conversa com Gabriel na outra noite. Eu sei de tudo Timmy! E eu nunca imaginaria isso de você. Porque eu estava apaixonada, porque eu estava completamente apaixonada por você e não imaginaria que você estaria apenas me usando para este propósito.

- Não é nada disso! Se você ouviu alguma conversa entre nós, com certeza não ouviu tudo o que conversamos! Eu posso chamá-lo agora se você quiser...

Não foi preciso. Gabriel apareceu por trás de nós falando:

- Ele não está mentindo, Sofia. Tim estava tentando me convencer de tentar encontrar alguém novamente, mas eu não tenho mais interesse em fazer isso, nem mesmo com o propósito de perpetuar a nossa espécie aqui na terra. Ele não se aproximou de você com esse interesse, mesmo que fosse "conveniente" para ele.

- Eu ouvi quando ele dizia que você deveria conseguir uma pessoa para esse propósito, então deduzi que ele estaria fazendo o mesmo comigo – eu já estava começando a me sentir uma tola.

- Tim só estava tentando me convencer que se não fosse para amar, que fosse pelo menos para dar continuidade à nossa família aqui. Mas ele não entende que nem isso eu quero fazer. A história entre vocês é diferente. Por alguma razão ele está conectado a você. E isso realmente é verdade porque já acontece há muito tempo. Desde a adolescência dele que ele sonha com você e há muitos anos que ele te visita. E com certeza essa condição será pra sempre.

- Mas é que eu ouvi... E de qualquer forma seria muita frieza pensar em estar com uma pessoa com esse propósito apenas.

Timmy  tentou se defender dizendo que essa era uma opção que ele estaria dando ao irmão e que não necessariamente serviria para ele, mas não seria algo sem consentimento. Então Gabriel continuou seu discurso:

- Veja Sofia, assim como vocês, nós também nos unirmos formando casais. A diferença é que uma vez juntos não nos separamos jamais, exceto quando algum morre. E nós temos um período de tempo para termos filhos. No nosso caso, são apenas três por casal. Nunca uma mulher alcançou mais do que isso. Ademais, existe uma idade apropriada para iniciar o processo. Assim como vocês mulheres iniciam seu ciclo mesntrual e, de fertilidade, como também finalizam com a menopausa.

Tim resolveu dar o exemplo da irmã:

- Nicolle, por exemplo, tem 25 anos. Mas só irá iniciar seu período de ovulação em torno dos trinta anos. E terá exatos 10 anos para ter todos os três possíveis filhos. Aos quarenta, ela já não será mais uma mulher fértil.

- E isso é válido para vocês, do sexo masculino?

- Nós também iniciamos nosso período de fertilidade aos 30, mas temos um período maior de fertilidade que as mulheres. Nós encerramos esse processo em torno dos cinqüenta anos. Diferente dos humanos. Perceba que as possibilidades de vocês é bem maior. E no meu caso, o tic-tac está acabando.

Depois que Tim respondeu minha pergunta, fiquei pensando se eles poderiam casar novamente, caso venha acontecer a morte da companheira...

- Então, se vocês ficam mais tempo férteis e se a mulher morrer antes de vocês homens, vocês podem novamente encontrar outra companheira?

- Sim - Respondeu Tim.

- Só que o "até que a morte os separe" não funcionou com Gabriel.

Gabriel respondeu um pouco insatisfeito meu comentário:

- Não. De qualquer forma, foi uma loucura, já que ela não é da nossa espécie, apesar da semelhança. Talvez porquesimplesmente não era para ser. Não sabemos explicar. Talvez minha ligação única com ela seja para sempre, por isso que não quero mais ninguém em minha vida. Na verdade, nem o Timmy sabe em relação a você – Soltou a bomba já pensando em sair de perto.

- Mas eu também não sou da mesma espécie! – Caí na armadilha. Ou "pegadinha"?

Eles se olharam, como se estivessem decidindo quem iria explicar, mas Tim tomou a frente, pois ele parecia com raiva do irmão:

- Verdade. Mas não esqueça que nós também somos humanos. E que eu modifiquei sua genética para que você ficasse como nós, ou pelo menos parecida.

- Verdade. Você tomou essa atitude sem a minha permissão! - Acho que nunca vou conseguir superar isso - E o que quer dizer com "pelo menos parecida"?

- Sei que você não irá mudar fisicamente, mas que irá adquirir mais força e vai modificar alguns órgãos vitais, como o pulmão, por exemplo. E digamos que também aceitando a minha genética perto de você.

- E ficar sem resitência ao calor, por exemplo?

- Provavelmente, mas não seria falta de resistência. No calor você adquire mais energia. Suas células se agitam mais. Temos medo das consequências.

- Mas Tim, eu sou de um lugar naturalmente quente. Isso implica que terei que abandonar minha família?

- Abandonar é forte. Mas vê-los com menos frequência, talvez, não sei como seu corpo vai reagir – falou com os olhos tristes, provavelmente com remorsos? Ou ciúmes?

- Sofia, não vai mais adiantar você questionar as atitudes do meu irmão agora. Eu entendo a posição dele. Sei que ele gosta de você o suficiente para dedicar a vida dele a sua. Ele já fez o que achou que deveria fazer. A minha posição todos vocês sabem. Eu não faria isso, mas agora que já foi feito, não existe a opção "voltar atrás". Não mais. Assim como você defende os seus, eu também defendo os meus. Então, vou apoiar vocês dois, do meu jeito. E prometo não ser mais chato com você, se você prometer não se meter em encrencas, ok?

- Por acaso eu tenho alguma outra opção? – acho até que fiz muxoxo.

- Na verdade, não. Vou deixá-los sozinhos. Acho que precisam conversar.

Conversar era algo que eu já estava ficando esgotada de paciência. Antes eu queria saber tudo sobre eles. Entender todo o processo da vida deles na terra. Mas agora que faço parte deles e, eles fazem parte de mim, isso me dá uma canseira imensa. Não por preguiça, mas porque é desgastante mesmo. Cansaço mental, por incrível que pareça, deixa a pessoa sem ânimo. E era exatamente como eu estava me sentindo naquele momento. Acho que esse DNA deles veio carregado de preguiça. Só pode. Mais do que a que eu já tinha. Acho mesmo que tudo é medo. Medo do novo. Medo do que está por vir. Com certeza quero evitar, postergar.

E por mais que ainda estivesse doidinha por um beijo do Tim, a raiva que eu sentia eliminava toda a minha força de me aproximar dele. Mas não de continuar apaixonada. Porque isso era impossível. Eu só não queria confessar naquele momento.

Antes mesmo que ele iniciasse uma conversa, que tentasse explicar as razões por ter feito o que fez, eu resolvi finalizar o assunto:

- Se você tivesse conversado comigo, acredito que por vontade própria iria passar pela experiência. Eu iria fazer isso por você porque eu também senti tudo o que você diz sentir por mim. E só por isso eu faria. Ou talvez por não ter juízo.

Ele ensaiou um sorriso, mas logo em seguida deixei-o sozinho, com os pensamentos dele. Eu já não sabia o que fazer, nem para onde ir. Não sabia onde eu estava de fato. Nem como iria me comportar diante da família dele, que agora seria a minha também. Inevitavelmente.

Achei que agora, depois das cartas na mesa, finalmente eu iria conhecer todo o trabalho deles na terra, iria conviver mais abertamente com eles. Mas não nego que senti um calafrio ao imaginar ver espaçonaves ou até mesmo a possibilidade de ficar diante de um deles, que não estivesse geneticamente modificado.

Agora, mais do que nunca, tudo era possível.

Eu não tinha pressa. Talvez nada disso acontecesse.

Fui então para o quarto do Tim, atravessei todo o quarto e abri a porta que dava até o jardim. Esse sim seria meu refúgio. Era naquele lugar que eu iria ficar sempre que quisesse lembrar-me do meu país, da minha família. Seria o lugar da saudade. E já que eu estava ali, comecei a pensar o que eu iria fazer a partir daquele momento.

Elaborei todas as desculpas que iria arrumar para justificar minha ausência. Eu precisaria inventar alguma história para dizer onde eu estava aos meus familiares. Ou inventar o lugar que eu "ainda" estaria a caminho.

Mas como eu estava desempregada, naturalmente não tinha dinheiro nenhum. Então como explicar o fato de eu ter viajado? A não ser que eu inventasse que tinha recebido uma proposta de emprego e que eu deveria com urgência me apresentar. Talvez isso desse certo. Era a história perfeita. Mas mesmo assim, muito fantasiosa. Ninguém muda de um país assim, de uma hora para a outra.

Eu precisava iniciar esse plano o quanto antes! Com pressa saí do jardim e encontrei Tim sentado na cama dele e de cabeça baixa. Isso me deixou um pouco mal, porque ele estava triste. Eu sabia que iria perdoá-lo, mas ainda não era o momento.

Então eu só pedi para ele me ajudar a fazer uma ligação para a minha família.

- Eu preciso inventar alguma história para eles. Vou dizer que recebi uma proposta de curso e trabalho, mas que teria que viajar o quanto antes. E como tudo seria pago pela empresa que estaria me convidando, minha família não precisariam se preocupar com nada, que eu resolveria tudo sozinha mesmo. O que acha?

- Acho uma excelente ideia. Eu posso fazer todo esse processo usando a nossa empresa. Vou fazer o convite e enviar para seu e-mail. Depois você vai encaminhar o e-mail para sua mãe e irmãos para eles verem que é tudo verdade, que a empresa existe. Vou colocar inclusive valores interessantes, para que eles fiquem empolgados, dando assim, maior apoio para você ir.

- Ótimo! Melhor ainda. Perfeito. Invente alguma coisa relacionada a minha área de atuação. Que a empresa está reunindo profissionais dessa área porque a empresa hoje é muito grande, com muitos funcionários e que se torna necessária a presença de uma equipe de saúde, que não só trabalhará em função dos funcionários, mas também fará parte do grupo de pesquisas. Mas faça alguma coisa para colocar uma data de pelo menos um dia antes...

- Concordo – ele prontamente me interrompeu, pois em um fôlego eu estava falando demais, com muitas informações.

Mas se era para inventar uma desculpa, tinha que ser pensando em todos os detalhes. Minha família não era tola, principalmente meu irmão mais velho, que já trabalhou em diversas empresas grandes e conhecia muito bem um pouco sobre tudo. Além do mais, nossa família sempre foi pé no chão. Não acredita em "contos de fadas". E um emprego tão bom assim, para uma pessoa como eu, mediana, não poderia cair do céu, just like that.

* just like that. – simplesmente assim.

Não demorou muito para que ele conseguisse preparar tudo o que era necessário. Então só fiz enviar o e-mail, ligar para minha mãe e explicar. Como ela não entendia muito as coisas que eu falava, ela imediatamente passou para meu irmão mais velho. Expliquei a situação e perguntei o que ele achava. E na mesma hora, enquanto falávamos ao telefone, ele abriu o e-mail e leu junto comigo. Foi então que ele disse:

- Isso é excelente! Eu estando no seu lugar, não perderia esta oportunidade. Mas existe um "porém".

- Qual?

- E sua saúde? Você sabe que não tem a melhor da saúde. Vai aguentar? Lá você terá tratamento adequado?

- Claro! Eu TENHO que aguentar! Ademais, não é um trabalho pesado. E é muito mais intelectual do que pelo o uso da força. Continuarei com o meu tratamento aqui, digo, lá. Até porque é país de primeiro mundo. É obvio que lá terei bons medicamentos e acompanhamentos. Inclusive meu reumatologista já disse que isso é possível.

- Então, se é assim, vá! Nem pense duas vezes. Não é toda hora que nos aparece uma empresa estrangeira que pague tão bem a nós brasileiros, que valorize nosso trabalho. Se o seu país não te oferece emprego tão bom quanto esse, não perca tempo. Só avalie bem o processo. Procure todas as informações sobre este grupo que procura profissionais na sua área. Mas como foi mesmo que você conseguiu isso?

Ele soltou essa... Que bomba!

- Então, eu sempre olhei sites Canadenses de emprego, pois o Canadá é famoso por empregar estrangeiros e temos muitos casos de brasileiros por lá. Essa empresa, não faz uma triagem tão grande de currículos. Talvez o salário para eles seja inviável, além da escassez de profissional em todo o país. Só sei que me candidatei. Enviei os documentos e eles me retornaram com os e-mails. Estou correndo com os documentos, estou voltando para SP porque lá fica uma filial da empresa e preciso me apresentar e eles irão finalizar o visto de emprego provisório para o Canadá. E eu pensei nisso mesmo, aqui no Brasil eu não conseguiria nunca um emprego desse nível. Obrigada por torcer por mim, eu só precisava da opinião de vocês e da aprovação. Vou correr aqui e responder ao e-mail deles e providenciar tudo.

- Seja rápida. Envie logo isso com suas referências. Tudo em inglês, precisa de ajuda?

- Não, estou com uma amiga em São Paulo que já está fazendo tudo para mim! Ela trabalha justamente com intercâmbios e turismo e sabe tudo sobre esses processos. Que sorte a minha!

- Sofia, fico feliz por esta oportunidade que você ganhou!

- Pois é. Só vou porque eles facilitam quando a pessoa vai a trabalho e quando a empresa manda referências e se responsabiliza pela pessoa, como um sponsor. Na verdade, as chances são grandes de conseguir tudo muito rápido, uma vez que terei moradia etc. tudo encaminhado. Só precisava dizer sim, e eles mesmos se prontificam de resolver a maior parte da burocracia. E ir ao Canadá é mais fácil do que aos EUA.

* sponsor - patrocinador

- Nossa, que sorte! Além do meu amigo que trabalha na China, nunca vi outra pessoa ter tanta sorte com emprego. Então, não perca mais nenhum segundo. Boa sorte!

- Obrigada, mano. Fala para a mamãe não se preocupar, vai dar tudo certo, tchau!

E assim aconteceu. Eu consegui inventar tudo na hora. Eu fiz de conta que estaria fazendo todo um processo indo a São Paulo, ainda bem que tudo aconteceu enquanto meu irmão mais novo estaria viajando com a namorada e não viu nada do que me aconteceu em Maceió. "Consegui" tudo o que eu precisaria para viajar para os Estados Unidos, já que iniciaria por lá o treinamento, de acordo com o e-mail que Timmy preparou e depois iria para o Canadá. E isso meu irmão entendia, porque ele já foi algumas vezes para Boston fazer treinamentos na área da aviação.

É claro que quando se trata de uma empresa grande que tem interesse em mão de obra, fica fácil conseguir vistos e passagens aéreas. Principalmente quando uma empresa decide ser o seu patrocinador no país deles. A mentira ficou mais fácil já que minha família estava toda distante de mim. Achei que seria mais difícil convencê-los que eu iria embora sem uma despedida apropriada, mas devida a urgência em resolver tudo, eles entenderam.

Eu poderia conseguir passagens para a minha família ir me visitar em breve ou onde quer que eu estivesse, sempre que eu tivesse saudades. Eu tenho certeza que assim que as coisas se acertassem comigo, com relação a minha "mudança", eu conseguiria marcar um encontro com eles.

Passei praticamente uma semana dizendo estar me organizando para a viagem. E apenas me comunicava com eles pelo skype ou e-mail. Quando estava completando quase um mês dessa história, finalmente liguei dizendo que tudo caminhada bem. Timmy me forneceu o endereço de um pequeno apartamento em Nova Yorque, inclusive algumas fotos, mas não disse o endereço real. Também mostrei algumas documentações provando que estaria tudo muito certo para mim. Até disse que eles já haviam depositado uma quantia em dinheiro para as despesas iniciais.

Eu comecei a mentira pelo Canadá porque era mais fácil "conseguir emprego" por lá. Se eu falasse Alasca eles não acreditariam muito. Então, depois de um tempo eu poderia dizer que fui transferida. Timmy me falou que eles realmente possuem empresas também em Vancouver, que inclusive, a documentação que ele enviou por e-mail tem os endereços de todas as filiais. Tudo para facilitar a mentira.

Enquanto o tempo passava, Timmy me divertiu muito. Finalmente eu pude conhecer tudo o que eu sempre quis conhecer fora do meu país, em lugares com neve! Começando pelo Alasca. Eu nem acreditava que estava nos EUA. Ainda mais aqui. Nicolle me emprestou um iPad e pude fazer uma rápida pesquisa na internet. Era o maior Estado do País, porém um dos mais escassos em população. É tão grande que até poderia ser separado dos EUA e se tornar um país. Acredito até que um dia isso seja possível, já que separação e "independência" parece ser fundamental. Embora eu ache que as vezes isso pode ser o maior motivo para tantas guerras. Se todos fôssemos um só, ninguém iria ser melhor que ninguém, quem sabe até todos ajudassem uns aos outros, mesmo com suas diferenças.

Mas isto é apenas utopia.

As vezes as pessoas desprezam muito um lugar porque acham que não podem usufruir de nada, mas quando por alguma razão, esse lugar apresenta algo que pode se tornar rentável, instantaneamente esse lugar transforma-se em algo importante, de valor. Foi o que aconteceu no Alasca, antes considerado apenas um lugar cheio de gelo e ursos. A partir do momento em que fora descoberto reservas de recursos naturais, passou a ficar mais populoso.

Para quem só conhecia o Oceano Atlântico, já comecei a me considerar uma pessoa viajada! Eu estava muito próxima do Oceano Ártico e do Oceano Pacífico. Nunca pensei que chegaria a um lugar como esse.

Antes de viajarmos para a capital, ele decidiu me levar a um dos lugares que ele mais gosta por ali.

- Por favor não ria. É super bobo, mas sei lá, acho bacana!

- Deve ser coisa de criança!

- Digamos que sim.

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