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Capítulo dezessete

Sofia

- Sofia? Você está bem?

Depois que eu vi meus pés sobre o gelo e percebi que eu estava ao ar livre,  que não estava mais dentro do museu. Fechei novamente meus olhos e permaneci de cabeça baixa. Apenas sentindo um vento frio, uma claridade, um cheiro diferente.

Enquanto eu estava de olhos abertos, o que percebi com a minha visão periférica me deu medo. Entendi que eu estava em um lugar aberto, vasto. Tim ainda segurava a minha mão e continuava perguntando se eu estava bem. Eu mal conseguia ouvir o som da voz dele. O som do vento forte, fazendo um barulho de eco, consumia toda a minha atenção.

Frio. Em segundos eu já estava tremendo, mas não sabia se era de medo ou da temperatura que estava de fato baixa. Mas que sonho era aquele? Sofia, acorde! Quando ele falou que eu sentiria frio, eu realmente imaginei o frio. Mas não pensei que fosse tanto, nem mesmo que estaria em um lugar diferente do museu. Eu comecei a ter certeza que eu havia enlouquecido ou que tudo o que me aconteceu era um pesadelo. Eu só pensava que em algum momento eu iria acordar na minha casa, antes mesmo de pegar o vôo para São Paulo. E que nada daquilo fazia sentido, nada daquilo poderia ser real. Eu sempre sonhava estranho e tudo parecia tão verdadeiro neles. Então só poderia ser mais um sonho louco e demorado. Já estava na hora de acordar.

Foi então que senti o abraço do Tim ao mesmo tempo em que ele gritava pelo Gabriel. Eu poderia ter levado um susto com aquele grito, já que ele estava tão próximo a mim. Foi o inverso. Ele que estava assutado com minha reação. Eu estava petrificada, em pânico. Parada. Lenta. Perdendo a respiração.

Absorvi aquele grito que ecoava dentro do meu juízo várias e várias vezes em questão de milésimos de segundos. Ele foi tão desesperador quanto o meu medo. Ele chamava pelo nome de Gabriel. A voz dele estava diferente, irreconhecível. Parecia que ele estava com tanto medo de eu estar me sentindo mal, que no desespero, ele continuava sem parar.

Senti a presença de outras pessoas vindo ao nosso encontro. Apaguei.

Eu já tinha me convencido que tudo foi um sonho. Imaginava que ainda estava no nordeste do Brasil ou até mesmo dormindo dentro do avião que iria me levar até São Paulo. Ainda nem havia encontrado a minha amiga Júlia. Ainda não havia acontecido o natal, nada. Tudo foi um sonho.

A única parte ruim em acordar, seria perceber que ele nunca existiu. Tim fazia parte de um sonho bom. Um sonho maluco, mas mesmo assim, um sonho bom. Apenas ele. Tinha algo sobre ele que me deixava fervendo por dentro, que me deixava curiosa, que me fazia querer estar por perto, mas só dele, sem todas as loucuras. Eu queria o cara que encontrei no museu pela primeira vez, o que almoçou comigo em seguida e o que me convidou para jantar. Eu queria o sonho bom.

Ainda conseguia sentir o cheiro dele. Parecia que escutava a respiração bem pertinho. Fiquei feliz. Comecei a sorrir. Pensei que não precisava ainda acordar. Se eu ficasse quietinha e focasse somente no sorriso e no perfume gostoso dele, talvez eu conseguisse permanecer mais tempo no sonho. Aí então, poderia acordar somente depois de o avião aterrissar. Sabia que a minha mãe iria me balançar um pouco, chamar pelo meu nome... Mas não queria pensar nisso. A única coisa que deveria fazer era focar naquele sorriso, naquela voz que dizia...

- Sofia? Você está bem? Ainda sente frio?

- Ela ainda deve estar em choque, deixe-a acordar no tempo dela, Timmy.

            Só que a segunda voz eu não conhecia. Quem estaria entrando no meu sonho sem a minha permissão? E por que ele estaria tentando interferir no que o meu galã estava fazendo? Eu queria que ele me acordasse desse sonho. Quem sabe assim, entraria em outro sonho melhor, somente eu e ele...

            - Tim, veja, ela está fazendo umas caras engraçadas.

            - Verdade. Ela sempre faz isso. Acho que vai acordar – Tim falou com muita propriedade, estranhamente.

            Dessa vez foi uma voz feminina. Mas, espera um pouco, que sonho maluco é esse afinal?

            - Sofia, abra os olhos. Você não está sonhando. – Disse Tim, com uma voz serena.

            Então abri meus olhos lentamente. Ao ver que estava deitada em uma cama que eu não conhecia, em um quarto que eu não conhecia e com mais três pessoas estranhas, dei um pulo de susto!

            - Calma! – Disse Timmy.

            - Mas o que está acontecendo aqui? Quem são essas pessoas? Onde estou?

            O quarto era em um tom azul claro, delicado. A cama era macia, com lençóis de algodão e um edredom que esquentava o suficiente. Havia um puff baú que ocupava todo o comprimento aos pés da cama. O piso era de madeira em uma tonalidade clara.  No lado esquerdo da cama, um criado mudo com um delicado jarro fino e apenas uma flor. No lado direito havia um armário branco.

            Como as cortinhas estavam abertas, deu para perceber que haviam muitas árvores ao redor, acredito que pinheiros. Só que todas estavam cobertas de neve. Era inevitável ficar nervosa. E minha reação de espanto era clássica, de querer me encolher. E todos os presentes perceberam minha alteração assim que visualizei a neve.

            - Por favor, alguém me explique o que está acontecendo comigo.

            Todos estavam calados, estáticos e olhando para mim como se eu fosse um ser de outro mundo, como se eles não soubessem lidar comigo. Foi então que Timmy, que já estava ao meu lado, começou a falar:

            - Sofia, estes são Kate e Peter, meus pais. Gabriel, que você já conheceu é o meu irmão mais velho. E esta é a minha irmã, Nicolle.

            E foi nesse momento que pude de fato olhar bem para todos eles, inclusive para o Tim. E percebi que ele estava mudado. Gabriel também. Tim, que tinha cabelos castanhos, agora estava com cabelos bem mais claros, quase loiro e Gabriel, que tinha cabelos pretos estava com cabelos castanhos claros. Os olhos de Tim, que eram da cor castanha esverdeada, agora estavam realmente verdes, quase azuis. E os olhos castanhos de Gabriel estavam completamente azuis. Os pais dele e a irmã tinham cabelos claros e olhos azuis. Tim, mesmo diferente, continuava extremamente lindo. Gabriel, por sua vez, também parecia um homem extremamente atraente, embora tivesse uma cara de mal, sempre estreitando sobrancelhas e lábios.

O pai do Tim era um homem forte. E parecia ser mais alto que os filhos. Acredito que por ele ter este tipo físico, a sensação era que ele era enorme. Parecia ser uma pessoa muito séria, pois ficou o tempo todo me encarando sem expressão facial alguma.

Kate, também não tirava os olhos de mim. A diferença entre ela e Peter era que ela me olhava com um olhar de pena. Dessa forma eu me senti uma moribunda, sem saber do que eu estaria padecendo. Parece mentira, mas saber que alguém sente pena de você é uma sensação horrível de impotência. Peter, começou a manter um ar de chefe. Como se nada o abalasse. Como se quisesse demonstrar que as coisas não poderiam sair do seu controle, por isso ele me fitava com um olhar sério e ao mesmo tempo despretensioso.

Nicolle, por sua vez, tinha um olhar arregalado. Talvez fosse a única demonstrando mais medo do que eu. Mas definitivamente, não era medo de mim e sim de uma iminente catástrofe. E nada disso me deixou mais confortável, mesmo percebendo que eles não pareciam querer o meu mal. Sua feições eram mais de curiosidade do que de maldade.

Quando Tim segurou minha mão, naturalmente o rejeitei. Mas não porque eu estaria com raiva dele. Talvez eu estivesse. Eu estava confusa. Eu continuava olhando para aquele lugar e para aquelas pessoas estranhas, tudo era muito irreal. E uma coisa dessas não poderia estar acontecendo comigo. Eu não era ninguém e vinha de uma cidade que só era conhecida no meu país pelas belas praias e por tantos políticos corruptos. Claro, tiveram outras pessoas importantes na história do país que também eram naturais de Alagoas, mas eu era uma mera mortal, uma qualquer sem brilho, sem importância. Como aquilo tudo estava acontecendo comigo? Eu não conseguia entender e nem responder.

Dentre todos os presentes, a única pessoa que me soava familiar e por quem acreditei sem piscar os olhos, agora havia me levado para um lugar de uma maneira fora dos padrões normais de transporte e tempo. E nesse momento, eu só conseguia pensar no dia em que nos conhecemos e em tudo o que ouvi. Ainda assim, nada fazia sentido. Era coisa de outro planeta, só poderia ser.

Tim insistiu e pegou minha mão novamente. Desta vez eu não o rejeitei, o que definitivamente o fez se sentir mais tranquilo, pois ele conseguiu dar um belo suspiro, parecia que ele havia parado de respirar por um momento. Quando ele ia começar a falar, o pai dele interrompeu:

- Tim, espere – E finalmente deu alguns passos em minha direção – Sofia, por uma irresponsabilidade do meu filho você agora se encontra no Alasca. Sei que está se perguntando como chegou aqui tão rápido... Iremos explicar primeiro como isso aconteceu, mas antes preciso que ligue para a sua amiga para dizer que está tudo bem. Diga qualquer coisa, despiste-a. Depois, ligue para a sua família e faça o mesmo.

Isso não me deixou feliz. Recebi ordens, pois ele não me pediu e sim ordenou.  E parecia que eu que havia me metido nesta situação surreal, como se eu fosse a culpada, mesmo ele dizendo que a culpa era do Timmy. Então, além de pensar em tudo isso, comecei a  indagar há quanto tempo estaria ali.

- Você está desacordada há horas, provavelmente dez horas. Esta é a razão para não preocupar seus familiares. Sua amiga ainda não entrou em contato com seus parentes porque não possui o número do telefone, mas já está prestes a procurar a polícia, portanto, ligue primeiro para ela. Sua família, por outro lado, não pensa no pior, pois sabe que você está com uma amiga – continuou Peter.

- Sofia, faça isso. Prometo que você entenderá – Disse Tim com um ar de tristeza.

Estremeci. Mas como eles sabiam de tudo isso? Como eles estavam monitorando minha amiga e meus parentes? Como ele sabia o que a Julia estava prestes a fazer? Fiquei cheia de questionamentos, mas fiz o que eles me pediram. Obviamente que Júlia estava quase pirando com o meu sumiço. Pedi que ela ficasse calma, pedi desculpas por tudo o que estava acontecendo. Apenas disse que estava bem, que havia encontrado meu irmão e que recebemos uma ligação de que meu sobrinho estava doente e hospitalizado, então voltei para o interior do Estado com ele e que meu celular deu problema.  Na correria eu nem tive acesso a um computador para avisa-la por meio de redes sociais.

Não foi fácil convencê-la, por mais que ela tivesse ficado preocupada depois com meu sobrinho, ela não deixou de comentar que estava estranhando meu comportamento ultimamente. E apenas disse que a casa dela estava a disposição e que eu que eu poderia buscar minhas coisas assim que desejasse. Não sei se a amizade seria mais a mesma. Tavez eu não quisesse mais ter uma amiga problemática assim na minha vida, honestamente, por isso entenderia se ela fizesse isso comigo.

Para a minha família, mantive o plano. Disse que estava na casa da Júlia e que ficaria mais tempo.

Como eu não estava a fim de aguentar por muito tempo todo o suspense, fui grossa com Tim:

- Agora, por favor, dá para explicar o que está acontecendo?

Ele deu um sorriso meio sem jeito e começou a falar.

- Sofia, lembra aquela história que conversei contigo no museu sobre poder ir até determinados lugares?

- Sim, como em um programa de computador que usa satélites.

- Exatamente. Nós podemos fazer isso. Basta pensarmos no lugar e nossa mente nos leva até lá. E se desejarmos ir até o lugar, nós nos transportamos em segundos.

- Não pode ser! – Dei uma gargalhada debochada.

- E como você acha que você saiu do Brasil e chegou até aqui tão rapidamente? - Respondeu sem paciência o irmão estressadinho.

Eu fiquei muda. Não pretendia falar muito, já que eu estava precisando logo de respostas. Mas mesmo assim dei um pulo da cama onde estava sentada, fui até a janela, observei aquele lugar que não lembrava em nada o Brasil. Voltei a sentar. Se eu estava desacordada, sabe-se lá se por dez horas ou mais, eles poderiam ter me transportado clandestinamente.

- Então, nós temos esta habilidade de viajarmos com toda essa velocidade – Ele continuou a falar.

            - Desculpe-me Tim, prometi a mim mesma que iria ficar quieta e só ouvindo, mas não tenho paciência, portanto me expliquem como é que vocês fazem isso? Alguma experiência de laboratório? Algum aparelho do tipo máquina do tempo? Ou vocês, sei lá...Um raio atingiu vocês tornando-os super velozes?

            - Olha Sofia, acho que estamos mais para a história do super-homem, se é que me entende? – Disse Gabriel em tom irônico.

            Neste momento Nicolle deu uma risadinha, acompanhando a piada do Gabriel. Mas ambos voltaram a ficar sérios quando Peter voltou a falar.

            - Chega! – E deu continuidade à explicação do Tim, que era visível não conseguir se expressar como eu gostaria – Sofia, não somos humanos. Somos geneticamente modificados para parecermos humanos. Entendeu agora?

            - O que? Como assim? E se não são humanos são o que? – Fiquei em pé e me afastei de todos, colando na janela.

            - Estou cansado, vamos Nicolle, temos muito que fazer – Disse Gabriel sem interesse no drama que estaria para iniciar.

            - Isso querido! Vamos checar se está tudo bem com nossa segurança –concordou Kate, acompanhando os dois, mas não por desinteresse e sim para manter o mal humor do filho longe de mim.

            Assim que a mãe e os irmãos do Tim saíram do quarto, eu explodi. Não consegui se educada e comecei logo a demonstrar todo o meu nervosismo e impaciência:

- Espere, espere um minuto! Primeiro você aparece na minha vida e me deixa apaixonada por você. Depois você some me deixando preocupada. Reaparece do nada! Então surge uma ameaça e nós fugimos para o Alasca em segundos? E vocês agora me dizem que não são humanos? E são o que afinal? Ou que tipo de drogas estão usando?

- Essa parte sobre você se apaixonar por mim, é verdade?

               Não me importei com o fato de ele parecer surpreso com a ideia. E mais uma vez o assunto iria ser desviado do que eu mais queria saber no momento: o que me fez em segundos sair de São Paulo, no Brasil, e ir parar no Alasca, nos Estados Unidos da América! E pior, que história era aquela de NÃO serem humanos? Ignorando Timmy por um instante, me voltei ao pai dele:

- Sr. Peter, entendi a parte da viagem, embora precise de mais explicações sobre o que realmente aconteceu, porém que historia e essa de serem geneticamente modificados para se parecerem com humanos? – Até senti uma dificuldade em formular a frase em inglês. Eu precisava estar consciente das minhas palavras para não haver erros ou dúvidas. Estava prestes a perder a consciência, parecia que minha pressão arterial começava a cair, senti um amargo na boca, uma fraqueza e uma tontura. São informações muito malucas. E eu queria profundamente acreditar que eles estavam me sacaneando.

               E pela primeira vez, Peter deu um sorrisinho. De curta duração, pois em um segundo ele já estava sisudo novamente. E não sei se ele percebeu meu estado de nervosismo e que eu deveria estar mais pálida do que nunca. Não sei se era um sorriso malicioso de superioridade ou de preocupação em como ele iria me explicar.

             - Isso é verdade. Nós somos geneticamente modificados.

              - E o que isso quer dizer exatamente? Vocês nasceram assim? E o que são? "Ratos" de laboratório? Alienígenas? Invadiram estes corpos humanos? São uma experiência da NASA? Ou eu estou drogada mesmo?

               - Eu não disse que ela é inteligente pai? – Timmy falou em uma tentativa de justificar minha presença ali. E eu já não sabia mais se eu fazia parte de um plano sórdido ou se realmente estava drogada.

               - Sofia, esqueça todos os filmes que você já viu sobre extraterrestres. Não há invasão de corpos. Na verdade, estamos mais para ratos de laboratório! – respondeu Peter - Somos uma espécie de clonagem de uma pessoa. Mas só o físico. E somado a isso, nossas habilidades de extraterrestres. Sim, sei que você vai ficar preocupada, mas isso é verdade.

               - Extraterrestres que viajam em segundos! - Disse eu ainda nem um pouco aliviada, ainda sentindo um descontrole sobre meu corpo, uma sensação horrível e inexplicável – Acho que desmaiei em seguida.

****

Segue a história. Tá ficando cabeluda ou não? E esse povo heim? Dá para confiar ou tem pegadinha?

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