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Capítulo dezenove

 Sofia

Para ser sincera, toda aquela história não me abalava e só o fato de estar com Tim ao meu lado, já era um alívio. Uma estranha sensação de conforto por ele não ser desse mundo, literalmente. Eu gostava de imaginar que ele era um estrangeiro muito famoso. Eu jamais pensaria em alienígena. Acho que "aceitei" a situação, mesmo com um pé atrás, porque eles não chocam por parecerem normais. Humanos, quis dizer. E de fato me tratavam bem, com preocupação e educação, exceto o Gabriel. Ele sim parecia ter algo contra mim. Era explícito.

               - Eu acho tão estranho ter que exemplificar em uma conversa os tipos, por exemplo, "nós humanos" e "vocês", como sendo os estranhos... No fim, ambos somos de fato diferentes.

               - Na verdade, acabamos nos acostumando com isso. Não será difícil para você também – Tim comentou.

               - E quantos humanos sabem quem "vocês" realmente são?

               - Na verdade, temos alguns amigos humanos, alguns desde a minha chegada e de Kate. Humanos que já tinham tido contado conosco, enquanto estávamos em outra forma. Temos amigos, funcionários... E  agora você, que na verdade não é uma humana que temos parceria alguma. Você é a primeira humana que sabe da nossa existência sem que haja uma troca necessária. As pessoas que souberam...

Timmy pigarreou. Ele visivelmente não queria que o pai falasse o que estava prestes a dizer...

               - Pai, não!

               Peter interrompeu o filho respondendo de forma bem efusiva:

               - Morreram! Todos morreram Sofia.

               - Mas por quê? Queima de arquivo? – Fiz esta pergunta levantando-me assustada da cama.

               Fiz a pergunta por impulso, sem pensar nas possíveis consequências. E fiquei com medo. Dessa vez senti um frio na barriga com medo da resposta. Foi então que o próprio Peter respondeu:

               - Não! Somos os bonzinhos da história. Primeiro, nós tomamos o maior cuidado para ninguém descobrir, já que é um risco grande para vocês lidarem com esse segredo. Porém, é claro que houveram algumas pessoas que ficaram sabendo de nós. Tivemos excelentes relacionamentos. E existem três motivos para evitarmos que novas pessoas fiquem ligadas a gente dessa forma.

               - E quais são? – Eu já estava me sentindo a eliminada da vez.

               - Primeiro, o que já comentamos sobre o que nos aconteceria caso vocês soubessem. Não queremos que isso espalhe por todos os cantos do planeta. Segundo, nossas experiências podem afetar a saúde dos humanos.

               Peter me deixou com uma curiosidade gigante sobre isso, porque que até o momento eles estavam falando que a presença deles em hipótese alguma seria prejudicial a nós. E que experiências eram essas que afetariam os seres humanos?

               Uma coisa muito importante veio à minha cabeça: a história do Tim no hotel lá no Brasil, após aquele jantar, onde ele falou algo sobre vacinas e riscos biológicos. E aquilo que bebi!

               - Eu já imagino o que você está pensando, por isso, acho que seria bom te explicar quais são as experiências as quais estamos envolvidos. Ou pelo menos acho que você não está entendendo nada! – disse Peter, olhando para Tim e fazendo um sinal de permissão para que ele pudesse me explicar.

               Mas antes que alguém pudesse abrir a boca, a mãe do Tim apareceu com algumas roupas de frio e disse:

               - Querida, sei que você tem muito o que entender. Mas eu não vou permitir que seja tudo de uma vez só! Veja se as roupas lindas que eu trouxe lhe cabem! Você precisa se agasalhar bem, lá fora está um gelo!

               - Lá fora onde? – Perguntei confusa, afinal eu ainda não sabia onde estava.

               - Por acaso você já esteve no Alasca antes?

               - Para ser sincera, eu nunca nem saí do meu país! – Esqueci completamente do que havia visto pela janela, olhei imediatamente em direção a ela novamente. Estava tão absorta naquele assunto que esqueci até de perguntar onde diabos eu estava no Alasca.

               - Então, bobinha, vamos aproveitar para nos divertir um pouco. Rapazes? Vamos deixá-la a sós um pouco para que ela se troque. Vamos para sala de estar Sofia, só descer as escadas que estaremos te esperando lá embaixo. E já que você está aqui, vamos fazer com que se sinta confortável e conheça um pouco o local.

               Será que foi planejado? Ela apareceu justo em uma hora importante! Procurei não achar que tudo estava assim tão organizado. Preferi pensar que foi o acaso ou eu iria ficar louca. Acho que assisti tantos filmes norte americanos de ficção científica que comecei a pensar que tudo poderia ser bonito e amigável mas na verdade era tudo falso e pronto para me destruir. E se esse fosse o caso, o mais intrigante era saber por que eu era importante.

                                                                                         ***

               Sinceramente eu havia perdido a noção do tempo, do espaço e da hora. Tudo naquele momento era tão irreal, tão ilógico, que não era possível raciocinar com clareza. E eu simplesmente precisei me concentrar em tudo o que estava sentindo, pois a minha mente não estava colaborando. A única coisa que me fazia relaxar era uma estranha sensação de que eu deveria esperar. Apenas, ESPERAR.

               O fato de me sentir bem, me deixava uma certeza de que em pouco tempo eu estaria conseguindo entender todo aquele processo e poderia enfim tomar qualquer decisão sobre minha vida. E eu não queria voltar para casa, não sei por que, mas eu também não cogitei a possibilidade de ficar para sempre no Alasca! Até porque eles não falaram que eu estava presa. E ainda precisava descobrir de quem estávamos fugindo. Eu não queria parecer ansiosa. Precisava saber a hora certa de perguntar se eu era um prisioneira, ou melhor, quando eu poderia ir para casa. Para não irrita-los, precisava parecer que tudo estava ok e que eu era confiável.

                Como isso estava indefinido, então o que me restava era vestir aquelas roupas. Era um montante de roupas. E pelo o que via pela janela, deveria estar frio mesmo. Não havia nenhum animal por perto, na certa todos migraram para algum lugar mais quentinho. Só conseguia ver branco por baixo de alguns pinheiros, o único vestígio de cor naquele lugar. Interessante observar isso pela janela... Parecia uma pintura. Surreal estar vivendo aquilo. Um cenário que eu só conhecia em fotos ou filmes e nunca imaginei que estaria tão perto da neve. Ainda mais quando sempre foi meu sonho conhecê-la.

               No quarto, eu não sentia muito frio.  O aquecedor estava ligado, obviamente, ou ninguém estaria vestindo roupas leves pela casa, inclusive eu. Mas imagino que a diferença de temperatura iria me afetar de alguma forma. E a primeira coisa que pensei foi no meu nariz. Instantaneamente coloquei a mão sobre ele e pensei que provavelmente amanhã estaria sangrando, já que seria um choque de temperatura muito grande. Muito diferente do que estou acostumada. Pensei também em lábios rachados e muitas feridinhas em breve de tanto que eu iria querer puxar até sangrar. Pele ressecada. Mas isso seria o mínimo. Revirei os olhos pensando nisso.

               Eu tive que tirar a calça jeans que eu estava vestindo para colocar uma calça de algodão por baixo. Essa calça era térmica, assim como as meias. Havia mais uma camisa de manga comprida de algodão, um suéter, um abrigo esportivo. Depois de vestir tudo isso, coloquei o casaco de inverno com capuz. Senti que as roupas pesavam. E ainda tinha um cachecol. Devo ter arredondado em questão de minutos. Mas estava elegante, isso é o que importa. Importava mesmo? Todo mundo deve ter esse mesmo pensamento: O frio trás roupas bonitas de ver. Só ver. Ri da minha tolice. Mas a verdade é que sempre achei isso mesmo.

               Pode parecer estranho, mas acabei divagando sobre esse assunto. Pensei que a minha vida não fazia a diferença pra ninguém e por essa razão, não deveria me preocupar com ela. E justamente por causa disso, ninguém faria questão de tirá-la de mim. Esse era o meu pensamento sobre mim mesma. E acabava me deixando tranquila de certa forma, simplesmente o fato de eu ser essa pessoa desinteressante.

               Eu estava um pouco incomodada com meu tênis all star, já que não eram próprios para serem usadas com meias tão grossas. Mas mesmo assim, resolvi usá-las com medo de necrosar um dedo do pé com o frio. E ele ficou apertado por causa da meia. Não consigo ficar por muito tempo com nada apertando meus pés. Sei que isso não vai dar certo por muito tempo.

           Nossa, como tudo era estranho. E como era difífil pensar no que eu estava vivendo. Não acho que alguma pessoa já parou para pensar em viver algo parecido. Todo mundo acha que alienígenas são maus ou são bonzinhos demais. Mas ninguém deve pensar em um convívio com eles. Definitivamente não. Cada um no seu quadrado. Tentei pensar em tudo o que já li sobre o assunto, nem o suíço Erick von Daniken, ao escrever "Eram os Deuses astronautas", imaginou que algum dia, nós humanos teríamos contato com seres de outro planeta da forma como eles se apresetavam para mim.

               Como eu já havia demorado demais no quarto, resolvi ir ao encontro da família do Tim antes que eles pensassem que eu havia tentado fugir pela janela. Quando eu coloquei a mão no trinco, alguém bateu na porta. Tomei um susto, mas era apenas a irmã do Timmy para saber se estava tudo bem. Ou seja, eu realmente demorei e eles provavelmente pensaram que eu iria fugir.

               - Venha comigo, vamos ao meu quarto, pois ainda esta faltando mais coisas para você vestir.

               - Mais ainda? Se você me der mais coisas para vestir eu não vou sair da casa porque vou estar muito pesada!

               Ela sorriu. Um sorriso seco, mas ainda assim um sorriso. E continuou em direção ao quarto dela sem dar muita atenção ao que falei. Quando viu que eu achava que ela estaria brincando, parou, olhou para mim e falou:

               - O que você está esperando? Venha Sofia!
              
               O meu pensamento da vez: "Estranha mandona!"

                                     ****
                                   Acho que até a Sofia é estranha!

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