Capítulo cinquenta e seis
Sofia
- Agora que chegamos aqui, no nosso ponto de partida, vamos esperar o Gabriel e a Nicolle, depois iremos entrar em contato com os meus pais no Alasca. Quero saber como andam as coisas lá e como estão as buscas nos arredores. Foi bom não estarmos todos juntos. Cada família faz sua busca separadamente. Ainda não dá para confiar neles totalmente. Bem, vamos começar tranquilos, relaxados. Percebi que ele só aparece quando estamos tranquilos, menos tensos. Ou com a guarda baixa. Portanto, que lugar você gostaria de ir e já ficar bastante relaxada?
- Podemos começar pelo Central Park?
- Devemos! Deixe-me apenas pegar o necessário aqui. Lembre-se que aqui está também bastante frio e com neve. Infelizmente teremos que nos agasalhar.
- Tudo bem para mim. Muito bom ter galpões assim em cada lugar que se deseja visitar, com tudo o que precisa! Mas para isso também tem que ter muito dinheiro. Eu nunca parei para pensar de fato nisso... vocês são milionários?
- Por aí. E com muitos amigos.
- Bom saber!!
Rimos.
Em questão de pouco tempo já estávamos no carro passeando pela cidade até chegar ao nosso destino. Era tarde, mais ou menos umas 15h. Eu perco totalmente a noção do tempo com essas loucas viagens. Não sei o fuso horário, mas incrivelmente, meu corpo vem suportando tudo muito bem, sem dores e nem lembro a última vez que senti cansaço de verdade. E o mais interessante? Quando eu deito em uma cama para dormir, adormeço rapidamente ao invés de ficar sofrendo, rolando na cama por horas até dormir. Dormir sem dificuldades, sem sentir dores pelo corpo, além das tentativas de achar uma posição menos incômoda. Longe das enxaquecas constantes que eu tinha! Desde que comecei a conviver com Timmy, nem lembrava mais o que era isso. A fibromialgia havia sumido? Eu não sabia, mas já estava feliz com a trégua.
Era janeiro. Aguentei tranquilamente -10C° na Rússia, como não aguentar 4C° com sensação de -3C°? Era neve em todos os lugares que andávamos. O Central Park quase não se via vegetação. Apenas os caules e as pequenas ramificações. Exceto algumas poucas que ainda permaneciam levemente verdes e até com algumas humildes flores. Mas mesmo assim, era bonito de ver um espaço tão amplo e com edifícios tão lindos e altos ao fundo. Eu estava grata de estar ali.
Confesso que até gostaria de andar em uma charrete. Pensei que seria melhor em outro momento, pois já havíamos passeado um pouco pelo parque. Acho que tudo deva ser mais agradável no verão ou primavera. O sol já estava sumindo aos poucos por trás dos prédios e eu acabei me encantando com o Timmy jogando xadrez com um senhor que estava sentado em um banco. Ele viu que o senhor parecia buscar um companheiro se ofereceu. Pacientemente fiquei prestando atenção nas histórias daquele senhor e de como ele gostava de passar o tempo junto aos netos naquele parque, mesmo com todo aquele frio.
Simplesmente inacreditável ver tanta gente ainda se divertindo por ali. Mas já estava escurecendo, o senhor já estava de partida e o jogo acabou ficando sem final. Os netos daquele senhor lindamente se aproximaram do velhinho, bastante preocupados se ele estaria devidamente agasalhado e também estavam apressados, pois a mãe deles já os aguardavam para o jantar.
Imediatamente fiquei desejando uma vida assim. Simples. Um parque. Passar o tempo com a familia. Preocupação com o agasalho. Hora do jantar. Netos. Será que eu iria viver tudo isso? Mas ao mesmo tempo, não podia fazer planos. Era tudo não surreal que não poderia ficar me questionando com esses detalhes. Ou poderia?
Eu estava gostando de tudo aquilo. Andar de táxi em Nova York é também parte do roteiro e dos pontos turísticos daquela cidade. Sensacional. Timmy começou a fazer planos para o dia seguinte. Ele disse que Gabriel preferiu ficar mais um dia na Rússia. Ele queria visitar todos os lugares por onde o filho costumava ir. Achei justo. Faz parte da história do filho que ele nunca viu. De um filho que não viu crescer.
Tim fez alguns questionamentos, naturalmente preocupado com más notícias sobre o sobrinho. Ele não queria que o irmão se decepcionasse com o que iria descobrir, pois certamente não seriam histórias de um bom moço. Porém, Gabriel achava que assim ele poderia conhecer os gostos do garoto e quem sabe entedê-lo mais. Mesmo que através de um passado negro do filho. Na verdade achei muito plausível ele tentar encontrar os antigos amigos do rapaz. Seria inclusive válido. Se eu tivesse um filho, não desistiria.
Entre os nossos planos, Timmy relatou que iríamos para a Times Square! Eu fiquei animadíssima! Imagina, iria conhecer o Times Square Garden, palco de tantos shows que gostaria de ter ido. Sem contar que fica em uma região central de Manhattan, entre a Broadway e a 7° Avenida. Que sonho que seria!
Mas primeiro, segundo ele, iríamos jantar e ter uma bela noite de descanso! E eu me perguntei: Descanso pra que?? Talvez eu estivesse sendo ingênua...
Enfim, ele perguntou para onde eu gostaria de ir. Naturalmente eu não poderia responder aquela pergunta, mas já que era para irmos para o hotel, que fosse o mais próximo. Nós estávamos ambos com mochilas e eu já estava cansada de andar como uma turista. Não tanto cansaço físico, mas estava precisando daquele banho gostoso, de um lugar aconchegante, só nós dois. A loucura de Nova Iorque é deslumbrante, sensacional, mas é preciso também saber a hora de se recolher por um instante, de viver um pouquinho de silêncio. E Deus! Como eu queria ouvir somente a respiração do Timmy no meu pescoço!
Então ele começou a dizer que ele gostava particularmente de três hotéis. E saiu falando de um grande hotel na Fifth Avenue, que ele normalmente vai justamente quando está na cidade a negócios.
- Como assim? Quer dizer que você vai a hotéis de acordo com a ocasião? Assim como em São Paulo?
- Mais ou menos. É que esse hotel tem aposentos bem parecidos com escritórios. E também tem um excelente spa. Um bom lugar para relaxar, uma boa massagem. Acho que você iria gostar.
- Ainda bem que não conheço uma sequer pessoa que não gosta de massagens! Seria anormal alguém destestar isso, até mesmo você, que é tão diferente!
- Verdade. Mas também tem outras opções. Tem outro também famoso perto desse que falei, super conhecido, mas não gosto das cores dele – Ele riu e fez uma careta.
- Então já eliminamos!
- E tem um hotel na Madison Avenue. Esse eu vou com meus pais, normalmente. Tem um estilo classudo, lembra muito aposentos reais.
- Humm acho que não.
- Você está exigente!
- Não estou. Você ainda não falou o que eu gostaria de ouvir. Mas continue com as opções, por favor.
- Ok. Tem um aqui perto, na Times Square.
- E o que ele tem de bom além do fato de estar mais próximo?
- Ele é mais simplista. Embora seja também um hotel bastante luxuoso. Alguns dos aposentos lembram mais a casa da gente. Gosto da varanda.
- Perfeito! Iremos para ele por três razões: está próximo de onde iremos amanhã, casa, varanda! Perfeito!!!!
- Espertinha! Confesso que gostei do seu entusiasmo. Eu já me hospedei uma vez, uma única noite. Mas acabei me sentindo só, parecia que estava me faltando alguma coisa ali.
- E eu já sei o que era!
- Sabe é? Então me conta!
- É que no dia em que você se hospedou você acabou por pressentir que voltaria ali comigo. Sentiu-se triste porque eu não estava contigo. Mas sabia que retornaria a ele.
- (risos) Pode ser. Eu sempre quis voltar ao hotel, mas sempre achei isso mesmo, faltava alguma coisa... que na verdade era um alguém – E deu uma piscadela.
- Fico feliz que agora você já sabe que sou eu!
Ele deve mesmo ser muito rico porque um hotel como o que fomos ser tachado como simplista?! Imagina os outros! O hotel era um luxo! Timmy queria me mostrar junto a um funcionario tudo o que poderíamos aproveitar. Então ele nos levou ao local das refeições, que mais parecia um bar ou restaurante estilo jazz, com móveis de couro vermelho. Fantástico. E a limpeza era impecável! Uma piscina sensacional, mas que não seria utilizada por mim de jeito nenhum! Ainda estava complexada.
Acabamos ficando com um quarto muito madeirado, meio avermelhado. Era a preferência do Timmy. Fiquei curiosa e ele disse que o planeta dele, por ser oposto, por ter muito metal, fazia com que ele gostasse de apreciar justamente coisas que ele não tinha tanto contato por lá. Essas lembranças dele são interessantes.
Já eu, gostei mais de abrir o janelão e sair dos aposentos para uma área externa, uma varanda muito agradável, que me fez lembrar imediatamente do filme "Uma Linda Mulher".
Eu brinquei com o Timmy sobre o hotel, já que tinha o desenho de um cupido nele como logomarca. Óbvio que achei sugestivo. Timmy perguntou se eu queria jantar no quarto ou em restaurante. Eu preferi no quarto. Já era hora de termos novamente uma noite apenas nós dois. E acho que ele estava adorando as minhas decisões. Sempre que eu decidia algo, ele sorria de satisfação. E achei que a nossa sintonia era mais que perfeita.
Estavámos na varanda, conversando animadamente, não precisávamos de tantos agasalhos ali. Estava sendo uma delícia aproveitar tudo com ele. Eu olhava o edifício em frente ao hotel e parecia que eu estava em Londres e não em Nova Iorque, justamente pela arquitetura do lugar. Se bem que eu nunca estive em Londres, portanto poderia ser algum lugar na Europa. Minhas ideias se baseavam em filmes. Acho que as pessoas nas janelas não entendiam como ficávamos tão a vontade no lado de fora, conversando animadamente, sem se preocupar com o frio. Talvez elas nem estivessem prestando atenção em nós, afinal, em uma cidade tão agitada e que não dorme, dificilmente alguém perderia seu tempo para observar dois estranhos em um hotel.
Em alguns minutos estávamos diante da lareira, bebendo vinho e comendo um maravilhoso carneiro. Antigamente eu não comia nada disso. Mas desde que conheci Timmy e ele me levou a diferentes lugares, resolvi deixar meus preconceitos de lado. Carneiro pode ser uma boa refeição sim, desde que muito bem feito. Só faltava aprender a gostar de bacalhau, mas isso eu ainda tinha dúvidas.
Apesar das circunstâncias, posso dizer que estava muito relaxada e consegui de fato aproveitar aquele momento. O jantar estava divino, a companhia nem se fala. Imagino que tudo ali era muito caro. Nunca me imaginei em um lugar assim, ao lado de um gato como o Timmy. O detalhe de ele ser extraterrestre era bem ínfimo quando estávamos só nós dois. Ele era sempre carinhoso quando estávamos sozinhos. Sempre lembrava de me tocar, me abraçar, colocar sua cabeça repousada entre minha clavícula e pescoço e me beijar sempre que eu estava distraída. Ele adorava roubar um beijo sem motivos.
Eu já estava ficando um pouco tonta do vinho, então não esperei que ele me fizesse um efeito maior e tratei de ir ao banheiro tomar um banho e até escovar os dentes, pois já estava pensando em me trocar para dormir. O banheiro era muito bonito e todo no mármore preto. O chuveiro era simplesmente divino. A água vinha tão forte que mais parecia um spa relaxante. E haviam orquídeas como decoração, contrastanto todo aquele escuro. Lembrei imediatamente do meu pai. Ele era um amante das orquídeas, bem como a minha tia avó. Saudades. Realmente a família faz falta.
Timmy pediu para juntar-se a mim. Eu fiquei um pouco sem jeito, mas permiti. Então ele entrou no box comigo após despir-se na minha frente. Eu estava com vergonha e procurava não encará-lo. Claro, não deveria, principalmente depois de todas as maravilhas que vivemos juntos no Canadá. Não deveria ter vergonha nenhuma, mas acabou que com todos os acontecimentos, não conseguimos mais ficar juntos e sozinhos de verdade, desde então. Acho que ele também se sentiu assim, pois não ficava me fitando, não sei se por constrangimento ou para me deixar confortável e não soar agressivo. Ele sempre soube ser delicado comigo. O tempo não era seu inimigo. Talvez fosse bom, recomeçar.
Mas nada disso evitava o desejo que ambos tínhamos um pelo outro. Parecia que o desejo exalava pelos nossos poros, portanto, um olhar era suficiente para nos denunciar. Mas se esse olhar fosse somado ao toque, explosão. Coisa de pele mesmo. Química. Inexplicável.
E se por um lado estávamos desviando o olhar, por outro, a nossa respiração fazia o inverso.. As veias do Timmy pareciam mais expostas ainda. Eu conseguia ouvir meu coração batendo mais forte e o dele também, mesmo que sem encostar em mim!
Quando ele finalmente ficou livre de toda aquela roupa, onde nem mesmo aquele lindo Rolex foi poupado, quando ele enfim, juntou-se a mim, eu já não estava mais nem me importando se por acaso a minha maquiagem estivesse borrada, se eu estaria com os cabelos totalmente molhados e sem volume, se eu estaria adequadamente depilada ou não. Eu só queria tê-lo perto, eu só queria sentir a pele dele se misturando com a minha, a boca dele percorrendo meu corpo, as minhas mãos perdidas em todo os resto.
Apesar de toda a situação, nada soava puramente sexual. Embora eu soubesse que teríamos sexo no chuveiro, não era algo clichê. Nada entre nós era premeditado ou uma pura cópia de situações expostas de outrém. Mesmo não sendo uma ação "original", era novo para nós, portanto, era algo sensacional. Não importava se ele já tivesse feito amor com outra mulher em situação parecida. Não tínhamos passado. Era só presente e uma promessa de um futuro. Um promessa sem palavras, sem assinaturas, rubricas e autenticações. O toque, o cheiro e o olhar selavam nossos mais sinceros desejos. Estávamos entregues.
E a primeira coisa que fiz foi, por impulso, esticar meu braço direito, passar a mão pelos cabelos de cor loiro escuro e puxá-lo junto ao meu corpo. Ele prontamente me abraçou e já estávamos nos beijando loucamente. Novamente, clichê ou não, ali eu iria descobrir se era algo gostoso ou não de fazer amor, sexo ou qualquer coisa assim, exatamente embaixo de um chuveiro! E por quê não finalizar na banheira?
Parecia que ele tinha alguma experiência, pois fechou a torneira do chuveiro. Talvez aquilo incomodasse um pouco. Ele me colocou contra a parede, depois com as duas mãos deslizou pelo meu corpo, começando com aquelas mãos fortes nos meus ombros, descendo para os meus seios, beijando-os com muita paixão. Em seguida, voltou a beijar meus lábios e continuou percorrendo as mãos pela minha cintura. Neste momento não foi difícil sentir seu membro rijo contra meu corpo.
Então ele desceu mais as mãos até a minha bunda, percorreu até o meu sexo, me tocou como ninguém, percebendo que eu já estava pronta para ele. Sem demoras ele com as duas mãos, chegou até as minhas coxas e me puxou para cima, me encaixando perfeitamente nele. E nos amamos ali, encostados naquela parede de mármore preta, com o barulho de uma música bem suave, bem distante. Aos poucos aquela música foi completamente substituída pelo som da nossa respiração, pelo som da penetração. Rapidamente exalamos o cheiro e as sensações únicas de sermos um só. Fui em poucos segundos ao êxtase completo e quando ele percebeu o momento, não resistiu e juntou-se a mim.
Parece mentira, mas acho que quando estamos muito ligados e com muito tesão, a coisa toda flui com facilidade. Eu não sei explicar, mas tenho certeza que por isso nunca foi tão bom como está sendo com o Timmy.
Eu tenho certeza que com ele, pela primeira vez, me libertei sexualmente. Só tive dois namorados antes. Eu só conseguia sentir prazer em uma única posição e, definitivamente, em pé, seria impossível isso acontecer. Ao menos não até aquele minuto. E nunca cheguei ao orgasmo. Prazer sim, mas nunca delirar com ele. A rajada de sensações elétricas que Timmy me proporcionou é indescritível.
Ficamos ainda alguns segundos com os lábios presos um no outro, sentindo nossos espasmos e com a respiração ainda ofegante. Até que ele saiu de dentro de mim e me colocou novamente no chão, pegou uma esponja e disse:
- Agora eu vou dar um banho em você!
E ainda sem fôlego, apenas consenti sem palavras, até porque darmos banho um no outro era tão prazeroso quanto estarmos nos amando. Aliás, tudo o que fazíamos juntos era amor, tesão, paixão, carinho... Era completo. Eu já me sentia mulher dele. Completamente dele. Não senti um vazio quando ele saiu de dentro de mim, porque ele me preenche apenas com sua presença e seu toque. E não é o fato de ele estar dentro de mim que me faz sentir que só estamos ligados quando o sexo ocorre. Só em olhar para mim, ouvir sua voz, me da a segurança que somos um só.
Depois desse momento íntimo no banheiro, vestimos cada o roupão do hotel mesmo. Eu fui para a cama, mas antes peguei o New York Times para folhear. Ele sentou na escrivaninha, pegou o computador dele e começou a usá-lo. Mas as vezes ficava imóvel e em silêncio. Obviamente estava em "outro" lugar, provavelmente em contato com a família. Eles não precisam de computadores para tal!
Não me enganei. Ele logo voltou-se para mim e disse que todos os Condros estavam reunidos novamente em Moscou, mas que Gabriel não sentiu-se ameaçado de estar lá sozinho, até porque Peter estaria monitorizando tudo a todo momento, revezando com a Kate e com a Nicolle, que também voltara para o Alasca. Eles estavam mantendo a nossa fortaleza provida para que pudéssemos continuar nossas buscas, tanto Gabriel lá, como nós aqui. Não vai ser fácil. E agora pensei que do mesmo jeito que facilita o seu encontro com Julian, dificulta nossa proteção. Mas como estamos prevendo alguma ação do Jullian, precisamos entrar em contato com os nossos e tentar achar uma solução para entender quais as intenções de fato conosco, quer dizer, comigo.
Fiquei incomodada. Será que eles nos viam? Olhei assustada para Tim e engoli em seco antes de perguntar. Ele já estava esperando a pergunta, pois percebeu minha cara de incômodo.
- Tim, por acaso sua família... – E apontei em direção ao banheiro.
Ele deu uma risada gostosa. Mostrou o computador e umas tralhas no canto do quarto e disse que havia trazido umas proteções. E mesmo assim, antes de ir ao meu encontro já havia avisado a todos da família. Iríamos avisa-los apenas quando fossemos dormir. Eles também precisavam de uma trégua. Afinal, eles também são humanos. Pude respirar enfim.
****
Aguardem o próximo capítulo começando com a narrativa do Timmy.
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