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Capítulo cinco

Agora as coisas vão começar a ficar estranhas... sigam com Sofia e percebam o que anda acontecendo com ela!
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                                                                                       Sofia

Acordar, estudar, comer, cuidar dos gatos, ver TV e usar o computador. Era tudo o que eu deveria fazer. Nada mais. E se eu tivesse vergonha na cara iria compor alguma coisa. Nem que fosse um jingle idiota.

Claro que a ideia também era procurar emprego na cidade, embora não fosse fácil, já que o mercado de trabalho sempre foi ruim em Maceió. Precisava passar em um concurso. Esse era o plano: viver bem e em paz para conseguir uma cabeça livre de pensamentos negativos e poder estudar, ter mais foco. Estudar era a pior das atividades para mim. Ter dislexia sempre foi muito ruim. Pior quando associada ao TDAH.

Eu estava no ritmo, estudando, porém, dia 14 de dezembro, eu já havia programado uma viagem com a minha mãe para São Paulo, com o intuito de passar o mês de dezembro, ou seja, as festas de fim de ano com o meu irmão mais velho e a família dele, lá no interior do Estado. E isso iria quebrar a rotina que havia começado tão recentemente.

Eu morei em SP por quase três anos, enquanto fazia pós-graduação. Acabei conhecendo muitas pessoas e fiz amizades. Por essa razão, a viagem veio a calhar de certa forma, pois queria de fato revê-los. Estava ansiosa.

Só que estava preocupada com dinheiro, já que iria com a minha mãe e sabia de todas as dificuldades financeiras dela. Tinha medo de ir e ficar na casa do meu irmão, sem poder ir para a capital encontrar com a minha turma. Por isso, montei um esquema facilitador para economizar um pouco. Decidi ficar na capital assim que chegasse, evitando mais uma viagem. Foi uma boa ideia, embora eu não imaginasse todas as coisas que iriam me acontecer assim que eu chegasse por lá. Minha vida estava prestes a mudar radicalmente.

- Já arrumou as malas? – Perguntou minha mãe – Não exagere, hein?!

- Comecei. – Respondi nem um pouco animada.

Fazer as malas não era o meu forte. Na verdade, eu odiava isso. E mesmo que fosse para a viagem dos meus sonhos, nem assim seria possível organizar as coisas com bom humor. Além do mais, nunca fui uma menina vaidosa e, portanto, nunca entendi de moda. Era difícil fazer combinações e também separar peças de acordo com a quantidade de dias de viagem.

Andar em São Paulo não era tão complicado para mim. Era só chegar na praça da Sé, pois de lá eu iria fácil para a rodoviária, Avenida Paulista, Parque Ibirapuera. Aliás, bastava encontrar um metrô e de lá conseguiria chegar em todos esses lugares. Fora isso, não sabia mais nada do mundo que é São Paulo.

Tudo pronto e planejado, fui dormir. Afinal, acordaria cedo para pegar o voo.

Despertei durante a madrugada e não consegui abrir meus olhos. No início eu não dei muita importância porque pensei que deveria ser o sono, sabia que iria dormir novamente e, se eu fizesse qualquer movimento, mesmo que fosse apenas abrir meus olhos, poderia despertar e ficar o resto da madrugada acordada.

Insônia. Sempre tive. A fibromialgia ajudava com isso.

Fazia um ano que minha mãe havia mudado para esse apartamento que fica localizado próximo aos bares mais badalados da cidade. Eu sempre consegui ouvir o som das músicas. Até cheiro de comida eu sentia. Acho que o vento não conspirava ao meu favor nesses momentos.

O fato de eu já não ouvir mais o barulho desses bares assim que acordei me fez deduzir que já passava das três horas da manhã. Outra razão para tal desconfiança é perceber menos luz refletindo diretamente no meu quarto, o que também indicava que a maioria da cidade já estaria dormindo.

Porém, meus pensamentos voltaram ao ambiente.

Estranhamente eu não consegui ver nitidamente meu quarto, mas consegui perceber todos os móveis de uma forma panorâmica. Também podia ouvir tudo. Se alguém na casa falasse, roncasse ou simplesmente suspirasse, eu conseguiria ouvir do meu quarto. Por ter a memória de todas as coisas, descobri que estava vendo e ouvindo tudo de olhos fechados.

Louca?

Eu não consegui mais abrir os olhos e nem me mexer. Era como se eu estivesse em estado de catalepsia ou coisa parecida.

Resolvi tentar falar alguma coisa. Não sabia nem o que falar, pois eu estava sozinha no quarto e todos na casa estavam aparentemente dormindo. Foi neste momento de indecisão que me dei conta de que a luz que refletia no meu quarto poderia vir do quarto do meu irmão.

Louca novamente? Ou precisamente?

Eu poderia simplesmente chamar por ele. Lamentavelmente tive a certeza de que eu também não conseguia falar. E o mais intrigante era que parecia que eu estava realmente gritando "Lucas! Lucas!". Mas não saía nenhum som da minha boca. Acho que eu estava imaginando gritar o nome dele. Ou será que eu gritava e ele não ouviria?

Comecei a fazer um grande esforço para acordar, sem sucesso. E foi então que senti uma espécie de onda de choque. Era como se meu corpo estivesse passando por uma forma de dormência somada a intensas vibrações. Era uma sensação estranha e perturbadora. Mesmo sem sentir dor alguma. E cada vez que eu tentava me mexer para acabar com essa agonia, mais forte essa sensação de desconforto se instalava. Eu queria tanto que isso acabasse, que não poderia me dar ao luxo de parar de tentar até descobrir o que aconteceria se eu simplesmente relaxasse. Eu tinha medo de continuar nessa espécie de sonho e isso se transformar em um pesadelo.

E foi então que senti a presença de alguém comigo no quarto. E a pessoa não era nem a minha mãe e nem meu irmão. Acho que eu já estava tremendo. Sempre tive pânico de estar dormindo enquanto estranhos invadiam minha casa, enquanto eu estivesse indefesa. E ficar sem conseguir me mover ou falar e, ainda perceber que existia alguém estranho perto, era definitivamente uma sensação terrível, apavorante.

Comecei a fazer uma enorme força mental para sair daquela situação. Era como se eu estivesse dormindo ainda, então fazia força para acordar e conseguir enxergar o quarto com mais nitidez e também de me mexer. Assim eu poderia ver se existisse, de fato, mais alguém ali comigo ou era apenas uma impressão ruim.

Outra coisa estranha e que me chamou a atenção era que eu tinha praticamente a visão de todo o quarto, exceto dos meus pés. O meu lado esquerdo era uma das paredes do quarto, então não me preocupava com esse lado já que eu estava colada à parede. Mas a direção dos meus pés, eu não consegui ver nada.

Bastou eu ter noção desta impossibilidade para eu começar a ouvir vozes. Mas não dava para entender nada. Era como se não fosse em português. Mas também não parecia nenhuma língua que eu conhecesse. E tentei lembrar de como soaria em alemão, italiano, inglês, chinês, japonês e até Russo e Grego. Nada. Sem semelhança.

Não parecia nada igual a qualquer tipo de língua no planeta. Então pensei que poderiam ser fantasmas, espíritos. Sempre tive medo de coisas do além. Mesmo assim, não sabia como fazer para sair daquela situação.

Comecei a rezar e pedir a Deus que me ajudasse.

E se eu realmente não estivesse sozinha? E se ali comigo estivesse um espírito precisando falar alguma coisa ou precisando de ajuda? Só que do jeito que eu estava, realmente não poderia ajudar. E nem queria. Nunca me senti a vontade com essa situação. Nem meu pai, falecido, eu gostaria de ver, imagine outra pessoa? Pensando bem, meu pai eu iria querer sim! E muito!

Acho que Deus ouviu minhas preces, pois comecei a imaginar que estaria falando algo para aquele espírito que estava ali comigo. Então fiquei repetindo "Eu não estou te entendendo. Não posso te ajudar. Vá embora!". Pensei que eles seriam ouvidos através da telepatia. Fiquei repetindo isso várias e várias vezes. Fazendo um esforço imenso para que minha voz saísse.

Até que sem mais nem menos, consegui acordar. Consegui sair daquele transe, daquele estado de catalepsia. Consegui ver com clareza meu quarto. Olhei em direção aos meus pés. Nada. Não havia mais ninguém comigo.

Eu estava sozinha. Era apenas mais um sonho. Um sonho estranho e ruim.

Sim, esse tipo de sonho ou sensação era constante na minha vida. E nunca ouvi qualquer pessoa relatar a mesma coisa que eu. E quem seria a pessoa que me visitava constantemente? Nem a internet me ajudou, pois não encontrei respostas para o meu problema.

Até nisso eu estava só.

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