50 | Um Tarado na Chuva |+18|
ATENÇÃO:
Esse capítulo possui conteúdo +18.
Leia por sua conta e risco.
Henri
26/03/2018
Segunda-Feira, 02:27
Enquanto dirigia de volta pra casa, mantinha o olho nos dois bêbados no banco de trás do meu carro.
Manu e eu juramos que não íamos consolar o Fael pela burrada que fez, mas olha só, saímos pra beber e fazer ele esquecer que ele é burro. Quando os deixei no apartamento da Manu, deixei repetindo na tevê da sala um vídeo do Fael bêbado dançando em cima de uma mesa e Manu rebolando num pole dance, só pra eles passarem vergonha quando acordarem amanhã cedo.
No grupo que a Maria Eduarda criou, rola fofoca o dia inteiro, Emily e Sofia são divertidas e já até combinamos de sair juntos semana que vem, mas Fael também está no grupo e dá pra ouvir ele bufar cada vez que a Maria menciona o Victor e ela o menciona muito, ainda mais agora que Emily e Sofia se uniram pra tentar ajudar ela a conquistar ele, elas soltam os planos todos no grupo e Fael foi no nosso grupo privado (onde somente Manu e eu estamos) e soltou todo o seu veneno sobre a Maria Eduarda, parecia até pronto pra rogar uma praga nela de tanto ódio e pra acalmar ele, saímos pra beber.
Os dois beberam tanto que resolvi não beber nada pra acompanhar os dois idiotas pra casa e como não bebi, achei melhor não acordar o Cadu pra me buscar. Ele fica com um humor duvidoso quando está com sono.
Estava empolgado pensando na minha cama deliciosa com meu alfa delicioso me esperando quando avistei um maluco andando pela rua só com uma calça, há quase dez quilômetros de distância do apartamento do Cadu.
Sei que é madrugada, mas tem gente que perde totalmente a noção, olha que pouca vergonha!
Diminuí um pouco a velocidade, me inclinando pra ter certeza do que via e realmente era um homem na calçada, descalço, completamente molhado pela chuva que caía pesada e reta, nem um ventinho pra mandar ela em alguma direção. Não consegui ver direito, mas não importa.
Comecei a discar o número da polícia quando passei do lado do tarado, considerando que deve ser algum paciente de alguma clínica psiquiátrica que fugiu ou algo do tipo quando senti o coração quase saindo pela boca, meu pé pisou no freio e o carro parou de forma brusca quando vi o rosto do tarado.
— Cadu? CADU DO CÉU! O que ele... Puf! Puf! — a bolinha surgiu com um estalo do meu lado, me olhando sonolento. — Vai lá ver se aquele tarado é mesmo o seu papai! — apontei e ele revirou o olho, antes de desaparecer. Acelerei um pouco pra estacionar no meio-fio e Puf estalou de volta, confirmando com um gesto animado. — É mesmo ele? Mas... ué... ele está sonâmbulo? — murmurei, procurando o guarda-chuva entre os bancos, mas bufei ao perceber que deixei na casa da Madu.
Puxei o casaco que o Fael esqueceu no carro e cobri minha cabeça ao sair do carro, me aproximando um pouco dele. Seus olhos estavam abertos, o olhar frio, a face indiferente enquanto caminhava e ignorou quando o chamei.
Porra, é longe pra caralho pra um sonâmbulo ir, ainda mais descalço e debaixo de chuva, praticamente pelado!
— Cadu, vamos voltar pra casa e... — parei de falar ao ver que seus passos eram meio incertos, como se custasse a erguer os pés ou seguir uma linha reta.
Um calafrio desceu pela espinha quando ele parou de andar e lentamente, se virou pra me encarar, senti a respiração entalando na garganta com a certeza de que não era o Cadu. Seu olhar era vazio, como o de um morto, nem quando ele está sonâmbulo fica assim e de repente, senti uma presença hostil, opressiva, me forçando a recuar com a certeza de que ele poderia me atacar a qualquer momento, mas como se não tivesse interesse em mim, ele desviou o olhar em outra direção e um sorrisinho surgiu em seus lábios, antes de disparar pro meio da rua.
Foi tudo muito rápido, sequer pensei antes de agir. Num instante ele estava caminhando na calçada e no outro, correu em direção à um carro que vinha e que tentou frear. Avancei os passos que nos separavam e agarrei seu braço, o puxando com todas as minhas forças e tropecei no meio-fio.
A sensação de queda não durou um segundo quando senti algo me segurar pela cintura, mas essa sensação desapareceu no instante seguinte, o som alto do carro derrapando pela rua me fez recuar tropeçando pela calçada e sem equilíbrio, caí de bunda no chão, mas não conseguia ver o carro.
Pisquei atordoado, vendo que a chuva parecia estranha, as gotas paradas no ar como se o tempo tivesse congelado. Soltei o ar, impressionado, vendo minha respiração se formar diante do meu rosto e quando ergui o olhar, o céu estava num tom escarlate.
O mesmo céu dos meus sonhos, tão vermelho e sombrio, como se estivesse manchado de sangue. Mas não havia cadáveres rastejando, se agarrando em mim e implorando por ajuda.
Foi então que eu reparei que o Cadu estava muito longe, quase dez metros à frente quando antes estava bem do meu lado, sua pele num tom cinza cadavérico, completamente molhado pela chuva, mas algo vermelho manchava suas roupas, seu cabelo estava um pouco mais longo e pensei ver algumas tatuagens pelo braço e pescoço.
Ele estava puxando uma criatura esquisita pelos cabelos pela calçada, erguendo um de seus braços antes de pisar em sua cabeça, o som de seus ossos se rompendo, seu grito grotesco me fazendo recuar enquanto uma gosma espessa e negra se espalhando enquanto seus pedaços se espalhavam pela calçada.
Senti meu estômago embrulhar e tentei cobrir os lábios quando senti Puf bater no meu rosto, se esfregando na minha pele, um cheiro forte de uísque inundou meus sentidos quando senti como se algo me puxasse e quando pisquei, estava sem ar, o frio e a chuva me atingiram como um soco.
O céu era cinza.
Incapaz de me mover, tentei tragar o ar com força quando o rosto do Cadu surgiu diante dos meus olhos e em pânico, tentei me afastar, fugir dessa coisa antes de ouvir ele dizer algo. Não entendi, mas senti uma de suas mãos atrás da minha cabeça enquanto me erguia um pouco, antes de me abraçar com força.
Se era um falso Cadu ou o verdadeiro, tentei empurrá-lo, mas a estúpida realização de estar com a cara afundada nuns peitões firmes fez a força que eu nem tinha pra começo de conversa se esvair completamente e à medida que sua voz se tornou mais clara, conseguia ouvir também seus batimentos acelerados enquanto me ajeitava em seu colo e soltei o fôlego, olhando atordoado pro Puf, que recuou o suficiente pra me encarar.
O choque me fez permanecer imóvel, sendo abraçado possivelmente pelo capiroto, mas não importa. Sentia minha cabeça e costas doerem, ainda mais quando ele começou a se erguer.
Com medo de cair, tentei me mover, mas suas mãos me seguraram firme, uma apoiando minhas costas e a outra atrás dos meus joelhos, se erguendo de uma vez comigo no colo.
Seus lábios estavam roxos, sua face pálida e me analisou por um instante antes de sorrir, se inclinando ao mesmo tempo que me erguia um pouco mais, me dando um beijo na bochecha.
— Está tudo bem agora, você está bem? — murmurou, tentando cobrir meu rosto da chuva ao se inclinar um pouco, Puf usando o rabinho pra tentar ajudar e acenei, sem pensar muito.
— É... você mesmo? — ele acenou levemente, abrindo a porta do meu carro e me ajeitando no banco, até colocando o cinto e soltou o ar pela boca, segurando meu rosto com ambas as mãos. — Cadu...
— Está tudo bem. — murmurou, me dando um beijinho nos lábios, antes de recuar e fechar a porta, dando a volta no carro e entrando no lado do motorista.
— M-mas e se não for... quem me garante que é você mesmo? — questionei ainda desconfiado e ele me encarou parecendo aborrecido.
— Nem tem certeza que sou eu e me deixou te beijar? — ah, é ele mesmo. — Escuta, da próxima vez que não tiver certeza se sou eu ou um capiroto, dá logo um chute no saco e sai correndo!
— Mas e se for você? Eu não...
— Foda-se se for eu! Você não pode deixar outro te beijar, mesmo se for eu! — arqueei uma sobrancelha, surpreso por ele conseguir dizer algo sem lógica nenhuma, logo ele que sempre apela pra lógica. — Se não tiver certeza se sou eu, seja agressivo mesmo. Se eu não revidar, sou eu mesmo, simples assim. Melhor, acerta na boca, bem onde ficam as presas, isso derruba qualquer alfa em um segundo, dói mais que um chute no saco! — me vi acenando outra vez, me encolhendo contra o banco, tremendo e abraçando meu próprio corpo tentando me aquecer e pelo restante do caminho, o ouvi resmungando sobre eu deixar outros bastardos me beijando por aí quando foi ele mesmo que me beijou e agora está com uma paranóia aleatória na cabeça.
Tentei conter a vontade de rir desse ciuminho estúpido dele, percebendo que é como nos livros onde o alfa maluco chega ao ponto de ter ciúmes de si mesmo.
Quando finalmente entramos no apartamento dele, ele não me soltou até estarmos no banheiro, me deixando dentro de uma banheira e simplesmente ligou a ducha, jogando água fria em mim, se sentando na borda da banheira.
Me encolhi, apoiando as mãos no joelho quando ele começou a aquecer a água aos poucos, o silêncio só sendo quebrado pelo Puf que chiava de um lado pro outro.
— O que diabos aconteceu... com aquela coisa? — murmurei e ele inclinou um pouco a cabeça, me encarando de cima. — Melhor, como você acabou... daquele jeito...?
— Eu destruí aquela coisa. — seu tom era baixo, ajeitando meu cabelo e estendeu a mão, segurando uma das minhas mãos e massageando meus dedos enquanto usava água quente pra me aquecer aos poucos. — E aquela coisa roubou meu corpo... não lembro direito, se quer saber. — seguiu explicando, mas parei de prestar atenção enquanto encarava o abdômen dele.
Não é musculoso do tipo "body builder" ou fisiculturista, tem musculatura bem definida e proporcional e isso só torna ele mais saboroso. Apetitoso. Ainda é tetudo. A mão da afofada até coça querendo afofar.
Apertei os dedos, reprimindo a vontade de tocar nele, impressionado comigo mesmo por ficar pensando em besteira depois de tudo o que aconteceu e quando ergui o olhar, vi que ele me encarava com uma sobrancelha arqueada.
Me encolhi ainda mais dentro da banheira vendo um sorrisinho surgir em seus lábios enquanto meu rosto esquentava e ele foi apoiando uma das mãos na outra borda da banheira ao se inclinar sobre mim.
— Eu... por que... está sem camisa? Você nunca dorme sem camisa...
— Eu estava lendo pelado na cama quando ele veio, o bicho que vestiu a calça.
— Oh... bem... foi gentil da parte do capiroto ter colocado uma calça então... antes de sair e tentar te destruir... — murmurei, voltando a encarar seu corpo.
Seria ruim se o bicho saísse pelado por aí, mas se bem que eu teria encontrado ele pelado. E aí descobriria a tal diferença...
— Está me ouvindo? — ele acenou na frente do meu rosto e pisquei rápido, desviando o olhar, só pra perder o fôlego ao encarar seu rosto. Seus olhos ainda cinzas não pareciam frios ou vazios como os daquela coisa. Achava que ele olhava friamente, mas perto do olhar daquela coisa, seus olhos são infinitamente mais gentis pra mim. — Eu disse pra tirar a roupa.
— Q-quê? Mas já? — ele acenou, jogando água quente na minha cabeça, tomando cuidado pra não derramar no meu rosto e senti meus batimentos quase á mil por hora enquanto tirava a blusa.
Nunca pensei que um dia, sentiria vergonha de tirar minhas roupas, ainda mais na frente de outro homem, mas me sentia extremamente consciente de sua presença e seu olhar enquanto desabotoava a bermuda e parei ao encará-lo.
Eu deveria sentir vergonha por ficar pensando em putaria depois dele quase morrer, mas eu não sinto.
— Você não deveria entrar também? — sorri e ele negou sem hesitar. — Precisa se aquecer.
— Eu gosto de frio.
— Foda-se, não perguntei. Entra logo. — ele abriu a boca pra responder, mas depois de um segundo, acenou, entrando na banheira e se sentando na outra borda, erguendo a ducha pra continuar jogando água em mim.
— O objetivo era você sentar no meu colo. — dei dois tapinhas nas minhas coxas e ele sorriu divertido.
— Você quem deveria sentar em mim, estou pesando o suficiente pra quebrar suas perninhas. — e deu dois tapinhas nas próprias coxas.
Eu sei, eu sei.
Eu poderia fingir que sou difícil e cheio de dignidade, mas antes que eu pensasse nisso, já estava engatinhando em sua direção, subindo em suas coxas e ajeitando as pernas ao lado de sua cintura, sentindo sua mão ao redor do meu quadril enquanto molhava minhas costas.
Já é difícil conseguir tocar nele, não sou idiota de perder qualquer migalha. Pensando assim, faz parecer que eu sou uma galinha ciscando por afeto.
Senti a mão no meu quadril descer um pouco mais, apoiando embaixo da minha coxa e me obrigando a subir mais um pouco até ficar praticamente erguido e franzi o cenho, percebendo o por que disso.
— Oh... que bonitinho. Está entrando na puberdade, amigo?
— Deve ser pelo trauma de ser possuído. — suspirou com falso pesar e contive um sorriso, tentando parecer sério. — Está na puberdade também, querido?
— É pelo trauma de quase te ver atropelado. — menti, apoiando uma mão em seu ombro, sua pele estava mais quente que a minha e considerei que eu devo estar realmente congelado.
Mas ele deve ter ficado na chuva por mais tempo, não parece que o demônio pegou um ônibus pra chegar tão longe de casa. Engoli em seco, meu desejo apenas aumentando ao sentir sua pele nua contra a minha.
Envolvi seus ombros com meus braços, tentando me conter, respirando fundo enquanto apoiava o rosto em seu ombro, mas isso foi inútil pois senti seu cheiro, algo como neve e só piorou.
O ouvi rir levemente e cravei as unhas em suas costas, o riso parando enquanto sua mão apertava minha cintura. Não posso. Não é seguro.
E mesmo pensando isso, forcei meu corpo um pouco mais pra baixo, mordendo seu pescoço e sorri ao confirmar que não sou só eu quase explodindo de tesão ao sentir sua ereção.
— Você para com isso. — ele tentou me erguer de novo, mas me afastei, segurando seu rosto com ambas as mãos.
Podia sentir o ar denso, como se houvesse eletricidade no ar e com o coração acelerado, afastei um pouco a franja de sua testa, seus olhos fixos nos meus quase parecendo fascinado.
— Sabe o que é? Você quase morreu hoje. Por um momento muito assustador, pensei que teria de ver alguém juntando o que sobrasse de você com uma pá pra te mandarem pro IML. — ele piscou devagar, seus olhos me encarando com tanto desejo que senti minha pele formigar, um sorriso involuntário surgindo quando vi seu olhar descer um instante pros meus lábios e apenas pra provocar, umedeci os lábios e senti uma de suas mãos apertar ainda mais minha cintura, pressionando meu corpo ao seu. — Eu não iria viver em paz sabendo que o único alfa por quem me apaixonei nem me fodeu uma vez sequer antes de morrer.
— Desistiu daquela ideia de me comer? — riu e acenei com um dar de ombros, sentindo seus lábios roçando contra os meus. — Estava até considerando deixar, já que você queria tanto e até fez uma palestra de duas horas sobre como poderia me satisfazer, completamente confiante das suas habilidades pélvicas. — meus olhos se arregalaram e tentei recuar só pela surpresa ao ouvir isso, mas senti uma de suas mãos prender em minha nuca antes de seus lábios sugarem os meus.
Não consegui raciocinar nada além do seu toque, me causando arrepios prazerosos, seus lábios sedentos devorando os meus, suas mãos deslizando pelo meu corpo ao mesmo tempo que me puxava como se estar colado a ele não fosse suficiente -e não era.
Aprofundei o beijo, senti uma de suas mãos deslizar pela minha nuca antes de puxar meu cabelo, um gemido escapando pelos meus lábios quando mordeu minha boca, recuando o suficiente pra morder meu queixo e então, traçar uma linha de beijos e chupões pelo meu pescoço até a clavícula, suas mãos firmes deslizaram pelo meu corpo, apertando minhas coxas antes de apertar minha bunda e me encolhi quando mordeu meu ombro continuando essa tortura até tocar em um dos meus mamilos.
Tentei dizer que não era sensível nesse ponto, mas no instante em que senti sua língua deslizar pelo bico de um e então, sugá-lo de forma suave, um suspiro bem suspeito escapou e cobri a boca, sentindo meu rosto queimar. Suas mãos voltaram a deslizar pelo meu corpo, enquanto carícias lentas e tortuosas, me causavam um formigamento prazeroso que aumentou ainda mais quando passou de um seio a outro, dando leves mordidas. Arfei quando me mordeu mais forte, seu braço prendendo meu quadril ao me erguer de banheira e ficar em pé dentro da banheira.
Pelo susto, me agarrei em seu corpo, fechando os tornozelos em suas costas e os braços ao redor de seu ombro e o ouvi rir baixo.
— Seu filho da...
— Só acho que aqui não é lugar pra isso. — ele ergueu o rosto pra me encarar, seus olhos num tom intenso de roxo me tirando o fôlego, qualquer ofensa que tinha na ponta da língua deu ré quando o beijei outra vez, ignorando o caminho que ele fez pra fora da banheira, um rastro de água ficando pra trás, mas duvido que ele ligue pra isso agora.
Ofeguei quando ele me inclinou de repente, apoiando minha cabeça ao me colocar na cama, seu corpo pressionando o meu me causando arrepios e tentei me mover, nunca gostei da ideia de ficar passivamente recebendo prazer, mas senti sua mão prender meu quadril, me obrigando a ficar quieto. Senti sua língua deslizando pelo meu abdome preguiçosamente e apertei as pernas soltando um gemido de satisfação quando passou bem próxima ao meu umbigo.
Não queria dar o braço a torcer, mas fui traído pelos meus próprios estímulos quando meu corpo se arqueou ao sentir uma mordida ali. Podia sentir aquelas presas assustadoras deslizando pela minha pele, me deixando ainda mais excitado. Pela primeira vez, fora do cio, podia sentir aquilo escorrendo por trás, meu interior palpitando enquanto suas mãos deslizaram pela minha cintura antes de se enfiarem dentro da minha cueca, apertando minha bunda e me forçando a erguer um pouco o quadril, deslizando a peça pra baixo.
Vergonhosamente me vi na situação de estar com a bunda vazando como uma maldita fonte, não me lembro da última vez que esse traço ômega ficou tão aflorado em mim. Nem consigo controlar isso.
Seus beijos deslizaram um pouco mais, muito perto de onde eu tanto queria, apenas para seus lábios subirem outra vez, segurando meu quadril e me puxou com firmeza. Esse movimento me deixou ainda mais excitado porque pude sentir seu pau roçar contra meu traseiro e estremeci, mordendo o lábio pra conter um gemido.
— Você se vingando pelo abajur, né?
— Então você lembra sim, não é? — riu e senti o rosto esquentar ainda mais.
— N-não, eu...
— Eu jamais me vingaria só por que você quebrou um abajur na minha cabeça. Estou me vingando por ficar me afofando cada vez que me distraia no seu apartamento.
— Eu não te afofava! — só dava umas apertadinhas, fugia antes dele jogar uma faca em mim.
— Ainda fazia "fon fon". Deveria falar "olha o carro do leite!" agora? — me beliscou no quadril, começando a rir.
Nunca quis tanto matar alguém antes.
— Cala a boca. — cobri os olhos com o antebraço, tentando conter os espasmos leves evidentes em meu corpo e arfei outra vez quando ele se inclinou sobre mim fazendo com que seu corpo pressionasse o meu. Afastei um pouco o braço, recebendo beijinhos suaves pelo rosto. — Você é um sádico, eu estava quase...
— Quase o quê? — riu outra vez, e o encarei com raiva. — Quanta impaciência... — ele segurou meu pulso, afastando de vez a mão que cobria meu rosto, entrelaçando nossos dedos antes de prender minhas mãos no alto, de modo que afundassem no colchão.
Eu estava entregue, um arrepio intenso percorreu cada parte de meu corpo quando usando seu joelho me forçou a ajeitar minha postura erguendo um pouco mais minha perna direita, de modo de seu corpo se encaixasse perfeitamente ao meu. Minha respiração acelerou e perdi o fôlego quando senti sua ereção investir contra a minha fazendo com que um gemido baixo escapasse pela minha garganta.
— Não brinca comigo.
— Não estou. — seus lábios traçaram uma linha do meu pescoço até minha bochecha e então, depositou um beijinho suave na ponta do meu nariz, entre meus olhos, na minha testa, têmporas, quando seu quadril investiu outra vez.
Aquela fricção gostosa me deixava sem forças enquanto sua boca devorava a minha, não gentil ou cuidadoso, mas invasivo, dominante, chupando e mordendo meus lábios, sua língua deslizando contra a minha. Um gemido ainda mais estranho escapou ao sentir outra investida, e puta que pariu, o filho da puta quer me deixar louco.
Tentei me soltar, sentia um desejo febril de querer tocá-lo, aquele desejo me consumia, e só percebi que movia minha cintura quando ele voltou a descer aqueles beijos, mais fortes, um rastro de mordidas que com certeza deixariam marcas. Uma corrente elétrica me causava contrações involuntárias ao sentir suas mãos deslizando livremente pelo meu corpo, cada canto sendo tocado, apertado, roçado, até chegarem ao interior das minhas coxas.
Seus beijos foram descendo, e aquela mordida no bico do meu peito me fez arquear e um gemido rouco escapou, mas nesse ponto não me importo de parecer uma puta com esses gemidos estranhos.
Não tinha como ser diferente com aquela língua circulando ao redor do meu umbigo, e a maneira intensa como me encarava com aqueles olhos que agora exibiam um tom completamente roxo enquanto eu tentava regularizar a respiração.
Tentei me mexer, mas ele segurou firme na minha cintura, soltando um riso baixo ao dar uma leve mordiscada na minha cintura. Ele definitivamente está se divertindo com isso, antes de voltar a chupar um dos meus mamilos, só que agora, de maneira mais agressiva, e diabos, sentia tanto prazer, cada parte do meu corpo onde ele beijava, formigava e sentia uma onda de sensações que nem sabia que existiam.
Meus dedos se enrolavam e puxavam levemente seu cabelo quando voltou a descer aqueles beijos intercalados com leves mordidas. Suas presas causavam arrepios ao passar pela minha pele. Ele acariciava muito perto de onde realmente queria ser tocado, seu polegar pressionando deliciosamente no períneo antes de subir um pouco mais me fez perder a compostura.
— C-Cadu, isso... — gaguejei, um rastro de pânico ao pensar que talvez, ele queira enfiar logo em mim, mas eu nunca fiz assim. — Eu não... eu nunca fiz desse...
— Fica tranquilo. — o ouvi dizer, sua mão se afastando da minha entrada, mas agarrando minhas bolas de uma vez. — Não vou fazer isso ainda. Não sem um teste de compatibilidade. — outro som obsceno escapou da minha boca quando massageou de forma suave ali, antes dos seus dedos subirem mais, e por fim, segurar o meu pau com firmeza. O toque de sua mão ali já aumentou consideravelmente o calor que sentia, e quando começou a movimentar, eu já gemia descaradamente. — E não tem nada aqui pra te proteger. Somos dois dominantes, até um espirro te engravidaria. — brincou e tentei mover o quadril, não é suficiente.
Queria mais, sentia que enlouqueceria por isso quando ele pressionou a ponta com o polegar. Mordi os lábios quando circulou aquela região antes de descer e bombear outra vez. Sua mão experiente pressionava os dedos ao mesmo tempo que fazia um semicírculo lento e tortuoso, e cada vez que tentava me mover, ele me imobilizava outra vez.
— Cadu... v-você pode... hgn... pode só acelerar um pouquinho e... ah! Nnh... — o filho da puta me obedeceu, soltando um risinho irritante quando cobri os lábios com as costas das mãos, o olhando exasperado.
— Pedindo com tanto jeitinho, quem sou eu pra recusar? — pensei em falar algo, mas ele pressionou um pouco mais forte, não o suficiente pra ter um orgasmo e cada vez que sentia que estava quase lá, o filho da puta parava com as mãos, as deslizando entre as minhas coxas, barriga, cintura e quadril.
Em algum momento, isso começou a se tornar desesperante, quis socar ele por brincar assim comigo, mas aí ele voltava a me masturbar, lenta e tortuosamente. Se tentava me mover, ele me imobilizava, se tentava reclamar, me calava com um beijo, e depois de me impedir de gozar pela segunda vez, segurei seus pulsos, a raiva fervendo no sangue quando cerrei a mandíbula.
— Eu vou castrar você se não me fizer gozar agora, filho da puta. — falei entredentes e vi como aquele sorriso diabólico aumentava em seus lábios, olhando por um momento pra baixo, antes de me encarar outra vez, dando um beijinho nos meus lábios.
— Era só ter pedido antes. — sentia uma vontade imensa de pegar ele no soco, mas esqueci disso quando ele fez aquele traço de beijos outra vez até estar com a cabeça entre as minhas coxas, sua língua deslizando pela coxa direita, e então, pelo interior da esquerda, me dando uma leve mordida ali que me fez estremecer.
— Agh! Hah... Cadu... ah! — senti sua língua deslizar pelo meu pau, desde a base até a ponta, onde girou um pouco repetindo aquele movimento. Ele deu uma leve mordida que me fez encolher, sua mão segurava firme meu membro bombeando antes de começar a me chupar. Primeiro a ponta, sua língua era ágil, me deixando sem forças quando por fim o enfiou na boca.
Apertei os olhos com força, um gemido alto escapou dos meus lábios ao sentir sua língua deslizar ao redor da glande, antes dele chupar com força. O prazer nublou a minha mente, minhas costas arquearam pedindo mais. Com uma das mãos, puxei seus cabelos, tentando ir mais fundo, movendo um pouco o quadril e percebi que ele apenas deixou que eu finalmente me movesse como quisesse, buscando meu próprio prazer em sua boca e por um momento, ele ergueu o olhar. Eu sonhei tanto com esse momento que meus olhos se prenderam nos seus, pude ver ali o quanto me desejava, meu coração quase saiu do peito, qualquer coisa que tentei negar e reprimir antes, agora transbordava como uma represa se rompendo.
Eu o amo.
E pra caralho.
E ele é meu.
Sorri ao perceber o quão fodendo esquisito é pensar nisso com ele me chupando, quando ele prendeu meu quadril com ambas as mãos e então, desceu até quase ter meu pau inteiro na boca. Sentia sua garganta me apertar e vibrar quando ele soltou uma risada, recuando e então, fazendo de novo, minha mente estava completamente em branco enquanto gemia, alto, sem controle, chamando seu nome. Sua língua quente e molhada me fazia revirar os olhos quando por um segundo, senti todo o meu corpo tremer, se contrair, relaxar, e então, tremer outra vez, ele não recuou, nem mesmo parou.
Ofegante, senti meu corpo cair de forma pesada contra a cama, pisquei com força tentando me recuperar, não me lembro de ter um orgasmo tão intenso assim antes, estava completamente atordoado quando percebi que esqueci de avisá-lo e simplesmente gozei em sua boca.
Tentei me erguer, o olhando com um pedido de desculpas na ponta da língua quando o vi usando o polegar pra limpar a porra que havia salpicado em sua face, ainda ajoelhado ali, no chão, seu rosto entre as minhas pernas, os olhos brilhando cheios de desejo fixos nos meus quando simplesmente lambeu o polegar.
E aí estava duro outra vez.
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