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37 | Heat |+16|

ATENÇÃO:

Esse capítulo contém cenas +16. Leia por sua conta e risco.

Henri

04/03/2018

Domingo, 15:21

Só hoje já tomei cinco banhos, não importa o que eu faça, continuo sentindo calor, além de me sentir exausto.

Ontem só não saí numa viatura pois o dono da balada me conhecia e mostrou as gravações provando que agi em legítima defesa enquanto aquela praga do Daniel saía em uma ambulância.

Não encontramos Fael em canto algum e fomos embora sem ele e acabei dormindo na casa da Manu, depois de um banho e tratar meus machucados, apaguei só de tocar na cama e não pensei que poderia haver pesadelo pior do que caminhar no meio de cadáveres e cenários sangrentos com o cheiro de carne decomposta misturada com sangue e cadáveres queimados, mas descobri que é possível sim, ter pesadelos piores.

Um Daniel cadáver me beijando e tentando me marcar a força. Sinto calafrios de terror só de lembrar desses pesadelos horríveis.

Podia ouvir a risada dos netos da Dona Carmen vindos lá do jardim, e me aproximei da janela, espiando um pouco. Quando os pivetes vieram chamar o Cadu, nem deram escolha pra ele, ficaram na varanda perturbando até ele ir ficar com eles, e acho que ele ainda vai com aquela lambisgóia mal amada da Maria pro teatro e isso me irrita. Poderia ir comigo, eu até pago tudo, não sou muquirana não!

Mas não consegui dizer isso antes por considerar que talvez... só talvez... bem talvez mesmo, eu possa sim gostar um pouquinho desse pobre. E pensar nisso me faz travar completamente, quer dizer, ele é um alfa! Cadê meu juízo? Devo ter deixado no banheiro daquela balada ontem, junto do possível cadáver do Daniel.

Cadu estava no jardim, segurando um dos gêmeos pelo tornozelo e o girando no ar enquanto o outro estava sentado em seus ombros, segurando em seu cabelo pra não cair, os dois gargalhando quando Dona Carmen surgiu com uma colher de pau ameaçando bater nos três que estavam fazendo brincadeiras perigosas e o Cadu segurou os dois antes de correr até os fundos do quintal, usando o Seu Zé de escudo enquanto Dona Carmen dava bronca nos três.

Me afastei da janela e terminei de me enxugar após o sexto banho (dessa vez gelado pra tentar dissipar o calor) e ainda com a pele gelada, segui pro guarda-roupa, trêmulo de frio e o abri, procurando algum pijama fresco pra vestir quando senti um cheiro diferente no meio das roupas.

Respirei fundo, até empinei o nariz no ar e reconheci que era algumas das roupas nos cabides no outro compartimento. Estiquei a mão e puxei uma, o cheiro do amaciante quase mascarando um segundo cheiro que estava um pouco fraco.

Ergui a gola da blusa, fungando ali por um instante, o cheiro parece familiar ao mesmo tempo que não e isso é estranho. Respirei mais fundo, a vaga lembrança de já ter sentido esse cheiro outra vez me veio em mente e pra ter certeza, inspirei profundamente, o cheiro estranhamente atrativo me fazendo inspirar uma outra vez antes de me dar conta do que estava fazendo. É um pouco doce, amadeirado e refrescante ao mesmo tempo, além de parecer misturar álcool, mas o Cadu não bebe. Por que as roupas dele tem cheiro de... uísque? É, parece uísque e hortelã, mas ele não usa esse tipo de desodorante também... mas é um cheirinho gostoso, será que agora está usando esse tipo de perfume?

Afundei o rosto na camisa, me apoiando contra o armário, inspirando e relutando um pouco em expirar, quase como se tentasse prender esse cheiro nos meus pulmões pelo máximo de tempo possível até ouvir um chiado e, como se um choque me atingisse, arremessei a camisa longe como se ela queimasse nas minhas mãos e recuei, assustado com a minha própria falta de vergonha na cara. O que é isso? Virei um tarado cheirando roupa dos outros?

Encarei Puf que me encarava como se me julgasse por ficar cheirando roupa alheia por aí.

— Não pode me julgar. Eu só... queria ver se estava suja. — menti e ele veio flutuando devagar na minha direção. — Eu sei, tá? É esquisito sim, mas olha só, eu não sei que perfume ele usa, parece que muda cada vez que eu sinto! — e a bolinha me encarou confusa.

Me aproximei da cama após me vestir, podia ouvir a risada dos gêmeos lá embaixo e até queria espiar pela janela, dona Carmen nos chamou pra almoçar, mas só o Cadu foi depois de fazer meu almoço, não estou com ânimo pra nada e agora me sinto tão cansado que minhas pálpebras foram se tornando cada vez mais pesadas a cada piscada e só reparei que adormeci quando abri os olhos outra vez, a escuridão do quarto quebrada apenas por uma fresta de luz que invadia através das cortinas fechadas, a sensação de que algo está diferente.

Uma sensação febril envolvendo meu corpo de forma incômoda e intensa ao mesmo tempo me fez estremecer, meu cio... mas como? Eu uso um... chip supressor, como...?

Cada respiração veio acompanhada por um peso nos pulmões, como se o ar fosse tão denso ao ponto de poder cortar com uma faca e tentei me levantar, uma onda de tontura e fraqueza me fazendo cambalear até a beirada da cama, posso ouvir Puf berrando e voando, tudo girando ao meu redor quando por fim me coloquei de pé, tragando o ar com uma urgência crescente, só reparei que hiperventilava quando abri a porta do guarda-roupa.

Podia sentir uma inquietação anormal, um medo crescente por estar aqui sozinho, Puf não ajudando em nada se desesperando ao redor, a única coisa em meus sentidos sendo um cheiro refrescante bem fraco nesse guarda-roupa.

Puxei todas as roupas do cabide, algumas com o cheiro mais forte, outras com ele coberto por amaciantes, não importa. Tentei voltar pra cama, mas cada movimento exigia um esforço absurdo e desisti de andar, me sentando no fundo do guarda-roupa, me acomodando em cima de alguns cobertores.

O cheiro refrescante fazia o calor diminuir um pouco, pelo menos era o que parecia e me vi afundando o rosto naquelas camisas, me encolhendo ainda mais escondido no armário.

Não é suficiente. O rastro é tão fraco que parece desaparecer cada vez que inspiro. A raiva e a frustração por não conseguir acabar com esse calor, somadas a irritação por nem poder ter o alfa que eu quero fez um bolo surgir na minha garganta, queria muito chorar até perceber que estava começando a ficar duro.

O inchaço e a queimação na minha nuca, o calor pelo corpo, a irritação constante que sentia além das trocas de humor repentinas, me senti estúpido por não perceber que estava entrando no cio, a excitação apenas aumentando ao sentir aquele cheiro escasso nas roupas do meu alfa.

Eu quero ele aqui.

Cadu

04/03/2018

Domingo, 17:48

Sentado no sofá, encarava a tevê enquanto dona Carmen, ao meu lado, fazia crochê. Danilo e Nicolas, quando cansaram de gastar energia, acabaram cochilando em cima de mim e cada vez que tentava deixar eles na cama, faziam birra, então agora estou com um gêmeo em cada braço, meio sentados no meu colo e esperando eles dormirem de vez pra deixá-los na cama.

— Eles gostam muito de você, costumam ser bem tímidos... — Dona Carmen ria feliz. — Eles estão sempre ansiosos pra vir aqui brincar com você, dizem que querem ser tão grandes quanto você... não sei como é tão bom com crianças, não são muitos que tem paciência com esses pequenos liquidificadores sem tampa...

— Cresci cuidando de crianças antes. — não entendo gente que não gosta de criança.

Quer dizer, são como pequenos diabos da tazmânia inocentes com uma língua de chicote boa pra dar chibatada sem nem perceberem. Só imitam os adultos, nem tem noção de como o mundo funciona.

Dona Carmen acabou divagando e mencionou o acidente que tirou a vida o genro e a filha dela, lamentando que não pudessem ver os netos deles crecerem. Talvez por seu olhar melancólico, senti um peso estranho se instalando no meu peito, encarando os meninos que dormiam no meu colo. Eles tinham alguns meses de vida quando os avós morreram em um acidente de carro, nem tem alguma memória deles.

Dona Carmen decidiu fazer um bolinho de repente, "pra espantar a tristeza" segundo ela e como os meninos finalmente dormiram ao ponto de babar na minha camisa, decidi levar eles pro quarto.

Me levantei e fui deixar os gêmeos no quarto deles, felizmente os dois ficaram quietos e não se agarraram em mim quando os soltei na cama e no instante em que saí do quarto, vi o ôma deles entrando no corredor. Ele parou, a expressão congelando na face que empalideceu e até recuou um passo, me olhando em alerta.

— Pela sua cara, tenho certeza de que me conhece de algum lugar. — sorri e vi como ia empalidecendo ainda mais, os olhos se arregalando e até recuou, batendo contra a parede.

— E-Eduardo... — gaguejou, desviando os olhos. — Minha avó mencionou você antes...

— É, ela fala de você também.

Decidi antes só ignorar e fingir que ele não existia já que não quer nem contatol comigo, mas quando dei por mim, já estava aqui impedindo ele de ir. A atitude dele me incomoda. Não é como um ômega comprometido age, é como alguém que vê outro alguém que não gosta mesmo.

— Eu... você é... — dizia, com a voz meio embargada e de novo, aquela sensação (quase certeza) de conhecer ele de algum lugar me veio em mente, talvez lá pelos dezesseis? A vaga lembrança de sair da escola e... — Você... cresceu bem...

— Me conhece de algum outro lugar? — questionei e ele ficou em silêncio, me encarando pálido, negando com um aceno. Pelo olhar, sei que está mentindo, mas acenei, decidindo ir embora. Se ele quisesse falar ou ter algum contato comigo, não reagiria assim. — Avisa pra sua avó que eu tive de ir, deixa o café da tarde pra outra hora. — ele acenou de forma rígida e saí sem olhar pra ele outra vez. Não é como se fosse fazer diferença saber disso.

Quando entrei em casa, decidi só esquecer isso e tomar um banho pra sair com a Madu antes que ela venha espancar o portão.

Henri ainda dormia enrolado no cobertor, Puf em cima da cabeça dele me observava de forma atenta e quando terminei de me arrumar, mandei ele me avisar no primeiro sinal de problemas, a bolinha batendo uma continência usando o rabinho, antes de ficar com um olhar concentrado.

Fechei as cortinas e deixei um recado avisando onde iria, além de deixar a marmita que a dona Carmen fez pra ele dentro da geladeira.

No instante em que saí de casa, vi Madu saindo da casa dela, um sorriso largo surgindo nos lábios ao me ver.

— Que isso, vai pra um encontro, moço bonito? — brincou ao se aproximar e estendi o capacete pra ela. — Nem vem, não vou subir nessa sua moto. Tenho amor à vida.

— Se tivesse mesmo, não me chamaria pra ir pra algum lugar com você.

— Eu não vou subir na moto, Edu.

— Sim, vai. É só uma moto. O perigo é o piloto, mas confia no pai, sei o que faço em cima dela.

— Eu não, olha a altura dessa coisa!

— Está falando de mim ou da moto? — comecei a rir e ela ergueu o punho pra me dar uns murros, mas me afastei pra tirar logo a moto da garagem.

— E eu aqui sendo gentil com você!

— Dispenso, pode ser cavalona mesmo que pelo menos não vem me cobrar gentileza depois. — ela fez careta e sorri, a ensinando como se segurar na moto já que nunca subiu em uma antes e ainda ficou insistindo que ia me abraçar, mas tem um limite de contato físico que eu posso tolerar.

— Eu vou te abraçar sim, olha essas costas. É um crime não tocar nelas. — gargalhou.

— Me abraça que eu te jogo de cima da moto no primeiro quebra-molas que aparecer. — e ela não me abraçou.

O Palácio das Artes estava cheio, o local da apresentação parecia um formigueiro de tanta gente, mas achar nossos lugares foi fácil. Difícil foi aguentar ela dando pulinhos de felicidade no assento do meu lado e me dando soquinhos cada vez que não conseguia conter a animação pra si mesma.

Parece o Henri quando vê aqueles animes, só falta grudar no meu braço apoiando a cabeça em mim e me sacudindo cada vez que alguma coisa excitante acontece. Só que o toque dela me deixa com uma leve sensação de repulsa. Depois de me segurar pela quarta vez, avisei que iria embora se fizesse outra vez e ela finalmente parou.

Depois da apresentação, paramos em algum lugar pra comer já que era tarde pra jantar, sei que o Henri deve ter comido a marmita que a dona Carmen montou pra ele, mesmo assim mandei mensagem pra saber se ele não está se matando de fome.

Madu estava empolgada já que havia conseguido falar com Victor pelo Insta e aparentemente, estava convidada pra nossa próxima reunião em uma chácara para um churrasco. Sei que Rebeca e Bruno levarão as noivas, Victor provavelmente vai arrastar o Esquilo e se eu for com a Madu, Henri vai mal entender de novo.

Quando mencionei como havia resolvido a briga com Henri, ela enfiou um punhado de batatas na boca, batendo a mão na mesa e repetindo o que vem tagarelando nos últtimos dias:

— Ele gosta de você!

— Para com isso, você não...

— Que mané parar o quê! Vai com tudo, sua anta! Sabia que existem demissexuais?

— Claro que sei, mas isso não...

— Você pode ser isso, pensa bem, já saiu com um ômega antes, sinal de que não odeia todos em geral. — seu sorriso não podia ser maior. — Não pode evitar o que sente ou ele por ficar na sombra de um relacionamento falido de quando era adolescente. Tanto você quanto aquele outro eram mais novos, imaturos e Henri ainda é mais velho que você. Com certeza vai entender limites se forem bem impostos e conversados, ué. — ela não sabe que Henri tem a maturidade de uma garota de treze anos. — Quer um conselho? Não fica perdendo tempo, se ficar fazendo de sonso, vai perder esse ômega. Pode começar só ficando pra ter alguma certeza, não fica enrolando achando que vai perder a amizade por que se ele começar a sair com alguém, a amizade vai mudar do mesmo jeito. Estive interessada em um amigo por três anos, com medo de arruinar a amizade se eu contasse pra ele, ele arranjou uma namorada e eu virei a amiga que a namorada dele não quer perto e adivinha? A amizade mudou do mesmo jeito! — bateu a mão na mesa outra vez, atraindo alguns olhares que ela nem ligou. — Antes tivesse mudado a amizade com ele saindo comigo, não é?

— É, você deu mole.

— E você também está dando mole! Se sente qualquer tipo de atração, ele já ultrapassou essa sua assexualidade aí, então para de ser bobo e aproveita. Ele é um ômega barraqueiro, maluco e ciumento? É sim! Mas você consegue controlar ele direitinho, acho que podem se resolver com o tempo. Procurar alguém perfeito e feito sob medida pra você é perda de tempo, só... conversem, se resolvam, existem coisas que só melhoram com a convivência. — apontou pra mim com o hambúrguer dela, antes de dar uma grande mordida. — Agora eu mesma não vou ficar dando vancilo, se me interessa, eu corro atrás. Aquele seu amigo, Victor, achei uma gracinha, parece um golden retriever. Anota aí, você vai ser o padrinho do nosso casamento, Edu! — e voltou a falar do Victor, cheia de empolgação.

Só pude desejar boa sorte nessa caçada dela e ela me espremeu pra contar qualquer coisa relevante que a ajude nessa conquista dela.

Ela até reclamou que eu fiquei verificando o celular a cada instante, mas como não verifica quando não sei se o Henri comeu? Não sei se ele tá bem ou ainda tá num casulo depressivo em casa. Ele não responde também, mas Puf não veio aqui, sinal de que pode só estar dormindo.

Ele não dorme, como pode uma coisa dessas? Só está me ignorando. Se estivesse em perigo, Puf teria me chamado.

Suspirei vendo Madu guiar a conversa toda, sem precisar de resposta pra mudar de assunto pro outro e mesmo enquanto voltávamos pra casa, ela seguia tagarelando sobre o curso de francês que fazia e eu estava ajudando na sua pronúncia, ou sobre o cara que ela gostava e que deu um fora nela, sobre a família dela que estava planejando um churrasco no próximo fim de semana e que a mãe dela me queria lá no meio.

— Eu te disse pra não seduzir minha mãe e olha no que deu! — ela riu quando estacionei na frente da casa dela.

— Não seduzi ninguém.

— Que não seduziu o quê! Vem aqui vez ou outra com comida, é bonito e vive elogiando o cabelo dela, mais um pouco e ela separa um quartinho pra você vir morar aqui também...

— Eu não gosto de gente velha.

— Velha?! Mamãe ainda está na casa dos quarenta, seu sem-vergonha!

— Só se for dos quarenta milhões, né? Quando inventaram a roda, ela já andava de bicicleta, não gosto nem de novinha, quem dirá de dinossauros?

— Olha que eu vou contar pra ela que chamou ela de "dinossaura"! Mamãe não é velha! Agora sei por que faz comida pras velhas da vizinhança, você não presta...

— Eu sei, estou brincando. Deixa de levar tão a sério. — ela fechou a cara, cruzando os braços. — Obrigado pela noite, me diverti. — não teve balada, nem álcool, nem um monte de gente bêbada, suada ou drogada tentando se esfregar em mim, foi melhor do que pensei que seria. — Da próxima, eu escolho o lugar. — e seu humor melhorou, acenando.

Talvez arraste Henri pra algo assim depois. Ele vai odiar, mas considerando quantas vezes me arrastou pra algum canto que eu odiei e ele adorou, eu vou adorar ver ele odiando. Nos despedimos e esperei ela entrar antes de guardar a moto.

Já estava na varanda quando senti o ar se tornando denso de uma vez, e no instante em que abri a porta da sala, fui atingido por uma lufada de ar quente abafada que fazia a casa parecer uma fornalha, antes de ser engolfado por um aroma tentador, doce e profundo ao mesmo tempo.

Hesitei ao entrar, não é certo, eu sei disso, já sei que sou facilmente influenciável pelo aroma do Henri, e mesmo pensando assim, me vi entrando em casa e fechando a porta atrás de mim.

Cada passo que dava, sentia como se um ímã me atraísse na direção da fonte daquele cheiro, inspirei profundamente, apreciando o cítrico que acompanhava aquela fragrância doce, sentindo as presas afiadas arranhando a gengiva enquanto aquela mistura de afrodisíaco deslizava pela língua, tornando a saliva espessa.

No instante em que toquei a maçaneta da porta, ouvi um suspiro suave, seguido de um... gemido?

Abri a porta do quarto com o coração acelerado, o ambiente ali carregado da essência mais pura dele, mesmo escondido, sei onde encontrá-lo.

Sentindo uma crescente urgência de encontrar meu ômega, segui direto para a fonte daquele aroma e abri a porta do guarda-roupa, sendo engolfado por outra onda dessa fragrância ainda mais pura e rica.

Vê-lo encolhido no meio das minhas roupas quase esfumou o pouquinho de consciência que ainda me restava, aquela fragrância soando como um convite irresistível, aflorando cada instinto que achei ser muito bom em ignorar e suprimir antes.

Respirei fundo e engoli em seco, me abaixando até igualar nossas alturas e o vi se encolhendo ainda mais acuado, e tentei ignorar uma vozinha quase irritante repetindo no fundo da minha mente que esse é meu ômega, o encontrei primeiro, é meu e preciso acalmá-lo...

Minha essência quase escapou antes de perceber o que fazia, seu cheiro tão intenso que pela primeira vez, vi meu autocontrole à beira do colapso e senti que isso era humilhante, esse impulso me instando a assumir o controle e marcá-lo de uma vez me irritando cada vez mais. Não sou uma besta irracional.

Graças à irritação crescente, senti a razão tomando espaço em minha mente, suprimindo na base do ódio esse instinto de querer marcar e foder esse ômega até que seu cio acabe.

Apesar de se encolher no fundo do guarda-roupa, quando estendi os braços e o chamei, ele largou as roupas na qual vinha se confortando e se jogou em mim. Afundei o nariz em seu cabelo, apreciando esse aroma mais um pouquinho e o ergui quando ele começou a tentar erguer minha blusa pra puxar o cinto da minha calça e soltei o ar lentamente enquanto o erguia, prendendo sua cintura pra que não se debatesse e o guiei até a cama.

— Calma, eu vou te ajudar com isso. — sussurrei, alisando suas costas ao sentir suas pernas se prendendo ao redor da minha cintura, seus braços envolvendo meu pescoço, suas mãos inquietas hora puxando meu cabelo ou apertando meus ombros.

Apoiei as mãos em suas coxas, o erguendo um pouco mais alto e virei o rosto quando ele tentou me beijar, seus lábios deslizando pelo meu rosto em vários beijinhos tentando alcançar minha boca quando ergui o rosto, respirando fundo pra manter o controle diante de seu olhar fora de foco, as pupilas tão dilatadas que mal se via as íris naquelas orbes, sem os óculos, seus olhos tinham ainda mais destaque em seu rosto, os olhos ainda úmidos por ter chorado.

Tentei deixá-lo na cama, mas ele prendeu os tornozelos nas minhas costas e se recusou a me soltar e dei alguns tapinhas em suas coxas, seu quadril se movendo como se me tentasse.

— Henri, me solta. — ele relutou um pouco, me abraçando com força, me mordendo no ombro quando o soltei na cama e dei tapinhas em sua coxa até que me soltasse, suas mãos ainda prendendo nas minhas roupas e precisei convencer ele a me deixar ir pra buscar algo pra prender ele.

Até considerei dar um supressor, mas os meus são feitos para alfas, não quero que ele tenha alguma reação pior.

Não tenho nada pra imobilizar um ômega no cio além de um monte de cobertor, posso enrolar ele até que descubra o que fazer pra ele não se ferir, seu pescoço já está cheio de arranhões e quando me virei, os cobertores caíram da minha mão quando o vi abaixando a bermuda que usava, deitado na cama, começando a se masturbar e soltando um som rouco pela garganta.

Acho que nem se eu quisesse, conseguiria desviar o olhar, suas mãos estavam inquietas, quase como se não soubesse o que fazer e me vi esperando ver como ele resolve esse problema de nem conseguir se aliviar sozinho, sua mão livre deslizando pela barriga plana, a pele repleta de marcas e arranhões que ele mesmo deve ter feito, erguendo a camisa e a tirando com dificuldade, se virando de bruços e erguendo o quadril, voltando a se masturbar.

Uma pancada de Puf na minha cabeça me lembrou o que eu tinha de fazer e peguei os cobertores do chão e joguei por cima dele um segundo antes dele terminar de tirar a bermuda que usava.

Ele se debateu, tentando se soltar, mas consegui enrolá-lo facilmente e puxei o celular do bolso, tendo de segurá-lo com uma mão e as pernas pra ele parar de tentar se soltar.

Que ômega delicado é esse que se debate mais do que um gorila furioso?

Como não tenho o número do esquilo, liguei direto pro Victor que com certeza está com ele e precisei ligar cinco vezes pra ter alguma resposta do filho da puta.

Qual foi, viado?! Eu estou ocupado!

— Lamento atrapalhar sua foda, mas é urgente. O Esquilo ' aí?

Que é que você quer com o meu...

— É que o Henri... — arranhei a garganta que estava seca, a voz rouca. — Ele... não importa agora. Preciso saber se tem algum supressor que ele toma, esse Esquilo seu aí deve saber. Estão aí na casa dele? Se tiver alguma coisa na casa do Henri, traz pra cá e...

Espera aí, o sardento tá no cio? E 'tá esperando o quê pra atacar ele? — riu e bufei, uma vozinha irritante e perversa repetindo essa pergunta na minha mente e encarei ele que arfava no rolinho de coberta que o prendi, Puf ao redor, puxando o cobertor e tentando libertar ele.

O xispei com a outra mão e isso deu brecha pro Henri soltar um dos braços, me empurrando e tentando se erguer.

— Anda logo, Victor, não estou com saco pra essas piadinhas de macho alfa! — e ele resmungou enquanto repassava o problema pro esquilo. O ouvi gritar algo do outro lado, antes de tomar o telefone.

C-Cadu, isso... — sua voz era meio melosa, até ofegante e fiz careta ao perceber que realmente interrompi a foda desses dois, credo. — Ele tem os supressores dele, não dá nada pois ele usa um chip supressor, qualquer outro medicamento pode causar uma reação pior... suspirei aliviado por não ter medicado ele. - E... como é que você não está afetado? - ah, mas eu '.

'Tô sim, e pra caralho. Não vai ter água fria no mundo que vai acalmar essa merda aqui, mas paciência.

— Eu não sou uma besta. — mesmo assim, menti nada disposto a admitir que tô com o pau estralando mesmo sendo assexual. Ou algo do tipo.

Esquece, não importa. Graças a Deus não fez nada, não toca nele, ele já tem pavor de alfas, se fizer isso, vai só piorar tudo e... vou levar os supressores dele, é na sua casa? Onde é? — Henri se debateu, soltando uma mão e tentou se virar.

— Henri, fica quieto! Você vai... porra o Banguela sabe onde é, traz aquela outra amiga sua, ela parece mais forte que você, Esquilo. — soltei o ar lentamente, tentando recuar quando essa ferinha fora de controle se sentou na minha barriga, agora completamente nu e me vi sem reação, sua cintura fina, a pele clara bem delineada com algumas manchas de sardas pelos ombros, longe de parecer um daqueles ômegas raquíticos que só tem cabeça e bunda. Ouvi a voz do Esquilo dizendo algo, mas não prestei atenção e engoli em seco, desviando o olhar pra não cair em tentação. — Se puder se apressar, assim podem voltar a estar ocupados o quanto antes. — provoquei antes de desligar, ignorando os gritos e xingos dele.

Joguei o celular de lado e empurrei Henri contra o colchão, suas pernas voltando a tentar se prender na minha cintura, agora muito mais perigoso por ele estar completamente pelado. Quem diria que seria loirinho em todo canto, uns pelinhos quase invisíveis na...

— Alfa... — choramingou e respirei fundo, voltando a encarar seu rosto, seus pulsos bem presos acima da cabeça enquanto puxava o cobertor com a mão livre pra cobri-lo outra vez. — Al... alfa... — sua voz era um pouco mais alta que um sussurro, sua cintura se movendo outra vez enquanto tentava se soltar, seu olhar cheio de luxúria.

O diabo oferece a refeição, mas não obriga ninguém a comer, mas ô porra de capeta articulado, não tem pena mesmo de ninguém.

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