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Vinte e sete minutos depois.


     —Senhora? Alves, ela está acordando!

     Desperto com uma mulher pairando acima. Além dos pontos pretos que dançam em frente aos meus olhos, a escuridão noturna também não facilita o trabalho de enxergar seu rosto.

     —Senhora, está machucada? Está tudo bem?

     Não consigo responder: estou assustada demais, e minha garganta parece ser feita de concreto. Não conheço essas pessoas, e nem ao menos sei onde estou. Não estou no terreno baldio, não mais, mas não sei como – ou quando – fui tirada de lá. Tudo dói, e quero ir para casa, só isso. Queria nunca ter entrado naquela droga de ônibus.

     —Por favor, senhora, me responda.

     É apenas quando um homem aparece, com uma pequena lanterna em mãos, que consigo distinguir os uniformes: eles são policiais.

     —O que aconteceu, Lilian? – O homem pergunta. Não consigo manter os olhos abertos por tempo o suficiente para vê-lo direito, mas percebo que aproxima-se, porque a voz parece estar cada mais perto ao longo da frase.

     —Ela está em choque. – A mulher ajeita minha cabeça com as mãos. Acho que estou deitada em sua coxa, mas não tenho certeza. E não me importo, também. Agora, não me importo com nada. – Não parece estar ferida.

     O homem ajoelha-se perto de nós. Enquanto Lilian parece ser generosa, ele é inquisidor.

     —Qual o seu nome, mulher? – A voz grave faz a pergunta soar como uma ordem.

     Respiro pela boca, forçando o ar pela garganta seca, e forço meus lábios a curvarem-se com a resposta.

     —Susana. – Ouço minha própria voz como um delírio febril. Sai tão fraca que temo ser carregada pelo vento. Mas eles ouvem.

     —Susana... Então foi você quem denunciou o tiroteio, não foi? – Ele está falando comigo de novo. É ríspido, e me deixa desconfortável. Apenas assinto com a cabeça, porque estou confusa demais para dizer qualquer coisa. – E por que estava caída naquele terreno?

     —Estava escondida. – Sussurro, débil.

     Em um curto espaço de respiração, o homem explode em uma gargalhada fria.

     —Só pode ser brincadeira. Deve ser. Só pode.

     —Calma, Alves. – O aperto da mulher em meu ombro pode ter ficado algumas frações mínimas de vezes mais forte. Ou não. Talvez eu esteja apenas projetando a tensão que a explosão do policial causou em meu âmago na situação física mais próxima. – Nós ainda não sabemos o que aconteceu.

     —Ah, eu sei muito bem. Uma maluca resolveu brincar com a nossa cara, é isso que aconteceu.

     De repente, estou desperta. Sinto como se uma descarga elétrica tivesse transpassado meu corpo: o efeito que as palavras de Alves tiveram sobre mim foi muito semelhante a um choque.

     —O que? – Balbucio, perdida como um recém-nascido encarando o mundo pela primeira vez – Por que acha que estou brincando? Mas é claro que não, eu nunca faria isso.

     —Você disse que ouviu tiros naquele sobrado. – O policial está tão irritado que acaba me confundindo – Disse que havia alguém morto.

     —Sim! – Forço um grito esganiçado, tentando desesperadamente entende-lo e fazer com que compreenda-me também – Foi exatamente isso o que aconteceu. E qual é o problema?

     Estou meio sentada, meio deitada na rua deserta, e é difícil focalizar a totalidade dos traços de seu rosto, imóvel a quase dois metros acima do meu. Mas sei que os olhos de Alves estão obscuros, como se conhecer o mundo fosse um desprazer. E, então, sinto que prefiro viver sem ouvir sua resposta.

     Mas ele diz mesmo assim.

     —O problema, Susana, é que não tinha nada lá dentro. Nenhum corpo, nenhuma gota de sangue, nenhum sinal de tiro. Entramos em contato com o morador e revistamos o local. Não tinha absolutamente nada.

     O concreto parece desabar sob meu corpo. Pare tudo. Não tenho nenhuma ideia do que está acontecendo.

     Conversaram com o Maníaco e ele conseguiu se safar.

     —É impossível. Eu tenho certeza do que vi e ouvi.

     O homem permanece duramente imóvel enquanto meus olhos correm em todas as direções. Meu cérebro insiste em buscar uma resposta, mesmo que não haja nenhuma.

     —E eu não acredito em você. – Ele afirma. Simples assim.

     —Alves. – Lilian repreende o parceiro. Ela carrega no olhar algo que não consigo identificar – Pare com isso. É óbvio que alguma coisa aconteceu aqui.

     —Sim. O que aconteceu foi que perdemos o nosso maldito tempo. Pare de ser ingênua, Lilian.

     Estou despencando. Esqueço o que devo dizer, tropeço nas palavras. E, enquanto isso, ele escapou mais uma vez. O homem. O assassino. Ele está livre, porque eu o perdi.

     —Só estou te dizendo que você não sabe o que causou a situação. – Ela argumenta, ainda ao meu lado – A mulher estava desacordada em um terreno baldio, caramba.

     E, então, eu me lembro.

     —Eu tenho uma gravação. Gravei um áudio da discussão e do som dos tiros.

     O rosto de Lilian adquire uma profundidade urgente, mas é Alves que fala.

     —Tem, é? Então mostre.

     Tateio os bolsos em busca do celular. Ele estava em minhas mãos quando apaguei, e não faço ideia de onde posso tê-lo deixado.

     —Acho que está caído no terreno. – Levanto-me para caminhar os poucos metros que separam-me do local onde desmaiei, mas Alves me obriga a sentar novamente.

     —Eu vou procurar. – Ele anuncia, de forma a barrar qualquer possível oposição.

     Apenas observo enquanto o policial vasculha o terreno, apontado a lanterna para o chão e tateando por entre o mato alto. Quando enfim retorna, ele tem uma expressão ainda mais irritada estampada no rosto afiado. Alves poderia ser considerado um jovem bonito, não fosse pela raiva que constantemente parece retorcer seus traços.

     Ele estende a mão para mim, segurando o celular entre os dedos. Não diz uma palavra, mas sei que está aguardando explicações.

     Porém, há algo errado. A tela do aparelho simplesmente recusa-se a acender.

     —Acho que a bateria acabou. – Estou tensa. Tensa de verdade, a ponto de sentir os membros tão contraídos que poderiam fundir-se em um só – Sinto muito.

     Lilian está mortalmente quieta, e não vejo isso como um bom sinal.

     —Tudo bem, já chega. – Diz Alves, os olhos faiscando – Vamos resolver esse problema na delegacia.

     E, pelo meu próprio bem, nem sequer tento contraria-lo.

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