A Lua Negra
Círculo Mágico
Quando Perla tocou a campainha, fez Priscila sentir um frio na espinha porque tinha certeza de que o carro de seus pais apenas teria dobrado a esquina. Ela já estava à espreita. Marina correu para abrir a porta. Priscila ficou observando de longe. Foi uma visão surpreendente: ao primeiro impacto, só era possível descrevê-la como uma linda mulher angelical. Os cabelos ruivos desciam pelos ombros adornando um rosto fino e de traços delicados. O vestido branco solto ao corpo destacava a cor intensa dos cabelos. Priscila pensou numa arrepiante mutação, não parecia ser a mesma mulher pulsante e intensa que dançava tocando as labaredas da fogueira. Priscila pensou numa arrepiante mutação.
− Perla dormirá no quarto dos seus pais – informou Marina, tirando Priscila do transe.
− Não! – Priscila sussurrou entre os dentes. – Eu durmo lá, e ela dorme no nosso quarto com você.
− Esses não são bons modos de tratar uma convidada. Ela tem muito a nos oferecer. Por isso, também temos que lhe oferecer o melhor.
− Mas e se ela mexer ou quebrar algo lá?
− Isso jamais aconteceria, priminha. Você ainda quer aquele par de belos olhos?
Priscila pensou. Aquela pergunta de Marina era tão dúbia quanto o seu desejo. Ela desejava os Olhos da Deusa e, com não menos intensidade, desejava os olhos de Gustavo voltados totalmente para ela.
− Falta pouco para você se tornar uma mulher, minha querida, e esse é um passo de muito valor na bruxaria. Quando isso acontecer, nenhum homem deixará de sucumbir a você, a Deusa te auxiliará – completou Marina.
− Você fala como se fosse muito mais velha do que eu, o que não é verdade. Você não é tão mais mulher do que eu.
Marina olhou para Perla, que caminhava pela sala fingindo não prestar atenção na insegurança de Priscila. Ela sabia que Marina resolveria a situação.
− Veja bem, minha querida, eu estou aqui porque algo é muito maior do que me preparar para o vestibular de medicina. E eu estou lhe dando a oportunidade de seguir esse caminho comigo. Que fique claro que nada vai me deter.
Priscila sentiu receio. A prima parecia estar levando a sério demais a bruxaria. Entretanto, em breve, Priscila também se depararia com uma força jamais imaginada por ela naqueles rituais.
Perla entrou no quarto e ficou observando cada detalhe por alguns minutos. Em seguida, tirou alguns objetos da mala. Ela estendeu um lençol de seda preto sobre a cama e começou a purificar o quarto com alguns incensos.
− Você precisa conversar com sua prima, dizer a ela que deve se ausentar de casa essa noite e também amanhã de manhã. Não podemos ter nenhuma perturbação.
− Vou dizer isso a ela. Eu tenho que confessar que ela não tem sido muito fácil de lidar. Na verdade, é mais cansativa do que eu pensava. Eu tenho receio de que me escape – confessou Marina.
− Vou conversar com ela, diga-lhe que venha até aqui agora e nos deixe a sós.
Priscila entrou encabulada no quarto, tinha um respeito temeroso por Perla. Observou o lençol sobre a cama dos pais e logo sentiu o perfume do incenso. Perla estava sentada na cama, encostada sobre as almofadas cobertas pelo lençol preto. Priscila foi hipnotizada pelo contraste do negro com a figura alva de Perla.
− Sente-se aqui comigo, minha querida. Acho que há muito a conversamos, ou melhor, há muitas respostas que eu posso lhe dar.
Priscila sentou-se timidamente na cama. Aquele não era o quarto de seus pais, a sensação era de que estava em algum lugar que fizesse parte do mundo de Perla e ao qual ela, Priscila, não pertencia ainda. O silêncio pairou por alguns segundos.
− Eu vou purificá-la e energiza-la essa tarde, deixá-la preparada para o encontro com o rapaz esta noite. Você o verá hoje, certo?
− A galera vai sair sim, mas eu pensei que iria participar dos rituais essa noite. Eu...
− Ainda não, minha querida – interrompeu Perla. – Nesta noite, eu preciso que você esteja lá, com o rapaz, captando energias que você despertará nele, isso fará com que o nosso ritual aqui seja potencializado. As duas coisas, sendo feitas concomitantemente, darão um poder de sedução muito forte a você. Eu vou prepará-la, mas preste atenção: terá que fazer exatamente como eu lhe ordenar. Cada passo é calculado para que o efeito provocado seja manter o pensamento do rapaz preso a você. Entretanto, eu não posso manter a energia na direção correta sozinha, a parte mais importante deverá ser feita por você.
− Perla, há outra garota. O nome dela é Rebeca, e eu acho que ele está se interessando por ela.
− Você irá neutralizá-la, se não der nenhum passo em falso. Iniciaremos a preparação à tarde. Agora, você deve sair para comprar um vestido preto que deverá usar hoje à noite.
Priscila ligou para Carol e Lavínia para irem ao shopping comprar o vestido com ela, quis boicotar a diversão para Rebeca. Mal sabia que Rebeca tinha encontrado algo muito mais interessante a fazer: estava lendo o livro que Gustavo lhe emprestara. E descobrindo o quanto aquela lenda sobre Avalon tinha a ver com as crenças e os rituais de Estela.
Caio não saiu do quarto até estar decidido de como contaria tudo à sua mãe. Mas recuou ao vê-la devastada, imóvel na cama, olhar vidrado no teto. Ela já sabia, mais palavras seria muito cruel. Rebeca entrou em seguida trazendo um prato.
− É estrogonofe, mãe! Fiz do jeito que você gosta.
− Agora não, minha filha. Preciso dormir.
− Agora sim, mãe. Se não fizer por você, faça por nós – disse Caio.
Não foi uma batalha fácil, mas Regina viu que os filhos não desistiriam, então almoçou a contragosto.
− Agora que eu já fiz o que vocês queriam, me deixem descansar. Farão bem para mim se saírem com seus amigos essa noite.
A tarde cobriu o céu de vermelho. Priscila chegou a casa carregando seu vestido preto novo, quando foi empurrada por uma rajada violenta de vento. Foi só naquele instante que encarou o céu e, assim, sentiu um arrepio. Uma imensa nuvem cinza chumbo cobriu todo o horizonte vermelho em poucos minutos. Uma tempestade estava prestes a cair.
− Essa chuva forte vai acabar com os planos de todo mundo...
Quando chegou à janela de seu quarto e olhou para o quintal de sua casa, deparou-se com uma cena arrepiante. Perla, com o athame na mão, pronunciava palavras estranhas e provocava um redemoinho na imensa nuvem. O céu brilhava com relâmpagos enquanto a alta sacerdotisa se contorcia até deitar-se no chão. De pé, apenas o athame fincado na grama, colocado ao centro de um círculo de velas acessas.
De repente, Priscila sentiu um peso sobre seus ombros. Eram as mãos de Marina. Ela não pronunciou nenhuma palavra, apenas tirou as roupas de Priscila calmamente. Peça por peça, quase sem tocar-lhe com os dedos. Naquela cena confusa, a realidade parecia difusa, e Priscila não se opunha a nada. Chegava até a sentir um arrepio prazeroso quando escapava algum toque de Marina. Depois de despida, Priscila foi levada até o quintal. Quase não entendia as palavras que Perla pronunciava aos quatros cantos.
− Eu saúdo os guardiões das torres de observação do leste, os poderes do ar, e agradeço por estarem comigo nesse ritual. Eu saúdo os guardiões das torres de observação do oeste...
Priscila, completamente nua, sentiu uma brisa de chuva atravessar sua pele e se chocar contra seus ossos. Encolhia-se, não sabia se de frio ou de medo. Estava ali tão exposta... Há poucos segundos, chegara a pressentir algo prazeroso e, agora, tudo era tão horripilante...
− Eu peço permissão, minha deusa, para que a jovem iniciante possa entrar nesse círculo mágico e ser purificada por ti...
Enquanto falava, Perla desenhava no chão com o athame uma entrada no círculo.
− Venha, querida – chamou a sacerdotisa num tom suave. Foi naquele segundo que os olhos de Priscila cruzaram-se com os olhos da Deusa. Aquelas pedras dentro da armação de prata faiscavam mais que os relâmpagos no céu. Inesperadamente, um grosso feixe de pingos d'água desabou sob sua cabeça. Como se uma tempestade pudesse ser tão rápida e pontual. Lavou todo o corpo de Priscila, sufocando-a com seu peso e violência. Ela já não percebia nada à sua volta, nem as palavras de Perla, nem o brilho dos olhos da Deusa. Apenas um frio de estalar ossos, eriçar pelos e apagar a consciência.
Priscila não se lembrava de como chegara ali, mas já estava diante do espelho de sua penteadeira. Perla e Marina escutavam uma música alegre enquanto a arrumavam. Entre os sorrisos das duas, Priscila ia despertando para um desejo novo, distante daquele mau humor que a abatia por vezes. Elas penteavam seus cabelos, maquiavam seu rosto, pintavam suas unhas. Tudo isso de maneira tão leve, despretensiosa e deliciosa. Sua pele e seus cabelos estavam tão sensíveis ao mínimo toque que era como se alcançasse pequenos gozos a cada contato.
Ao final do ritual, ela não queria se levantar, e sim desmanchar o cabelo e a maquiagem para começar tudo de novo. No entanto, não era possível. Perla já a encarava com uma expressão séria:
− Você está perfeita. Só terá que cumprir três mandamentos à risca: primeiro, seja suave; segundo, não beba nada alcoólico; terceiro, encare os olhos dele por cinco segundos ininterruptos. Entendeu?
− Encarar os olhos dele?
− Olhe o mais fundo que puder. Ele deve estar olhando para você. Naqueles breves segundos, vocês se enlaçarão um ao outro. Você nunca percebeu o quanto é difícil encarar outra pessoa dessa maneira, em silêncio e tão profundamente? Alguns podem dizer que é quase insuportável, porque é como se você abrisse sua alma para o outro, ficando vulnerável.
− E por que eu deveria ficar tão vulnerável?
− Porque os homens se apaixonam por uma mulher que precisa ser protegida.
Priscila ficou pensando: será que seria capaz de demonstrar tanta fragilidade? No entanto, sentia-se tão etérea que talvez tivesse perdido aquela sua máscara de arrogância.
− Fique atenta, encontrará um jeito de fazer isso.
Perla esguichou um perfume adocicado e desconhecido em Priscila. Aquelas gotas tocaram em sua pele como plumas, eriçando seus pelos. Aquelas sensações eram as únicas coisas capazes de tocá-la naquele equilíbrio inédito.
Sedução
O Pub já estava cheio quando eles chegaram. Eles conseguiram uma mesa perto da pista de dança.
− Qual é, Miguel? O Festival de Bandas Novas está chegando e você fica dificultando os ensaios! Toda data que a gente combina, você dá para trás – resmungou Marcos.
− Eu estou com um lance aí! É coisa séria, não dá para correr.
− Está dizendo que a banda não é coisa séria? – interveio Caio.
− Não, cara. Eu ensaiei ontem, não foi? As músicas estão afiadas, vocês é que estão exagerando nos ensaios — respondeu Miguel, apesar de saber que os exageros estavam em outros lugares.
− Miguel, em que negócio misterioso você se meteu? – perguntou Marcos.
− Coisa minha com o meu padrasto. Quando der, eu explico melhor. A gente pode ensaiar nessa segunda à noite.
− Eu tenho curso de inglês, cara... Só se for depois de oito da noite – falou Caio.
− Por mim, está combinado! – respondeu Miguel.
Ele olhou para o seu copo de bebida, sentiu falta da presença suave de Thaís. Mas logo desviou seu pensamento para sua mãe, nas palavras que captou em sua cabeça. O padrasto já o avisara que, em breve, haveria outro torneio, no qual poderia ganhar mais. "Não seja estúpido! Isso é uma oportunidade. Você sabe jogar como poucos, e o Lâmina é a sua chance de ser um homem rico." Ao relembrar essa última palavra, um frio atravessou seu corpo, a adrenalina fazia parte do seu instinto. Ele precisava saber o poder que a mudança na sua habilidade poderia exercer numa mesa de jogos.
De repente, Rebeca levantou-se e interrompeu seus pensamentos:
− Vamos brindar: pela noite!
De repente, Rafael apareceu ao seu lado e brindou sua caneca com o copo de Rebeca. Aproximou a boca de seu ouvido e disse alguma coisa que nem ela conseguiu entender. Ela se afastou, e ele saiu sorrindo como se tivesse conseguido o que queria. Gustavo assistiu à cena: "Será que Rebeca tinha alguma coisa com aquele cara?". Marcos reagiu:
− Grande babaca, esse Rafael! – isso só fez a dúvida sobre o interesse do irmão por ela persistir.
Priscila tentava manter contato visual com Gustavo, mas era inútil. Tentara até brincar de 'bater serinho'. Mas ele logo desviava dizendo que não era bom nisso. Queria mesmo era olhar para Rebeca.
Lavínia percebera de imediato aquele olhar desejoso do primo pela outra. Ainda não sabia definir que sentimento aquilo despertou nela, mas achou que seria uma espécie de solidariedade à amiga Priscila, que falou sobre ele todo o tempo quando foram comprar o vestido no shopping.
− Gustavo! Vamos comigo até o bar buscar um coquetel de frutas?
− Agora?
Lavínia levantou-se e praticamente arrastou Gustavo, que, em apenas três segundos, conseguiu encarar os olhos de Rebeca enquanto se afastava da mesa. A garota suspirou forte e mordeu os lábios naquele último segundo, e o rapaz quase tropeçou em suas próprias pernas. Priscila não perdeu essa cena, todo o relaxamento que conseguiu manter até então fora por água abaixo: "Será que se encararam por cinco segundos?".
Priscila tentava recuperar o tal equilíbrio. Marcos encostou-se em seu braço sem intenção, e ela se arrepiou por inteiro. Seu coração disparou, queira ser tocada novamente. Parecia que estava perdendo totalmente o controle de seus impulsos. Apoiou seu braço no braço de Marcos sentindo sua pele aquecer a sua. Um desejo estranho cresceu dentro dela, queria abraçá-lo, beijá-lo. "O Marcos? Eu pirei!" − pensou ela.
− O que você quer, Priscila? – perguntou Marcos por ela ter se agarrado ao seu braço.
− Vê se me erra, Marcos! – Levantou-se e fugiu para o banheiro.
− Lavínia, você acha que o Marcos está afim da Rebeca? – perguntou Gustavo enquanto esperavam pelo drinque. Ela ficou surpresa com a pergunta, não sabia o que dizer. Então, Marcos e Rebeca se aproximaram.
− Trouxe Rebeca para experimentar aquele drinque flamejante!
− Não vou experimentar. Eu disse que queria ver você tomar!
Gustavo sorriu. Rebeca ficou completamente absorta naqueles olhos azuis que a hipnotizavam.
− Acho que você não vai gostar do gosto. Devia beber algo mais doce, acho que combina mais com você – sugeriu Gustavo.
Lavínia assistia atônita à paquera entre os dois, enquanto Marcos pedia a tal bebida ao garçom do bar. Naquele mesmo instante, Priscila saiu do banheiro, pensando que tinha retomado o controle de si. Não avistou Rebeca na mesa da galera, nem Gustavo havia voltado. Entre a mesa e o bar, estava a pista de dança repleta de gente, mas, mesmo assim, Priscila viu dois pontos brilhantes. Ela caminhou em direção a eles esbarrando nas pessoas que dançavam na pista. Sentia uma excitação estranha, um desejo incontrolável por aquilo que brilhava. Então, descobriu de onde eles vinham: a luz atravessava os cachos dos cabelos de Rebeca. Priscila travou os dentes e cerrou os olhos.
− Que porcaria! Ela mentiu. Aqueles brincos de Rebeca são Olhos da Deusa! – tentou respirar normalmente, enquanto dizia a si mesma: – Concentre-se. Concentre-se. Você tem um ritual a cumprir.
Caminhou até eles, parou diante de Gustavo e o puxou pelo braço. Ela precisava completar seu feitiço antes que fosse tarde, pois aquelas pedras brilhando só poderiam ser o sinal de uma magia em curso.
− O que você vai tomar, Gustavo?
− Nada, Priscila. Eu só vim acompanhar a Lavínia.
− Peça alguma coisa interessante para você que eu te acompanho – tentou Priscila.
− Na verdade, eu estou tomando cerveja... Eu não estou a fim de misturar.
Marcos já estava preparado para beber seu drinque. O barman entornou a bebida na sua boca e girou sua cabeça. Em seguida, acendeu o isqueiro, colocando fogo dentro da boca do rapaz, que a fechou, apagando a chama.
− Irado! Quem é o próximo? – instigou Marcos.
− Duvido que alguma de vocês tenha coragem – brincou Gustavo.
− Que besteira! – reclamou Lavínia.
− E se quem beber puder realizar um pedido? – propôs Marcos.
− O que eu quiser pedir? – perguntou Priscila, com pressa.
− Vai com calma, cara! – interveio Gustavo.
Por um único segundo, Priscila se lembrou das palavras de Perla: "não beba nada alcoólico". Mas já era tarde, gritara imediatamente: "eu topo!" Era a sua chance, podia pedir um beijo a Gustavo. Isso afastaria Rebeca dele, pois ela era tola o suficiente para recusar ficar com ele depois disso. Ou poderia pedir para que ele a encarasse por cinco segundos e o feitiço estaria completo. Ou melhor, poderia fazer os dois!
A garota pediu a bebida ao barman. Apenas Marcos se divertia com a situação. Os demais estavam tensos. Priscila estava mais agitada do que o normal. No momento em que a bebida tocou a mucosa de sua boca, sentiu uma ardência. Quando o garçom girou sua cabeça, a sensibilidade tornou-se quase insuportável. Ao ver que ele estava prestes a acender o isqueiro, pressentiu que o fogo a devoraria sem controle. O garçom segurava sua cabeça, mas ela se desesperou ao ver a faísca do isqueiro. Com toda força, ela girou a cabeça e cuspiu, como um jato, toda a bebida de sua boca. Naquele segundo, o fogo do isqueiro encontrou-se com o álcool da bebida e formou uma grande tocha em direção à Rebeca.
Ela não viu que, em milésimos de segundo, o fogo devoraria seus cabelos e sua pele, pois olhava para Gustavo. Ele se desesperou porque não acreditava que poderia impedir. A chama alcançaria Rebeca numa sede intensa, e só uma força muito maior poderia protegê-la. Foi assim que os Olhos da Deusa formaram um escudo brilhante e tornaram Gustavo um herói. O escudo segurou a chama por aquelas parcelas de segundos, suficientes para que Gustavo alcançasse Rebeca, atirando-se sobre ela até o chão.
Seu corpo sobre o dela, os corações disparados e os olhos mergulhados uns nos outros. Enquanto Marcos, atônito, verificava se eles estavam bem, Lavínia, paralisada, deixou o copo de coquetel cair, quebrando sobre seus pés. Priscila, atordoada, saiu correndo em direção ao banheiro. Os outros à volta, estáticos, tentavam entender o que haviam acabado de presenciar.
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