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🔹 32 🔹

Edith


Claro que a minha presença ali era bem justificável. Não seria surpresa para ninguém quando me vissem ali, para resgatar a minha neta que foi capturada. E a quantidade de força que estou utilizando é compatível com a situação. Não é sempre que eu me permito extravasar assim.

Só que mesmo assim, nossos números não são suficientes para segurar os reforços por muito mais tempo.

É quase impossível analisar com o cuidado necessário o perigo que se aproxima, então, apenas o jogo para longe usando a força de uma maneira brutal, e espero que a Megan e o restante deles consigam utilizar as brechas para encontrar um caminho seguro.

A minha magia se choca com diversas desconhecidas e estou bem tranquila, até sinto meus raios percorrerem uma magia que me fez engolir em seco ao assimilar quem era.

Olho na direção e é com imenso choque que vejo minha neta ainda voando alto, caindo num lugar que não consegui ver bem dentro das defesas inimigas.

O que diabos ela estava fazendo com o uniforme dos guardas?

E quando vejo outro guarda, com a fisionomia parecida com a do Adam, correndo perpendicularmente ao fluxo de batalha, sei que algo está bem errado. Vou avançando como consigo em meio a batalha e vejo quando a amiga da Megan passa correndo por mim, escoltada por duas pessoas.

Estou perto o suficiente para ver aquela barreira de fogo e ar tão intensa, e meu coração afunda.

Sei que são os dois ali dentro somente pela quantidade de ataques que aquela barreira recebe antes de mostrar uma rachadura. Fico por perto para ajudá-los como eu puder. E ao ver aquele fogo apagando, faço o meu melhor para limpar o caminho para os dois.

Sinto-me mal por ser responsável pelos ferimentos dos dois, porém, posso sempre pedir desculpas depois, agora, temos mesmo é que sair daqui.

Agora que eu tenho meus olhos nos dois, não tenho mais por que conter os meus domínios, então não economizo mais nenhuma magia enquanto os dois se aproximam de mim. Peço desculpas assim que acho que ela consegue me ouvir, e quase quero soltar uma gargalhada aliviada enquanto ela faz uma piada sem a menor graça.

Dou um sinal para o nosso lado, informando que vamos começar a recuar, e quero muito deixar o cheiro de sangue e terra para trás. Precisamos cuidar dos feridos, contabilizar as nossas perdas e comemorar os nossos acertos.

Sinto um cheiro familiar nos acompanhar por todo o caminho, porém não diminuímos o passo e só quando tenho a certeza que não vamos mais conseguir seguir naquele ritmo, encontro um lugar calmo e reservado o suficiente para recuperarmos um pouco o fôlego.

— Descansem. Quem tiver ferido, cuide de seu ferimento. Se não puder fazer isso, peça para que alguém o faça. Partiremos em vinte minutos — falo alto o suficiente para que todos escutem.

Deito na grama alta e respiro fundo algumas vezes apenas para sentir a magia fluindo com calma em minhas veias. Não tenho a mesma forma física de alguns anos atrás, e por mais que eu reconheça que estou melhor do que muitas pessoas em minha idade, sei que não posso deixar a magia correr tão livre assim por mim. Ainda estou sentindo a adrenalina correr em minhas veias, e está tudo bem, mas quando isso passar...

Olho ao meu redor e me sinto renovada ao ver a esperança no olhar das pessoas que foram resgatadas hoje. Nem mesmo os ferimentos e o abatimento tira o brilho do olhar deles.

Esses olhares serão mais constantes quando tudo isso acabar. Quando desmascararmos os planos do Tobias e colocarmos pessoas dignas no poder, a paz pode reinar em Nihal.

E para completar a minha sensação de renovação, o abraço caloroso que recebo de Megan me deixa com um sorriso tranquilo no rosto. Para transbordar minha felicidade, ela ainda está ciente do cuidado que temos que ter com a sua amiga, já que não sabemos ao certo se Tobias fez algo com ela.

Vejo o semblante assustado da amiga dela ao se aproximar de mim depois que Megan foi conferir se estava tudo bem com o namorado.

— Vai doer? — Sarah pergunta assim que Megan se afastou um pouco mais.

— Como?

— Os testes e o que vocês vão fazer para averiguar se estou sendo controlada ou não por aquele cara lá com cara de louco, se isso vai machucar...

— Não, eles não são tão invasivos assim, não se preocupe com isso. Posso fazer algumas perguntas simples já agora?

— Claro, fique à vontade.

— Quando ele te levou, ele fez algo com você, encostou em você, te deu algo para tomar, ou algo parecido?

— Bem, até que me ofereceram algo para tomar, mas sinceramente fiquei com medo, e esperei a sede ficar insuportável antes de tomar qualquer coisa... — garota esperta. — E não, ele não me tocou. Apenas conversou comigo, não foi bem uma conversa, já que era apenas ele que falava então...

— E ele falou alguma coisa que você ache interessante compartilhar?

— Por mais que ele falasse muito, não acredito que ele tenha deixado escapar alguma parte importante do que segundo ele, eram uma série de planos arquitetados e complexos para extrair de Nihal o máximo dela. O que quer que seja que isso signifique.

Imaginei que fosse o caso. Aquele lá não dá ponto sem nó, mas para ela pode não fazer sentido, porém, para nós que estamos inseridos nisso há tempos, pode ser que algo desconexo que saiu de sua boca possa fazer sentido.

— Se você não se importar Sarah, será que você pode falar tudo o que você lembra que o senhor Smith disse enquanto você estava com ele? Pode colocar qualquer detalhe que você ache insignificante, não tem problema, tudo o que lembrar é válido — pergunto, chamando o Nicky com um gesto de mãos e em dois tempos ele está ao nosso lado.

— Tudo bem então... — ela solta um suspiro e começa a sua narrativa desde o primeiro momento que viu o Tobias, e ficamos num silêncio encorajador enquanto ela dissecava tudo o que lembrava.

Vou absorvendo todas aquelas informações com o máximo de cautela possível, tem sempre a possibilidade dela ser controlada, mas é manter o pensamento aberto, a torcida no máximo e ver o que podemos aproveitar daquilo.

Sarah mal tinha passado da parte em que encontrou com a Megan, quando uma movimentação me chama a atenção. E a voz alterada no centro daquilo eu conheço muito bem.

— Pode continuar a falar sua história para ele Sarah — fico de pé e olho na direção da minha neta. — Só vou averiguar o que é aquilo, e depois eu me atualizo nos detalhes.

Sabia que a adrenalina ia cobrar um preço, e mesmo com o agravante do semblante da Megan, não consigo apressar demais minhas pernas. A sua voz vai ganhando intensidade e dor. E quando reconheço um cheiro que achei que nunca mais fosse sentir, entendo a dor nela.

Adam tem um olhar que vaga entre o perdido e o vazio e seus lábios estão tão brancos como o de uma pessoa viva pode ter. Imediatamente sento ao lado dela e sacudo seus ombros pedindo para que ela se acalme.

O líquido negro que está saindo e se encontra ao redor de uma ferida no ombro do jovem no chão me traz lembranças não tão agradáveis assim.

Lembranças de um dia há pouco mais de dezesseis anos atrás.

Odeio missões diplomáticas. Mas sorrio mesmo assim ao analisar o sorriso sem dentes mais bonito do mundo da minha neta que está aninhada em meu colo.

Ela abre aqueles olhos azuis impressionantes e solta uma pequena gargalhada fofa de criança. Não tem nada ali para que ela esteja rindo assim, porém apenas faço um carinho em sua bochecha.

Tão pequena e mesmo assim com um poder tão pesado em suas costas. Quando minha filha se apaixonou por um dos últimos descendentes de Henry na terra, sabia que o seu nome seria conhecido. A minha neta, resultado desses dois que vem de família mágicas, porém nenhum dos dois possui o despertar da própria magia, acarretou numa magia tão forte e pura dentro dela, que mesmo agora, sem ter o despertar consigo sentir ela formigando em meus dedos.

Cuidar para que a notícia desse nascimento fosse espalhada como uma mensagem de esperança e poder pode ser exatamente o que Nihal precisa nesse momento. E promover a união de províncias, traz a segurança que podemos precisar caso a notícia não se espalhe da maneira correta.

É errado, antiquado e no meu ponto de vista, desnecessário fazer esse tipo de promessa para duas pessoas que ainda não tem o discernimento para tomar as próprias decisões, porém, é isso que temos que trabalhar no momento, já que as nossas opções estão reduzidas graças ao governador do Ar.

E mesmo sendo contra os meus princípios, tenho que confiar nos meus instintos e continuar com isso.

Calvin é uma criança adorável de adoráveis olhos verdes e cabelo castanho, porém não tenho como garantir que ele será uma boa pessoa quando crescer. E nem quero começar a pensar em como vamos falar sobre essas promessas com a Megan quando ela tiver a idade apropriada e conhecer sobre a sua magia.

Só espero consegui encontrar algum modo de contornar isso depois.

Os cavalos gritam do lado de fora e sinto o baque na lateral da carruagem, é tão repentino que tudo tomba para o lado. Tive que me desdobrar para que a minha neta não se machucasse muito, meu ombro acabou saindo do lugar com a queda, porém, permaneci firme e com Megan nos braços.

Ela riu pensando que era algum tipo de brincadeira e fico feliz por ela não ter se machucado.

Com um pouco de dificuldade, me coloco de pé e ajusto a pequena pessoa que ainda ria em meus braços.

— Senhora White, está me ouvindo? — um dos cocheiros do lado de fora fala.

— Sim!

— Está ferida, precisa de alguma coisa? Precisa de ajuda para sair daí? Vou buscar os cavalos antes que eles corram demais!

— Estou bem! Pode ir!

— Grite se precisar — escuto os passos se afastando e respiro fundo enquanto analiso se há algum lugar aqui dentro que eu possa colocar a Megan sem que ela se machuque e eu tenha tempo de tentar consertar meu ombro.

Ajeito duas almofadas do assento no chão e a deposito ali, trincando os dentes ao recolocar o ombro no lugar e finalmente me pôr em estado total de alerta para ameaças.

Lá fora está bem silencioso, só o que conseguia escutar é o vento farfalhando folhas e cigarras ao longe.

Com cuidado, abro a porta da carruagem que no momento está acima de minha cabeça e analiso os arredores, apenas para descobrir que não há ninguém ali. Os dois cocheiros já estão voltando com as rédeas em mãos.

— No caminho tinha um galho grosso que parecia uma cobra, por isso os cavalos assustaram e mudaram de direção assim tão de repente. Desculpe senhora, deveríamos ter ficado mais atentos.

— Não se preocupem, o pior aparentemente já passou — digo com um sorriso tranquilo, não querendo que os dois se sentissem ainda pior.

— É essa a criança? — uma voz ecoa ao nosso redor e eu imediatamente fico em estado de alerta.

Antes que eu consiga me perguntar o que está acontecendo, uma lança voa negra pelo caminho e acerta um dos cocheiros em cheio no alto de sua barriga. O cavalo que ele segurava se assusta e corre em disparada pela noite adentro.

— Protejam-se!

— Fique dentro da carruagem senhora White! A ajuda já está a caminho! — o que não está ferido me pede, e é exatamente o que eu faço.

Pego a minha neta e a protejo com o meu corpo.

Uma chuva de elementos começa a cair sobre a carruagem, e antes que o pior aconteça, ergo uma parede de fogo entre nós.

— Não sei quem o quê são vocês, mas quero deixar bem claro que se algo acontecer com a minha neta, não importa o que vai acontecer depois, eu vou caçá-los nem que seja pelo inferno, estão me entendendo? — grito cheia de raiva.

Não pensei que fosse obter algum tipo de resposta, porém o silêncio que se seguiu foi sinistro.

A lateral da carruagem se desfaz e então estou encarando cinco pessoas.

— A senhora está bem? — reconheço os rostos e solto um suspiro um pouco mais aliviado. Porém, quando vejo o guarda que foi atingido cair no chão e um cheiro esquisito penetrar minhas narinas, percebo que algo está muito errado.

Com Megan em meus braços me aproximo do homem caído e entendo o que está acontecendo.

Pensei que esse veneno não fosse mais produzido em Nihal, que a sua composição já tivesse entrado em extinção, já que é terminantemente proibido a sua utilização.

E quando vejo as veias se tornando pretas, e o fluxo se aproximando cada vez mais do coração do homem, percebo que temos muito pouco tempo. Ainda bem que eu sei o que fazer para impedir essa morte.

— Espero que você tenha escutado o meu aviso antes, se algo acontecer a essa criança, te caçarei até nos confins do mundo! Então cuidado com ela, e a mantenha no meu campo de visão — digo para um dos rostos conhecidos, e então arregaço minhas mangas e ignoro a dor no braço enquanto me ponho a salvar a vida desse homem.

O cheiro é levemente diferente, mas tem os mesmos toques de podridão. A coloração é igual e sei que consigo fazer aquilo, mesmo que não tenha feito nada daquilo há dezesseis anos, só tenho a opção de ser bem-sucedida aqui.

— Conheço esse veneno, acho que tem algumas modificações aqui e acolá, mas o modo como está se espalhando é bem parecido. A sorte dele é que foi atingido no ombro, e demora um pouco até que a infecção provocada pelo ferimento atinja o coração — digo e peço para que a Megan deixe o corpo do Adam no chão, nivelado.

Retiro uma das lâminas que sempre carrego comigo e estudo as veias dele já adquirindo uma coloração escura. Não tenho como fazer um corte pequeno aqui. Deslizo a lâmina da altura do ombro até quase chegar em seu pulso, e o cheiro quase me faz ficar zonza.

— Ele foi ferido na prisão, e por conta do esforço de correr até aqui, é quase um milagre que isso só esteja aqui — digo, queimando o líquido negro com o meu domínio de fogo. Adam é um dominador de fogo, então os danos serão os mínimos.

— O que você está fazendo vó, assim você vai matá-lo! — vejo que até que ela quer me impedir, porém está assustada demais para fazer algo.

— Se eu não remover isso dele querida, aí sim que ele vai morrer — a seriedade em minha voz faz Mgean recuar.

O veneno reconhecendo que está sendo eliminado começa querer se esconder dentro dele, porém, injeto ainda mais profundamente o meu fogo no Adam, que agora está bem acordado e solta gritos de dor. Só por termos um elemento em comum não quer dizer que isso seria indolor.

— Sinto muito — digo afagando levemente seu cabelo e cutucando um pouco a ferida para que permaneça aberta mesmo com o fogo. O veneno vai se misturando com as chamas, formando um emaranhado negro.

— Não tem outro jeito? — Megan pergunta angustiada ao ver o sofrimento do namorado.

— Infelizmente não — quando vejo a ferida querendo se fechar e segurar o veneno dentro do corpo dele, solto um suspiro cansada. — Querida, sinto muito pedir isso pra você, mas preciso que você segure a ferida dele aberta.

— C-como? — a garganta dela treme.

— Apenas segure um lado e outro, se quiser, jogue um pouco do seu fogo aqui também, pode ser que de alguma forma isso o acalme um pouco. Quanto mais rápido você fizer isso, melhor.

Ela morde o lábio ao se inclinar sobre ele e faz exatamente o que eu peço. Agora posso me concentrar melhor em apenas extinguir o veneno, proferir as palavras que preciso e livrá-lo daquela morte.

Vou acumulando e controlando aquelas chamas negras, até que sinto tudo limpo na magia do Adam. Minha magia foi quase que drenada para realizar aquilo, porém, ainda tenho em mim magia o suficiente para cobrir seu braço com novas chamas, e ver o ferimento se curado como se deve.

O semblante dele, ainda que abatido, estava bem melhor e sei que todo aquele veneno já saiu de seu sistema. Seu peito descia e subia com suavidade, e acredito que ele vai dormir por um bom tempo. Seu corpo foi além do limite hoje.

— Se ele descansar, deve ficar bem — digo soltando uma respiração que nem sabia que segurava. — Não sabemos ao certo todos os efeitos colaterais desse veneno, mas evitamos o pior deles, a morte.

— Obrigada! — Megan me abraça apertado e me deixo segurar por ela.

Estou esgotada, mas a sensação de dever cumprido me faz sorrir. Tivemos os nossos contratempos, porém encontramos a força e o conhecimento para seguir em frente.

— Você foi incrível como sempre — Nicky diz, dando leves batidinhas em meu ombro.

Sacudo os ombros com a leve risada que solto e peço para que Nicky fique encarregado em transportar a Sarah sem que tenhamos que nos preocupar com o Tobias nos espiando por ela.

— Vamos lá pessoal! — Megan diz com um sorriso. — Obrigada a todos por tudo! Estamos aqui por vocês e com vocês! Fizemos a nossa parte hoje! Merecemos um descanso!

Sorrisos se abrem nos rostos cansados e me vejo vislumbrando um futuro além de brilhante para ela quando me estende a mão e me ajuda a levantar.

Quase nos 45 do segundo tempo, mas ainda é segunda, então a atualização do capítulo ainda tá valendo, não é mesmo? HAHAHAHAH - 45 do segundo tempo para uma idosa com menos de 30 anos que sou eu (:

Eu amo os capítulos com outras visões, e esse capítulo, com a narração da Edith maravilhosa é um brilho que nem sei ♥

Ela salva todo mundo e é incrível, uma das minhas personagens preferidas. Faltando relativamente pouco para o final dessa história! Obrigada a todos que estão por aqui (:

Confiram se o voto tá por aqui, e até o próximo capítulo dominadores!

Beijos poderosos! hahahahah

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