🔹 23 🔹
⚜ Adam ⚜
Minhas pernas ainda não estavam preparadas para o esforço de correr a toda velocidade atrás de Tobias, porém mesmo sentindo cada músculo esticar e queimar, não me permito diminuir o passo.
Ele estava levando a Meg apoiada em um ombro. Seguia com uma velocidade absurda, mal olhava para trás, para averiguar se estava sendo seguido. Mesmo se ele olhasse para trás, o governador não me veria. Tomei uma pílula de invisibilidade que a dona Edith tinha me entregado mais cedo, e minha perseguição está complicada justamente por não poder fazer nenhum tipo de barulho.
Vi a dúvida no olhar de Edith quando percebeu que ou cuidaria da filha, marido e meus amigos, ou então iria atrás de sua neta. Eles parecem assustados ao olhar para nós, mas num primeiro momento parecem estar bem.
A escolha para mim foi um pouco mais fácil, quando garanti a Edith que não os perderia de vista e que daria um jeito de comunicar a eles onde eu estava depois que conseguisse um momento seguro. Ainda consigo sentir o aperto de sua mão sobre as minhas quando me implorou para manter a neta dela segura.
Como se eu visse alguma outra alternativa.
Estou com medo até dele escutar o meu coração bater acelerado, já que ele está com um ritmo alto. Provavelmente um efeito misturado da pílula, do que quer que me atingiu mais cedo e o fato da menina que amo estar inconsistente e sendo levada por um governador maluco que já ameaçou a sua vida algumas vezes.
Estou tentando manter a calma e o controle sobre o tempo que eu ainda tenho para ficar invisível. Não tenho nenhuma pílula reserva para quando o efeito dessa ir embora, então tenho que ficar atento para caso o efeito acabar, eu continuar a perseguição de uma maneira mais discreta.
Passamos por algumas passagens entre províncias e pra ser sincero não tenho a menor ideia de onde estou quando Tobias finalmente começa a diminuir o passo. Ele olha em todas as direções e então sorri.
Quero pular em seu pescoço e tirar todo o ar dos pulmões desse desgraçado quando pensando que está sozinho, ele apenas joga o corpo da Megan para o lado, o retirando de seu ombro como se ela não fosse mais do que um saco de batatas. O barulho que ela faz ao cair no chão me faz apertar os dentes com força. Esse maldito! Fico preocupado ao não perceber nenhuma reação dela.
Tobias então enfia as mãos na terra, e fico abismado ao não sentir nenhuma vibração debaixo de meus pés, apenas um castelo baixo e com aparência antiga, começar a emergir do chão. As pedras grandes e acinzentadas cobertas parcialmente com terra e musgo. A torre mais alta não deveria chegar nem ao terceiro andar. Uma porta pesada de madeira é abaixada e ele pega minha namorada do chão e voltando a colocá-la em seu ombro entra no castelo.
Claro que estou na sua cola e consigo entrar antes que a porta de madeira surpreendentemente rápida se feche.
A minha preocupação está voltada para a Megan, porém, quando o meu braço esquerdo começa a adormecer, e não quer responder aos meus comandos, começo a temer pela minha integridade também.
Só que Megan está num perigo bem maior que eu, já que ela não está se movendo de maneira alguma e só os céus sabem qual era o destino final que Tobias estava pensando para ela. Ele parece estar decidido e se move dentre os corredores que parecem iguais para mim, abrindo portas, passando pelo que parecem ser passagens secretas.
Olho para o meu braço e controlo o suspiro ao perceber que já consigo ver levemente os contornos da minha mão. Não vou conseguir segui-lo assim tão de perto a partir de agora. E analisando o corredor fico um pouco nervoso ao perceber que ali não tem nenhuma coluna, janela ou qualquer lugar onde eu possa me esconder.
E é com desespero que vejo Tobias parar de caminhar e olhar para trás. Num pulo, acabo dominando o ar abaixo de mim e flutuo perto do teto. Ele passa alguns segundos ali, olhando para o chão do corredor e eu começo a me movimentar, me afastando um pouco mais dele, com medo que a qualquer momento ele olhasse para cima e me descobrisse ali.
O efeito está demorando um pouco mais do que imaginei para acabar, mas isso está ao meu favor no momento. Mas mesmo assim meu cuidado agora tem que ser no mínimo triplicado. Não posso ficar mais na sua cola, apenas observar de longe. O teto então rebaixa consideravelmente ao encontrar com um corredor, que por conta da má iluminação não conseguia ver onde ele terminava.
Engulo em seco. O teto é muito baixo para que eu consiga dominar o ar sem que a minha presença seja notada, já consigo ver os contornos do meu corpo e, com certeza, se ele olhasse para trás me veria caso me aproximasse assim. O governador nem hesita ao adentrar o corredor e em poucos segundos os dois somem, e meu coração afunda.
O que farei agora?
Será que tem algum jeito de seguir por ali? Será que a escuridão do corredor poderia me fornecer algum tipo de proteção? Eu sei que tenho que segui-los. Não quero nem imaginar o que Tobias quer com a Megan.
Ainda estou pensando no que farei quando vejo Tobias voltar. Sozinho. Só posso torcer agora para que Meg esteja bem em algum lugar dentro desse corredor escuro. Não ouso nem respirar quando ele passa por baixo de onde estou, ajustando e batendo em seu casaco, como se carregar a Megan em seu ombro o tivesse sujado. Quero socar bem fundo aquela arrogância nele, porém tenho outras prioridades agora.
Só ouso entrar no corredor quando tenho certeza que aquele homem já está longe. Já consigo me ver com bastante clareza e ainda bem que o corredor é escuro.
Mal dou dois passos adentro da escuridão e percebo que aquilo não é uma escuridão normal. Não é apenas a falta de luz. Tem algo a mais ali. Mesmo com medo, tenho que criar algo que ajude a enxergar pelo menos um palmo afrente do meu nariz.
Então acabo improvisando uma chama na ponta de meu indicador, mas ao ver que aquilo não me ajudaria muito, acabo por segurar uma bola de fogo na palma da mão.
Não havia ninguém ali. O corredor era mais estreito do que imaginei e haviam portas de madeira dos dois lados. Aquilo eram quartos? Ela está dentro de algum deles? Minha mão hesita em uma das maçanetas. Mesmo com muita vontade de encontrar Megan, um medo me inunda. E se Tobias tiver percebido que eu o seguia e então montou uma armadilha para me apanhar?
Abro a porta esperando pelo melhor, porém preparado para tudo dar errado. Só que não há nada ou ninguém detrás dessa porta.
E o mesmo acontece com todas as portas que eu abro naquele maldito corredor. A partir de certo momento nem estou mais preocupado com o que encontrarei, apenas quero encontrá-la. Megan tem que estar em algum lugar por aqui. Tobias entrou com ela, e saiu sozinho.
Faltam apenas três portas para averiguar, e ainda me agarro com força na esperança. Algo naquele quarto era diferente. Não sei ao certo, porém, parece ter uma presença ali. Parecia estar em todo lugar e em lugar nenhum. Olho com atenção cada canto do quarto, mas não vejo nada de diferente dos outros quartos.
E então simplesmente ela aparece. De uma fresta na parede, Megan sai e mesmo eu sendo a única fonte de iluminação do local, ainda sim parece não me ver. Não me olha uma única vez, e quando o faz, sinto um frio percorrer minha espinha.
Dou um passo em sua direção e então apenas escuto.
— Corre.
Tenho certeza que aquela é sua voz, porém cu tenho certeza que os seus lábios não se moveram nada. Ela desvia seu olhar do meu. E ignorando o seu aviso, minhas pernas querem ir até seu encontro.
— O que aconteceu Meg? Correr? Mas por quê?
Estou ao seu alcance e estendo a mão para segurar o seu braço. Ela está gelada, mas não acho estranho, não depois sabe-se lá do quê ela passou.
Megan olha para o nosso ponto de contato, e também segura meu braço. Quero erguer o seu rosto e sorrir aliviado, quando sinto seus dedos apertarem os músculos do braço direito com força, e mal tenho tempo de racionar quando sou arremessado na parede atrás de mim.
⚜ Megan ⚜
Uma dor que nunca antes tinha sentido irradia por todo meu corpo e até mesmo manter meus olhos abertos parece consumir muito de mim. Só que isso parece ser o menor dos meus problemas.
O que me preocupa realmente é a minha cabeça, e o que se passa dentro dela, já que tudo parece latejar e na iminência de uma explosão. Milhares de vozes gritam na minha mente ao mesmo tempo. Não entendo o que dizem, mas aquilo me deixaria louca em pouquíssimo tempo. Conseguia distinguir algumas risadas, alguns gritos e frases que não faziam o menor sentido.
O que diabos é aquilo?
Um grito se acumula em minha garganta, mas não consigo fazer som algum. Ou se fiz não consegui escutar por conta das vozes que já povoavam minha mente.
Pensei que estaria amarrada ou algo parecido, mas é com genuíno terror que sinto o meu corpo mover. E não era eu que estava comandando aquilo. Meus olhos viam com dificuldade através da escuridão, e só via vultos e contornos.
Quis parar. Tentei falar, erguer a mão, fazer qualquer coisa, mas nada surtiu efeito. E algo me dizia que aquilo não é um sonho. Mas pode se transformar facilmente em um pesadelo se eu permanecer assim, apenas uma espectadora das ações do meu corpo.
As vozes dentro da minha cabeça se transformaram em gargalhadas.
Mas que raios está acontecendo?
Será que aquilo é como uma pessoa fica com um domínio da mente? Domínio de corpo? Sei lá... Sei que Tobias é um dominador de corpo, mas será que ele...
— Não Megan White. Isso não é domínio da mente. E também não é exatamente um domínio de corpo. É um pouco mais científico do que mágico.
E agora essa? De onde veio essa voz? E porque ela sabe exatamente o que estou pensando?
— Coração, você pensa alto demais. Não é tão difícil assim controlar o corpo de alguém quando se sabe o que fazer. Basta se acomodar e aproveitar a visão, já que não conseguirá fazer nada para impedir. Espero que goste de ver o senhor Krauss. Vamos nos divertir um pouco agora.
Meu olhar é atraído para um pequeno ponto de iluminação no que parece ser um quarto. Logo me adapto e consigo distinguir todas as formas do Adam, e ele parece buscar algo. Não algo, alguém. Ele está me procurando e nem consigo dizer a ele que estou bem ali.
Sinto todo o meu corpo contrair e as risadas se transformam em frases que fazem o meu sangue gelar.
"Vamos fazer ele sofrer bastante antes de acabar com ele!"; "Melhor imobilizar logo os seus braços e pernas para que ele não escape de nós!"; "Levem-no para o calabouço! Lá tem as melhores ferramentas para a tortura!"; "Podemos torcer cada pedacinho dele até que ele se torne um nada!".
NÃO!
Pelos céus, eu não poderia deixar que essas vozes fizessem isso com ele! É extremamente difícil não escutar as vozes e as torturas e pensamentos ficando cada vez mais sombrios. O meu desespero chega a nível astronômico, e não sei o que farei para sair dessa.
— É simples coração, não tem como sair dessa... — aquela voz novamente me faz encolher aqui dentro.
Sinto que vou machucar o Adam. Mesmo que a minha mente permaneça firme na convicção que nunca poderia fazer isso, e muito menos quero; a realidade é que o meu corpo não é meu e ele parece ter uma vontade muito clara.
Cada músculo se movia contra a minha vontade, e eu só observo, impotente.
Não. Saí daqui amor. Vai pro mais longe que conseguir de mim. Não estou no controle. Por favor, veja que tem algo errado. Foge. Nem precisa olhar pra trás. Não é seguro aqui comigo. Se esconde. Qualquer coisa. Por favor. Por favor. Corre.
Mas claro que ele não me escuta. Sem nem ao menos parecer hesitar, ele está na minha frente, segurando meu braço. Droga, droga, droga!
Quando sinto minha mão segurando com firmeza seu braço, sei que não vai dar tempo. Sei muito bem que não tenho esse tipo de força dentro de mim, mas de alguma maneira, consigo jogar seu corpo para longe, fazendo com que ele se chocasse com violência na parede.
Por que meu corpo não responde?!
— A resposta é bem simples na verdade. Seu corpo responde sim, porém agora a um novo dono. Estou no comando agora, e você só pisca se eu quiser.
Ah como eu gostaria de meter um soco no meio das fuças dessa voz! Quem é você? Penso com toda a concentração que possuo. Por mais que eu já tivesse a certeza quase formada dentro do meu coração, ainda sim quero ter a confirmação.
— Tobias... — aquela voz não passa apenas de um sussurro, e ela é bem diferente da voz que vinha me atormentando o juízo. E pelo medo que congelou até mesmo os meus pensamentos, sei bem quem é o dono desse timbre. E não é o governador do ar. Mas o que diachos ele está fazendo aqui?
— Quem está aí? — agora sim é a voz do Tobias ecoando na minha cabeça.
De repente eu não estou mais olhando para o Adam, e mais rápido do que um piscar de olhos estou num amplo campo verde, de grama alta e pequenas flores amareladas tremulando com uma brisa que não conseguia sentir.
Olho ao redor e só há uma pessoa sentada.
Realmente, era a voz dele. Nada está tão ruim que não possa piorar. O que Oliver estava fazendo ali é um mistério. Ele vira-se na minha direção e deveria me tremer de medo ou ódio. Porém, algo em seus olhos me faz apenas com que eu me aproxime.
— O que você quer comigo? — mesmo me aproximando, não tenho motivos para ser educada.
— É, acho que pelo seu ponto de vista, eu realmente mereço isso.
— Ponto de vista? Quer dizer que dopar a minha avó e namorado, sequestrar o meu guardião e tentar fazer suas experiências malucas comigo não me dá o direito de ter um pé atrás com você?
— Aquela pessoa realmente fez tudo isso com você. E pensava em fazer muito mais. Mas eu não fiz nada.
— E qual a diferença? É isso que o que está acontecendo comigo é, não é mesmo? Uma das suas experiências macabras...
— A diferença que isso que você está vendo agora é o meu eu verdadeiro. Assim como aquela pessoa que está machucando pessoas com o seu corpo não é você.
Algo na dor em sua voz e a simplicidade de suas palavras me atinge em cheio.
— Claro que você já entendeu que o senhor Smith está por trás de tudo isso. Não sei dos detalhes, mas de alguma forma ele conseguiu alterar o seu domínio de corpo para poder ter controle total do corpo de uma outra pessoa. Os efeitos e a duração variam bastante. Porém comigo parece que ele está colocando um esforço especial. Nem sei mais há quanto tempo estou aqui, vendo o meu corpo crescer e se tornar essa casca horrenda. Conseguir apenas observar as coisas que eu tanto amava na vida simplesmente se afastarem de mim. Eu perdi tudo. Amigos, família, respeito e carinho. Sou apenas uma marionete no plano do Tobias.
— Aquela pessoa não é você?
— De forma alguma! Inclusive, quero pedir desculpas do fundo do meu pensamento para você. Nem sei se cabe a mim esse pedido de perdão, mas eu me sentiria muito mal em não fazê-lo.
— Certo...
— Ele tem a posse do corpo de muitas pessoas, espalhadas por muitas províncias. Pessoas em diversas classes sociais, com diferentes tipos de domínios, idades, e níveis. Seu exército é silencioso e só de mensurar um número, minha cabeça dói.
— E onde estão essas pessoas?
Ele aponta ao redor e estou assustada com a quantidade de pessoas que começam a se erguer da grama alta. Apenas olhando, não quero ao menos começar a contar, são muitos. Muitos num nível assustador.
— Ok, você provou o seu ponto.
— Tobias já deve saber desse "efeito colateral"... Ele consegue controlar os nossos corpos, mas não consegue fazer nada com a nossa mente, a nossa alma. Ficamos sempre por aqui, observando. O que pode ser um grande problema para ele quando descobrirmos como retomar o controle.
— Como ele faz isso? Quero dizer, controlar o corpo das pessoas?
— Não sabemos. Ele é esperto o suficiente para nunca realizar isso quando algum de nós está por perto. E como não passamos de fantoches, é impossível sair investigando por aí. Então o jeito é ficar por aqui, sempre esperando uma oportunidade. Não é como se pudéssemos informar a alguém o que acontece...
— Acho que o Adam me escutou — digo por alto e os olhos do Oliver se arregalam.
— Como?!
— Não sei ao certo o que eu fiz, porém quando eu percebi que não estava mais no controle do meu corpo, fiquei nervosa, e comecei a gritar na minha cabeça para que ele corresse, fugisse, enfim. Não sei ao menos se usei a minha voz, porém ele escutou. Mesmo ele não correndo como eu pedi, ele escutou. Talvez seja algo por conta do meu domínio da mente.
— Duvido bastante. Alguns dominadores aqui também dominam mente e não conseguem se comunicar... Deve ser algo a mais.
— Talvez. Mas o quê não há como saber nesse momento... E posso lhe perguntar onde é que nós estamos?
— Você acredita em mim? Acredita no que estou, quer dizer, estamos passando? Que aquela pessoa que fez aquelas atrocidades não sou eu? — algo na dor estampada naqueles olhos se comunicou comigo e me vi pensando na possibilidade.
Tudo aquilo faz muito sentido.
— Oliver, eu não tenho muita convivência aqui em Nihal, mas passei a acreditar em muito mais do que os meus olhos podem ver. Passei a acreditar muito mais na minha intuição. E algo está me dizendo que a verdade está aqui. E outra, estou vivendo isso na pele. Talvez se eu só estivesse escutando essa história, me visse tentada a achar que tudo não passa de um plano para me enganar.
— Mesmo vivendo na pele, quero agradecer por acreditar em mim. É um alívio, pelo menos aqui as pessoas acreditam em mim.
— Mas como o Tobias não está aqui, nos controlando também?
— Como tinha dito antes, o corpo ele conseguiu controlar, mas a alma... Não temos certeza de onde estamos, mas parece ser uma espécie de limbo. Pois nossas almas não estão completamente conectadas aos nossos corpos. Não estamos vivos, nem mortos. Tobias não pode vir aqui a não ser que faça a mesma coisa com o seu próprio corpo. Não acho que ele ao menos saiba que esse lugar exista.
— Entendo... E realmente não há nenhum modo de voltar, de expulsar o que quer que seja de dentro dos nossos corpos, recuperar o controle?
— Até o momento não sei se há um jeito.
— Isso não pode estar acontecendo — algo dentro de mim começa a latejar e só queria chorar.
— Infelizmente está. Somos fantoches. Pelo menos nossos corpos estão sobrevivendo. Eles respiram, se alimentam, precisam de descanso... Só vi almas saindo daqui quando os seus corpos morreram. Estamos presos dentro de nossas mentes.
— E as pessoas que nós amamos?
— Continuam lá. Tobias nos afasta daqueles que são especiais para nós. É dolorido demais ver família, amigos, amores, todos se afastando aos poucos.
— Adam deve estar em apuros... Não sei se estou preparada para isso, mas preciso ver como ele está. Como volto a ver o que estão fazendo com o meu corpo?
— Ah sim, claro. Eu te levo lá. Se quiser mais tarde volto e te explico tudo o que sabemos sobre esse lugar.
— Claro.
Oliver segura meus ombros. Antes que eu consiga abrir a boca para falar alguma coisa, minha visão escurece, e mal pisco os olhos e estou volta.
Adam está em cima de mim, e aprisiona minhas mãos acima da cabeça. Suas pernas fazem pressão para segurar meu corpo rente ao chão. Mesmo não conseguindo controlar minhas ações, ainda consigo sentir seu toque e meu coração dispara.
Ele tem lágrimas nos olhos e quando uma cai diretamente sobre meu rosto, algo dentro de mim aperta.
— Por que você está fazendo isso? Por que Meg?
Sem conseguir controlar as batidas do meu coração, apenas assisto e sinto o desespero quando parece que ele se parte em milhares de pedaços.
Olá dominadores!!! Ah, o drama e o sofrimento nesse capítulo (: Será que vocês entenderam melhor a posição do Oliver nesse enredo agora?!
Gosto bastante desse momento em que as cortinas são abertas e os holofotes vão para as pessoas que realmente merecem. E ah, como merecem! E o que vocês acharam dessa "revelação"?
Até o próximo capítulo e se gostaram, já sabem o que fazer não é mesmo? Façam dessa autora uma pessoa feliz e espalhem o bem!
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