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🔹 22 🔹

Eu vou atrás deles! — digo convicta.

— E nós iremos te ajudar Meg! Mas não podemos nos dar ao luxo de ir de qualquer jeito, sem um plano, sem alguma carta na manga! — Nicky tenta me acalmar.

— Não consigo ficar aqui... Ele está com a Sarah, o Lucas, está com os meus pais! — me viro para minha avó tentando conseguir algo dela. — Sua filha! E vamos ficar aqui parados?

— Estou ciente das vidas que agora ele tem nas mãos. Mas o que você quer que eu faça Meg? Que eu arrisque a vida deles apenas porque estou nervosa? Fazer exatamente o que ele quer sem ter um plano por trás é idiotice!

— Eu sei disso, mas não consigo ficar aqui e não fazer nada!

— Nós não ficaremos parados fazendo nada! Nós respiraremos fundo e vamos pensar no melhor plano para nos aproximarmos dele sem colocar mais em risco as vidas que ele tem na mão! Com certeza ele já tem tudo planejado.

— Tenho certeza disso Megan — Nicky fala. — Meu filho nunca faria algo assim sem ter diversos planos para capturar você. E já contando com os nossos planos.

— Exatamente — Adam diz calmamente, segurando meu ombro. — Vamos sentar um pouco, reagrupar, tenho certeza que vamos conseguir pensar em algo.

— Não! Temos que ir agora! — olho ao redor um pouco desesperada.

Será que ninguém aqui está percebendo que a cada minuto, as pessoas que amamos estão correndo mais perigo? Precisamos tomar uma atitude imediata, e se eles não vão escutar a razão, quem sabe se eu usar o meu domínio e convencer alguém a me acompanhar nesse resgate.

Não sei como, mas minha avó parece perceber o que estou pensando, e entra na minha frente, segurando meus ombros. Suas feições não estão das melhores quando encaro seus olhos.

— Megan White! Nem mesmo pense em fazer isso! Nós não vamos a lugar nenhum antes de, pelo menos, um plano muito bem pensado! Compreendo sua pressa, e te garanto que você não é a única que quer ir nesse resgate! A minha filha está lá, será que não consegue sair do seu desespero pra ver que eu também estou desesperada para salvar a sua mãe? Salvar seu pai, seus amigos? Agora você entendeu que Oliver não está de brincadeira, e agir apenas com a emoção é tudo o que ele quer!

— Mas vó...

— "Mas vó" é o caramba! Nem mais, nem menos! Se eu desconfiar, nem que seja minimamente que você está dominando a mente de alguém aqui dentro do exército, eu não vou hesitar meio segundo e te prenderei aqui! Você não verá ninguém tão cedo! — a raiva na voz dela está controlada, mas, ainda assim, assustadora.

— E-eu... — gaguejo sem saber o que falar agora.

— Que isso se estenda a todos vocês! — ela fala elevando a voz. — Melhor nem irem para a batalha se as suas cabeças não estiverem no local certo e suas emoções estiverem trêmulas! Já temos coisas para lidar demais em uma missão, nossas emoções não precisam ser uma dessas coisas!

Aquelas palavras acertam minha mente com a eficiência de um tapa. A realidade da nossa situação não estava a nosso favor. Ser de alguma forma responsável por vidas não é nada fácil, e quando essas vidas são de pessoas imensamente amadas, tudo piora um pouco mais.

Sei que ela tem razão. E preciso escutá-la.

Oliver deu um golpe baixo, sequestrando as pessoas com quem eu mais me importava na vida. Espero também conseguir pensar em algo para devolver esse golpe, e conseguir todos eles de volta. Ainda temos até a meia-noite de amanhã para bolar um plano de ação.

Nós vamos conseguir.

Acabo acompanhando todos ali para uma pequena sala de reuniões. Todos sentam em suas cadeiras e, com certeza, estão usando todos os neurônios para resolver o problema.

De uma coisa eu tenho certeza, se ele recorreu a esses meios, de buscar pessoas no "mundo real" ele deve estar bem desesperado para me encontrar...

"Meg? Filha?" ergo a cabeça. Não é possível, ou é? Escutei realmente a voz da minha mãe dentro da minha cabeça?

"Aqui é a sua mãe querida! Você está me escutando? Espero muito que sim!" ela volta a falar, e eu sorrio, quase gritando um SIM em minha mente.

"Ah, que bom minha filha, fico feliz que a nossa ligação está me permitindo falar com você! Quero dizer que sinto muito querida. Por tudo. Eu e seu pai já sabíamos dos seus poderes, sabíamos sobre Nihal, sobre você, sobre tudo! Nós não queríamos atrapalhar seus treinamentos com sua avó e seu guardião, e já que não poderíamos fazer nada para ajudar você, resolvemos que a melhor coisa seria deixar as coisas com pessoas que poderiam ajudar".

Sorri ao escutar sua voz. Ela não precisava se desculpar por nada, mas estou bem mais aliviada que meus pais já saibam de tudo sobre Nihal.

"Nós lhe amamos querida".

Por que parece que ela está se despedindo de mim? Meus olhos se enchem de lágrimas.

"Não meu amor! Isso não é uma despedida! É apenas um fato. Só queria dizer isso e também te informar que estamos bem. Seus amigos também estão bem. Esse tal de Oliver são está nos torturando nem nada do gênero. Ele não é de todo mal, tem algo bom nele, adormecido talvez, mas sim, tem".

Mãe? A senhora está lendo a minha mente? Como é que estou escutando a sua voz assim tão clara em minha mente?

"Não é bem uma leitura de mente, é mais como uma conexão. Não tenho magia suficiente para sustentar um domínio, mas tenho o suficiente para sustentar essa ligação, só consigo fazer isso porque estou em Nihal, e é apenas com pessoas que eu tenho uma forte ligação sanguínea".

Forte ligação sanguínea... Então eu e a vó Edith?

"Exatamente! Eu já consegui falar com a mamãe, contei a ela tudo o que pude sobre esse lugar onde estamos. Todo e qualquer detalhe que possa facilitar a ela sobre onde possamos estar. Desculpe, mas acabei utilizando mais magia do que pensei que fosse ser necessário, não vou conseguir permanecer aqui com você por muito mais tempo minha princesa... Quero dizer, minha rainha".

Consigo escutar sua risada suave na minha mente. Meu coração aperta de saudade. Não vai mãe, fica mais um pouco, você nem sabe o quanto a sua voz está me ajudando...

"Bem que eu gostaria de ficar querida, mas fico tranquila em saber que você está com pessoas que vão te ajudar mesmo quando eu não puder mais. Nós ficaremos bem".

Sei que vão mãe. Manda um beijo para todos aí. E eu não vou demorar muito para entregar esses beijos pessoalmente, junto de muitos abraços. Não duvide nem por um segundo que nós vamos conseguir.

Silêncio.

Mordo o interior de minha bochecha. Nunca o silêncio de minha mente foi tão inquietante, tão perturbador.

Mas eu tinha acabado de escutar a voz da minha mãe. Trocamos poucas palavras, mas elas foram mais do que suficientes para me encher de esperança. Eles estão seguros, e por incrível que pareça, Oliver estava os tratando bem. Agora só precisamos de um plano.

— Terminou de falar com ela querida? — minha avó pergunta, me despertando dos meus pensamentos, abaixando um pouco e me encarando muito de perto.

— Sim. A magia dela acabou por enquanto.

— Entendo... Ela demorou um pouco comigo, explicando o que aconteceu e o caminho que eles fizeram. Por isso não deve ter sobrado muito tempo pra ela falar com você. Sinto muito, mas em breve, quando os resgatarmos, poderão falar o quanto quiserem. A parte boa é que já temos um plano!

— Isso é maravilhoso vó! E o que faremos?

— Na realidade ele é brilhante em sua simplicidade. Nós vamos agir exatamente como ele quer.

— Como é? — acho que escutei alguma coisa errada, não é possível que o plano mais seguro é o que eu queria fazer no começo, indo rapidamente em seu encontro.

— Você não escutou errado querida. Mas a nossa vantagem está nos detalhes, então nos escute — ela diz séria — Já que você terá um papel essencial nesse plano...

— O que eu terei de fazer?

Nicky começa a girar a madeira da mesa, e no centro começa a surgir um grande mapa. O revelo, prédios, e florestas vão aparecendo aos poucos e não demora muito até que eu esteja vendo um mapa em 3D, mesmo que simplificado, do que parecia ser a província da água, já que reconheci a floresta dos gritos e o lago onde abriga a prisão submersa.

— Pelo que minha filha disse, eles estão escondidos em algum lugar perto da praça principal da província — minha vó diz apontando para um ponto do mapa. — E nós nesse momento estamos aqui — ela aponta para um lugar um tanto quanto distante.

— Temos como nos locomover sem chamar atenção? — Adam pergunta. — Tenho certeza que Oliver já deve ter movido toda a água para nos encontrar. Deve ter olhos e ouvidos em todos os lugares.

— Ainda bem que sim! O exército possui uma grande rede de túneis que liga os principais pontos na província. Podemos ir praticamente a qualquer lugar e não seremos notados por nenhum espião.

— Certeza que ninguém sabe da existência desses túneis? — pergunto um pouco desconfiada.

— Claro. Sempre temos muito cuidado com quem compartilhamos as nossas informações então não há porque se preocupar — Nicky confirma convicto e eu não tenho outra opção além de acreditar em sua palavra.

— Alguns dos nossos túneis são submersos. Isso vai ser um problema para algum de vocês? — minha avó pergunta e vejo todos balançarem a cabeça em negativa. — Maravilha então. Podemos ir agora. No caminho, eu vou explicando os por menores sobre o plano. Demoraremos cerca de meia hora até conseguirmos alcançar a praça principal.

— Vamos então — fico de pé e engulo o meu nervosismo.

Tenho pessoas poderosas e capacitadas ao meu lado, isso não esquecendo a minha capacitação e poder. Minha avó vai explicando os detalhes do plano enquanto fazemos a nossa caminhada. Os túneis são bem iluminados, porém estreitos e frios.

O plano realmente é simples, porém algo dentro de mim gritava que ele daria certo.

— Alguma dúvida querida? — minha avó pergunta me encarando com muita atenção.

— Não — agora se eu estava pronta para realizar o plano aí já é outra história...

— Maravilha! Mas não precisa fazer essa carinha, está tudo certo. Vamos conseguir, estaremos logo atrás de você, não se preocupe com mais nada além de atuar como deve.

— Sei que vocês não me deixarão na mão.

— Estamos juntos, e voltaremos juntos! — ela diz dando um beijo em minha testa, e então se afasta um pouco quando Adam vem na minha direção.

— Vá ganhar o seu Oscar de melhor atriz — ele diz com um sorriso tranquilo e me puxa para um abraço.

— Espero que a minha atuação o convença...

— Claro que convencerá! Você é incrível meu amor, não se esqueça disso! — ele me dá um beijo rápido. — E não se esqueça de conferir se você está seguindo na direção correta.

— Obrigada por confiar em mim Adam.

— Sempre. Agora é melhor começarmos logo com isso. A praça está vazia, e o momento é o ideal. Não se preocupe, eu te alcançarei daqui a pouco!

— Corre com vontade, que eu não vou economizar o meu gás! — digo sorrindo e me sentindo bem mais confiante. Ele pisca um olho pra mim e então viro-me, começando a andar até a porta do túnel.

Nicky abre a porta da escotilha e então saio a poucos metros da praça principal, o ar da noite está um pouco mais aquecido, e depois de olhar ao redor e ver que estou sozinha na praça, encho meus pulmões de ar e com o grito, começo o plano.

— OLIVEEEEEEEEEER! — começo a correr para o meu destino final, sempre olhando ao meu redor, atenta a qualquer movimentação.

Nada, então continuo a correr e gritar. Não deve demorar muito mais. Sinto passos se aproximarem atrás de mim, mas quando olho é apenas o Adam.

— Meg! Volta já aqui! — Adam diz com uma voz controlada, mas apenas me viro e continuo a correr.

— Você não me queria Oliver? Estou aqui! Venha me pegar! — digo e tento passar o máximo de verdade em minha voz.

— Não faz isso! É perigoso, justamente o que ele quer! — a voz do Adam está trêmula e quero aplaudi-lo, eu realmente estou acreditando nele.

Mas faço meu caminho até o centro da praça, que está vazia. Um vento gelado bate em minhas costas e tenho que respirar fundo para não estremecer. Abro os braços e olho ao redor, porém, no momento só consigo ver Adam.

— Sério que você não aparecerá seu covarde? — talvez tenha apelado um pouco chamando-o de covarde, mas tudo para que ele apareça logo. — Onde está você? Onde estão meus pais, meus amigos? Estou aqui, liberte-os agora!

Adam me alcança e então coloca a mão na minha boca e tenta me retirar do centro da praça. Eu começo a me sacudir em seus braços, tentando me livrar dele, porém ele se mantém firme, me arrastando para fora do campo aberto.

Acabo mordendo a mão dele, claro que não foi forte, apenas o suficiente para que ele gritasse de mentira e então afastasse a sua mão de minha boca, me permitindo falar mais uma vez.

— Me solta Adam! — tento me soltar, mas ele ainda me abraça apertado. — Eu tenho que... OLIVER!! — aumento mais uma vez o volume da minha mão.

— Não vou te soltar! Ficou maluca Meg? Fazer isso assim sem plano, nessa praça aberta? Você vai acabar se matando e...

— EU NÃO ME IMPORTO! — quando tento dominar a terra aos meus pés, Adam levanta voo comigo em seus braços e o gritinho que solto é quase verdadeiro.

E assim que ficamos um nível acima, pude ver várias pessoas se dirigindo até a praça. Minhas palmas começam a suar, e o nervosismo quer aparecer, porém, até o momento está tudo acontecendo de acordo com o plano.

— Ali está o Oliver. Está na hora amor — Adam sussurra em meu ouvido e sei que está mesmo.

Apenas explodo contra ele, o acertando da maneira mais convincente possível sem machucá-lo de fato. Adam cumpre seu papel e se arremessa vários metros para trás, com um grito de dor.

Eu vou em direção ao chão, e antes que me machucasse, domino a terra para amenizar o meu impacto. E mal alcancei o solo e já me vejo sendo cercada por diversas pessoas. Quando forço a minha garganta a engolir em seco, não faz parte do fingimento.

Ergo o olhar e então o homem com feições de anjo e atitude de demônio está a poucos passos de mim.

— Você demorou bem menos do que imaginei coração. Fico feliz por você não ter abusado da minha paciência.

— Estou aqui Oliver. Agora onde estão eles? — pergunto olhando profundamente naqueles belos olhos.

Ele abre um sorriso angelical — sim, o sorriso é bonito e esperava ver ele em algum anjo — e ergueu a mão, estalando os dedos. Há uma comoção atrás dele e então vejo homens se aproximando, trazendo todos eles, amarrados e aparentemente sem ferimentos.

O suspiro de alívio que dou é tão verdadeiro que me assusta.

— Então agora você já pode soltá-los. Você já me encontrou e não vou dar trabalho a você. Apenas me dê sua palavra que não fará nada com eles... — digo e vejo os olhos dos prisioneiros se arregalarem.

Também sinto passos atrás de mim.

— Não vou deixar que faça isso Meg! — Adam aparece, me colocando atrás de seu corpo, num gesto de proteção.

— Claro que você também estaria aqui... Adam Krauss... Novo namorado da realeza, filho do governador do Fogo... Você lembra de mim? Acho que nos encontramos algumas vezes antes desse momento. Isso não é assunto seu, então, para evitar problemas futuros com a província do fogo, quer fazer o favor de dar meia volta e quem sabe ir pra casa?

— Você só pode estar maluco Oliver! Claro que isso é assunto meu! Poderia até não ser antes, mas realmente acha que depois de me paralisar e ameaçar a vida da minha namorada isso não seria assunto meu? — Adam diz cheio de raiva. E é impressionante como o seu perfil consegue ainda ser lindo, mesmo exalando fúria.

— Certo, certo... Mas você lembra de mim? — quase engasgo de repulsa. O que esse homem tem na cabeça para querer ser reconhecido por todos?

— Sim — não tem como fingir a tensão que faz com que seus ombros se elevem. — Não tive a sorte de poder viver a minha vida sem te conhecer, então lembro sim de te conhecer.

— Música para os meus ouvidos! Vou lhe dar mais uma chance de sair dessa sem se envolver, já que tudo o que tenho que resolver é com essa mocinha que você está escondendo...

— Você tem que prometer que não vai machucar minha família e amigos. Muito menos o Adam! — digo com os olhos cheios de lágrimas não derramadas.

— Eu prometo que não farei nada com eles... Vamos Adam, me ajude aqui. Seu pai não me perdoaria caso eu fizer algo com você. Não é uma coisa que eu quero que aconteça, então se eu puder evitar... — Oliver diz, fazendo um gesto com as mãos, pedindo que Adam se retirasse.

— Não irei a lugar nenhum — Adam diz firme. — E nem ela.

Dou um toque no ombro de Adam e ele já sabe o que vai acontecer. Terra começa a subir ao seu redor e então o prendo dentro de uma caixa de terra. Cubro ainda com gelo.

— Isso não vai segurá-lo por muito tempo. Você promete que não vai machucá-los Oliver? — digo um pouco ofegante.

— Ai ai coração... Acredito que você interpretou as minhas palavras mais cedo de maneira errada. Creio que falei que realizaria a pior das torturas com você. E como eu faria algo assim, se você tivesse a certeza que as pessoas que você ama estão em segurança? — ele ergue uma grande sombra atrás de mim que me segura com firmeza.

— Oliver seu...

— Quero você quietinha agora! — um dardo voa na minha direção e não consigo fazer nada além de sentir a picada e então sentir meus membros arderem e então adormecerem.

Não consigo nem abrir a boca para gritar. Meu corpo não responde a nenhum dos meus comandos.

Meus domínios dissolvem, e então vejo com desespero Oliver jogar o mesmo dardo na direção de Adam. Ele apenas cai no chão, sem reação.

— Agora... O que eu faço com eles? — Oliver segura seu queixo e olha levemente para cima, parecendo se divertir ao pensar. — Será que vale a pena eu enfrentar a ira do governador do fogo ao começar a minha diversão pelo seu namoradinho?

Não! Pelos céus não!

Oliver começa a caminha ao redor do Adam que está deitado no chão, aparentemente sem defesa. Minha visão não demora nada para ficar embaçada. Não consigo piscar os olhos para expulsar as lágrimas, mas, mesmo assim, elas descem sem problemas em meu rosto.

— Já está chorando coração? Eu nem comecei ainda...

Monstro! Esse homem é um monstro! Quando é que o restante do plano vai entrar em ação? Não vou suportar que algo aconteça com Adam. Quero desviar o olhar, porém não consigo.

Escuto um pequeno chiado próximo a mim, e mal tenho tempo de pensar no que está acontecendo, quando uma chuva impressionante de raios e fogo descem dos céus. Os raios acertam todos os capangas do Oliver de uma vez. Um a um, vão caindo ao chão.

O diretor da prisão também é atingido por um raio, porém o efeito nele parece bem reduzido. Não consigo fazer nada quando a sombra me arrasta para próximo dele. Ao olhar ao redor e não sei como interpretar sua expressão ao ver que todo o seu apoio foi derrotado rapidamente.

Meus pais, amigos e Adam são cobertos com uma proteção de fogo. Sorri, e nem sei se meu corpo obedeceu, mas, pelo menos, em minha mente, sorri muito.

— Deveria já esperar por isso! Claro que você viria atrás de sua neta Edith!

— E deixar minha família para trás? Sem nenhum tipo de suporte? Nunca — minha avó aparece, estalando de leve o pescoço.

Sempre me impressiono com o controle e o poder dela, ela conseguiu derrotar quase todos os dominadores apenas com um golpe? Incrível.

— Devolva a minha neta Oliver e podemos seguir tranquilamente.

— Realmente você acha que está em posição de exigir alguma coisa Edith? Somos nós dois aqui e eu que estou em vantagem.

— Está realmente em vantagem? — até eu me assusto ao escutar a voz de Nicky atrás de onde estávamos. A voz dele é clara, e carrega tanta emoção que se pudesse teria suspirado. Ele retira o dardo que tinha acertado meu ombro.

— Pai? — Oliver parece espantado ao encarar o senhor careca. E naquele momento percebi o que a minha mãe tinha dito. Durou apenas um piscar de olhos, mas eu vi. Um homem inocente e bondoso. Um lampejo de uma pessoa que talvez um dia ele tenha sido. Um filho amável, um amigo leal.

Agora que o dardo não está mais em mim, parece que estou retomando o controle de mim. Consigo piscar e girar lentamente a cabeça. Consigo ver minha avó começar a desamarrar meus pais e amigos e Adam a ajuda na tarefa. É, talvez ele não tenha sido acertado por aquele dardo como imaginei, já que está de pé e se movendo livremente. Ele quer vir na minha direção para me ajudar, mas apenas aceno com a cabeça, o tranquilizando para que ele continue a auxiliar a dona Edith.

Oliver e Nicky entram num embate e se afastam. Eu vou testando os meus movimentos aos poucos e então me levanto, sentindo um pouco de dificuldade para erguer a cabeça e caminhar. É difícil até mesmo manter o meu equilíbrio.

Com o olhar baixo, estranho um pouco a grande sombra que começa a se formar ao meu redor. Tão estranha como essa sombra é o sentimento ruim que dá um nó na boca do meu estômago.

— Megan, cuidado! — alguém grita, mas não tenho tempo.

Um par de asas acinzentadas com manchas brancas está na minha frente. O frio na espinha desce com força e se Tobias não tivesse segurado meu braço, eu teria caído de costas no chão. O aperto em meu braço machuca, mas não grito. Quando ele chegou na província da água?

— Peguei você senhorita White — a voz de Tobias me corta mais profundo do que uma lâmina afiada, abro a boca, mas não consigo expulsar nenhuma frase.

Não sei ao certo se ele fez algo comigo, porém, estou perdendo os sentidos. Os sons aos poucos estão ficando confusos e distantes. E a última coisa que vi antes que suas grandes asas cinzas cobrissem a minha visão foi minha avó e Adam correndo em minha direção.

Olha, não tá melhorando muito, mas pensem pelo lado positivo, eles conseguiram reaver os amigos e família. Só que agora a Megan não escapou. Se ela ao menos tivesse aceitado a ajuda do Adam quando ele ofereceu... Mas enfim, o que acham que Tobias vai fazer com ela, agora que as garras finalmente afundaram nela?

Mais uma vez aquele gancho pro próximo capítulo quase que ilegal, mas aí é que está... A vontade de ter vocês aqui no próximo capítulo é muito grande ♥

Se gostou, não se esqueça de conferir se a sua estrelinha está aqui e de deixar seu comentário ♥ Ah, e cuidado com os spoilers (:

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