Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

🔹 19 🔹

  Adam 

Estou me sentindo um pouco ansioso e não sei o motivo para tal.

Resolvo tocar um pouco de violino, para ocupar minha mente e quem sabe assim me acalmar. Ainda estou aprendendo, mas já consigo tocar algumas músicas e não tenho dificuldades em acompanhar uma partitura.

As folhas de papel com diversas melodias estão espalhadas pelo chão e sem nenhuma ordem certa, começo a tocar. E assim que comecei a sentir as vibrações do violino passar por mim, sinto meus pensamentos ficarem cada vez mais dispersos, a música vai me preenchendo e aquela sensação esquisita vai indo embora.

Minha mãe também que me incentivou a aprender a tocar violino e sou grato demais por isso. Não que eu queira fazer disso um estilo de vida ou uma profissão, mas ter a habilidade e conseguir utilizar para amenizar outros aspectos é maravilhoso.

Dou preferência as melodias mais tristes, mas por incrível que pareça, ao tocar um soneto mais sombrio, me sinto mais alegre. E uma dessas canções em especial eu gosto tanto, que consigo tocar de olhos fechados. E é isso que eu faço.

E quando a música termina, me assusto ao escutar palmas atrás de mim.

— Isso foi lindo querido. Gostei das notas diferentes que você trocou — minha mãe está encostada no batente da porta, e consigo ver o brilho de orgulho em seus olhos.

Quase me senti um profissional.

— Bem que gostaria de dizer que foi uma nota que achei que ficaria melhor, mas na realidade é só um erro de execução mesmo. Não foi proposital — dou uma risada sem jeito.

— Mesmo não sendo proposital, ainda sim amei as mudanças. Muitas vezes eu esqueço o quanto você toca bem querido. Se não tivesse outros planos em sua mente, acho que eu insistiria um pouco mais com você para que seguisse uma carreira na música.

— Um ouvido bondoso de mãe. Mas a senhora sabe que não é isso que eu quero seguir profissionalmente.

— É, eu sei, eu sei. Desculpa entrar no seu quarto assim querido, mas quando cheguei na porta, escutei que você estava tocando e não quis bater e interromper a sua música. Tentei girar a maçaneta e como estava aberta... Fui apenas entrando.

— Não tem problema mãe. Mas o que a senhora deseja?

— Ah, eu só quis trazer a sua roupa para o noivado do seu irmão mais tarde — ela pega uma caixa no chão e se aproxima para me entregar. — Você tem que vestir isso, é importante para a imagem que temos que manter, tudo bem? Não se importe muito com o modelo.

— Modelo? — ergo uma sobrancelha e tento abrir um pouco a caixa, mas minha mãe coloca a mão sobre a tampa.

— Prometo que não é nada muito escandaloso ou vergonhoso demais. Apenas é diferente.

— Mãe.. — digo colocando a caixa sobre a minha cama. — Realmente tenho que comparecer hoje? Afinal, não sou o noivo e não tenho importância alguma pro evento...

— Mas é claro que você é importante! Se fosse um noivado normal, com certeza seria apenas um jantar em família para os mais próximos, e a sua ausência talvez não fosse tão notada, porém, somos a família mais importante da província do fogo. E a Pearl é da família mais importante da província do ar. Uma união com esse porte tinha que ter um evento à altura. Eu também não gosto muito dessas aparições, mas é esperado de nós.

— Eu sei, eu sei... Só pensei por um momento, mas pode deixar que estarei lá, com um sorriso confiante e mostrando que apoio completamente o Alex — abro a caixa e não tenho como manter um semblante sério ao olhar para a roupa. — É sério isso mãe?

O casaco é de um azul bem escuro, possui botões espaçados e dourados. Uma calça branca muito bem passada. Coisa fina, parece de realeza, e aquilo, com certeza, não combina comigo. Uma máscara dourada está no fundo da caixa.

— Parece com algo que aqueles príncipes usam naqueles filmes que a Alexa costumava assistir quando era criança — digo lembrando das muitas vezes que fiquei cuidando da minha irmã e ela amava ficar vendo esses filmes de desenho animado com príncipes e princesas.

— E você tem todas as características para se adequar ao papel — ela diz com um sorriso e se aproxima para acariciar minha bochecha.

— Não exagera mãe!

— Nunca querido. Falo isso justamente por ser sua mãe... — vai se aproximando da janela. — Ah, finalmente estão indo posicionar a fachada de boas vindas... Sua irmã trabalhou duro no design.

Olho pela janela e vejo dois dominadores levando um grande arco decorado com flores e com uma faixa bem grande no topo. Tentei convencer a minha irmã a colocar os nomes completos do Alexander e da Pearl, mas ela foi irredutível, disse que ficava mais simétrico assim e mandou eu ir fazer a minha parte que era nada e sorrir.

Só espero que quando a Megan ver essa faixa não interprete as coisas erradas. Espero que ela lembre que na minha família quase todos temos a inicial A.

— Está tudo bem filho? Você parece meio preocupado agora... — minha mãe pergunta, segurando meus ombros e me olhando com carinho.

— Ah, estou bem sim. Não é nada demais, acho que só fiquei um pouco imerso em meus pensamentos...

— A Megan vem hoje não é? — erguendo levemente a sobrancelha, apenas dou um aceno positivo com a cabeça.

Não consegui e nem quis esconder os sentimentos que tenho pela Megan da minha mãe. Ela sempre foi muito intuitiva e parecia saber até mesmo antes de mim. Ela nunca insistia muito no assunto, mas sempre me incentiva a ser sincero com Megan e mostrar como me sinto.

— Com a escola e com essas descobertas sobre magia e treinos você está adiando demais sobre a conversa que tem que ter com ela querido. Entendo a sua insegurança, mas você é incrível querido.

— Quero fazer isso direito mãe. Ela merece tudo.

— Você também — ela segura a minha mão e sorri.

— Obrigado mãe — me inclino em sua direção e dou um beijo no topo de sua cabeça.

— Bobagem querido. Só quero que você seja feliz. Torcerei para que as coisas se resolvam da melhor forma possível. Agora deixa eu ir. Eu demoro para me arrumar e não quero atrasar a festa do seu irmão. Se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar.

— Certo. E pode deixar que estarei pronto na hora certa.

Ela sai do meu quarto, fechando a porta antes de sair.

Me jogo em minha cama e mais uma vez fico bolando planos em minha mente, tentando encontrar um jeito perfeito para demonstrar para Megan como eu me sinto. A atmosfera hoje, com certeza, será bem romântica e favorável. Mas será que consigo encontrar as palavras ideais?

Não foram poucos as situações que montei em pensamento. Porém, nenhuma me pareceu boa o suficiente. Tudo pareceu comum demais, simples demais, insuficiente pra dizer o mínimo. Levanto da cama, e esfrego as mãos no cabelo, frustrado comigo mesmo.

Olho pro relógio e me espanto ao perceber que só falta meia hora para o evento, perdi completamente a noção do tempo. Se não me apressar, vou me atrasar.

Tomo meu banho e não penso demais ao vestir a roupa do mocinho do conto infantil. Arrumo como dá o meu cabelo e coloco a máscara. Ao sair do quarto, quase esbarro com o meu irmão que está com uma roupa praticamente igual à minha, porém o seu casaco é branco, mas ainda com os botões dourados. Sua máscara é de um azul bem parecido com a cor do meu casaco.

Ele é quase um palmo mais alto que eu, e seus braços são bem mais definidos que os meus. Não somos muito parecidos fisicamente, mas temos um temperamento bem parecido.

— E aí Alê! — dou duas batidinhas em seu ombro.

— Oi maninho! — ele tenta sorrir. — Não pensei que fosse ficar tão nervoso assim. Estou uma pilha de nervos e essa é só uma festa de comemoração do noivado.

— Fica assim não! — sacudo de leve ele. — Você viu como a mamãe e a Alexa trabalharam duro para tudo ficar perfeito hoje. Está tudo lindo, a sua noiva já chegou, agora é só sorrir.

— Sei disso — meu irmão leva seu polegar até a boca e mastiga sem parecer perceber o canto do dedo.

— E outra, o noivado já está acertado, vocês dois parecem gostar demais um do outro, e não há nenhum passado obscuro. Então pode relaxar e aproveitar...

— Quando foi que você virou um expert em relacionamentos maninho? — ele sorri um pouco mais aliviado.

— Nem de longe sou, mas é mais fácil perceber algumas coisas quando se tem a possibilidade de olhar de fora.

— Falando isso por experiência própria não é mesmo? — a gargalhada que ele solta me faz querer dar um soco em seu braço.

— Que bom encontrar vocês aqui! — escuto a voz do meu pai vindo do corredor e em poucos passos ele já está ao nosso lado. — Agora só falta as nossas damas ficarem prontas e já podemos ir — ele olha o relógio. — Ainda temos alguns minutos.

— Eu te disse mãe que ainda poderíamos dar os retoques finais! — minha irmã e mãe aparecem também no corredor e sorriem para nós.

As duas estão lindas. Meu pai encontra a minha mãe no meio do caminho e fala alguma coisa no ouvido dela. Pela risada e cor que tomou conta do rosto dela, deve ter sido algum elogio.

Os dois ainda se comportam como se fossem recém-casados, trocando carinhos, beijos, abraços, elogios e sempre olhando apaixonadamente um pro outro quando pensam que estão distraídos. Acho muito bom ver que mesmo depois de anos de casamento, filhos e sei lá quais as dificuldades que eles já passaram, os dois ainda encontram o tempo para curtirem um ao outro.

Durante o percurso até o local da festa, meu pai vai passando pra todos nós algumas instruções de como deveríamos nos portar durante o noivado. Não queria estragar a noite do meu irmão, então escutei com bastante cuidado.

A noite chegou rapidamente e antes de abrirmos a porta para o grande público, falei com um monte de gente importante das províncias. Sorri, apertei as mãos de todos e acompanhei as conversas com interesse e atenção assim como fui instruído.

Meu pai está preocupado demais com esse noivado. Essa amizade falsa com o governador do Ar é arriscada demais para nos descuidarmos. Não quero nem pensar nas consequências caso algo dê errado. Se esse casamento não acontecer também vai ser um problema.

Essa coisa de agente duplo é complicada demais.

Minha mãe nos chama para ocuparmos o nosso lugar no centro do palco. O palco não é muito alto, mas me dá uma boa visão de tudo que nos rodeia. Tem mais gente do que eu imaginei. Uma multidão pra ser bem sincero. Um mar de rosto cobertos por máscaras deixa bem mais complicada a minha vontade de encontrar um rosto bem específico de olhos azuis.

Solto um suspiro e volto a minha atenção para o meu pai que está cumprimentando a Pearl que acabou de subir no palco. Ele então nos aproxima ainda mais e fala para dar as boas-vindas a todos que vieram ali prestigiar. Só que antes que ele consiga falar no microfone, um grito ecoa pela multidão.

— NÃÃÃÃO!!!

A raiva que eu sinto por estarem tentando estragar o noivado do meu irmão dura apenas meio segundo, pois o meu coração reconhece a dona da voz. Megan está aqui. E então o ritmo que bate em meu peito acelera.

Um sorriso nasce em meu peito e não consigo mais desviar o olhar. Sinto uma mão em meu ombro.

— Essa é a Megan né filho?! — é a minha mãe perguntando. Eu afirmo com a cabeça.

Ela começa a falar e eu sinto o nervosismo em sua voz. Era Megan, não tinha a menor dúvida. Meu coração começou a bater mais forte e eu não consegui esconder meu sorriso. Olhei diretamente pra ela e quase rasguei a boca de tanto sorrir. Queria que ela soubesse que eu já sabia que era ela.

Tomei quase um susto quando meu pai começou a rir. Começou a rir muito. Seus olhos até lacrimejaram de tanto rir. Ele falou alguma coisa, mas tudo o que eu queria fazer desse palco agora era descer e ir falar com ela.

E foi o que eu fiz. Saí de fininho do palco e nem fiquei pra ouvir as juras de amor do meu irmão. Estava seguindo meu coração até que a vi, dentro do salão, com o rosto escondido entre as mãos, ela respirava rapidamente e eu não pude evitar de sorrir com a cena. Coitada, devia estar muito envergonhada.

Mas droga! E agora? Ela já estava aqui e eu ainda não preparei nada!

Quando percebo, ela já começou a se afastar dali e mesmo duvidando que vou perdê-la de vista agora que já coloquei meus olhos nela, quero falar com ela, quero olhá-la de perto.

— Vai lá filho — meu pai diz ainda sorrindo. — Eu ganho uns minutinhos pra você.

Agradeço e praticamente pulo pra fora do palco. Tenho que me espremer por meio de algumas pessoas, mas finalmente a alcanço. Ela ainda parece envergonhada, mas dá pra ver a ponta de felicidade em seus olhos. E por Deus, como está linda! Não me demoro muito conversando com ela, mas peço uma dança e volto para o meu lugar junto a minha família.

Sorrio e cumpro o meu papel ali em cima. Meu irmão deixou para lá o nervosismo e a partir do momento que viu a noiva, passou a sorrir e seus ombros relaxaram. Demorou um pouco mais do que eu achei, com as fotos, os cumprimentos e tudo mais, mas finalmente estou livre pelo restante da noite, e muito ansioso para passar ao lado de Megan.

Ela está olhando as pessoas dançando e sorri.

Estendo minha mão pra ela e brinco um pouco e a conduzo para um local um pouco mais reservado. Sei que sempre tem muitos olhos sobre mim por causa da posição da minha família, mas espero que consigamos nos divertir sem que muitas coisas atrapalhem.

Aproximo-me dela da melhor forma que consigo sem parecer óbvio demais e iniciamos a nossa dança.

Percebo que ela está se sentindo um pouco mal por aproveitar a noite e o guardião dela está aprisionado, mas digo a ela que já estamos dando o nosso melhor para que ele seja resgatado o mais rápido possível e de maneira segura.

Porém, estou com uma pergunta desde que eu a escutei gritando mais cedo.

— Por que você gritou naquela hora Meg? — prendo a respiração esperando pela resposta dela.

— Porque eu pensei que era você que fosse celebrar o noivado. A. Krauss... — estou tão perto dela e tão concentrado em seus olhos, e acredito na verdade refletida naquele azul.

Estou mais surpreso do que imaginei que fosse ficar. Não sou tão imbecil a ponto de não perceber que já tivemos certos momentos, mas escutar ela falando assim, com todas as letras, é um novo patamar. É uma confirmação que nem imaginei que buscasse tanto.

E então eu percebi, que não precisava esperar pelo momento perfeito, muito menos fabricar ele. O momento perfeito aconteceria normalmente, quando finalmente fosse sincero comigo mesmo e desse voz ao meu coração. E ele tinha muito a falar.

Pensei que fosse ficar com vergonha de admitir meus sentimentos assim, e nem sei se estou fazendo muito sentido, já que o meu coração quer colocar pra fora todos esses anos de amor, mas é muito bom tirar isso do peito.

E ainda ver que Megan está de acordo e feliz com tudo o que estou dizendo é toda a coragem que preciso para tomar o próximo passo. Porém ela é mais rápida, me puxando para perto, segurando meu rosto e passando o polegar tão levemente sobre o meu lábio que todo o meu corpo desperta.

Seguro sua nuca e analiso mais alguma vez suas expressões. Não há medo, insegurança ou algo que pudesse me fazer vacilar. Eles são apenas o reflexo dos meus: desejo.

Nossos lábios finalmente se encontram e todo aquele amor finalmente consegue fluir por mim. Ela consegue fazer até o gosto de limão em seus lábios parecer doce. Minha alma e coração parecem flutuar. E quando meus pés saem do chão, quase que automaticamente, ela me abraça ainda mais apertado.

A perfeição desse beijo me fez querer dar um tapa em minha cabeça. Deveríamos ter nos acertado antes.

Nem estamos mais nos beijando, mas ainda sim demoro um pouco para reabrir os olhos. Megan já está de olhos abertos e me olha com algo que se aproxima a um encantamento. Depois de nos dar um pouco de privacidade uns metros acima do chão, nos levo de volta e o sorriso que ela tem no rosto agora é tão lindo que espanta qualquer medo que ainda estava escondido em mim.

Ela ficou ainda linda envergonhada quando escutou os aplausos pela cena que acabamos de dar a todos.

Descobrir que os sentimentos dela também são antigos e duram até hoje me deixa surpreso. Bem, eu bem que poderia ter uma boa ideia pelo beijo que acabamos de compartilhar, mas poderia ser uma coisa de momento, sei lá. Ridículo eu estar tão concentrado nos meus sentimentos para deixar os dela.

Só que agora está tudo claro e em pratos limpos, não quero esperar nenhum minuto.

Tenho consciência que meu rosto deve estar bem vermelho, mas sou o mais claro possível quando pergunto a ela, se ela deseja namorar comigo. Sinto que vou morrer a qualquer momento de tanta felicidade quando ela pula no meu pescoço, aceitando com um sorriso meu pedido.

Dona Edith chega momentos depois, e parece animada por nos ver juntos. Ela me apresenta uma mulher chamada Ella, e não perde tempo ao nos informar que o Martin também está vigiado por pessoas de sua confiança e diz que em breve vai tomar as providências para resgatarmos ele. E diz que qualquer outro assunto pode ficar para o dia de amanhã.

Sorrio ao perceber o motivo da dona Edith falar sobre o Martin para a Megan. Ela quer que a neta aproveite o restante da noite o mais tranquila possível. E eu vou dar o meu melhor para isso.

Dançamos, conversamos, rimos e tiramos um pouco do atraso dos beijos acumulados. E quando nossos pés já estavam doloridos de tanto balançar de um lado pro outro, e a festa já estava bem próxima do fim, então não era problema nenhum ir embora. E depois de um encontro um pouco embaraçoso com a minha mãe, saímos.

Megan, Edith e Ella ficariam conosco. Depois de apresentar os quartos de todos, Ella e Edith se despedem de nós, e vão dormir.

Minha cabeça quase dá um nó quando Megan pede pra dar uma olhada no meu quarto, mas sem conseguir negar a ela, apenas caminhamos em silêncio até lá. Meg olha com muita atenção para tudo. E seu olhar se demora no meu violino.

Deixo que ela fique confortável ali dentro enquanto vou me trocar. Não estava mais aguentando ficar dentro dessa roupa, e sou capaz de entrar em combustão se permanecer nela.

Me sentindo melhor fora daquelas roupas cheias de pompa, saio do banheiro e vejo que Megan está concentrada olhando um painel de fotos. Sorrio ao relembrar com ela as lembranças daqueles momentos, e como eles colaboraram de algum modo para chegarmos até aqui.

Escuto um barulho suave vindo da janela, e tento não parecer tenso demais ao perceber que é o meu meio de comunicação com os espiões que estão na província na água. Não é o horário que combinamos para trocar informações. Espero que não tenha acontecido nada.

Ao abrir a janela, a borboleta pousa em meu dedo, e no mesmo instante escuto as palavras na minha mente.

— Houve uma mudança na situação do guardião. Está sendo programada uma transferência para a prisão submarina aqui na província. O outro dominador que estava comigo foi descoberto. É apenas uma questão de tempo até que me descubram também. Sinto muito senhor Krauss. Vou fazer o possível para atrasar o máximo que conseguir a partida do prisioneiro. Por favor, venha o mais rápido que conseguir e não venha sozinho.

Megan fica curiosa para saber o que acabou de acontecer e o que era a borboleta que já se desfez.

Explico o mais sincero e rápido que consigo e Megan entende a urgência da situação já indo buscar o apoio da sua avó. Edith já estava ciente da situação só que havia um problema quanto a nossa entrada na província da água.

Eu odiava aquela entrada, e o caminho que teríamos que percorrer era horrível, mas como a situação é especial, nem hesitei ao informar as duas que tinha sim como entrar na província imediatamente. E elas também não hesitam ao me seguir.

Passamos pelo portal e o clima está especialmente frio na província da água. Todos os cheiros, sons e cores me causaram um desconforto no estômago, mas permaneci firme.

Conheço o caminho bem o suficiente para nos guiar pelo caminho mais seguro. Sempre com cuidado onde estou pisando, em qual galho minha mão irá se apoiar, já que a floresta dos gritos pode nos denunciar se não formos cautelosos.

Aqueles sussurros das folhas, e os ocasionais gritos ao nosso redor eram aterrorizantes. Megan ficou chocada também quando contamos o que sabíamos da floresta por qual caminhamos. Vi o medo refletido nas poucas vezes que olhei para trás. Mas não vacilou em nenhum momento. Tão forte...

Estamos quase saindo da floresta, e meus pulmões estão desesperados para respirar um ar diferente desse, tão denso. Nem quero pensar na possibilidade de Martin acabar lá embaixo, e seus gritos de sofrimento serem escutados daqui. Não vai acontecer.

Fico bem mais aliviado quando finalmente os gritos ficam para trás.

As mãos de Meg estão suadas, e ela está nervosa e me pergunta se estamos chegando perto. Nesse ritmo, não deve mais demorar mais do que alguns poucos minutos para chegarmos. Meg recolhe as mãos para enxugar as palmas no tecido do vestido. Ela me agradece, e até começo a falar, mas então sinto algo beliscar a lateral do meu corpo.

Não sei o que é aquilo, mas parece que cortaram a comunicação entre o meu cérebro e o meu corpo. Meu corpo não responde aos meus comandos e sem conseguir fazer nada, sinto o impacto me fazer tremer ao cair no chão.

Megan está assustada e não é pra menos. Meu coração bate tão forte no peito que parece querer sair do meu peito. E pra piorar o meu estado de medo, vem uma voz masculina, baixa e que causou um arrepio profundo.

— Ora, ora... Megan White em carne e osso! Que honra.

Eu já tinha escutado aquela voz antes, e quando lembrei quem é o dono dela, meu coração parou. Oliver, o diretor da prisão submarina.

Tá certo que eu aumentei um pouco mais a espera de vocês por respostas, mas pelo menos agora já sabemos quem é o dono da voz. E confesso que também sou rendida em escrever os capítulos com os pensamentos do Adam. Mudei tanta coisa nele... hahahahaha

Não se esqueçam de conferir se a sua estrelinha está aqui e de deixar seu comentário caso tenha gostado do capítulo. E se não tiver gostado tbm, kkkkkkkkk Beijos e até o próximo capítulo!!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro