Abandona-te
Ela se sentou na janela do quarto, olhou para baixo, para os carros e pessoas que pareciam tão pequenos aos seus olhos.
Eles ardiam, seu corpo tremia em espasmos de dor reprimida.
Seu corpo estava intacto, sua mente... ah, sua mente. Esta estava em fase terminal.
Ao respirar, podia sentir seu coração pequeno dentro do peito, envolto por uma cratera.
Ele era um meteoro, pesado.
Era uma estrela cadente, decadente.
Era bola de boliche, rolava e rolava e rolava... todos os pinos que ainda estavam em pé dentro dela, todos eles caíram.
O vento castigava seu rosto, arrastava as lagrimas por sua face.
Elas não se importavam em tentar ficar. A abandonaram.
Sentia seu corpo letárgico, os olhos esquecendo de piscar.
Ela se levantou. Ficou tão próxima da beirada que podia sentir seus dedos do pé se fixarem mais à superfície, na tentativa de conseguir equilíbrio.
Moveu seus pés para trás, desceu e foi dormir.
Não se engane, ela não encontrou a sanidade perdida, não desceu porque concluiu que pular era inútil.
Ela só não queria morrer, tinha medo do inferno. Medo de nunca conhecer o que os outros chamam de paz.
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