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Presente


O silêncio na enorme casa dos Blossom era ensurdecedor, pelo menos para mim que havia acabado de jogar uma bomba no colo de todos e ninguém teve reação alguma. Estávamos reunidos na sala de jantar, todos sentados a mesa com os pratos já servidos. Martha apareceu alguns segundos depois de eu falar que estou grávida, a mesma anunciou que o jantar já estava sendo servido.

Cheryl a abraçou recordando nossa infância, Martha substituía nossos pais quando eles trabalhavam no hospital, era como nossa segunda família. Também a abracei, quebrando aquele meu nervosismo todo por ter contado estar gravida. A mesma sem perceber que o clima não era dos melhor nos mandou jantar, alegando estarmos muito magras e por fim, acabamos aqui todos comendo em um silêncio horrível.

— Se ninguém vai falar nada, eu vou.

A ruiva chamou a atenção de todos, sentada ao seu lado conseguia observar que a mesma nem havia tocado na sua comida. Um toque sutil em meu joelho me fez abaixar o olhar, era a mão de Cheryl como sempre a procura da minha. Entrelacei nossas mãos, aquele sentimento de segurança me invadiu novamente.

— Toni já fez o exame ginecológico e sim, ela está realmente grávida. Todos sabemos que só se relacionou com uma pessoa, não temos muito o que falar apenas perguntar se Jason irá assumir o filho ou não.

Seu olhar foi direto ao gêmeo assim como o meu, Jason estava do outro lado da mesa entre nossas mães enquanto nossos pais estavam nas pontas. O corpo do ruivo se encolheu na cadeira, suspirando forte com a intimidação da irmã.

— É claro que ele vai assumir.

Clifford prontamente falou. Cheryl estava certa sobre os pais obrigarem o mais velho a assumir a gravidez, mas eu ainda tinha uma pequena esperança de que Jason poderia querer esse bebê, ser o pai e quem sabe em um futuro nos aproximarmos.

— Quero saber do Jason.

Falei, firme, encarando o ruivo que também me encarou. A mão de Cheryl apertou a minha por debaixo da mesa, não entendi o que aquilo significava, mas resolvi ignorar. Estava concentrada demais querendo saber a resposta de Jason.

— Toni, você sabe que eu nunca quis ter filhos...

Uma risada alta fez Jason parar de falar, era Cheryl debochando das palavras do irmão. Suspirei, largando sua mão. Eu sei que Jason foi horrível, que ele merece todo o ódio do mundo, mas nessa noite a ruiva está mais infantil do que o normal. Nem parece a minha melhor amiga cheia de postura, que prefere manter-se sem chamar a atenção.

— Fala, Jason.

Pedi, senti o olhar de Cheryl em mim, mas não a olhei de volta.

— Preciso pensar um pouco, nunca pensei em ser pai e assim sem aviso... Deus! Isso parece um pesadelo.

— Você vai assumir ou não?

Cheryl interferiu na conversa mais uma vez.

— Por que ainda está aqui? – Jason se alterou demonstrando irritamento. — Você não tem nada haver com isso, Cheryl.

— Isso não é hora para briga...

Penélope tentou acalmar os ânimos dos gêmeos, tarde demais. Cheryl levantou batendo as mãos na mesa e saiu em disparada para fora da sala, fechei os olhos abaixando minha cabeça. Quando se trata de Jason, a ruiva não controla nenhuma de suas emoções, ainda mais quando ele tenta demonstrar ser mais importante que ela.

— Toni, está tudo bem?

Minha mãe tocou em minhas costas, deslizando-a de cima para baixo. Relaxei sentindo o seu toque em meu corpo, balancei a cabeça em positivo e a encarei, pedindo por um carinho de mãe. Dona Barbara entendeu, sentando onde estava Cheryl e me puxando para seus braços.

Então, a tristeza me atingiu. Jason recuou, como era de esperado, mas sabe quando você não quer acreditar em algo? Quando sua esperança vai até o ultimo minuto... Ele me quebrou mais uma vez. Os sentimentos que tenho ainda são muito presentes e foi isso que me fez chorar nos braços de minha mãe, acariciando meus cabelos ela sussurrava que ficaria tudo bem.

— Jason, vamos até o escritório. – a voz dura de Clifford foi ouvida por todos. — Thomas, por favor nos acompanhe.

Todos homens saíram da sala, levantei o meu rosto e percebi que agora estávamos apenas eu, minha mãe e Penélope. Senti falta de Cheryl, mas sabia que a mesma voltaria, era só o tempo de esfriar a cabeça e esquecer seu irmão.

— Você vai me dar meu primeiro netinho!

O tom melancólico de Penélope chamou minha atenção, sai dos braços de minha mãe e fui para os seus. Minha madrinha me acolheu, beijando meus cabelos e um leve sorriso apareceu em meus lábios.

— Não se preocupe, Jason não vai deixar você sozinha.

— Ele nunca quis um filho.

— Sabemos, sempre esperei um neto de coração vindo de você porque Cheryl também nunca quis ter filhos, ao menos uma namorada aquela menina teve. – nós rimos. — Não sei como pude ter só filhos galinha.

— Ah, mas são boas pessoas pelo menos.

Brinquei e nós rimos novamente. Um pouco mais recuperada desvencilhei-me dos braços de Penélope, limpando minhas lágrimas e ao percorrer meu olhar pelo local, vi Cheryl encostada da entrada para a sala de jantar. Seu olhar estava sobre mim, mas era como se segurasse para não fazer o que queria, a ruiva sempre odiou me ver chorar por Jason.

— Me difamando em frente a única mulher que pensei em casar, mamãe? – o tom de Cheryl era sério, todas nós arregalamos os olhos. — O que foi? Se Barbs não fosse casada, seria minha com certeza.

Completou, rindo de nossas reações. Neguei ao ver minha mãe toda derretida para a ruiva, por um leve momento achei que estivesse falando de mim. É claro que já falamos sobre isso, em brincadeiras, nunca sério.

— Não me espantaria se você e Toni aparecessem juntas.

Minha madrinha comentou, dando de ombros como se isso já tivesse passado por sua cabeça por muitas vezes. Franzi a testa, a encarando, parecia tão confiante do que falava como se estivesse prevendo algo.

— Mãe, já conversamos sobre isso.

Cheryl a repreendeu cruzando os braços.

— Conversaram?

Encarei minha melhor amiga, arqueando as sobrancelhas, os olhos da mesma se reviraram. Continuei a encarando, demonstrando que não iria sossegar enquanto não me falasse.

— Mamãe ficou sabendo da briga com Jason, eu contei. – suspirou antes de continuar. — E ela achou que era por sua causa.

— E não era?

— Querida. – Penélope tocou em meu braço. — O que Cheryl está querendo dizer é que eu insinuei que vocês pudessem ter algo.

— Ah...

Murmurei, inerte com a informação. Nunca pensei que alguém tivesse pensado isso de nós alguma vez, na verdade, quando Betty nos conheceu achou que éramos namoradas, mas caímos na risada na hora. Só que agora, Cheryl estava séria sobre o assunto, mas não me é estranho, a ruiva tem um certo limites para brincadeiras.

— Vocês sabem que eu sempre preferi Cheryl...

— Mamãe!

A repreendi antes que continuasse com a insinuação, dessa vez a ruiva deu uma pequena risada e puxou minha mãe para um abraço, sussurrando algo no ouvido da mesma. Semicerrei meus olhos na direção das duas, Cheryl piscou para mim em uma provocação. Revirei os olhos, negando. Em poucos segundos, meu pai adentrou a sala de jantar voltando aquele clima tenso de antes, oh Deus...

— Vamos para a sala de estar.

Pediu, todas concordaram, caminhei em direção a Cheryl e ela me esperou para caminhar ao meu lado. Sua mão deslizou por minhas costas, a mesma sabe o quanto isso está sendo desgastante para mim.

— Toni.

Jason me chamou assim que adentrei o local, sua mão tocou a minha e ele me puxou para perto. Respirei fundo, controlando qualquer tipo de sentimento para não me entregar. Ele não te merece, Toni.

— Sei que já fiz coisas horríveis com você, sinto muito por isso, mas... Se deixar, quero fazer parte da vida do nosso filho e quem sabe da sua.

— Da minha? Sério, Jason? – neguei soltando sua mão. — Você tem todo direito como pai, mas não quero alguém que fique comigo apenas porque vou ter um bebê. Se não me ama como eu te amo, não tente me iludir.

— Tudo bem. – suspirou. — Eu quero fazer as coisas do jeito certo, já marcou sua consulta?

— Sim, será daqui a três dias.

— Ótimo, estarei lá junto com você.

Abri minha boca para falar que talvez fosse melhor ele não ir, mas não saiu som nenhum por entre meus lábios. Poxa, Toni. Como Cheryl não vai estar na sua primeira consulta? Entrei em uma confusão interna e só sai quando meu pai caminhou em nossa direção.

— Então, parabéns aos futuros papais.

Nos acolheu em seu abraço, por cima de seus ombros vi uma ruiva cabisbaixa, longe de todos e com o whisky em mãos novamente. Suspirei negando. Será que nunca irá aprender que beber não resolve nada? Não muda como as coisas são e tem que ser. Recebemos os parabéns de todos, menos de Cheryl que continuava em seu canto. Queria ir até ela, mas eu estava sendo feita de cobaia por nossas mães que passavam a mão em minha barriga e tentavam adivinhar se era menino ou menina. Por fim, nossos pais começaram a declarar estarem cansados, um aviso de que deveríamos ir embora.

— Você quer carona, Toni?

Jason se aproximou, demonstrando gentileza.

Sim.

— Não.

Respondi, negando ao que meu coração pedia.

 Ele não te merece, Toni.

— Mas obrigada.

Agradeci, me despedindo dele e caminhando até Cheryl. Ela não me encarou, se despediu de nossos pais e eu fiz o mesmo. Algo estava errado. Adentramos o carro e a ruiva ligou o rádio, um sinal claro de que não queria papo. Resolvi deixar pra lá até chegarmos, mas sentia como se tivesse cometido um erro. Cheryl merece estar junto de mim na primeira consulta, pelo menos ainda tenho três dias para tentar convencê-la. Soltei um longo suspiro com meu pensamento e senti o olhar da ruiva em cima de mim por alguns segundos, mesmo brava ela se importa.

— Tudo bem se ficarmos em meu apartamento hoje?

Cheryl quebrou nosso silêncio enquanto ainda estávamos no elevador, assenti a sua pergunta. Não fazia muita diferença mesmo, o mesmo tamanho, a mesma decoração, o mesmo número de quartos.

Ao adentrarmos seu apartamento caminhei direto para cozinha em busca de água, Cheryl me acompanhou parecia querer o mesmo. Me servi e repeti o processo com ela, ao terminar desviei meu olhar para seus olhos castanhos.

— Você não vai, não é?

Perguntei, não aguentando mais manter essa maldita duvida.

— Eu juro que iria por você, mas tem se tornado impossível respirar o mesmo ar que Jason. – soltou o ar, bebendo sua água. — Tenho algo para... Vocês.

Terminou sua fala com um sorriso no rosto, ela estava animada. Observei seu corpo sumir indo até a sala por onde passamos e voltando, dessa vez com um pequeno pacote de presente em mãos.

— O que é isso, Cheryl?

Terminei minha água, morrendo de curiosidade.

— Abre.

Pediu, ansiosa.

Rapidamente abri o pacote, sem me importar em rasgar todo o papel lindo, um vermelho brilhoso. Assim que tirei constatei ser uma roupa, segundos depois vi que era um body branco e bem pequeno para recém nascidos. Um enorme sorriso abriu em meu rosto ao ler a frase que estampava a frente da pequena roupa..

“I have the best mom in the...”

E abaixo havia um emoji do mundo.

Olhei para os castanhos que me causaram tamanha emoção que já preenchia meus olhos, a puxei no mesmo instante para um abraço e Cheryl me acolheu como sempre. Enquanto um braço seu rodeava minha cintura, sua mão afagava meus cabelos e isso foi o suficiente para que eu deixasse as lágrimas correrem por meu rosto.

— Você foi a primeira a me fazer chorar de felicidade depois de descobrir sobre.

Murmurei sobre seu ombro, Cheryl soltou uma pequena risadinha e nos afastou, passando delicadamente seus dedos por meu rosto secando minhas lágrimas.

— T, eu sei que você vai ser uma mãe incrível porque sempre quis isso, é seu sonho! Não do jeito que quer, mas quem liga? É um bebê que pode mudar completamente sua vida, eu vou adorar acompanhar todo esse processo e você sabe... Não vou sair do seu lado.

— Precisa estar na minha primeira consulta. – pedi mais uma vez, agarrando sua mão que estava sobre meu rosto. — Por favor, Cher.

— Não faz isso.

Negou.

— Isso o que?

— Me pedir sabendo que vou ceder, mas dessa vez não. – fiz minha melhor cara de cachorro pidão e Cheryl riu. — Tudo bem, vou pensar.

— Isso!

Comemorei.

— Amei o presente, de verdade, Cheryl.

— Eu queria ser a primeira a dar um presente a ele... Ou ela.

Deu de ombros.

— Estou tentando não pensar sobre o sexo ainda, se não morrerei de ansiedade.

— É melhor mesmo, mas agora vamos subir?

Bocejou, se desvencilhando de mim.

— Amanhã tem plantão.

Concordei, agarrando o pequeno tecido contra meu peito. Cheryl era mesmo incrível. Era como se planejasse que aquele jantar seria horrível e quisesse me animar de alguma maneira, se esses foram seus planos deu totalmente certo. Pela primeira vez estou me sentindo grávida de verdade. Deus, eu vou ter um bebê! Já havia pensado nisso antes, mas não com tanta certeza e animação. As palavras da ruiva vieram a minha cabeça “é um bebê que pode mudar completamente sua vida”.

Sorri comigo mesma lembrando das bonitas palavras e deitei na cama de Cheryl enquanto a mesma desligava a luz. Já estávamos de pijamas e eu sentia meus olhos pesarem mais a cada segundo que passava. Quando me tornei tão sonolenta? O corpo da minha melhor amiga escorreu para dentro das cobertas e em poucos segundos seus braços me envolveram, em automático me aconcheguei a ela sentindo seu perfume doce. Sem cigarros. Pensei, feliz por ela ficar algumas horas sem fumar.

— Boa noite, T.

Sussurrou, beijando o topo de minha cabeça.

— Boa noite, Cher.

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