Família
Por mais que beijasse Cheryl quantas vezes fosse, não conseguia matar toda minha saudade de a ter em meus braços novamente. Continuávamos em nossa mesma posição, sem a presença de nossas amigas na cozinha então, só paramos de trocar carinhos quando Ariel nos interrompeu com seu choro.
— Ah, não.
Resmunguei em seus lábios, tomando coragem para me separar da ruiva. Cheryl sorriu para mim, satisfeita com meu desejo de continuar com nossos beijos. Levantei de seu colo, tirando Ariel do carrinho e a aconchegando em meus braços, em poucos segundos Veronica e Betty voltaram trocando sorrisos.
— Ih, já está atrapalhando a pegação de vocês?
Veronica zombou, sentando ao lado de Cheryl.
— Não teve pegação.
Menti, sentando ao lado de Betty ficando de frente para a ruiva.
— Ah, por favor. – a loira me encarou. — Olha o sorriso na cara daquela mulher.
Apontou para Cheryl que fez questão de sorrir ainda mais, piscando em minha direção. Lhe atirei um beijo e Betty suspirou ao meu lado. Balancei a cabeça rindo, ajeitando Ariel para sugar meu peito, a garotinha parece cada vez mais esfomeada.
— Será que dessa vez posso comemorar que estão juntas? Ou estão me iludindo novamente?
Betty arqueou suas sobrancelhas.
— Se depender de mim... – Cheryl pegou em minha mão por cima da mesa. — Nunca mais vai nos ver separadas.
— Concordo.
Firmei o toque em sua mão, trocando sorrisos com ela.
A loira bateu palmas comemorando, ainda ficamos mais um tempo conversando, mas logo o casal precisou ir embora. Cheryl ficou com Ariel na cozinha, deixando a pequena no carrinho enquanto arrumava a pequena bagunça. Subi para tomar um banho, apenas para relaxar um pouco e voltar para minhas meninas.
Quando ainda estava na escada ouvi a voz da ruiva cantarolando uma musica infantil, diminui meus passos e me aproximei devagarinho. Cheryl estava sentada no sofá com Ariel sobre seu peito enquanto passava levemente os dedos pelos poucos fios de cabelo da minha pequena. Cheguei a suspirar ao ver o quão linda as duas são e o melhor, são minhas. Isso chamou a atenção da mais velha, que sorriu ao me ver e parou com seu canto.
— Não precisa parar.
Falei, sentando ao seu lado.
— Ela já até dormiu.
Deslizou sua mão pelas costas de Ariel que dormia tranquilamente.
— Então... – abracei sua cintura, deitando a cabeça em seu ombro. — Como ficamos agora?
Mesmo ouvindo aquelas três palavrinhas saírem por sua boca, ainda me sentia insegura, não acreditava que Cheryl realmente é minha agora.
— Estamos juntas, T. Não estamos?
— Não sei.
Murmurei, levantando minha cabeça. Olhei em seus castanhos, subindo minha mão para o seu rosto, Cheryl franziu a testa com minha resposta e eu sorri aproximando nossos rostos.
— Quer namorar comigo?
Sussurrei, ouvindo sua risada.
— Esse é o nosso... – fingiu pensar. — Terceiro pedido de namoro?!
— E essa é a segunda vez que você praticamente me nega.
Fiz um beiço.
— Claro que eu quero, T.
Sorriu, desmanchando meu beiço com um beijo. Agora ela é oficialmente minha, ainda havia mais uma pergunta que queria fazer, mas era melhor a fazer amanhã. Talvez Cheryl precise pensar, mesmo achando que a mesma possa aceitar na hora.
Resolvemos dormir, já era hora e provavelmente Ariel acordaria a noite, precisávamos descansar. Ainda esperei a ruiva tomar seu banho, minha filha como sempre deitou no nosso meio, mas dessa vez eu podia abraçar as duas.
(...)
Pela primeira vez, acordei de manhã e Cheryl estava em meu lado, mas claro com Ariel em nosso meio. A ruiva ainda dormia enquanto minha filha já dava seus resmungos de fome, conferi a hora antes de pega-la eram nove horas da manhã e a ultima vez que ela acordou foi as seis. Minha namorada deveria estar cansada já que foi a mesma que ficou com a pequena depois que a amamentei.
Sentei na cama, colocando Ariel em meu peito. Enquanto a amamentava fiquei pensando sobre o quanto a mesma é calminha, sei que é normal só dormir e se alimentar, mas a pequena quase nem chora. O máximo de incomodo que ganhamos dela são seus resmungos.
Quando Ariel se deu por satisfeita, troquei sua fralda que estava cheia e a deixei ao lado de Cheryl enquanto fazia minha higiene. Assim que voltei para o quarto, seus olhinhos estalaram com o som da campainha. Rapidamente a peguei em meu colo observando a ruiva movimentar seu corpo, mas não acordou. Suspirei aliviada e desci com minha filha, ouvindo a campainha tocar mais uma vez.
— Bom dia!
Jason sorriu em minha direção assim que abri a porta, o mesmo pegou Ariel de meu colo sem ao menos me deixar pensar. Parecia animado, prontamente adentrando minha casa enquanto falava com a pequena.
— Bom dia. – falei fechando a porta. — Não me avisou que vinha.
— Eu ganhei uma folga hoje então, resolvi ver minha menininha.
— Hummm, que bom. – murmurei dando de ombros. — A Cheryl está lá em cima.
Comentei, Jason sempre avisava quando viria e Cheryl sempre dava um jeito de escapar do mesmo, mas hoje com certeza se encontrariam de alguma maneira ou de outra.
— Tudo bem.
Falou despreocupado.
— Não que eu te deva satisfação, mas... – respirei fundo antes de continuar. — Nós voltamos, dessa vez de verdade e espero que aceite isso numa boa, Jason.
Tentei demonstrar toda minha sinceridade para o ruivo que balançou a cabeça, desviando seu olhar para Ariel que ainda permanecia com seus olhinhos abertos.
— Fico feliz por vocês, serio. – suspirou voltando a me olhar. — Sei que fui um babaca, mas agora quero que Ariel tenha orgulho de mim então, tudo bem por mim.
— Na verdade eu não estava pedindo sua aprovação.
Franzi o nariz.
— Mas tudo bem. – encolhi os ombros. — Vou subir um pouco, se precisar de alguma coisa me chama.
Não esperei respostas, dando passos largos em direção ao meu quarto, eu não teria oportunidade mais perfeita para aproveitar um pouco minha namorada. Assim que adentrei o quarto vi a cama vazia, suspirei ao pensar que a mesma acordou contra sua vontade e antes que pudesse procura-la, saiu do banheiro enrolando seus cabelos em um coque.
Cheryl estava apenas de sutiã vermelho rendado mostrando boa parte de seu corpo, enquanto na parte de baixo havia um pequeno short de seda vermelho com detalhes branco. Naquele momento me senti no inferno de tão quente que fiquei ao perceber que estávamos sozinhas em meu quarto e com ela seminua.
— Toni!
O tom duro de Cheryl me fez olha-la, estava mais próxima e estalava os dedos em frente ao meu rosto. Só então, percebi que talvez ela já estivesse me chamando a algum tempo.
— Desculpa, amor.
Falei na maior calma possível, levando minhas mãos até sua cintura e tocando sua pele exposta para mim. Meu Deus, o que está acontecendo? Sentia que a qualquer momento poderia devora-la.
— O que você falou?
Perguntei franzindo a testa.
Cheryl bufou, cruzando seus braços.
— Estava te perguntando onde está a Ariel, chegou alguém? Eu acordei com o barulho da campainha.
— Jason está lá embaixo com ela.
Respondi com um suspiro.
— O que? Você deixa ele sozinho com ela? – arregalou os olhos. — O tamanho dela, Toni. E se ele a derruba?
— Cher... – toquei seu rosto. — Calma.
Pedi, a observando respirar fundo para acalmar seus nervos. Realmente nunca deixei Jason sozinho com Ariel, apenas aquela vez em que me sujei no hospital, mas não porque eu não quero. Só não deixo os dois sozinhos porque nunca tenho o que fazer então, fico por perto.
— Ele é pai, tem que aprender a se virar.
Cheryl resmungou andando em direção a cama, aproveitei a situação e fechei a porta do quarto trancando. Sei que talvez não consiga toca-la, mas uns beijos já me satisfaz e não quero Jason atrapalhando. Me aproximei da cama onde tinha uma ruiva emburrada, braços cruzados e um bico adorável nos lábios.
— Amor. – sussurrei sentando ao seu lado. — Você fica uma graça com ciúmes, ainda mais da Ariel, mas ele é o pai dela e terá que aprender a cuida-la.
— Eu sei, T. – respondeu virando para me encarar. — Mas ela nem me deu bom dia.
Lamentou, manhosa. Revirei os olhos rindo e me aproximei beijando seus lábios. Ela estava a coisa mais fofa do mundo cheia de ciúmes, mas sinceramente só conseguia pensar que estava seminua bem ao meu lado.
— Por que não aproveitamos pra namorar um pouquinho?
Sussurrei contra seus lábios. Cheryl gemeu baixinho, assentindo a minha pergunta. Prontamente, empurrei seu corpo na cama ficando com o meu por cima. Nos beijamos novamente, trocando caricias por um bom tempo. Minhas mãos deslizavam por seu corpo, sentindo sua pele macia em meus dedos. A ruiva suspirava contra meus lábios, sentindo o clima esquentar cada vez mais e foi ai que tocou em meus ombros me afastando. Nós duas ofegávamos.
— Não podemos fazer isso, não é?
— Eu não posso.
Corrigi, vendo a mesma bufar insatisfeita.
(Pra quem não sabe a mulher geralmente tem que ficar pelo menos quarenta dias sem relações sexuais depois do parto.)
— Então, melhor parar.
Falou, revirei os olhos caindo ao lado da cama enquanto murmurava um “claro, nunca me deixa te tocar”. Me irritei, sei que tenho que ser paciente e respeitar seu tempo, mas se ela nunca tentar não vai conseguir se entregar para mim.
— O que você falou?
Cheryl perguntou confusa.
— Nada, Cher. – dei de ombros. — Você trabalha hoje?
Virei meu corpo para ficar de frente para ela.
Suspirou antes de responder.
— Começo de tarde.
— Uhnnn. – murmurei tocando sua cintura com meus dedos. — Heather está trabalhando hoje também?
— Ok, esse é um sinal de alerta. Não vamos discutir por causa dela, você sabe que mesmo ficando sempre fomos amigas e isso é tudo que seremos, T.
Revirei os olhos.
Não quero ela perto de Cheryl.
— Mas você disse que tudo que quer é ficar com você.
— Sim, mas eu não a quero desse jeito. – aproximou seu corpo do meu. — Só tenho olhos para uma mulher.
— Tudo bem, confio em você.
Falei com toda sinceridade do mundo. Realmente confiava, mas não pense que não estou elaborando um plano de aparecer de surpresa no hospital e colocar Heather em seu lugar.
Cheryl se movimentou, deixando nossos corpos colados e eu arfei só de a ter tão perto de mim. Porra, Cheryl, facilita. A mesma sorriu e eu não entendi o porque. Então, tocou minha mão que estava em sua cintura e levou até seu peito.
— Nenhuma mulher deixa meu coração assim.
Sussurrou e eu podia sentir seus batimentos acelerados, aos poucos guiou minha mão por seu corpo, descendo-a por seu busto, deslizando lentamente por sua barriga e para minha surpresa, enfiando dentro de seu short. Mordi o lábio ao perceber que estava sem calcinha e quando meus dedos chegaram ao seu sexo, senti que a mesma estava molhada.
— E nenhuma mulher me deixa assim. – suspirou. — Nunca me senti completamente a vontade com mulheres para deixa-las me tocar, mas com você, T... Eu até me toquei pensando em você.
Caralho.
Um gemido arrastado saiu por entre meus lábios só de ouvir sua voz rouca me dizendo com todas as letras que se toca pensando em mim. Era impossível não vir a imagem de Cheryl em um momento intimo em minha cabeça.
— Juro que eu quero muito isso, mas quero te tocar também e que sinta prazer comigo.
Neguei ao ouvir sua frase, tirei minha mão de seu short e Cheryl se assustou quando coloquei meu corpo em cima do seu. Encarei seus lábios carnudos os desejando mais do que nunca.
— Hoje, a única que vai sentir prazer é você.
Falei, convicta de minha decisão. Coloquei minha boca sobre a sua e a beijei, aprofundando o beijo enquanto deslizava minhas mãos por sua pele. Sentia seu corpo quente, a falta de roupas me dava total acesso a ela. Quebrei nosso contato por alguns segundos e beijei seu pescoço, deslizando para seu colo enquanto Cheryl acariciava meu tronco por debaixo de minha blusa.
Deslizei a alça de seu sutiã, buscando pelo fecho do mesmo e o desfazendo. Depois de me livrar do tecido vermelho tive os seios das ruiva bem minha visão. Minha língua passou por entre eles, arrancando um suspiro de Cheryl. Me concentrei em chupar sua pele, dando leves mordidas enquanto fazia uma trilha até seu seio direito. Deslizei o bico do mesmo por entre meus dentes o sentindo duro de excitação, enquanto minha mão massageava o esquerdo.
Cheryl suspirava embaixo de mim e tudo que eu conseguia pensar agora era que queria explorar cada partezinha do seu corpo como nunca fiz antes. E o fiz, beijando rodo seu corpo, sentindo o gosto e a maciez de sua pele em meus lábios. A ruiva estava entregue, deixando-me conhecer cada pedacinho seu.
Subi meus lábios por suas coxas, tirando seu short que me atrapalhava. Antes de me posicionar em meio as suas pernas, a olhei, seus olhos estavam fechados e os dentes pressionados contra o lábio inferior. Deixei um sorriso escapar, direcionando minha boca até seu sexo e salivei ao ver o quão molhada estava.
Deslizei minha língua por toda sua extensão e a chupei ouvindo o gemido de Cheryl. Continuei a movimentar, por toda sua intimidade, sentido a ruiva se contorcer abaixo de mim. Segurei suas coxas, pressionando mais minha língua dentro dela e suguei seu clitóris, fazendo minha namorada gemer mais alto. Comecei a estimula-la mais rápido, pressionando meu rosto contra seu sexo molhada e ela agarrou meus cabelos incentivando meus movimentos.
O corpo de Cheryl estremeceu abaixo do meu enquanto seu mel invadia minha boca, a chupei novamente ouvindo-a gemer arrastado. Sorri, subindo até seu rosto e a beijei fazendo sentir seu próprio gosto em minha boca. Deliciosa. Pensei aproveitando de seus lábios carnudos.
— Me deixou de pernas bambas.
Falou controlando sua respiração.
— Deixei é? – arqueei as sobrancelhas, lhe dando um selinho. — Preciso perguntar uma coisa.
— Uhn?!
Murmurou de olhos fechados.
— Quer morar com nós?
Fiz questão de usar “nós” sei muito bem que Ariel é seu ponto fraco e usa-lo de vez em quando não é nada mal, não é mesmo? Cheryl abriu seu olhos, sorrindo divertida em minha direção.
— Achei que já estava morando aqui.
Deu de ombros.
— Praticamente, mas quero tornar oficial. – suspirei, sentindo meu coração bater forte dentro do peito. — Quero dividir o guarda-roupa com você, ver coisas suas no banheiro e poder dizer que essa casa é nossa. Quero começar a história da nossa família aqui, Cheryl.
— Você é incrivel, sabia?
Tocou meu rosto, sorrindo largo.
— Hoje mesmo trago minhas coisas, vou amar morar com minhas meninas.
Retribui o sorriso, beijando seus lábios enquanto sentia meu coração se preencher. Agora eu não tinha questão nenhuma, problema nenhum. Tenho a mulher que amo, uma filha linda e as duas agora moram comigo.
Somos uma família.
Não respeitam nem o Jason......
No próximo capitulo talvez Cheryl e o irmão se encontrem?!
Enfim, eu acho que a fanfic vai até o episódio 30. Eu gosto de numero redondos então provavelmente será esse.
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