Conquista
Na casa dos Blossom, Ariel só vinha para meu colo para ser alimentada do contrário estava com Jason, meus pais ou meus padrinhos. Iríamos ficar só um pouco, mas depois minha madrinha disse que iria fazer um jantar e que chamaria meus pais. Resultando em uma reunião de família, Cheryl também foi convidada, mas viria depois que saísse do hospital.
Sentada no sofá, meu neurônios ferviam lembrando do que Heather me falou, que a mesma é o certo para a ruiva. Não queria me convencer disso e nem vou. Vou perguntar a Cheryl sobre a loira e como falei dependendo de sua resposta, vai ser minha atitude.
Todos conversavam entre si, enquanto tudo que eu esperava que ela aparecesse logo. Queria me livrar logo dessa dúvida, mas tudo estava conspirando para me torturar.
— Cheryl me mandou uma mensagem dizendo que não vai poder vir.
Penélope falou, levantei meu olhar.
— Então, vamos comer.
Suspirei, negando com o comunicado.
Só pode ser brincadeira.
Respirei fundo, caminhando com todos em direção a sala de jantar. Martha fez questão de ficar com minha filha enquanto todos nós jantávamos, a cada segundo a mesma falava o quanto era linda a garotinha.
— Filha...
Minha mãe sussurrou ao meu lado.
— Você e Cheryl estão brigadas?
— Não.
A encarei, depois de perceber que ninguém prestava atenção em nós.
— A senhora sabe que não estamos namorando.
— Uma pena.
Lamentou, dando mais uma garfada em sua comida.
— Mas vou reconquista-la, mãe.
Afirmei, dona Bárbara me encarou, um sorriso apareceu em seus lábios e não evitei de sorrir de volta. Se tivesse um fã clube para Cheryl, tenho certeza que minha mãe seria a fã numero um e provavelmente a administradora de todos.
— Não estou falando porque sou apaixonada por ela, mas seu rostinho fica até mais alegre quando fala sobre a Cheryl, filha.
— Ela me faz feliz como ninguém.
Confessei, vendo o sorriso de minha mãe aumentar. Voltamos a comer, todos pareciam muito concentrados em suas conversas paralelas. Agradeci mentalmente por isso sendo assim ninguém me ouvir falar com minha mãe.
Mal terminei de jantar, pedi para que Jason me levasse para casa alegando estar cansada, mas eu queria mesmo era achar algum jeito de falar com Cheryl. Me despedi de todos, passando Ariel para cada um poder dar um beijo. A minha pequena estava dormindo como sempre, ou está dormindo ou se alimentando... Não que eu esteja reclamando, uma bebezinha calma é tudo que pedi.
Jason nos deixou em frente a minha casa, não fiz questão que o mesmo entrasse, ainda mais quando vi o carro de Cheryl estacionado ali. Filha da puta, nem pra me avisar. Praguejei, me despedindo do pai da minha filha e indo até a porta de minha casa a destrancando. Assim que adentrei já podia ver a silhueta da ruiva em meu sofá, a televisão estava ligada e seu corpo inteiramente jogado.
— Por que não foi ao jantar?
Indaguei, deixando a bolsa de Ariel pelo caminho. Cheryl me encarou, estendendo seus braços em minha direção, revirei os olhos levando minha filha até ela e a ruiva sorriu a pegando.
— Pode me responder agora?
— Oi, T. – seu sorriso se transformou em deboche. — Estou bem e você? Meu dia? Foi ótimo obrigada por perguntar.
Usou o tom irônico.
— Desculpa.
Pedi, suspirando enquanto sentava na ponta do sofá.
— Eu só não estava afim de reunião em família.
Deu de ombros.
— Todos sentiram sua falta.
— No próximo eu vou.
Falou, encarando Ariel que ainda dormia em seus braços. Mordi o lábio tomando coragem para fazer a maldita pergunta, eu estava com medo, da resposta e principalmente de ter que desistir de Cheryl. Eu não quero de jeito nenhum perder a chance de tê-la novamente, mas nunca descumpriria com minha palavra.
— Podemos subir? – a ruiva perguntou. — Estou exausta, só estava esperando vocês chegarem.
— Cheryl, você pode deitar quando quiser, não precisa nos esperar.
— Eu sei. – fez uma pequena careta. — Mas eu queria ver esse anjinho.
Beijou a bochecha da minha filha, concordei com sua decisão de subirmos talvez fosse melhor conversar no quarto. Coragem, Toni. Cheryl subiu com Ariel em seu colo, mas quando chegamos no quarto a mesma me entregou para ir ao banheiro. Troquei a pequena, deixando-a limpinha para ter uma boa noite de sono e levei seu corpo em direção ao berço.
— O que está fazendo?
Me assustei com a voz de Cheryl, olhei para ela e a mesma estava confusa com minha atitude de colocar Ariel no berço. Continuei com meu movimento, aconchegando a pequena em sua caminha e suspirei me virando para a ruiva.
— Eu quero conversar.
Falei me aproximando.
— Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
Seus olhos estalaram em preocupação.
— Na verdade aconteceu, Cher. – peguei em sua mão enlaçando nossos dedos. — Perdi você.
— Toni...
— Me escuta! – a interrompi. — Agora eu entendo tudo que me falou quando terminamos, que eu não estava preparada e eu concordo. Antes eu tinha duvidas, até mesmo sem perceber acabava dando brechas ao seu irmão, mas hoje... – fixei meu olhar em seus castanhos. — Hoje eu tenho certeza do que quero e é você, Cheryl. Quero você comigo em todos os momentos, nos momentos com minha filha e... – pausei respirando fundo. — Quero fazer você feliz.
Declarei, tudo que estava guardado em meu coração.
— Mas talvez não seja eu que te faça feliz então, pode por favor me dizer se você gosta ou quer ficar com a Heather?
Cheryl não tinha expressão em seu rosto, ela não parecia surpresa nem mesmo que já esperava por isso, apenas me olhava como se tivesse ainda processando tudo que falei. Apertei mais meu toque em sua mão, um pedido claro de resposta e a ruiva suspirou, mordendo seu lábio ao final.
Ela estava me torturando.
— Cheryl...
— Heather me beijou hoje.
Interrompeu-me, trinquei meu maxilar com a informação. Minha mão soltou a de Cheryl no mesmo instante e eu bufei andando para longe dela. Sinceramente, eu quero matar aquela loira agora mesmo! É claro que daria um jeito de tomar atitude primeiro que eu para que a ruiva nem me de esperanças.
Filha da puta!
— Toni.
Me chamou, fechei os olhos com força sentindo as lágrimas virem. Eu juro, estou disposta a deixa-la ser feliz, mas não sou de ferro. Meu peito queimava, nem todas as vezes que Jason me magoou eu fiquei tão desesperada por não o ter. Não consigo pensar na Cheryl sendo de outra pessoa, ainda mais de Heather.
Não, não, não...
— Toni, me escuta.
Pegou em meu braço, virando-me de frente para ela novamente. As lagrimas já caiam, me sentia uma fraca por estar chorando a sua frente, mas o meu auto controle foi para o espaço.
— Você gosta dela? Quer ficar com ela, Cheryl?
— T, eu não sei. – tocou meu rosto limpando minhas lágrimas. — Por favor, não chora.
— Não consigo evitar. – falei sentindo meu peito doer. — Tenho respeitado seu tempo porque sei que te machuquei, mas Heather pode te levar a encontros e beijar... Eu estou perdendo você, Cheryl e não posso fazer nada porque a culpa é toda minha.
Desabafei me praguejando por ter sido tão idiota.
— Toni, me desculpa. – pediu segurando meu rosto entre suas mãos. — Eu estou confusa, ainda não sei o que pensar ou o que quero, me entende?
— Tudo bem.
Suspirei, acalmando meu choro.
— De verdade, eu quero que seja feliz, Cheryl.
— Você não está me perdendo, ok? Eu vou sempre estar aqui.
Beijou minha testa, fechei meus olhos e por impulso enlacei meus braços em sua cintura a puxando para um abraço. Me aconcheguei nela sentindo seu cheiro e Cheryl correspondeu na mesma intensidade. Era a primeira vez que a mesma me deixava aproximar tanto, aproveitei para ficar grudada nela por um bom tempo. Sentia tanta falta do nosso contato. Quando nos separei, voltei a olhar em seus olhos, a ruiva fez questão de secar meu rosto.
— Se você quiser ficar com ela, vai me falar?
Perguntei, me referindo a Heather.
— Vou, T.
Suspirou.
Concordei, balançando minha cabeça e me aproximei um pouco mais deixando nossos rostos próximos. Cheryl não se afastou e eu me segurei por ter seus lábios tão próximos aos meus.
— Me deixa te conquistar, por favor. – pedi descendo meu olhar para aquela boca carnuda. — Eu sei que te magoei, mas isso nunca mais vai acontecer, Cheryl. Eu prometo.
— Vamos com calma.
Afastou-se, quebrando totalmente nosso contato. Ok, acho que fui longe demais. Como um anjo em nossas vidas, o choro de Ariel se fez presente no quarto dissipando todo o clima estranho que se instalou. Cheryl foi a primeira a se aproximar do berço, pegando minha filha em seus braços.
— Ela provavelmente quer você.
Falou quando mesmo no colo Ariel continuava a resmungar.
— Como você diz eu só sirvo para alimenta-la. – revirei os olhos me aproximando das duas. — Vá deitar, Cheryl. Você disse que estava cansada.
Peguei a pequena em meus braços, aconchegando a mesma ali. Cheryl nos encarou, suspirando. Sei muito bem que se ela pudesse ficaria com Ariel em seus braços pra sempre.
— Boa noite, mon tésour.
Sussurrou, beijando a bochecha da pequena.
— Boa noite, T.
— E eu não ganho beijo?
Ousei provoca-la.
— Boa tentativa.
Falou rindo e caminhando em direção a cama. É, eu não iria ganhar beijo. Voltei minha atenção a Ariel, tirando meu seio para lhe dar de mamar. A mesma ficou um bom tempo me sugando, tive que troca-la de posição porque o meu outro seio parecia mais cheio do que o normal. Quando pareceu satisfeita a fiz arrotar, olhando para cama onde Cheryl parecia em um sono profundo enquanto minha filha tinha os olhos estalados em minha direção.
— Você precisa me ajudar, bebê. – falei com a pequena. — Não podemos deixar ninguém tira-la de nós.
Suspirei voltando meu olhar a Cheryl, admirando o quão tranquila parecia. Depois de alguns minutos, Ariel começou a abrir a boca e o sono chegou. A coloquei na cama, ao lado da ruiva e me deitei com elas pensando o quão linda seria minha família. Bom, estou lutando para que sejamos uma.
Ai meu Ceather ta sendo ameaçado...
Desculpe se tiver algum erro, vou revisar depois.
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