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Um em um bilhão

Miguel

— Eu acho pizza de queijo uma falta de criatividade horrível. — Ricardo pestanejou.

—Agora você vai me dizer que não consome pizza de apenas queijo? Tipo quatro-queijos, muçarela, marguerita? — O questionei.

—Jamais! Prefiro aquelas portuguesas! Cheia de ovo picado, calabresa e bacon. — Ricardo parecia uma criança ao falar.

—Ele tem paladar infantil. — Batista comentou.

— Fica quieto, Batista! — Ricardo se sentiu mal. — Eu só não gosto tanto de queijo assim.

—Fala por conta do queijo, ou por tua caganeira naquela vez no rodízio? — Batista provocou.

—O Ricardo se cagou? — Perguntei.

—Quase, mas estávamos acompanhados. Quando ele saiu da mesa soltou um peido silencioso que quase matou a menina que estava com ele.

—Já disse que quem peidou foi o garçom! — Tentou se defender.

—Claro, o garçom...

O metrô deu uma pausa em uma das estações. Logo chegaríamos ao nosso destino. As pessoas já estavam cientes do ocorrido, poucas delas eram malucas de continuar o trajeto o Flamengo, a não ser alguns poucos trabalhadores, e nós, os três patetas.

—Posso fazer uma pergunta? — Fiquei reflexivo, pois um pensamento martelava minha cabeça. — Vocês são de outras famílias... Não seria viável estarem contra meu progresso? — Quando os encarei, me senti desconfortável com os rostos sérios. — Digo, qual minha utilidade em me ajudar a ficar vivo?

— Você só consegue enxergar a utilidade das pessoas? É isso que os humanos são para ti, ferramentas? — Batista me coagiu, parecia que eu havia o xingado.

— Batista... — Ricardo chamou sua atenção. — Seu renome não nos importa. Você partilha dos ensinamentos, comida e vivências. Não somos de sangue, mas somos uma família também, eu, você, Batista e o Caim.

— Além do mais, você não é aquele que carrega a força da tua família. Não seja prepotente. Ainda precisa mostrar capacidade. — Batista ainda falou com raiva. — Nunca atacamos nossos semelhantes. Abandone essa forma de pensar para continuar conosco.

— D-desculpa...

—Próxima estação Flamengo, desembarque pelo lado direito. Next stop Flamengo, landing on the right! Might the gap!

—Chegamos. —Batista alertou. — Miguel. O objetivo aqui é apenas neutralizar o alvo. Não existe nenhuma pessoa que pagou pela nossa proteção.

—Não é assim que minhas coincidências funcionam, Batista. —Contestei. —Vocês me trouxeram, sabem das condições.

—De acordo. Mas isto é um alerta. —Ele me encarou. —Eu me importo com a vida de vocês dois. Não ousem se colocarem em risco.

Balancei a cabeça em afirmação. Batista era um homem seco em suas respostas, mas havia nele um certo carinho por nós. Ele não era como Vargas. Queria apenas o bem dos alunos.

"Eu sou um Destinado agora." A confirmação bateu em minha cabeça com certa dor. Meu pai me dizia sobre este conceito. —Somos humanos, mas não somos como essa gente. Isso precisa ser diferenciado na sua cabeça. —É uma forma cruel de pensamento que todos capazes de utilizar o Caos partilhavam. "Somos humanos acima dos humanos". Que piada cruel. Quase um Übermensch... Potencias que não podiam ficar paradas pelo atraso do homem medíocre.

Contudo, o que eu enxergo se não dores? Se não pessoas frágeis e, com vossas fragilidades, tão capazes de serem mais? As pessoas que não nasceram no mesmo lugar que eu, sorriam com mais facilidade. Aprendiam com mais altivez. Brincavam com menos temores. Viviam mais que eu.

Como então desgraças d'água, eu ser um Destinado significa ser melhor!? Me parecia tão falso. Era a mesma coisa de olhar para Caim. Nele nada existia. Riqueza, pureza, intelecto soberbo. Mesmo não sendo da alta classe, foi nele que encontrei a mais profunda humanidade.

"Eu não quero ser só isso. Eu quero poder ajudar as pessoas de outra forma sem ser a guerra."

Quando descemos do metrô, vimos o vazio da estação. Não havia resquício dos movimentos de outras pessoas. Caminhávamos em busca do que poderia ser o epicentro da desgraça.

Ricardo ia na frente, subia as escadas enquanto ainda ouvia música. Até que sentiu pisar numa poça de água —Ele estava de chinelo. —Olhou para baixo. Percebeu que não era água, tão pouco esgoto. Só uma coisa tinha aquela cor tão avermelhada.

—Bem-vindos ao inferno, pessoal. —Sorriu de nervoso.

Eu comecei a subir na frente. Se havia sangue, já havíamos chegado tarde demais. Quantas pessoas morreram em nossa viagem? Corri para chegar no outro andar. Olhei para os lados. Havia marcas de sangue por toda estação. Alguns seguranças estavam desfalecidos nas pilastras, com seus corpos estripados e órgãos saltando a barriga. O intestino delgado ainda parecia se mexer, ou eram as moscas que faziam a ceia da manhã.

Podia sentir o cheiro pútrido da criatura. Vinha de fora da Estação. Comecei a correr em direção do fedor. Se existisse uma alma. Uma única alma que eu pudesse proteger, seria mais que o suficiente para tudo valer a pena.

O sol de Apolo irradiou minhas pupilas, me fizeram fechar as pálpebras por instinto. Como um demônio que foi permitido entrar no paraíso, me acostumava com a luz aos poucos. Até que pude retirar o braço da frente do rosto, e em seguida, parar de piscar tantas vezes.

—Aaaaaaaaaaaah!

Um berro infantil, fino e amedrontado. Me afunilou a atenção das buzinas estridentes e dos gritos desencorajados. O parasita tinha patas como o de um bicho madeira. Caminhava de modo desengonçado, mas tinha cerdas que se assimilavam a dentes de tubarão. A base era tão pontiaguda que quebrava o concreto em cada movimento. Em seu corpo, pescoços longos como o de uma girafa bebê. Em cada fim de membro, a cabeça de um devorado, ainda vivo, gritava em êxtase. Talvez, já consumido por aquela criatura, sentiam uma dor fora do comum.

Ele perseguia uma garotinha. Por milagre, perante o terror, as pernas dela ainda conseguiam criar coragem para salvar o tronco. A cena era apavorante. As pessoas mais próximas não faziam nada, apenas filmavam a possível morte que sairia no jornal de mídia da tarde. —Maldito Sacode Geral.

—Tsc! —Meus impulsos me controlavam

—Miguel! Não! porra! —Batista gritou. Sem sucesso.

Não fui em direção a criatura, pois matá-la, mesmo que fosse uma obrigação, não seria meu desejo. A criatura ergueu a garra. Estava próxima o suficiente para destroçá-la em um único corte. O parasita bradou a pata, violentamente para o chão. O asfalto craquelou e voou, parte da terra batida foi destruída. Criou uma poeira incômoda.

A menina, de olhos fechados, havia aceitado a morte. Mesmo ainda estando viva em meus braços. —Ei, acorda menininha! —Ri do medo dela.

Ela balançou as pálpebras, com medo de ver o paraíso. Contudo, o único anjo a sua frente, era um imbecil de quinze anos. Queria chorar e não se conteve em jogar meleca na minha camisa. —Está tudo bem. Eu vim para te proteger... —Acariciei o cabelo dela.

"Existem homens que nasceram para reinar nesse mundo, mesmo que contra a própria vontade." Nesses momentos, as falas de meu pai ecoavam em minha cabeça, me levando a loucura. "Existem bons guerreiros, que nascem de mil em mil. Imperadores que nascem de um em um milhão. E você filho... homens como você nascem de um em um bilhão."

A coloquei de pé. E toquei gentilmente em seu peito. Isso criou no toque, uma luz que seguia meu dedo como uma linha de costura. A levei até o centro do meu pomo, onde lá, criamos um vínculo. —Fique perto, tudo bem?

O parasita, retomando sua consciência, percebeu que não havia acertado a presa. Ele me olhava, com o pescoço contorcido, e a cabeça virada de ponta cabeça.

—Você não entende porra nenhuma, não é?—Caminhei alguns passos à frente. —Normalmente os Destinados criam sua primeira coincidência em conflito a uma ameaça em geral. Isso torna seu primeiro nível fraco e medíocre. —Botei a mão no peito. —O meu é vinculado a proteção de alguém. Se ela morrer... eu serei derrotado.

O parasita me atacou. A pata dele apenas alcançou o limite de extensão, e moveu o ar a frente. Saltei para chegar em cima de seu corpo esguio. Pisei —infelizmente —nas cabeças penduradas.

—Eu não sou um prodígio apenas por falar. Criatura patética. —Apontei o dedo para ela. —Se eu quisesse, poderia ser um Deus.

Disparei um raio de luz na ponta do meu indicador que rasgou a criatura. Sem outra chance para tomar qualquer movimento de ataque. Sem vida. Apenas tombou para frente. Acabando com aquela desgraça de dia sanguinário.

A menina, assim que percebeu a falta de perigo, correu até mim. Nos abraçamos da maneira mais gentil que podíamos dispor. O que era isso? As pessoas na rua me aplaudiam. Os policiais estavam assobiando. Mesmo assim... Que sensação falsa era aquela?

Como se todos naquele lugar fossem apenas serem escrotos e medrosos. Queriam apenas ver o fim do espetáculo, e não podiam virar as costas para o final feliz pois seria indelicado.

O parasita. Era mais humano que aquelas pessoas. 

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