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Capítulo XI: A primeira impressão é a que fica.

Podem dizer o que quiserem sobre a vida de um semideus, mas ninguém nunca vai poder dizer que não tem emoção. Lutar contra monstros épicos, sair em aventuras e conquistar honra e glória. Óbvio, é perigoso, só que tudo depende do quão forte você é. Sem querer me gabar (muito), mas eu sou bem forte. Prazer, o meu nome é Lucian Grace, a minha mãe a rainha do Olimpo: Zeus. Mesmo estando no acampamento por poucos meses, eu creio que já me acostumei com essa vida, e eu admito que até estou gostando.

As vezes é meio chato, já que o acampamento é bem vazio nessa época do ano, e nas férias isso não muda muito. Eu acabei de voltar de uma missão: matar a medusa — embora muitos digam que eu não contribui tanto com isso, é completamente mentira, nenhuma palavra que sai da boca da Alice é confiável. Felizmente para mim, hoje parecia ser um dia bem especial, já que estávamos com seis campistas novos. Soube que estavam no meio de um caça-bandeiras, e pela hora eu imagino que em breve passariam por onde eu estou.

E onde eu estou? Bem, no topo de uma árvore, brincando com uma pedra para passar o tempo. Eu vou contar um segredo: a chave para uma boa impressão é uma entrada memorável, e nisso eu me especializava. Mais rápido do que eu imaginava, vejo dez pessoas se aproximando. Os seis novatos, Dante, Alice, Kaizer e outro semideus que apareceu enquanto eu estava fora, Noah. Assim que eles chegam perto, Dante olha para cima e ergue uma sobrancelha. Eu respondo levantando o meu dedão esquerdo.

— Qué que você tá fazendo aí em cima, cara?

— É o calor, Dante, aqui tá bem mais fresco. — eu respondo e ele dá de ombros. Não era por isso que eu estava aqui, mas não deixava de ser verdade. Hoje estava quente. — E vocês, vão fazer o que?

— A gente vai comer.

— Legal. E esse pessoal aí, gente nova?

— É, chegaram hoje. — ele bagunça o cabelo de uma garota que estava ao lado dele. Ela parecia bem mais nova do que ele, tinha olhos grandes e uma cara de pessoa maluca. — Como eu disse, a gente tá indo comer, então se você quiser, é uma boa chance para se apresentar.

Eu aceito, e agora era a hora da entrada triunfal. Eu arremesso a pedra na direção do chão e imediatamente corro com a velocidade de um raio, pegando-a antes dela tocar no solo. Ouço pelo menos três pessoas fazendo um "uau", e nem preciso me virar para confirmar que todos estavam surpresos com isso.

— Precisava se mostrar?

Dante pergunta enquanto suspira, como se estivesse decepcionado.

— Eu só queria testar uma coisa.

Dou uma risadinha, achando engraçado o jeito que ele reage. Minha alegria rapidamente acaba, pois os meus instintos atacam imediatamente. Uma regra para todos os semideuses: você nunca ignora os seus instintos. Eu olho para a multidão de novatos e vejo o porquê dessa sensação ruim. Um carinha normal, cabeludinho e com um jeito de surfista, pele bronzeada e um pouco mais alto que eu. Eu ainda não sei botar em palavras, mas algo nele me ameaçava. Era como se a minha força estivesse em questionamento, e isso é estranho.

Eu decidi não falar nada, já que não tem como aproximar esse assunto de uma forma natural, e logo depois todos nós partimos até o pavilhão. O caminho é como sempre: calmo, vazio, seria mais rápido se eu fosse voando, esse tipo de coisa. Eu não tinha muita coisa pra descobrir no acampamento a esse ponto, então eu ia de um lugar para o outro pelos céus, onde eu me sentia muito bem. Ao chegar perto do pavilhão, eu ouço um raio caindo, e quando estamos mais perto eu percebo um tornado ao redor da construção.

E o mais curioso? Eu estava sentindo uma presença parecida com a da minha mãe, e só eu e ela somos capazes de controlar raios e ventos. Essa era a minha hora, e eu não penso duas vezes antes de me aproximar o mais rápido que posso. Afinal, poderia ser ela, e seria a minha primeira vez vendo a minha mãe. Eu parto na frente de todos, voando até lá com toda a minha velocidade, e em instantes eu me encontro em uma situação complicada. A força do tornado começa a me puxar para perto, e eu tento usar meu domínio sobre o vento para controlá-lo, só que era forte demais (até para mim, inacreditável).

E sem que eu possa fazer nada, acabo sendo pego por ele, e começo a girar em cima do pavilhão. O vento era forte demais, e a magia por trás dele era algo além de qualquer coisa que eu tenha conseguido fazer. Voar, fazer rajadas, esse tipo de coisa eu conseguia fazer de olhos vendados. Um tornado era um nível completamente diferente de poder. Por vários minutos eu fico preso nesse loop de tentar escapar e falhar repetidas vezes, e eu eventualmente acabo me questionando: por que eu escolhi voar? Repentinamente, a ideia de andar me parece cada vez mais agradável, principalmente quando o tornado some em um piscar de olhos e eu sou atirado ao chão.

Quem quer que tenha feito isso, também tem a consideração de desacelerar a minha queda, e por isso eu agradeço.

— Tá tudo bem aí, cara?

Olho para o lado enquanto sinto o mundo girando ao meu redor. Após ter dito isso, o cabeludo de antes segura a risada com muita dificuldade, ao ponto em que nem adiantava mais esconder que queria rir. Se fosse você lá em cima, cabeludinho, a história não ia ser muito diferente. Eu penso, mas me controlo.

— Espera, espera. Eu tô quase vomitando. — eu digo com dificuldade, ainda esperando o mundo parar de girar. Quando isso finalmente acontece, eu percebo que fora Alexandre, todos estavam com expressões sérias, e a garota estranha de cabelo preto e dourado parecia estar chorando. — Ok, tudo certo. Por que vocês tão com essa cara? Climão...

Agora que consigo enxergar sem me sentir dentro de uma máquina lava-roupas, vejo que ao lado dela estava um homem loiro. Ele era alto, imponente, usava um tapa-olho e tinha um braço só. Além dele parecer super forte, ele me passava uma energia muito familiar. Eu me aproximo dele cauteloso, com a intenção de perguntar sobre isso.

— Ei, você. — eu digo enquanto chego perto. — Qual seu nome?

— Tristan.

— Ah, prazer, eu sou Lucian.

Eu digo e estendo a mão, sorrindo. Ele não parece entender muito bem o que eu quero com isso, e eu não sei como prosseguir uma conversa do tipo "eu acho que você é o meu tio!". É, eu sei que tenho um tio, e até então ele encaixa todas as características para ser ele. Forte, imponente, controla vento e raio. Ele me cumprimenta, murmura algo e leva a garota de cabelo preto e dourado embora com ele. Eu e o resto do pessoal entramos no pavilhão, e alguns pareciam estar mortos de fome.

Aquele pavilhão era um monumento dos sonhos. Cheio de gente — mas não o bastante pra ficar lotado —, um clima bom e o mais importante: comida infinita. Passos rápidos, pegue uma bandeja, pense em alguma comida, puff, ela aparece na bandeja. Simples assim. E a melhor parte? A comida era deliciosa, e eu confesso que às vezes (sempre) eu comia umas coisas que não eram necessariamente saudáveis. Mas o que é mais saudável do que uma dieta balanceada? Felicidade, óbvio, e comer bem deixa qualquer um feliz.

A minha escolha para hoje? Um bolo de pote. Ok, mais de um.

Como sempre, cada deus, seja ele maior ou menor, tinha uma mesa própria para os seus filhos. Semideuses de deuses menores eram os mais prevalentes, já que os deuses maiores decidiram não ter muitos filhos. Entre os olimpianos, a mesa mais cheia é a de Hefesto, que tinha por volta de doze filhos e filhas. A maioria das pessoas come sozinho, por exemplo eu, Kaizer e Dante. Não, esquece esse último. A garota do olho grande senta logo ao lado dele, então eu imagino que seja sua irmã. Isso me lembra que ele menciona uma irmã faz um tempo. Ah, não importa.

Depois de falar sobre tanta coisa boa, eu não posso deixar faltar o maior problema desse lugar inteiro, ainda pior que o senhor D ou qualquer outro deus irritado: o sátiro que monitora o refeitório. Eu sou uma pessoa social; eu gosto de interagir, conversar, esse tipo de coisa. Então assim que eu cheguei aqui, eu não estava muito afim de sentar sozinho em uma mesa quando tinha tanto espaço, logo eu pedi para ir até outra mesa.

— Proibido.

Ele disse com uma voz fanha, como se estivesse falando mais pelo nariz do que pela boca. Inclusive, assim que o cabeludo faz essa mesma pergunta agora, ele dá a mesma resposta, com o mesmo tom de voz. Esse sátiro não poderia passar impune, ele não pode me impedir de comer onde eu quero, né?

— Ô tio, posso comer lá fora?

— Proibido.

É, eu desisto, esse sátiro era impossível. Como de costume, eu jogo uma parte da minha comida na lareira, mas não peço nada. Tinha se tornado mais uma rotina do que gratidão de verdade a esse ponto. Eu me sento na mesa de Zeus, como o mais rápido que posso e assim que estou livre de qualquer comida, corro até a mesa de Ares, onde Dante, sua irmã e o cabeludo estavam. Quando chego, ele me cumprimenta.

— Fala, pombo. — ele me chama pelo apelido de sempre. — Como que tá o tempo lá em cima?

— Pra ser bem sincero, tava bem confuso.

— Mas aí, muito legal aquela sua paradinha com a pedra. — o cabeludo me salva de uma sessão de várias piadas sobre tornados. — Você teletransporta? Ou algo assim?

— Ah, eu tô aprendendo algumas coisas, sabe como é.

— Lucian, fica de boa com o Tristan, beleza? Ele é meio exagerado mesmo.

Novamente me lembrando de uma informação passada, eu percebo que vez ou outra Dante menciona um instrutor de esgrima do acampamento, e eu nunca tinha visto ele antes. Esse era o professor em questão. Eu acho que me lembraria mais desse tipo de coisa se conversasse mais com Dante, ele até que era um cara legal.

— É, eu senti uma coisa... familiar. — comento, ainda incerto sobre a minha conclusão. — Acho que ele é meu parente.

— Rapaz, parece mesmo.

— Depois a gente fala disso então. — eu mudo de assunto, já que pelo visto eu não ia ficar sabendo de nada novo. — E esse caça-bandeiras, amassou os novatos?

— O novato aí que amassou o Dante. — Kaizer Chase, o filho de Atena que eu mal vejo no acampamento, se aproxima da mesa e se senta ao nosso lado. — Quase amassou o resto do pessoal também.

— Que nada, foi de lavada. — Dante ri e dá um tapa de leve nas costas de Kaizer, que se segura para não urrar de dor. Aí tem história. — Você não acredita no que eu fiz com ele, Lucian.

— Diz aí.

— A Alice empurrou ele do penhasco, aí eu fui logo depois e pow, uma só com o machado.

— Ah, não acredito, era pra eu ter visto isso! — eu fico indignado que não estive nesse caça-bandeiras. Eu consigo até imaginar a cena desse maluco se jogando pra bater no Kaizer. Coitado. — No próximo eu participo com certeza.

Ele continua me contando tudo sobre o jogo. Sobre o Noah ter derrubado um dos novatos do penhasco, o jeito que a Alice acabou com ele e a outra menina em uma só, sobre um gordinho que jogava barris e errou todos. Eu quase me arrependi de ter ido nessa missão e ter voltado tão machucado, me fez perder muita coisa divertida. Eu dou risada a todo momento da conversa, imaginando as cenas. Dante passou noventa por cento da conversa zombando de todo mundo, e os últimos dez por cento elogiando a performance da irmã e do cabeludo.

— Esse pessoal é novo, Dante, não enche tanto o saco deles.

Eu digo mesmo tendo rido de tudo que ele disse, porém a voz que me responde acaba com todo semblante de alegria que eu tive nesses últimos minutos.

— Você era assim também, não era?

O monitor diz enquanto abre um sorriso que eu só consigo descrever como "demoníaco". Ele não tinha razão nenhuma para interferir na conversa, e mesmo assim escolheu fazer isso para acabar com o meu dia. Você me paga, sátiro.

Você era assim também, não era?

Eu imito a voz dele, zombando do jeito que ele falava.

— Como é?

Como é?

Depois que eu faço isso, ele pega o apito que estava no seu pescoço e sopra, e quando eu pisco os olhos tudo estava escuro. Eu estava agachado, pois o espaço em que eu estava aparentemente não era o suficiente para que eu fique de pé. Onde quer que eu esteja, era como se fosse a privada de Dionísio, visto que o cheiro de álcool era o suficiente para matar três mortais. Levanto um dedo e invoco uma faísca de energia, iluminando os meus arredores tempo o suficiente para eu me ver dentro de algo feito de madeira e redondo: um barril.

O maldito me teletransportou para dentro de um barril. Eu soco a tampa com toda a minha força, e sinto o barril caindo de lado e começando a rolar como resultado. A minha espada estava embainhada, e não tinha espaço o suficiente para tirá-la de lá. Eu estava à mercê de um barril rolante, e a minha cota de giros por hoje já havia estourado mil giros atrás.

— Ok, ok, desculpa!

Eu grito derrotado, esperando que o sátiro seja piedoso o suficiente para me tirar de lá antes que eu decida arrancar a cabeça dele. Logo na frente dos novatos, monitor? Sério? Como se respondesse ao meu chamado, alguém se aproxima do meu barril, me põe de pé e dá dois toques na tampa.

— Ô de casa, alguém aí?

Escuto a voz risonha de Dante, e antes que eu possa xingar ele, ele retira a tampa e me solta. Ao ver os meus braços sob a luz do pavilhão, percebi que estava encharcado de vinho. O sátiro não poderia ter escolhido um barril vazio, pelo menos? Eu nem fiz nada demais!

— Por que você fez isso, cara?

Dante me questiona enquanto segura a risada. Eu saio do barril e dou uma lambida no vinho que estava em meu braço. Doce, mas péssimo. Não sei como os adultos conseguem suportar álcool, e uma parte minha imagina se eu vou ficar assim algum dia. Vou até o sátiro que me prendeu, vendo que ele estava rindo após esse truque. Eu abro os meus braços e ofereço um abraço.

— Vem cá, me desculpa, vamos nos resolver.

Eu sorrio enquanto me aproximo, pensando que se ele me sujou, então eu iria sujar ele de volta. Era mais do que justo. Assim que estou perto o suficiente, ele percebe que eu não estava brincando, e repentinamente isso se torna um jogo de reflexos. Se eu conseguisse chegar nele antes dele soprar o apito, eu venceria. Meu corpo age mais rápido do que a minha mente, e quando percebo já estou saltando em sua direção, já prestes a sujar ele inteiro com o vinho. Eu fecho os olhos em antecipação, e quando os abro, vejo o resultado do meu duelo:

Eu perdi, e agora estava preso em um barril pela segunda vez.

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