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Capítulo VIII: A primeira batalha.

Como todo semideus, o meu caminho até aqui foi cheio de dificuldades, e eu ainda nem comecei a minha jornada. Eu sempre quis fazer esse tipo de coisa, me aventurar por vários lugares e ter vários companheiros comigo, é um sonho meu desde que eu nasci. Minha mãe adorava me contar histórias sobre um cavaleiro em uma armadura dourada, e ele era meu ídolo. O cavaleiro — que se chamava Celestial — era um dos guerreiros mais fortes de toda história, e de acordo com as histórias era um homem honrado, conhecido por sua lealdade e sua característica armadura.

É normal ter heróis na infância, como astros do cinema ou personagens de quadrinhos. O meu herói era real, e eu iria encontrar ele novamente. Para isso, no entanto, eu precisaria partir em uma jornada e marcar meu nome na história. Pelo menos é assim que eu acho que essas coisas funcionam, e até agora ninguém me convenceu do contrário. Ah! Eu não me introduzi, perdão. Meu nome é Noah Morningstar, e eu estou nesse acampamento faz menos de uma semana, logo depois de ser atacado por uma deusa (longa história).

Quando eu cheguei aqui acabei percebendo que o pessoal era bem receptivo, mas nunca é legal ser o novato, e agora que seis pessoas chegaram de uma vez só, eu não era mais o único dono desse título. Aquilo era ótimo, já que me daria uma ótima oportunidade de conhecer gente nova por aqui, talvez até alguém que gostaria de treinar boxe comigo. Fora isso, ver tanta gente forte em um só lugar fez com que eu ficasse me sentindo fraco, e eu estava ansioso por uma chance de provar o meu valor. Pensando assim, quando me ofereceram a oportunidade de participar de uma batalha em equipe, eu não pensei duas vezes antes de aceitar, e a experiência tem sido no mínimo interessante.

De início as coisas progrediram suavemente, e logo no primeiro minuto uma garota da minha equipe decidiu seguir carreira solo e sumiu enquanto conversávamos. Ok, tudo bem, ninguém é forçado a lutar, então eu não me importei muito. Quando estava só eu e Kaizer seguindo em frente, eu estava totalmente confiante na gente, já que ele era um campista faz muito tempo e — como costumam ser os filhos de Atena — era um cara inteligente. Decidimos seguir pelo caminho seguro, tanto por não termos que nos arriscar ao descer o penhasco quanto pela certeza dele de que os outros membros da equipe inimiga iriam seguir o mesmo caminho, e seria melhor uma batalha frontal do que arriscar deixar eles alcançarem nossa bandeira.

Eu concordei com toda palavra dele, e também acreditei que era a melhor opção, e não demorou muito para ele se provar correto: nós batemos de frente com Dante, um dos outros campistas de longa data e um dos novatos, um garoto de cabelo avermelhado que estava com o rosto coberto de carvão. De repente, assim que olhei ele nos olhos, uma voz no fundo da minha cabeça começou a sussurrar palavras incompreensíveis, e logo depois ele sumiu do meu campo de visão. Aquilo me deixou confuso o suficiente para atrasar as minhas reações.

Algo importante para o meu jeito de lutar: eu usava uma venda que cobria meus olhos completamente, e esse era o meu trunfo. Em vez de bloquear a minha visão, a venda fazia com que tudo nos meus arredores fosse visível para mim, mesmo que estivesse nas minhas costas. Em troca, eu não conseguia enxergar nada fora desse alcance, então era como se eu estivesse em uma pequena bolha, e nessa bolha eu percebo tudo que acontece, sem exceção.

— Argh, eu devia saber que isso ia acontecer!

Ouço Dante reclamando quando seu companheiro some do meu campo de visão, logo eu intuo que ele pode ter fugido ou estava tomando um caminho mais longo para nos flanquear. De qualquer forma, eu não estava muito preocupado, já que a qualquer momento ele entraria novamente no meu alcance de percepção.

— Ai Kaizer, vamo' ver se filho de Atena sabe brigar ou se só é bom de papinho.

Ele fala com um grande sorriso e encara meu companheiro diretamente, ignorando completamente a minha presença ali. Isso me deu a chance que eu precisava para me focar novamente na luta, e logo avanço com a minha guarda erguida, recebendo o dano inteiro do ataque no lugar de Kaizer. Meus ossos parecem vibrar com a força do impacto, e por pouco eles não quebram. Outra coisa importante para a minha forma de lutar: se não me derrubar rápido, eu volto. Eu não poderia garantir que iria vencer, pois até no meu pouco tempo aqui sempre foi difícil ignorar o quão forte Dante era.

— Gostei de ver, moleque! — Dante diz ao me ver recebendo o ataque. — Vamo' ver se você aguenta outro.

— Vem pra cima, eu aguento!

Nós dois sorrimos enquanto chamamos o outro para a porradaria, e eu já sinto o meu corpo fervendo em animação. Sempre que eu estava em uma boa luta de boxe assim, era como se uma chama em minha alma se acendesse, e depois disso era bem difícil apagar. Mesmo depois de receber um golpe tão forte e com meus braços doendo dessa forma, eu só pensei uma coisa:

Isso vai ser muito divertido.

Aproveitando a brecha na guarda de Dante, eu levanto o meu punho e me preparo para socar ele, percebendo um movimento inesperado de Kaizer enquanto isso. Logo após eu defender ele, o meu companheiro se moveu para trás de Dante, flanqueando-o e dividindo a atenção dele no momento certo. Um pequeno detalhe que quase me passou despercebido foi o jeito que Kaizer olhou para o estômago do meu alvo e depois olhou para mim, como se quisesse me passar uma mensagem.

Sem pensar duas vezes, eu lanço um soco direto com toda a força que eu consegui canalizar no meu braço machucado, e logo antes do impacto acontecer Dante consegue reduzir parte do dano com o machado. Tentando capitalizar nessa oportunidade, lanço um jab com minha outra mão na intenção de acertar ele bem no rosto, mas meu alvo consegue esquivar no último momento. Se eu tivesse que comparar o meu estado com o dele agora, eu com certeza estaria mais perto de ser nocauteado, mas meu golpe de agora deixou as coisas um pouco mais balanceadas. Se Dante não finalizasse o trabalho agora — o que ele faria com muita facilidade — eu poderia tomar um tempo para me recuperar, o que aumentaria minhas chances com certeza.

— Cuidado com o outro cara. — Kaizer comenta enquanto aponta para as minhas costas. — Ele desceu pelo penhasco.

Assim que ele disse isso, Kaizer olha para o lado surpreso, e em pouquíssimos instantes outra pessoa entra no meu alcance de percepção: Alice. Eu poderia dizer o que quiser de Dante, que ele era forte, habilidoso ou várias outras coisas. Mas ela? Ela era com tranquilidade a pessoa mais fácil do acampamento, em números talvez ela fosse dois Dantes e meio de força, ou ainda mais. Provando o meu ponto, ela desvia de uma tentativa de retaliação de Kaizer com uma precisão invejável, logo depois desferindo um chute que acertou em cheio. O chute em si não parece ter tido muita força por trás, e a única intenção com ele era tirar o equilíbrio de Kaizer e empurrá-lo para trás.

E rápido assim, ele é jogado do penhasco e cai de costas, com o impacto fazendo um som tão alto que eu me preocupo com ele ter se machucado até demais. Completando a maré de más notícias, eu sinto alguém se aproximando repentinamente por trás de mim. Felizmente, a minha percepção aumentada me dá a oportunidade de esquivar do ataque, e eu pulo para o lado instintivamente. Em minha frente tinham três pessoas, e duas delas eram as pessoas mais fortes que já conheci.

De forma breve? Eu sabia que era impossível vencer essa luta, e eu não tinha nenhuma ilusão de que eu conseguiria lidar com os três de vez. Contra o Dante sozinho eu já tinha dúvidas, porém com Alice envolvida? Sem chance. Ainda assim, eu iria tentar aguentar o máximo que consigo, e assim talvez meu time tenha tempo para fazer algo. Determinado, mesmo com muito medo, eu ergo novamente a minha postura de combate e quase imediatamente perco o foco, pois a coisa mais inesperada nesse combate acontece diante dos meus olhos:

Dante ergue o seu machado, olha para mim, olha para o penhasco e pula com tudo.

Lembra de mim, querido?

Ele grita em pura adrenalina, e um segundo depois eu ouço um impacto metálico que indica que Kaizer não iria mais lutar pelo resto do dia. Se eu pudesse, teria tentado impedir aquilo de alguma forma, entretanto eu ainda tinha dois problemas para lidar, pois eu não fazia ideia de quão forte o cara do carvão era, e só a presença dele já me incomodava. Sempre que eu pensava em atacá-lo, a voz no fundo da minha mente sussurrava cada vez mais alto, como se estivesse tentando me desencorajar a fazer isso.

E como mais uma atitude inesperada, Alice olha para nós dois, revira os olhos e corre de volta para a floresta. Mesmo que eu não consiga entender o porquê dela ter feito isso, minha confiança retorna completamente, e minhas chances em uma luta um contra um eram bem maiores do que três contra um. De qualquer forma, eu teria que agir cautelosamente contra esse rapaz, pelo menos até entender os seus padrões e, se tudo der certo, encontrar alguma vulnerabilidade.

Voltando o meu foco onde importava, avanço até o meu alvo e me aproximo dele em um único movimento rápido, me abaixando no caminho e preparando um soco poderoso. Assim que chego, eu me ergo novamente e uso a força do meu corpo inteiro para desferir um gancho que acerta ele em cheio, e ele é arremessado para longe, caindo bem em cima de Dante penhasco abaixo. Ao mesmo tempo, ouço um som de madeira partindo e mais um impacto, e eu me pergunto o que estava acontecendo ali.

— Foi mal!

Eu digo enquanto me direciono ao rapaz que arremessei, me sentindo estranhamente culpado por ter terminado a luta daquela forma. Ouvindo mais sons de luta por perto, eu imagino que os outros dois novatos viram a comoção e decidiram vir até nós, e por Dante estar machucado eu confio neles o suficiente para vencer aquela luta. Logo, corro pelo caminho mais curto até a bandeira inimiga, e no meio do caminho eu finalmente encontro a garota que sumiu no início do jogo.

Ela estava com um filete de sangue escorrendo pelo canto de sua boca, e visivelmente abalada. A garota parecia ter acabado de correr uma longa distância, arfando para recuperar o fôlego. Assim que eu me aproximo, ela me olha por um instante e eu sinto como se minha alma estivesse sendo observada. O olhar dela era parecido com o de Alice, mas ao mesmo tempo era o oposto. Enquanto o de Alice parecia um julgamento, como se ela te olhasse e pensasse "eu te quebraria na porrada com os braços nas costas". Já o dessa garota era algo mais parecido com "você não significa nada", pois ela não parecia ter brilho nenhum no olhar, como um cadáver ambulante.

— Você é uma covarde! — ouço Alice gritando na distância, e logo entendo o porquê dela ter ido embora da luta anteriormente. — Volta aqui e briga!

— Eu não gosto.

A minha companheira de equipe responde com a voz mais trêmula que já ouvi em toda a minha vida.

— Ei, garota, para de correr. Vamos lutar contra ela, eu e você. — eu digo para tentar convencê-la a ficar, e pelo jeito que ela para, imagino que tenha funcionado pelo menos um pouco. — Eu não gosto muito disso, mas são dois contra um.

— Você acha que é justo dois contra um? — Alice pergunta enquanto lentamente entra no meu campo de visão, apoiando sua lâmina em seu ombro e sorrindo maliciosamente. — Pra ser justo teria que chamar mais três de vocês, no mínimo.

Mesmo sabendo que ela estava apenas nos provocando, eu entro na minha postura de luta instintivamente. Pensando em qualquer forma de vencer aquela luta, eu rapidamente chego a uma conclusão: era impossível. O olhar de Alice faz exatamente aquilo que falei, encarando a minha alma e esmagando a minha vontade com uma garantia de que eu iria ser derrotado muito em breve, e ao perceber isso meu corpo congela. Minhas pernas tremem de medo, meus braços parecem fracos demais para bloquear um ataque e minha mente falha ao tentar planejar o resto da luta. E nesse momento eu finalmente entendo o porquê dela me assustar tanto: o olhar dela me lembrava o de Éris, e essa era uma memória que eu faria de tudo para esquecer.

— Ai, Alessandra, tem certeza que o Tristan é mesmo teu pai?

Ela continua falando enquanto põe a lâmina de volta na bainha e segura ela com as duas mãos.

— Tenho!

A garota ao meu lado responde com um tom de raiva e tristeza, aparentemente estando com tanto medo quanto eu.

— Se ele é teu pai mesmo, então você vai conseguir desviar disso.

Mesmo com ela estando no meu alcance de percepção, mesmo com um aviso prévio de um ataque que eu consegui calcular exatamente a trajetória, ainda foi tudo rápido demais. Alice saca a lâmina e ao mesmo tempo avança entre nós dois, veloz demais para eu sequer conseguir acompanhar, quanto mais reagir. Em um piscar de olhos, ela já estava fora do meu alcance, e antes que eu possa entender o que aconteceu eu já estava de joelhos. Meu corpo tem um pequeno espasmo e eu sinto eletricidade percorrendo por ele, e aos poucos a dor foi se fazendo presente.

Quando olho para trás, apenas vejo Alice de costas como se nada tivesse acontecido. Ela embainha a lâmina mais uma vez e tudo escurece.

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