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Capítulo VIII: A TORRE.

Quando finalmente abri os meus olhos, mal pude acreditar no que estava acontecendo. Em menos de um segundo, saímos de um quarto de hotel para um verdadeiro cenário de guerra. Chamas roxas infestavam todas as direções, cobrindo os móveis e até mesmo as paredes, embora parecesse estar se recusando a se espalhar. Meu irmão, Dante, me segurava pelos ombros e repetia alguma coisa diversas vezes, palavras que só pude escutar quando meus ouvidos finalmente voltaram a funcionar.

— Briar, Briar! — a voz desesperada dele era a única coisa que parecia existir naquele cômodo. — Acorda!

Como se essa ordem agisse dentro de mim, uma carga de adrenalina surge por todo o meu corpo. Minha consciência voltou a funcionar em um estalo, e eu finalmente pude compreender o escopo da destruição. Algumas partes dos meus braços estavam com queimaduras graves, mas eu não era nem de longe a pessoa mais machucada do grupo. Jogados no chão estavam Kaizer e Arthur, e Alessa estava entre os dois tentando desesperadamente cuidar de seus ferimentos.

A expressão dela era de puro pânico, e ela ficava alternando entre cuidar dos ferimentos de um ou de outro como se estivesse tentando ganhar tempo. Quando Dante vê que eu estava desperta, ele olha para o meu braço e seu rosto muda completamente, saindo de medo para culpa. Assim que nossos olhos se encontram, eu percebo que ele estava prestes a se desculpar por algo que com certeza não estava sob controle dele.

— Tá tudo bem, Dante. — eu tento confortá-lo, mantendo a calma mesmo que esteja sentindo muita dor. — A gente tem que cuidar dos outros dois agora, ok?

Relutante, Dante aceita, e nós dois nos aproximamos dos outros. Kaizer parecia ser de longe o mais machucado, e Alessa estava se esforçando ao máximo para impedir que ele morra. Somente ao ver isso que a minha ficha cai: eles poderiam morrer aqui e agora, e eu não poderia fazer nada sobre isso. Era uma situação de fraqueza que beirava ser irritante, Meu papel é proteger os meus amigos, se eu não posso fazer isso, então o que eu faço? Se a ideia de deixar uma menina mais jovem do que eu carregar a responsabilidade de salvar duas vidas me incomodava tanto, então o que Dante estava sentindo? Ele era o mais velho entre nós por quase cinco anos.

Uma lágrima cai dos meus olhos. Nossa missão acabou de começar, estamos na nossa primeira noite e dois de nós já estavam na beira da morte. Isso é injusto, terrível, eles não merecem isso.

— Alessandra, fica calma, você consegue. — eu ouço a voz de Dante, e só então eu entendo o porquê dele estar interferindo. Os olhos arregalados e o tom pálido da pele outrora morena de Alessa expressam o quão nervosa ela estava, e de relance eu percebo a gota de sangue fugindo do ouvido dela, e essa não era a primeira vez que isso acontecia. — Não desiste, a gente tá aqui com você, tá?

Ela não responde, nem com gestos. Na verdade, talvez ela nem tenha ouvido as palavras de Dante. Felizmente para nós, um milagre acontece: Arthur abre os olhos. Mesmo com boa parte do seu corpo coberta por panos molhados e pomadas, a mesma adrenalina que me faz ficar de pé parece agir nele. Ele e Alessandra se olham por apenas um instante, e no outro eles já estavam trabalhando juntos para cuidar de Kaizer.

Todos os sons cessaram, e aqueles minutos de primeiros socorros parecem durar horas, e somente quando eles param de trabalhar eu percebo que estava segurando a minha respiração o tempo inteiro. Fraqueza toma conta do meu corpo, fazendo com que eu caia de joelhos e suspire em alívio no momento em que Kaizer abre os olhos. Pelo que parece, Dante, Alessa e Arthur passam pelas mesma situação, todos finalmente se livrando daquele maldito suspense. Por algum milagre — e pela habilidade médica de Alessandra e Arthur — nenhum de nós tinha morrido. Para evitar o calor e as chamas, nós saímos do quarto e nos sentamos no corredor, onde explicamos toda a situação para Kaizer.

— Esse cara explodiu na nossa frente. — eu reforço, incrédula. — Qué isso? Isso não é normal, né?

— É.

Alessa responde, tentando se recompor.

— Pior que é mesmo, nada de novo. — Dante concorda com ela. — Não é todo dia que acontece, mas não é tão surpreendente assim.

— Eu achei que você não gostava de lutar?

Pergunto para Alessa, tentando ignorar o fato de que acabaram de afirmar que monstros explosivos eram uma ocorrência comum na vida semideusa. Eu preciso me distrair com qualquer coisa, e acontece que eu gosto muito de fazer perguntas.

— Não gosto, mas meu pai disse que eu precisaria.

— E você já viu um monstro explodindo antes?

— Não. — ela responde, dando de ombros. — Mas eu também nunca tinha visto um dragão até ontem.

Bom ponto, Alessa, bom ponto. Penso, decidida a não continuar esse tipo de pergunta, afinal, eu duvido que receberia uma resposta que fosse me satisfazer. Enquanto isso, vejo que Alessandra e Dante voltam para o quarto, investigando o máximo de detalhes que podem. Aparentemente não havia nada que pudesse nos ajudar, exceto por dois frascos de vidro contendo um líquido roxo brilhante. Pelo jeito, era algo mágico, como pontuado por Alessandra.

Depois disso, Kaizer ajudou Arthur a caminhar para o nosso quarto, pois o filho de Apolo estava prestes a desmaiar novamente. Em vez de ir deitar-se também, Kaizer decide aproveitar o embalo para continuar a sua investigação, e eu o sigo até a recepção, onde ele caminha até Minos com passos pesados.

— Caveira, o que diabos era aquilo?

O nosso anfitrião pula para o lado e nos olha por alguns instantes, notando nossas várias queimaduras e ferimentos. Obviamente, ele não poderia expressar nada, mas eu poderia jurar que ele estava segurando a risada.

— Hm... um hóspede, eu imagino? — ele responde de forma calma. — E se você quiser, tem um chuveiro muito bom no quarto de vocês, parece que precisam disso.

— Não foi isso que eu perguntei. Ele explodiu na minha cara e quase me sufocou até a morte, chegou bem perto de conseguir!

— Você acha que eu pergunto sobre a vida de todo mundo que se hospeda aqui?

— Não, e ainda assim você parece saber de muita coisa, né?

Kaizer cruza os braços e fecha a expressão, já Minos se mantém em silêncio. Por incrível que pareça, conversar com uma caveira é bem mais difícil do que parece. Ao ver que meu colega estava prestes a fazer alguma loucura, eu ponho minha mão em seu ombro, acenando com a cabeça para ele se acalmar.

— Olha, caveira, eu tenho um amigo que gosta muito de esmagar crânios, e eu acho que não seria legal chamar ele pra lidar com você, não acha?

— Eu gostaria de vê-lo tentando, na verdade. — Minos desafia. — Chame ele.

Kaizer parece aceitar o desafio de Minos, e me pede para que eu chame o resto do grupo. Eu caminho o mais rápido que posso, apavorada com a ideia de não ter um Kaizer quando eu voltar. Por que eles estavam tão ansiosos para beirar a morte? Já não passamos por experiências ruins demais por uma noite só? Que difícil. Assim que eu chego no quarto, ouço um diálogo no mínimo confuso.

— Não se liga para um deus, Dante. — Alessandra explica com um sorriso no rosto. — Minha mãe me disse isso. Depois que eu liguei pra Zeus quando era menor, claro.

— Você ligou pra Zeus?

Arthur pergunta, incrédulo. A filha de Hades estava tratando dos ferimentos dele, calmamente substituindo os panos molhados e aplicando pomada nas partes mais feridas. Pela forma que algumas feridas de Dante estavam tratadas, me parecia que ela tinha algum tipo de experiência com essas coisas, o que era bem útil em uma missão que poderíamos ser incinerados a qualquer momento. Ainda assim, Arthur aparentava estar desconfiado pela gentileza dela. Todos nós — exceto a própria Alessandra — sabíamos que ele tinha alguma coisa contra ela, mas isso é demais. Bem, não duvido de nada depois que ele brigou comigo por uma pergunta boba.

— Liguei. — ela responde, porém parece ficar inquieta, elaborando mais. — Minha mãe tinha me contado uma história legal e... eu não sabia que não podia fazer isso, ok?

— E você se deu mal por isso?

Dante questiona, aparentemente tão intrigado quanto Arthur.

— Eu não, meu pai sim.

— Hahaha, eu queria ter visto a cara dele. — Dante ri. — Aí, Alessa, 'cê pode dar um trato na Briar também? Ela queimou os braços e tá fingindo que não aconteceu nada, sabe como é, né?

— Hm? Não faço ideia, por que eu fingiria que não queimei meus braços? — Alessa pergunta enquanto levanta a sobrancelha e me percebe na porta. — Mas eu cuido dela sim, pode vir, Briar.

Agradecendo, me aproximo dela e aguardo ela terminar os cuidados em Arthur. Assim que ela o faz, eu me lembro do que estava esquecendo: o Kaizer! Por que me lembro disso logo agora? Bem, depois que eu vi ele entrando no quarto com a cara fechada, fica bem difícil esquecer. Cara, ele deve tar uma fera comigo, que idiotice! E se ele tivesse mexido com a caveira e fosse alvo de alguma maldição milenar? Seria minha culpa!

— Arthur, você é o mais machucado. — Alessa comenta enquanto cuida do meu braço. — Evite se esforçar muito e descanse bem, ok?

— É, Arthur, é melhor descansar mesmo.

Eu reforço, preocupada com a saúde dele, mesmo que ele arranje confusão a cada frase minha. Claro, dessa vez não poderia ser diferente.

— Você tá me ameaçando, Briar?

Ele pergunta indignado, levantando a sobrancelha e cruzando os braços. Eu imediatamente reviro os olhos e suspiro. Parecia ser impossível se comunicar com esse garoto sem ele se ofender com algo, cruzes. Deixando isso de lado, eu espero os cuidados médicos terminarem, e logo Alessa parte para cuidar de Kaizer. Quando não restam mais ferimentos para tratar, ela se despede de nós e vai para seu quarto. Nós quatro apagamos instantâneamente, sentindo o peso do dia nos atingindo de uma vez só. Meus sonhos são bem mais razoáveis do que eu esperava.

Em vez de ter pesadelos sobre a quase morte dos meus amigos, eu sonho mais uma vez a mesma coisa. Fogo, rostos borrados, uma junção de coisas confusas que no fim não dão em nada. Antes que eu sequer possa tentar interpretar aquilo, abro os olhos em um novo dia, completamente desperta e surpreendentemente me sentindo revitalizada. Esse parecia ser o sentimento comum entre todos nós, já que até Arthur — que novamente, era o que mais tinha se machucado — parecia estar renovado. O único que foge disso é Kaizer, que acorda ofegante e cobrindo um dos olhos com a mão.

Ninguém parece estranhar, já que ter um pesadelo era o esperado depois de um dia desses. Só não esperávamos que o dele seria tão terrível quanto parecia ser.

— Tá tudo bem, Kaizer?

Pergunto preocupada, mesmo sabendo que a resposta não seria tão surpreendente.

— Só tive um pesadelo. — ele responde exatamente o que eu esperava. — Tá tudo bem, sim.

— Então tá tranquilo, pessoal, vamos de volta pra estrada.

Meu irmão bate uma única palma e pula para fora da cama, se espreguiçando. Ele põe seu machado nas costas e já parecia pronto para qualquer coisa. Sempre me esqueço que ele é tão energético quanto eu. Nós todos nos preparamos e saímos do quarto, porém notamos que Alessa não havia aparecido ainda. Indo até o quarto dela, Arthur bate na porta, sem resposta. Quando a situação começa a ficar preocupante, Kaizer é o primeiro a agir, improvisando uma forma de arrombar a tranca. Assim que ele o faz, vemos Alessa deitada em um caixão e de braços cruzados, com os fones em seus ouvidos.

— Ah, ufa, tá tudo bem. — Arthur suspira, muito para a confusão dos outros aqui presentes, coisa que ele parece notar. — Ela é filha de Hades, gente, isso é normal.

Ignorando ele, eu corri até ela e balancei-a pelos ombros. O resultado? Ela abre os olhos assustada e pula para trás, quase tropeçando quando fica de pé. Sinceramente, ainda era uma reação muito melhor do que a minha, já que eu acho que socaria qualquer um que me acordasse dessa forma. Odeio admitir, mas agora que Arthur disse, realmente dormir em caixões parecia algo bem estereotípico de filhos de Hades.

Após explicarmos a situação, ela parece compreender, embora ainda esteja abalada pela forma repentina a qual foi acordada. Enquanto saímos do hotel, ela e Arthur conversam sobre as diversas músicas na playlist dela, e essa foi a primeira interação normal que eu vi os dois tendo, sem nenhuma indicação de sarcasmo por parte de Arthur. Pelo visto, além de ser parcialmente surdo, ele não conseguia ouvir músicas em geral. Bem específico, né? Pois é, eu também acho. Ao passarmos pela recepção, Minos estava no balcão.

— E então, dormiram bem?

Ele pergunta, animado.

— Como se estivesse morta!

Alessa responde com um sorriso, tentando ser educada.

— Fico muito feliz em ouvir isso, chefinha.

— Ei, sem querer ser muito intrusivo, mas... — Arthur toma a frente de Alessa, com a mesma expressão que fez no dia que ficou investigando ao redor do acampamento. — Vocês costumam hospedar muitos semideuses por aqui?

— Não saberia te dizer, não pergunto muito sobre os detalhes. — ele responde, embora eu tenha uma sensação de que ele não estava sendo completamente sincero. — De qualquer jeito, aceitamos todo tipo de gente aqui! Humano, morto-vivo, quimeras, essas coisas.

— Quimera?

— É, aconteceu uma vez, longa história.

Por alguma razão, sempre que ele dizia "longa história" algo em mim revirava. Realmente soava como uma história longa e complexa, mesmo sem saber muitos detalhes. Específico, bem específico, porém talvez fosse meus instintos me dizendo para não procurar saber mais do que o necessário. O que era triste, já que fazer perguntas é tão divertido...

Falando em perguntas, ouço Alessa e Kaizer cochichando atrás de nós, e a garota parecia estranhamente animada. Tantas coisas para perguntar, tão pouco tempo! Por que as pessoas só não falam tudo para todos? Que chato. Eu admito: eu tento bisbilhotar. Aparentemente eles não se incomodam, e eu entendo que estavam falando algo sobre criar uma banda. Alessandra ficou animada quando viu o violino de Kaizer na noite passada — provavelmente enquanto eu estava fora — e logo sugeriu a criação da "Royal Guard", um nome que viu no prédio do pai.

— É um bom nome!

Eu comento, tentando me envolver na conversa.

— Eu também acho.

Ela responde muito animada, abrindo um grande sorriso. Logo após isso, nos despedimos de Minos e saímos de vez do hotel. A pauta se torna "como ir para Las Vegas?" e várias sugestões aparecem. A mais estranha foi a de Dante, que sugeriu que nós buscássemos um carro, mas isso foi negado rapidamente, já que nenhum de nós sabia dirigir. Logo depois Arthur falou algo sobre "Uber", porém só ele já ouviu falar sobre isso. O que escolhemos foi seguir até uma estação de trem, uma sugestão de Alessandra. Demoramos um tempo caminhando, recebendo alguns olhares estranhos de pessoas normais que caminhavam pelas ruas. Eles pareciam estar questionando o porquê de ter uma criança andando com um machado, mas nenhum deles estava preocupado de verdade.

Estranho? Sim, mas eu prefiro não reclamar de coisas boas.

Depois de um extenso tour por aquela pequena cidade, finalmente chegamos em uma estação. Como esperado, o trem nos trilhos parecia velho, e eu decidi tomar a frente do pessoal. Fui direto à recepção e infelizmente descobri algo terrível: não tem um trem diretamente até Las Vegas. Nós teríamos que ir até Denver e só então poderíamos ir até nosso objetivo. De Denver até Las Vegas ainda era bem longe, porém era a opção mais rápida — e, mais importante, a única. A pior parte: o custo, vinte e cinco dólares por cabeça, um total de cento e vinte e cinco dólares, metade do nosso orçamento.

Eu não me preocupei até Kaizer me lembrar que teríamos que gastar novamente para pegar o próximo trem, e só então percebi o que a falta de dinheiro causa. Por meu pai ser uma estrela do rock, eu nunca me preocupei com isso até hoje.

— Olha... — Dante nos afasta do balcão de atendimento e abre um sorriso perverso. — A gente pode só pular no trem em movimento e ficar no vagão de carga, o que acham?

— Não. — Alessandra responde imediatamente. — Você não pode arrumar confusão.

— Quê?

Dante questiona, confuso.

— Sei lá, mas ela tá certa, Dante. — eu concordo com Alessandra. — Acho que é melhor só seguir pelo caminho garantido, se formos pegos ou algo pior acontecer, a gente vai se atrasar muito mais.

— Ah, vocês duas são muito chatas.

Dante e Kaizer reviram os olhos, mas aceitam nossos argumentos. Eu volto até o balcão e peço as cinco passagens, e Alessandra entrega o dinheiro. O trem chega depois de trinta minutos de espera, e um detalhe que percebo é o maquinista engraçado. Ele parecia mais um gnomo, baixinho e bochechudo. Isso não é nem um pouco importante, mas me pareceu legal. Nós vamos até os nossos assentos e nos acomodamos, sem muita preocupação. A viagem seria razoavelmente longa, e começamos a conversar para nos distrair e passar o tempo. Esse tipo de situação me deixava bem feliz.

Um tempo atrás eu achei que nunca teria amigos, e aí apareceu o Alexandre. De início eu achei que ele não ia me suportar, mas ficamos amigos até que bem rápido. Ele foi o meu primeiro amigo de verdade. Meses depois e agora eu encontro uma comunidade de pessoas iguais a mim, que me entendem e — na maior parte — não me julgam. Eu não consigo nem ao menos segurar o sorriso durante todo o momento que passamos conversando. Talvez eu realmente tenha achado um lugar que eu pertenço, rodeada de pessoas legais.

— Briar? — Dante percebe que eu estou distraída. — Tá delirando, menina?

— Ah... eu tô? — questiono, tentando entender a pergunta dele. Quando percebo que ele apenas me encara com um sorriso, entendo o que ele quis dizer. — Opa, não, eu só tô pensativa.

— Claro que você tá. Diz aí, qual foi?

— Não é nada demais, é só que vocês...

BOOM.

Um impacto barulhento atinge o teto do nosso vagão. Seguindo os nossos instintos, todos nós sacamos as nossas armas, e os impactos continuam até a nossa direção como se fossem passos. Assim que a fonte do som fica diretamente acima da gente, os sons param. Quando olho para o teto, duas garras perfuram a cobertura metálica, abrindo-a como se não fosse nada. A criatura cai no vagão e ruge na nossa direção, e talvez eu esteja presenciando um forte competidor no concurso de piores criaturas que já vi.

Ela tinha asas de dragão, o corpo de um leão e o rosto de um ser humano, porém idoso. Era uma abominação, até mesmo considerando que se trata de um monstro. Seu rugido soava mais nojento do que intimidador, porém pelo tamanho daquilo, não consigo evitar de sentir certo medo. Nós cinco nos olhamos e concordamos silenciosamente, já que todos sabiam o que estava prestes a acontecer:

Esse monstro não ia nos deixar em paz sem uma luta.

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