♚ Capítulo 9 ♚
Alê e eu estávamos no meu escritório, enquanto tentava convencê-lo a me ajudar na festa, ou no mínimo me contar algumas coisas sobre a ruiva irritante.
- Anda Alê, fala logo. - Disse já sem paciência. - O que ela está planejando fazer?
Sentado à minha frente, Alê cruzou as pernas pouco se importando com meu questionamento.
- Já disse Ryan, não quero me envolver com isso.
Reclamou, começando a ficar sem paciência comigo, e mais uma vez me perguntei que porcaria essa garota estava dando para eles?
- Do mesmo modo que não disse nada sobre você para Nat, também não vou falar nada para você. Aliás, não que ela tenha me perguntado. Porque ela não me perguntou. Diferente de você que quer trapacear. - Afirmou revirando os olhos.
- A qual é Alê não seja ingênuo. - Bufei de raiva. - Esqueceu a Tena, por que Nat precisaria perguntar algo a você? - Declarei o óbvio.
- Para de ser idiota Ryan, a Nat não é assim.
Alê bufou irritado, e precisava confessar que não era sempre que via ele assim. Na verdade, ele quase nunca se zangava de fato.
- Estive com elas em quase todas as vezes que se viram, e Nat não perguntou uma única vez sequer.
Meu melhor amigo respirou fundo tentando não perder a calma, e aquilo me deixava mais confuso ainda. Nem mesmo quando questionaram sobre sua vida pessoal e sobre nunca namorar, ele ficou tão incipiente assim.
- Vi conversarem sobre o assunto, mas planejando roupas e convidando pessoas. Nat não perguntou ou ao menos disse uma palavra sobre você.
- Acredito que você seja o idiota aqui, Alê. - Zombei irritado. - É claro que ela perguntaria algo, até porque ela se interessou por mim. - Afirmei orgulhoso. - Não viu ela flertando comigo na festa da Tena?
- Achei que era mais inteligente Ryan. - Debochou. - Não percebeu que aquele era o jeito que tratava todo mundo?. - Disse sem realmente aguardar uma resposta. - Quando nos conhecemos, fiquei envergonhado como o inferno. Nunca pensei que poderia ficar tão vermelho.
Revirei os olhos, ao perceber que uma história que não tinha interesse algum, seria contada.
- Mesmo que conhecesse algumas coisas sobre mim, ela não parava de flertar comigo.
Deu um sorrisinho ridículo parecendo lembrar, e senti vontade de expulsá-lo da minha sala, já que não queria me ajudar.
- No início pensei que ela me odiasse, depois pensei que ela poderia ser tarada por sexo ou coisa assim.
Arregalei os olhos, ficando um pouco interessado na história que parecia ser chata. Falar de sexo sempre me chamava atenção.
- Mas no fim, eu descobri que ela só queria que eu perdesse a timidez perto dos amigos. Porque não estava retraído por causa dela, mas sim por causa deles.
Suspirou dando um sorrisinho ao falar do quanto a ruiva o ajudou, ou ele acreditava que tinha ajudado, porque podia facilmente ser uma jogada de marketing.
- Quando acabei cedendo aos flertes entrando na brincadeira, ela parou e tudo ficou normal. Era só mais um grupo de pessoas que eu estava no meio. - Pensativo, ele sorriu todo bobo.
Revirei os olhos ao ver o quanto o amigo, que até então eu achava inteligente, estava de quatro por uma garota irritante que ele nem conhecia direito.
Pelos céus, o que essa garota tinha para enfeitiçar as pessoas assim? Alê sempre foi um cara na dele, só saia se Tena e eu insistisse muito, e mesmo assim não ficava de papinho com ninguém. E agora vinha essa ruiva irritante, e do nada eles eram melhores amigos? Isso era estranho, para falar o mínimo.
E com Ben não era diferente. O garoto nunca foi de conversar com pessoas que não fizessem parte da família, aí da noite para o dia, ele estava me confrontando por causa dela? Certeza que tinha algo errado.
- A Nat é uma mulher maravilhosa. - Alê voltou a falar com aquele sorriso bobo na cara. - É totalmente diferente dessas que você pega. - Zombou. - Parece que só você não enxerga isso. Se enxergasse quem sabe não se tornavam amigos?
Dava para ver a decepção em seus olhos, e pra ser sincero, nem eu tinha certeza do porquê ela me irritava tanto. Geralmente só daria uma jogada de ombros para tudo isso, e pegaria a primeira garota que surgisse na minha frente. Mas por algum motivo, ela mexia comigo. Provoca reações que ninguém provocou antes. E eu não fazia a mínima ideia de como controlar meu próprio corpo perto dela.
- Ah, e outra coisa.
Alê chamou minha atenção novamente, e voltei o olhar em sua direção.
- Pensei que se lembrava. Na primeira vez que Nat brigou com você, ela disse que não estava nem aí para você, e acredito nela.
Sorriu com escárnio, mas dava para ver que fora sincero quanto ao que disse.
- Ela tem namorado? - Perguntei sem saber exatamente o porquê.
- Pelo que sei e Daniel disse, não. - Declarou dando de ombros. - Mas tem uma pessoa no celular dela, que se chama Dono do meu coração. Imagino que este seja o mais próximo disso, ou ela não daria esse nome a ele.
Ficou pensativo por alguns segundos, e esperei para ver onde isso ia dar.
- Nat costuma dar um apelido carinhoso para todos, nem sei como ela consegue saber quem é quem em sua agenda, mas essa era a conversa mais profunda...
- E como sabe disso? - Curioso, e por algum motivo nervoso, interrompi.
Pelos céus, o que estava acontecendo comigo? Por que isso era importante? Na verdade, isso pouco me importava, nem suportava aquela ruiva chata, irritante, arrogante, ousada, dos olhos penetrantes, bonita... Ok. Estava perdendo o foco.
- Nat pediu para ler e responder à mensagem uma vez.
Alê me tirou do meu breve devaneio, sem em momento algum entrar no assunto do que era a mensagem.
- Então não deve ser tão sério para ela deixar você ver a mensagem. - Contrapus com um sorriso convencido.
Mas por que parecia que estava comemorando mesmo?
- Já disse mano, Nat não é como essas garotas que você pega e nem mesmo é uma garota comum. - Afirmou mostrando estar cansado da nossa conversa. - Como Ben diz, ela é uma joia rara. E também é minha amiga, por isso não se importa que eu leia suas mensagens.
Revirei os olhos com tanta palhaçada sendo dita de uma vez só.
- Mas chega disso, não vou ajudar você e temos que trabalhar. Estou indo. - Disse, já se levantando para sair da sala.
Fiquei bufando de raiva, mas por algum motivo continuei pensando no que Alê falou.
Ele me ajudando ou não, a ruiva, e Tena por ter se juntado a ela, iam se surpreender e ficar com mais raiva do que a que estava passando. Porque minha lista de convidados foi criada especialmente para elas.
Passei o resto do dia trabalhando pesado. Só tinha parado para almoçar e comer minha secretária, me distraindo por alguns segundos dos vários papéis sobre minha mesa.
- Estou indo senhor, precisa de mais alguma coisa? - Cantarolou se insinuativa, com o decote mais amostra do que mais cedo.
A olhei por alguns segundos avaliando sua proposta, porém comer a mesma coisa no almoço e no jantar, não era algo agradável de se fazer.
- Boa noite.
Dispensei sem dizer muito, no entanto, ela já conhecia bem nossa dinâmica. Não repetia o mesmo prato nem mesmo duas vezes em um mês, quanto mais em uma semana?
E ela ainda tinha a sorte de trabalhar tão perto de mim, e muitas vezes precisar extravasar. Se não fosse isso, nunca mais teria ficado com ela. Figurinha repetida não era benéfico, só atrapalhava.
Dei um tempo para que ela saísse e eu não tivesse a dor de cabeça de mais uma vez ter que recusar seu pedido, e fui guardando minhas coisas lentamente sem pressa alguma. Com 5 minutos de diferença, sai da minha sala pegando o elevador particular logo em seguida, e desci pra garagem.
O estacionamento ainda estava cheio, os carros de Tena e Alê ainda estavam em suas vagas, mas não perderia meu tempo convidando-os para ir comigo. Alê basicamente nunca aceitava um de meus convites, e Tena era como uma irmã para mim, nunca lhe convidaria para ir a um clube de cavalheiros comigo.
Entrei no carro jogando minha pasta com alguns documentos da empresa no banco do carona, e sai apressado. Ainda não tinha escolhido o que teria para o jantar, contudo o clube oferecia um cardápio extenso de possibilidades.
O trânsito estava uma merda parecendo que conspirava contra mim, e só depois de mais de uma hora, cheguei onde desejava.
Entrei cumprimentando as mulheres que me receberam logo na entrada, com meu famoso meio sorriso de lado, obtendo um sorrisinho fácil das loiras que prontamente me responderam.
Contudo, obviamente não pegaria as primeiras que visse à minha frente. Entrei abandonando-as, seguindo para o bar no centro do lugar.
- Um uísque duplo.
Ainda era início da semana e não pretendia me embriagar, mas algumas doses da bebida amarronzada, só tornaria as coisas mais animadas.
Olhei ao redor virando o copo com a bebida que me foi oferecida. Para uma segunda, até que o ambiente estava bem cheio, mas não tão interessante quanto gostaria.
Pedi mais uma dose, e assim que minha bebida chegou, segui em direção a parte exclusiva do Clube.
Estendi o braço recebendo a máscara e a pulseira que me ofereceram, entrando sem me preocupar com possíveis boatos. Parte da exclusividade do local, era justamente o acordo vitalício de confidencialidade e responsabilidade que todos os frequentadores assinavam em sua primeira visita.
Logo na primeira área, era possível ver diversos casais se pegando sem qualquer incômodo com os demais que observavam e em alguns momentos até mesmo participavam.
- A procura de diversão, lindo?
Gêmeas idênticas me abordaram, e um sorriso malicioso cresceu em meus lábios quando inspecionei a mercadoria ofertada. Óbvio que não seria minha primeira vez nessa categoria.
- Hum... - Avaliei ao redor.
Eram duas, porém não poderia dizer que era beleza dobrada, no máximo se qualificavam no padrão. O único benefício era o padrão vir em dobro e sem limites para o que fosse proposto.
- O que acham de mais companhia?
Indiquei outras duas mulheres que pareciam irmãs, ao mesmo tempo que pegava uma das bebidas coloridas que eram ofericidas, virando o pequeno frasco de uma vez.
A bebida não tinha o mesmo efeito que outras que já tomei, contudo servia para o que era proposto e com as mesmas garantias. Ninguém estava drogado ao ponto de perder a autonomia sobre si mesmo. Era somente um estímulo a mais. Não que fosse necessário, claro.
- Seria ótimo, vamos buscá-las.
Não me surpreendi com a resposta em coro, já estava acostumado que fizessem tudo que queria. Por mais ridículo que fosse o que eu pedisse, elas ainda fariam apenas para garantir a foda comigo depois. Inclusive talvez fosse por isso que a língua afiada daquela ruiva atrevida me incomodasse tanto.
Observei as gêmeas conversando com a dupla a distância, e levantei o outro copo que estava em minha mão, como brinde em uma saudação silenciosa.
Mesmo um pouco distantes de onde estava, consegui ver que as recém convidadas sorriam aberto, concordando com a proposta.
Virei mais um copo da bebida colorida de uma vez, deixando o objeto na primeira bandeja que vi a minha frente, caminhando na direção da conquista da noite.
- Topa mais uma? - Uma negra de pele exuberante, se ofereceu com um sorriso safado, e logo julguei que não seria má ideia.
As gêmeas eram do estilo bem padrãozinho mesmo, cabelos castanhos, olhos castanhos, e pele clara. Nada de fato atrativo. As outras duas irmãs, o que ao recebê-las ao meu redor, consegui confirmar a semelhança, eram loiras dos olhos azuis, com a pele levemente bronzeada. Também não eram algo tão fora do padrão assim, mas a negra? Essa sim trazia uma diversidade maior para o meu recém-formado harém. Pernas longas e levemente torneadas, lábios carnudos, e um delicioso par de seios do tamanho ideal. Estava animado para testar mais uma vez, se as negras tinham o fogo que muitos falavam. Nas outras vezes certamente não me impressionei, e no quesito curvas, ela de fato era insuficiente.
- Nunca negaria.
Dei meu sorriso debochado e ao mesmo tempo malicioso, levando minha mão descaradamente para a bunda firme, no entanto decepcionante do diamante negro ao meu lado.
As cinco deram as típicas risadinhas de mulheres fáceis, e segui ditando as regras da noite sendo acompanhado por elas, para um dos quartos interativos do lugar.
Nunca me importei que pegassem a mesma mulher que eu, e desde que nossas espadas não se esbarrassem, qualquer um poderia colocar o instrumento nas janelinhas, que pouco me importava.
Não demorou nada para que todas se despissem e fizessem o mesmo com as roupas que eu vestia, deixando apenas as máscaras em nossos rostos. Os objetos não cobriam muito a identificação, mas era o suficiente para que não chamasse tanta atenção.
Deixei que fizéssemos jus a qualidade de harém, e que me adorassem do modo que desejavam. Quando me cansei das brincadeiras de esquenta, levei as coisas para um outro nível. Coloquei o primeiro preservativo da noite, e comecei a negra de costas para mim.
A vista não era nada demais, porém não poderia dizer que era uma das piores da noite. As outras quatro não eram tão abastadas assim. E as gêmeas, elas eram quase uma decepção total no quesito comissão traseira.
Fui me divertindo alternando entre elas, e em alguns momentos com mais de uma ao mesmo tempo, sempre trocando os preservativos. E quando tinha desfrutado de todas, dispus para dividir. Afinal, era uma boa pessoa.
Organizei cada uma - com exceção do diamante negro - onde e como eu desajava que elas ficassem, e logo os expectadores ali perto, compreenderam o que estava acontecendo e se posicionaram para participar.
Peguei a mulher pele chocolate que tinha sido a mais atrativa para mim essa noite, e enlacei suas pernas na minha cintura, continuando a diversão com um novo preservativo e lhe oferecendo por outra janela.
Todas tinham entrado nesse lugar sabendo o que acontecia. Cada um tinha sua pulseira exibindo o que estava disposto ou não a fazer, e certamente nenhuma era santa. A mulher agarrada a mim mesmo, poderia até ter perdido algumas lágrimas quando o Dream chegou de surpresa e se prontificou, mas agora gritava como uma louca pedindo por mais.
Não era a primeira vez que Dream e eu dividimos mulheres assim, e era sempre uma honra para elas. Não era com frequência que se conseguia pegar os dois primeiros na lista de mais cobiçados da cidade, quanto mais pegá-los de uma vez só.
Ela provavelmente não conseguiria se sentar amanhã, já que quanto mais ela gritava, mais nos tornamos frenéticos, e por não sermos comuns, isso realmente poderia ser desastroso para ela. Não que ela se importasse com qualquer coisa nesse momento. Não que qualquer uma se importasse, já que o lugar tinha virado só gritos e gemidos altos.
- Nossa... - As cinco pronunciaram um tempo depois, caindo sobre a enorme cama que tinha ali.
Depois de dividir a negra com o Dream, dividimos as outras quatro também. Cada uma em uma abertura, e uma posição diferente, mas todas com o vidro nos separando.
Peguei o celular para mandar uma mensagem importante, escureci as paredes de vidro também fechando automaticamente as janelinhas para dar privacidade, depois alcancei minhas roupas e os preservativos usados, seguindo para o banheiro disposto ali, assim que vi meus dois funcionários chegar. Era para eles que enviei a mensagem. Sempre após as minhas fodas, eles surgiam para fazer o seu trabalho.
A mulher que também era formada em enfermagem, ajudava as mulheres com a lavagem íntima com produtos específicos, que limpavam todo e qualquer resíduo biológico em seus canais, e depois as obrigava a tomar pílulas especiais para impedir qualquer possível gravidez.
O homem, também enfermeiro, estava ali apenas para dar suporte se sua colega precisasse.
Entrei no banheiro, e não demorou para que um dos meus funcionários trouxesse o que precisava. Descartei os preservativos na lixeira até então vazia, sabia exatamente quantos eram, e joguei uma quantidade que considerei suficiente, do líquido que segurava nas mãos. Depois segui para o box.
Me lavei sem pressa, tirando todo suar e as demais sujeiras que tinham ficado sobre minha pele. Quando considerei estar limpo o bastante para ir para casa, - não que me importasse com qualquer queixa que minha mãe fizesse - puxei a toalha, me sequei, depois me vesti com a mesma roupa que estava.
- Lindo! - A negra com a pele brilhando de suor, exclamou se despedindo com um sorriso safado, quando me viu caminhando para a porta do quarto que estávamos.
Olhei para as outras quatro mulheres, e as duas irmãs de idades distintas, exibiam o mesmo sorrisinho safado, acenando um tchauzinho. No entanto, as gêmeas, essas não pareciam estar muito satisfeitas com essa última ocorrência. O que não liguei a mínima, não tinha enganado ninguém.
- Dê convites para as três. - Ordenei para meu funcionário antes de sair, satisfeito por ter mais três mulheres para minha festa no fim de semana.
Seguiria assim, pelos demais dias que antecipam a festa, entregando convites como esse e desfrutando do melhor cardápio que Nova York puder prover.
Essas mulheres não eram qualquer uma, e por estarem nessa área exclusiva, tinha convicção que eram da alta classe. Exatamente o tipo de pessoa que procurava para minha festa. Mulheres nada parecidas com aquela aspirante a artista, que não sabe se comportar diante de pessoas superiores a ela.
Mas o que era dela, estava guardado. E com meu novo repertório de amigas, duvidava que ela e Atena conseguissem ficar por pelo menos uma hora na festa.
Nota do Autor
E para quem já detestava o Loiro babaca, acredito que agora o detestem mais ainda 🤭..
Será que esse aí tem solução? O que será que vai acontecer nessa festa em? Será que Nat vai ganhar essa aposta?
Quero saber tudo que estão sentindo pelo palhaço de plantão.. Então por favor não se esqueçam de votar 🌟 e comentar.. Beijinhos 😘..
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