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Capítulo 3: A fada e o vampiro.



Saber que estamos descobrindo coisas novas é maravilhoso. Ainda mais quando estamos amando alguém muito especial. Olga é a mulher mais incrível que tive qualquer tipo de relacionamento. Posso dizer que as minhas conquistas amorosas são pequenas comparadas a esta. Admiro a sua inteligência, sua visão romântica, suas habilidades. Em resumo, pareço um babaca.

Não gosto de estar apaixonado, mas estas coisas acontecem. Normalmente, sou uma pessoa de razão, por este motivo creio que esteja sendo um pouco duro comigo mesmo. Afinal, estou acostumado com as mulheres estarem apaixonadas por mim e não o contrario.

Depois que acertamos os nossos sentimentos, as soluções saíram com mais facilidade. O nosso projeto está num desenvolvimento fora do comum. Em poucos dias, o primeiro modelo de teste saiu da prancheta para a realidade. A esfera de Mendes, o nome de minha invenção, realizou o seu primeiro voo às 14h35minh do dia 28 de abril deste corrente ano. Sem nenhuma modéstia, foi o primeiro engenho humano a ser totalmente controlado pela mente. Sem interferência de músculos ou impulsos bio-elétricos. Foi à glória!

A minha namorada, ou se posso chama-la assim, começou a elaborar um esquema de produzir as esferas em grande escala. Claro que fiquei receoso, mas depois de explicar o porquê os meus medos se desapareceram. A idéia era simplesmente genial.

A bendita produção em escala se resumia a mais 19 esferas. Foi difícil produzir tantas, mas com a repetição pudemos aprender e descobrir novas soluções para o aprimoramento dessa nova tecnologia.

Depois de dois meses de erros e acertos, tivemos a honra de testar todas as esferas num jogo criado especificamente para elas. O Mentabol. (Querido leitor, sei que o nome é forçado, mas é para uma boa causa. Afinal, somos jovens e gostamos de brincar com os nossos inventos, não é?) Além do mais, um jogo é uma ótima forma de testar capacidade do aparelho e medir as suas limitações.

O jogo consiste de dez esferas para cada um dos participantes. O objetivo é atingir o corpo do adversário com as esferas. Um toque, não um golpe! (É muito importante esta regra.) Os golpes são punidos em perdas de pontos e toques em ganhos. Vence quem tocar dez vezes, com as esferas, é claro, no corpo do adversário.

A regra geral é essa, mas há muitas variantes. Como exemplo, a posição dos jogadores pode ser fixa ou livre. Pode usar as esferas como escudo ou ataque. Não importa. Fica acertado com os jogadores como será a disputa. Porém, dez toques no corpo do adversário é vitória.

Bem... Não é preciso dizer como a minha namorada ficou excitada com a idéia.

Levando em conta que os impulsos cerebrais são melhor sentidos pelas mãos. (Por experiência própria.) Descobrimos que as ondas cerebrais são muito mais ativas quando usamos as mãos para coordenar à formação aéreo-espacial das esferas. Usamos luvas transmissoras das ondas cerebrais para realizar uma maior interação entre jogador e as esferas. (E esteticamente fica muito legal!)

Depois dessa explicação cientifica, vamos logo a que interessa. Vamos jogar!

A ruiva decidiu que o jogo iria se realizar meio da floresta. Óbvio, longe dos olhares dos curiosos. Pintamos as esferas, ela de vermelho e eu de azul. (A cor é transparente e metálica. Muito bonito e dá um visual futurista.) As luvas são grandes, cobrem quase todo o antebraço. Ela ficou as pretas e eu com as brancas.

A minha namorada estava vestida de uma camisa de manga aberta e quadriculada, como um casaco, uma camiseta rosa que a apertava contra o corpo e deixando a bela forma de seus pequenos seios. Uma calça jeans apertada, que diz, dá maior liberdade de movimentos. Os seus cabelos estavam presos em um penteado rabo-de-cavalo, deixando duas mechas longas por cima das orelhas e uma franjinha provocadora sobre a testa. Em suma, está vestida para matar!

- Faço qualquer coisa para vencer esta partida, Rodrigo! - grita a ruiva.

- Está vendo aquele placar? Vai aparecer o número dez em azul, querida! - respondi a altura.

- Veremos! Pronto? - e fez a pose ridícula de super-herói japonês.

- Pronto! - cruzei os meus braços e com punhos fechados próximos aos meus olhos.

- Computador! Três segundos! - grita.

O aparelho dá uma resposta afirmativa e começa a contagem regressiva. E no final do tempo, começa a batalha.

A ruiva reúne as esferas em um circulo na frente dela. Eu já faço uma serpente de bolas próximas a mim. Nesse momento, a ruiva me ataca com cinco esferas, numa velocidade extraordinária contra o meu corpo, mal tive tempo de desviar, mas, por sorte, nenhuma esfera me tocou. Ao mesmo tempo, a ataquei com três esferas indo direto no centro do circulo, é lógico que ela fez um bloqueio com as restantes. Mas para o azar dela, duas esferas, minhas, é claro, estavam fora de sua área de visão e a atacaram por trás dando para mim dois pontos. Não é preciso dizer que aprendi um palavrão em finlandês.

A sua irritação me traz uma alegria momentânea, pois, por causa de sua habilidade atlética, além de não conseguir atingi-la, a ruiva teve seus merecidos quatro pontos. Agora ela está na frente. O jogo começa a ficar emocionante, quando todas as esferas perdem o controle e partem em uma direção determinada e desconhecida.

Nós buscamos descobrir a origem e o motivo do defeito, mas para a nossa surpresa as esferas foram facilmente encontradas. Estavam no chão formando um circulo envolta de uma mulher desconhecida. Olhamos com assombro que as roupas da mulher estavam parcialmente queimadas, mas a mesma não estava ferida. Todo o local estava em chamas. É inacreditável que a estranha não tenha se ferido.

Tentamos, em vão, ativar as esferas, mas estavam inertes. Só aí, resolvemos ajudar a desconhecida a recobrar a consciência. A mulher começa a voltar aos mundos dos vivos em poucos segundos e revelando uns imensos olhos azuis.

- O que aconteceu? - pergunta a mulher.

- É isso que queremos saber. - responde a minha assistente.

A mulher deveria ter uns vinte e cinco anos, cabelos negros e compridos, pelo que sobrou das roupas parece que usava calça jeans e camiseta florida, para o meu azar os rasgos não revelam nenhuma parte comprometedora. Afinal, a mulher é uma tremenda gata!

- Que coisas metálicas são essas? - diz ela apontando para as esferas.

A finlandesa faz uma cara de desdém e responde:

- Um brinquedo. Não acha que deveria ir a um hospital? Parece que você foi atingida por um raio...

A mulher dá um tremor como num susto, mas ela se levanta com desenvoltura revelando que é alta.

- Agora me lembro... Essas bolas de tênis metálicas me atacaram. Vocês foram os responsáveis dessas coisas? Que brincadeira estúpida! Quase morri, sabia?

Fiquei assustado, pois desconhecia os feitos colaterais das esferas. A ruiva mantém a sua frieza e responde:

- Estávamos testando o nosso brinquedo. Mas gostaríamos de saber o que está fazendo aqui, já que é uma área particular?

A ela hesita.

- Bem... E que...

Uma voz masculina interrompe a explicação da mulher.

- Somos biólogos! Estamos estudando um tipo de animal que vive neste local.

Sinceramente, assustei-me com o cara. Ele surgiu do nada.

- Tem autorização? - pergunta Olga com sua frieza, mas tão surpresa quanto eu.

- Não sabíamos que era uma área particular. Desculpe. - responde.

Só aí que comecei a reparar no cara. Ele parece um lorde. É loiro, alto, olhos claros, mas a sombra da floresta impede uma melhor identificação. As roupas apontam que é a de um executivo desempregado, porque estão em desalinho, porém o sobretudo pesado de vários bolsos indica que é de um estilo próprio. O fiquei surpreso na figura, não era as sua forma de vestir-se, mas sim, o pesado crucifixo pendurado na frente de sua gravata.

- Bela cruz essa aí... - comentei.

- É de família. - responde um pouco irritado. Gostaria de saber se podemos ir? Afinal, não queremos violar nenhuma lei.

- Calma, Luiz... - diz a mulher. São apenas crianças. Desculpe, nós vamos embora agora. - e corre em direção do homem.

O meus instintos me dizem algo a respeito destes dois. A minha famosa curiosidade cientifica não deixa desprezar qualquer tipo percepção "extrasensorial".

- Acho que estão viajando muito e a bastante tempo. Por que não se hospedam em nosso hotel? A minha mãe é dona dela e podemos cuidar de vocês.

O loiro me olha com curiosidade e desconfiança.

- Sua mãe não te ensinou que não deve falar com estranhos ou oferecer abrigo a eles?

- Claro, mas considere que é um pedido de desculpas pelo fato que o nosso "brinquedo" provocou em sua amiga. Vejo que está cansada por causa sua pesquisa. Por que não aceitar um convite de um bom chuveiro?

A mulher o olha como numa suplica.

- Tem TV a cabo? - pergunta o homem.

Os pássaros voam no céu azul daquela manha de Domingo e dois casais caminham sobre a grama que parecia um tapete, com um Sol maravilhoso em cima de nossas cabeças. Eu e Olga caminhamos lado a lado e nos seguindo o estranho casal. Reparei que o homem encobriu a mulher com seu sobretudo e revelando que camisa de manga comprida é amarela, com luvas de corrida bege.

- Rodrigo, por que os convidou? Eles me dão arrepios.

- Claro! - respondi. A mulher tem uma corrente eletrostática muito maior que uma pessoa normal. Lógico que foi ela que causou o acidente das esferas.

- Como e que é?! - indaga Olga.

- Isso mesmo. - e mostrei um pedaço de vidro. Sabe o que é isto?

- Vidro! E daí?

- Sabe aonde encontrei?

- Não me diga que foi debaixo dela?!

- Exato! Sabe o que significa?

- Isso é impossível! Ela teria que provocar uma descarga elétrica de milhares de Volts para provocar este fenômeno. Além do mais, nós teríamos visto o brilho no meio da floresta...

- Uma descarga elétrica só é visível quando há meios para isso. A mulher estava aterrada. A corrente passou por ela. - disse a minha assistente.

- Como ela não morreu e como há energia suficiente para provoca-lo, se não há meio para isso? Afinal, o céu está lindo e com nenhuma nuvem. Por acaso, passa algum cabo subterrâneo?

- Tenho certeza que não. O sistema de transporte elétrico neste país e através de cabos externos. E garanto que não há nenhum próximo à floresta.

- Você está querendo dizer que ela que provocou a descarga elétrica?! - exclama quase falando alto e que a censurei em seguida.

- Por isso que quero estuda-la. Isto é, se for humana...

- O que?! - exclama. Eu não acredito! Você anda vendo muito aqueles seriados esquisitos...

- Eu sou um racionalista e empirista. "Se uma explicação comprovada não é aplicada, a lógica é a mais plausível." Descartes. Não sou cego em minhas crenças e muito menos em minhas convicções. Acho que só porque não temos como provar algo isso não quer dizer que não exista.

- Se ela for o que está pensando, o que vai fazer?

- Estuda-la. Se não conseguir sozinho, peço ajuda à Alexandra...

- Quem é essa tal de Alexandra? - pergunta com uma ponta de ciúme.

- Uma colega. Foi ela que me indicou à Piston.

- Não! - exclama Olga. Não os procure, é o mesmo que entregar para aquela loira.

- Você não gosta dela mesmo...

- Entregar a pobrezinha a cientistas e médicos?! Que tal nós mesmos fazermos isso? Afinal, quem, além de nós, poderá estuda-la?

E nós dois olhamos, ao mesmo tempo, o abraçado casal que nos seguia. O loiro nos olha com seriedade, mas a mulher nos dá um sorriso.

Depois de uns minutos, fui conversar com o casal para perguntar o óbvio:

- Oi. - saúdo. Qual é o seu nome? - pergunto a mulher.

- Por que quer saber? - pergunta o homem com hostilidade.

- Bem... Em primeiro lugar, se quero abriga-los em meu hotel, tenho, pelo menos, saber os seus nomes. É lógico que a minha mãe vai quer saber aonde conheço vocês e como disse não é muito sensato abrigar estranhos...

- O meu nome é Claudia. - diz a garota.

- O meu é Luiz. - responde o homem.

- O meu nome é Rodrigo. - digo a eles. Aquela ruiva se chama Olga.

A mulher acena para a finlandesa que a olha com seriedade.

- Ela é séria. - comenta a mulher.

- Ela é um amor depois que se conhece. - respondo.

- Você também é. - diz Claudia. Não tem o idéia pelo o que passamos...

O homem a censura. Já tinha notado que ele a protege com uma preocupação típica de um pai para uma filha, ou algo mais...

Ao chegar ao hotel, pedimos que ao casal que aguardassem no hall e Olga ficou com o casal. Rapidamente, expliquei o caso a minha mãe que, desconfiada, deixou que abrigasse o casal, mas, se alguma coisa acontecesse que chame a polícia. Quando voltei, o casal e Olga estavam conversando animadamente. Foi um choque! Afinal, a finlandesa não é uma das pessoas mais sociáveis. Além do mais, até o loiro estava sorrindo.

- Rodrigo! - exclama a ruiva. Sabia que este homem é um descendente da família imperial de seu país?

- É mesmo? - indaguei.

- Não é no seu país que tem um monarca e uma rainha brasileira? - pergunta a mulher à Olga.

- Não. É na Suécia. Eu sou da Finlândia. Fomos joguetes dos Suecos e dos Russos por mais de trezentos anos.

- Só uma curiosidade, Sr. Luiz? - peguei o meu caderno e uma caneta. Qual é o seu nome todo?

- Entendo a sua desconfiança. Anote. Luiz de Alcântara João Paulo Batista Francisco Xavier Brasileiro Leopoldo Salvador Bibiano de Paula Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança. Quer ver a minha identidade? - e mostra.

Fiquei chocado. Era exatamente o nome que disse. Sem gaguejar.

- Veio visitar os seus parentes aqui em Petropólis?

- Mais ou menos. Vim falar com o meu tio. Era o único que gostava de mim.

- Todos aqui em Petropólis conhecem a família imperial...

- Mas não por sua popularidade. - comenta o homem. Isso não vem ao caso e sua mãe, aceitou?

- Se não causar problemas... Tudo bem. - digo.

- Ótimo! Vou buscar as nossas coisas. Fique aqui, meu amor. - diz ele à mulher. Está segura agora.

- Sei que estou. Eu sabia que eles são legais, devia confiar em meus instintos.

Ele a beija. Era um ósculo rápido, mas apaixonado.

- Agora sei. - e diz a mim. Muito obrigado, Rodrigo! - e sai.

A garota abraça o sobretudo contra o seu corpo e dá gemido apaixonado.

- Gosta dele, não é? - pergunta Olga.

- Sinto-me segura com ele.

Observo um olhar de cumplicidade entre as duas. Fico muito mais cismado.

Dias depois, em nosso laboratório, noto que a minha assistente está muito mais cooperativa e sem qualquer tipo de iniciativa. Irritado, pergunto:

- O que está acontecendo?

- Como assim? - indaga a garota.

- Está agindo como uma serviçal e não como a minha assistente. Será que esqueceu o verdadeiro sentido da palavra assistente? É minha auxiliar e não escrava.

- Desculpe...

Fiquei estarrecido.

- Está doente. Só pode ser... Ou... - corri até a minha biblioteca.

Em seguida, tinha pegado uma bola de cristal e uma lanterna e retornei ao meu laboratório. Fixei a lanterna acesa e coloquei a esfera de cristal numa engenhoca que a fazia rodar ao lado da ruiva provocando um espetáculo de Luzes hipnóticas. E a obriguei a olhar fixamente para mim. Qual não é a minha surpresa que a ruiva insistia em olhar fixamente na bola de cristal. Isso tirou as minhas duvidas, com certeza ela foi hipnotizada, mas a questão é como?

A aplicação do magnetismo animal requer tempo. Mesmo uma pessoa de fácil sugestão pode demorar semanas ou meses para apresentar este nível de estado hipnótico e nunca em poucos minutos. É impressionante.

A questão era como vou tira-la desse estado? Sou um inventor e não psicólogo. Está certo que estudei a matéria, mas daí tirar alguém de um estado hipnótico é um pouco complicado. Porém, a necessidade é mãe da invenção. Gosto de desafios e esse não vão ser diferente.

Em poucos minutos, estava em minha imensa biblioteca imerso em meus livros e buscando uma maneira de liberta-la dessa letargia. E descobri...

Logo, usando as técnicas descritas em vários livros especializados no assunto, consegui liberta-la dessa situação incomoda e tentadora. (Afinal, quem não gostaria de fazer determinadas "coisas" com certas pessoas?) Curioso foi à reação da ruiva depois do ocorrido.

- Estava servindo café e ainda te chamei de senhor?! - diz indignada. Deve ser um delírio! Uma fantasia de sua mente pervertida, só pode ser...

- Tenho provas. - afirmei. Tenho câmeras de vídeo que instalei em todo o hotel e mostram tudo que você fez.

De súbito, Olga fica estarrecida.

- Você tem o que no hotel?!

Nesse momento, percebi o meu equivoco, mas era tarde.

- Bem... É para segurança, sabe como é...

- Isso é crime, Rodrigo! Ficar bisbilhotando a vida dos outros, é doente! - disse com nojo.

- Olha, nós não estamos na Finlândia. Aqui as coisas são um pouco diferentes...

- Não quero saber! Isso é errado, mas...

Um olhar malicioso denuncia a sua verdadeira intenção.

- ...será que podemos dar uma olhada naquele estranho casal? Sabe como é...

- Mulheres...

- O que tem?! O desgraçado do loiro me hipnotizou. Por que não dar o troco?

- Bem, faça a sua vontade.

A levei até a câmara secreta dos monitores onde observo os hospedes suspeitos. Não foi preciso dizer que Olga ficou surpresa e espantada.

- Puxa... Parece coisa daquele filme... Qual é mesmo? Esquece. Parece que nem todos os monitores estão ligados.

- Questão de economia. - respondi. Um sistema desses é caro. Só são ativados quando há pessoas nos quartos.

- Cadê eles?! - pergunta Olga ansiosa.

- Deixe-me ver... Quarto 403... Monitor 403... Aquele a sua direita, o terceiro de cima para baixo.

- Achei! - pausa de alguns segundos e... Que gracinha. Pijama de bichinhos.

- Se quiser, compro um para você?

- Vai pentear macacos! Que mulher cafona! Ei! Nessa joça tem sistema de áudio?

Respondi que sim. E aumentei o volume. A ruiva ficou atenta. No meu intimo, fiquei um tanto resignado, por mais que conheço as mulheres menos as entendo. De repente, Olga chama a minha atenção.

- Rodrigo, escute... Não é a voz do loiro?

Concordei, pois era a voz dele.

- Onde está? Eu não o vejo.

- Pode estar no banheiro. - respondi.

- Não parece. A impressão que dá e que ela está conversando em sua frente. Estranho, não é?

- E daí?! Deve ser só impressão.

Um silêncio domina o local. Somente as vozes do casal dominam o ambiente. Quando comecei a prestar atenção, notei que realmente Olga não estava de toda errada. Havia algo bizarro. A surpresa, ou choque, foi quando o lençol levantou-se sozinho e encobrindo alguém que era invisível para as câmeras. Abraçou a garota e...

- Rodrigo, diga-me se é o mesmo o que estou vendo? - pergunta Olga.

- Só se for alucinação coletiva ou...

Olhamos um para o outro.

Entramos no quarto do casal, é claro, sem a presença deles, procuramos alguma coisa a respeito deles, alguma pista. Depois de uma procura incessante, nada encontramos. Só documentos, roupas, objetos pessoais, etc. A ruiva estava apreensiva e nervosa por invadir um quarto, mas estávamos decididos em descobrir o que são eles.

- Rodrigo, acho que devemos ir embora. Não tem nada o que mostre quem são eles.

- Droga! Eu tinha tanta certeza que teria alguma coisa. Bem... Acho que devemos examina-los pessoalmente.

- O que?! Está louco! Nós não sabemos o que eles são capazes de fazer. Acho que devemos investigar mais.

- Por que não conversa com eles? Seria muito mais educado. - diz uma voz que ecoa no quarto.

A dupla gela até a alma. Tentam localizar a origem daquela voz, mas é em vão. Porém, uma névoa branca os envolve e se condensa diante deles. Os jovens tremem diante do que estão vendo. A névoa se forma em uma coluna e, em seguida, se faz em uma aparência humana.

- Que coisa feia... Invadir a privacidade de seus hospedes, Sr. Rodrigo. - diz a névoa que se torna o loiro que investigavam.

- Que diabo é você? - pergunta Olga.

Com um sorriso sinistro, o homem diz:

- Depende do que acharem depois que descobrem a verdade.

- Que verdade? - pergunto.

- Esta! - e ele mostra os seus imensos caninos.

Eu estava vendo, mas não acreditava o que os meus olhos viam.

Fim do capitulo três.


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