Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XXXII - Esperança

Um dia a casa acordou com os gritos de Lorena. Estava com muita dor e oscilação cardíaca e, por isso, foi levada por Nícolas e Merko ao hospital de Oncologia em Los Angeles. Os médicos usaram os sistemas de diagnósticos mais modernos e concluíram que Lorena já não tinha mais possibilidade de cura. Agora só um milagre poderia salvá-la.

Merko, num ato desesperado, pegou Lorena em seus braços e se teletransportou para a Star Hunter, a mulher ainda dopada com os medicamentos usados no exame. Caminhou com ela no colo até a ponte da sala de comando e pediu a Z8:

— Salve Lorena com todo o conhecimento que você tem. Deve haver algo que possa fazer. Esta é uma ordem direta de seu comandante!

Mas nem a tecnologia do planeta Vida tinha uma pronta solução para ajudá-la. E se manteve em silêncio, enquanto o capitão ajoelhava-se com a sua mulher nos braços...

Às vezes, nem toda a tecnologia do universo pode salvar uma vida.

Merko voltou para casa, decepcionado, com Lorena em seus braços. Conformado, se decidira a ficar do lado da esposa amada até o último suspiro.

Aquele clima de tristeza afetava a todos, inclusive a Helen. Sozinha, sentada no balanço, dando um impulso, cada vez maior, ela pensava que havia perdido a sua mãe, e logo sua avó também a abandonaria.

Nessa tentativa de se esquecer de tudo, a menina perdeu o equilíbrio e caiu, cortando o braço em uma pedra pontiaguda que estava no chão. Diante do sangue, ela começou a gritar, achando que morreria também. Nícolas e Sophia correram para ajudá-la e viram que ela tinha uma grande ferida no braço direito, daquelas que tem de dar pontos para fechar.

Merko estava chegando para vê-los na hora do acontecido. Ele se dava pequenas folgas durante o dia, em que saía do lado da cama de Lorena, disposto a ver que ainda existia vida no mundo, na figura de sua neta.

— Ai, ai... Meu braço... Como dói! — Gritava a pequena, entre lágrimas.

Mas, algo inusitado aconteceu, que eles nunca mais esqueceriam. De repente, as bordas da ferida se uniram e, como se fosse um milagre, a lesão começou a cicatrizar, instantaneamente. Todos se olharam, espantados, e Merko se lembrou do poder das células de Nícolas. Todos olhavam aquilo maravilhados, menos Sophia, é claro, que quase desmaiou ao ver o processo de regeneração.

Afinal de contas, ela não sabia que estava vivendo entre seres extraterrestres e híbridos com poderes surpreendentes.

Merko e Nícolas deram um jeito: a convenceram a não contar nada a ninguém, para não causar problemas à Helen. Disseram que ela tinha um sangue com propriedades de defesa fantásticas, e solicitaram que ela guardasse em segredo essa mutação para não chamar a atenção dos cientistas, que tentariam estudá-la. A jovem acatou, apesar de não saber lidar muito bem com o fato.

Drako, ao saber daquelas novas informações, teve uma ideia. Convocou todos à nave e pediu para fazer alguns exames no sangue de Helen.

— Por quê? O que houve? — A menina estava curiosa ao ser levada para aquela nave mais uma vez.

— Ele está achando que você tem o sangue ainda mais poderoso que o do seu pai. Se isso for verdade, você pode ajudar a curar a vovó — retrucou Merko, esperançoso.

Havia visto todas as hipóteses com Drako antes de dar esperanças tão grandes a todos, inclusive à neta.

— Achamos que as defesas que existem no seu sangue podem ser alteradas geneticamente. Neste momento, o doutor Sitak, especialista deles na área, se prontificou a falar. — Nícolas tem os linfócitos N altamente diferenciados e já provou isso curando a princesa Isadora. Só que essas células jamais conseguiriam regredir um tumor maligno com este grau de comprometimento. Quanto à Helen, talvez o fato de ter uma característica híbrida mais forte permitiu que adquirisse células de defesa com o poder magnífico da regeneração. Se conseguirmos separar o gene que controla esta característica e replicá-lo, poderemos implantá-lo na sua avó, revertendo o estado da doença.

Nícolas, Merko e Helen sorriram deslumbrados com a possibilidade de salvar Lorena. A menina acompanhou o médico, junto com o pai, para o exame. Com a amostra coletada, em algumas horas, modificaram o sangue, com aparente sucesso. Foram à casa de Merko e, enquanto Lorena dormia, injetaram o remédio em sua corrente sanguínea. Agora restava esperar.

Por horas nada parecia surtir efeito, o que entristeceu a todos os envolvidos. Um a um, todos foram deixando o quarto, desanimados, pensando terem perdido ali o último recurso. Mas, Merko não desistiu e permaneceu ao lado dela. Dormiu sentado até ouvir um sussurro, chamando-o.

— Que bom acordar e vê-lo aqui perto de mim — era Lorena, segurando a mão dele. — Tive um sonho estranho, de que estava morrendo...

Os olhos de Merko se encheram d'água, tentando segurar a vontade de rir, cheio de felicidade.

— Como você está, meu amor?

— Estou ótima! Porque você está chorando?

— Nada não, amor. Foi só um pesadelo que passou...

Após ficar com ela até que adormecesse novamente, um sono melhor desta vez, sem dor ou febre, Merko desceu as escadas, e foi comemorar com todos.

— Ela está bem.... Acho que está curada! Por favor, doutor Sitak, examine-a para nos dar a sua opinião.

A felicidade abraçou a todos naquele instante, mas ainda restavam coisas boas a viver.

Só uma pessoa ainda não se sentia plenamente feliz: Nícolas. Dia após dia, ele sofria com a morte de Zara. Pensara até em voltar com a nave ao passado e resgatá-la, como fizeram em outras ocasiões, mas não ia colocar todos os seus amigos e familiares em uma ideia insensata. Além disso, tinha de cuidar de sua filha. E caso morresse ou falhasse na missão, quais seriam as chances de perdê-la?

Todos os dias ele passeava pela trilha onde tudo começara; ali havia conhecido a mulher de sua vida. Parava perto da cabana na qual haviam se beijado pela primeira vez e relembrava cada instante, como se ela estivesse viva e presente. Muitas vezes, parecia ouvir a voz de Zara, dizendo que estava bem, pedindo que criasse a filha deles com todo aquele amor que ainda sentia por ela.

Até que, em uma das ocasiões, a dor estava grande, insuportável. Sentou-se em uma pedra no caminho e chorou, lágrimas por tudo que perdera. Gritou, deu vazão a agonia para que ela pudesse ir embora e ele seguir o seu caminho. Até que um vulto parou à sua frente.

Alguém que deixou Nícolas atônito...

O impossível acontecera.

— Zara. Não acredito.... Não pode ser você!

Ele ficou surpreso e levantou-se. Tocou a face dela, que lhe sorria. Viu então que Zara estava realmente ali. Viva, real. Linda.

— Mas como...?

Ela o beijou e ambos choraram. Abraçaram-se, emocionados.

Drako surgiu, de repente, perto deles, sorrindo e partilhando daquela felicidade.

— Pode me contar como isso é possível? — Nícolas perguntou.

Zara nada disse. Foi Drako quem começou a contar o que havia acontecido.

— Quando nós viemos à Terra na primeira viagem para buscar você, criamos uma androide para levar conosco na missão, com o mesmo perfil de Zara. Foi ela quem fez as primeiras incursões pela Terra, para captar os costumes da sua época. A doutora controlaria a sua replicante na segurança de nossa nave, a Science, sem envolver-se. Mas, quando Zara o viu pelos nossos arquivos, algo em você a tocou. Por isso, ela resolveu vir pessoalmente à Terra e o resto da história você já conhece... A androide, então, ficou em estado de hibernação na Science, até segunda ordem.

O que você não sabe é que antes de irem para a missão de salvamento de Helen e Lorena, no Triângulo das Bermudas, fiz alguns exames de rotina em Zara na nave...

— Lembro que ela não estava bem e a levaram por um tempo, certo?

— Isso. Nessa ocasião, descobrimos que ela estava grávida. Ela não podia correr riscos, pois não sabia como essa segunda gestação iria afetá-la. Por isso, programei a androide com a memória e consciência de Zara e a substituiu para enfrentar os seus inimigos. Colocamos uma substância sedativa e ela adormeceu, com muita relutância, pois ela queria ajudá-lo de qualquer jeito. Pretendia ver Helen e salvá-la. Mas, aí o clone foi morto e seu corpo jogado ao mar.

— E por que não nos contaram a verdade?

— Porque eles tentaram me tirar do sono induzido, mas não conseguiram — Zara disse, finalmente. — Meu corpo entrou em uma espécie de coma, para que eu não passasse por todos os distúrbios emocionais que estavam me assolando durante a gestação, principalmente o que acontecia com Helen. Assim, fiquei em êxtase para não perder a criança que carregava em meu ventre. Como poderiam lhe contar algo? E se eu nunca mais acordasse?

Nícolas apertou Zara em seus braços e começou a sorrir. Tíbor surgiu ao lado de Zara, trazendo o pequeno bebê, mais um fruto daquele amor capaz de ultrapassar o tempo e o espaço.

— Eu amo você, Zara. E o nosso filho... — Ele mal podia se conter de felicidade.

— Eu também amo você, Nick!

Se abraçaram e os lábios se encontraram, num longo e intenso beijo de amor. Logo depois, Nícolas pegou o pequeno bebê nos braços e sorriu, feliz. Sabia que a sua história estava prestes a recomeçar.

Tíbor e Drako pigarrearam e se afastaram devagar. Sentiram que o momento pertencia ao casal apaixonado e o par agora precisava recuperar o tempo perdido. Assim foram embora tão silenciosamente quanto haviam chegado.

Agora sim a vida voltaria ao normal. Finalmente.

Deixe agora a família quieta por um instante, para que tenham os seus próprios momentos de paz e felicidade. Permita que Zara reveja a sua família e diga — ou invente as explicações necessárias, dependendo da necessidade. Permita que eles vivam a humanidade que lhes foi negada até agora, já que não existe mais nenhuma sombra ameaçadora sobre eles.

Chegou a hora de a Science partir. Merko, Zara e Nícolas abraçaram mais uma vez Tíbor, Crom, Sivoc e Drako. Todos ficaram emocionados, divididos entre partir e ficar pelos laços que os uniam.

— Quando precisarem de nós, saibam que vocês têm amigos de verdade prontos para ajudá-los, seja no que for — Drako sorriu ao comentar.

Merko assentiu. Enquanto Zara e Nícolas trocavam as últimas brincadeiras com os outros.

— Agora precisamos ir embora. Nossas famílias nos esperam. A viagem será longa e acho que agora podemos retomar a rotina — Sivoc tentava espantar a tristeza.

— Eu não sei o que dizer. Vocês são as melhores pessoas que conheci em toda a minha vida. Obrigado, meus amigos! — Nícolas se despediu, antes de se teletransportarem para fora da nave.

Assim se viram pela última vez, em um clima de efusiva festa, antes de a nave levantar voo rumo ao planeta Vida. Lá eles foram recebidos com uma grande festa pela rainha Isadora, que estava feliz com o fim das ameaças. Todos os membros da equipe foram tratados como heróis que realmente eram. E viveriam felizes, até que uma nova ameaça tentasse atacar o reino.

Mas isso já seria outra história. O que se pode dizer é que acreditem... Se algum dia olharem as estrelas e perceberem um brilho diferente, algo novo riscando os céus, não se assustem e sussurrem uma "boa viagem". Quem sabe não seja Merko e os seus embarcando em uma nova aventura...

FIM

_______________________________

https://youtu.be/zyd_2zNdaZ4


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro