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XV - O Retorno de Merko

      Os dois homens, pai e filho, se dirigiram à porta da casa e logo encontraram Zara e Helen na varanda. A cientista estava sentada com a postura relaxada, mas acordada à espera de notícias, com uma xícara de chá quente entre as mãos. A pequena Helen tinha adormecido no colo da mãe. Nícolas, ao avistá-la, foi logo dizendo:

— Querida, me desculpe o alvoroço, mas precisamos conversar...

— Já estava ficando nervosa, vocês demoraram... Houve algum problema?

Nícolas fitou Zara nos olhos e assentiu, beijando-a em seguida. Merko cumprimentou a nora e, com um ar de preocupação, sentou-se. Olhou para o céu fitando as estrelas, enquanto imaginava que em breve teria que adentrar mais uma vez a imensidão do espaço. Sabia que a missão seria difícil e poderia não mais ver a sua família, se as coisas não dessem certo. Mas nunca conseguiria ver o seu povo nas mãos daquele louco.

Nícolas levou Helen para o quarto dela e quando voltou, e Zara, ansiosa, estava à espera das novidades, que não pareciam boas:

— Nick, o que aconteceu nessa ida à nave que deixou vocês tão preocupados?

— Zara, o rei Zador faleceu. O conselheiro Mirov fugiu e tomou conta do reino. Ele se nomeou o novo rei do planeta Vida.

Zara precisou se agarrar ao banco para não cair, incrédula.

— Mas como assim?! E quanto à princesa Isadora?

— Ela está presa, assim como o conselheiro Kenan. Merko não quer deixar isso barato.

Zara olhou para Merko.

— Estou me preparando para viajar ao planeta Vida — ele adiantou. — Mirov domina a guarda real e criou um exército de robôs letais para controlar a população.

— E eu vou com Merko — disse Nícolas.

— Esta missão não é para você, Nick. Parece-me muito perigosa! Por favor, fique e cuide de nossa filha. Eu irei com Merko.

— Nem pensar! Imagina se eu deixaria você ir sem mim. Minha mãe pode cuidar de Helen, enquanto libertamos a princesa. Vai ser a minha segunda oportunidade de salvá-la. Além disso, fui treinado por Tibor e Merko e sei muito bem me defender.

— Pediremos a Sophia para que também ajude a cuidar de Helen — disse Merko, tentando acalmar Zara.

— Querida, talvez esta seja uma missão suicida. Drako disse que os robôs são poderosas máquinas de Guerra, fazendo com que todos temam Mirov. Por que você não fica com a nossa filha? Eu me sentiria bem melhor sabendo que as duas mulheres que amo não correm perigo — Nícolas disse, como se conseguisse fazer Zara mudar de ideia.

— Nick, eu posso ajudar você nesta missão. Apesar de você ter participado do salvamento da princesa Isadora, sei que precisa de mim ao seu lado. Nossa filha ficará bem! Lorena cuidará dela como se fôssemos nós. Vamos aconselhá-la a ter cuidado e não usar os seus poderes, assim não atrai a atenção dos humanos.

— Será uma missão difícil, mas ao seu lado me sinto mais forte — disse Nícolas.

Após se despedir dos dois, Merko foi para sua casa; subiu as escadas silenciosamente e entrou no seu quarto. Encarou Lorena, que dormia, e pensou no quanto a amava. Será que poderia arriscar perder tudo o que o destino lhe proporcionara? Ele hesitou por um momento, mas sabia que não podia deixar que o tirano Mirov escravizasse seu povo. Ele iria salvar o seu planeta e voltar para os braços de sua amada. Não pretendia perder esta batalha e sim, vencê-la, salvando as muitas vidas que estavam em jogo.

De repente, Lorena abriu os olhos e o fitou. Disse, em um fio de voz:

— Merko, alguma coisa está acontecendo? Você parece estranho aí, parado, me observando.

— Minha querida, algo de muito ruim está para acontecer... — Ele começou a dizer e Lorena se levantou, assustada.

— O que foi, meu amor?

O marido respirou, antes de continuar. Odiava mentir para ela, mas sabia que a proteção de sua família estava acima de tudo.

— Como eu já disse a você, eu sou oficial da reserva do exército americano. Esta noite recebi um informe da minha unidade militar, nos colocando em prontidão para uma possível guerra. Não forneceram muitos detalhes, mas parece que algum país ou força militar está querendo invadir a nossa nação.

— Outra guerra? Essa não! Quando os seres humanos vão aprender a viver em paz? Por favor, querido, se houver uma convocação arrume uma desculpa e não vá. Eu imploro a você! — Ela disse, agarrando suas mãos com força, os olhos nublados de lágrimas.

— Tenha calma, Lorena. Ainda não sei ao certo o que está acontecendo. No entanto, como oficial da reserva, terei que participar de algumas reuniões militares se assim o Comando Militar determinar. Por enquanto, tudo corre em segredo para evitar alardes.

— Espero que você seja prudente e saiba qual é a melhor atitude a tomar — disse Lorena angustiada.

Merko preparava o terreno para a viagem. A tentativa de impedir uma possível guerra seria um motivo forte demais para que pudesse se ausentar por algum tempo.

Depois de conversarem mais um pouco, ele se deitou na cama com ela e a abraçou. Aos poucos, sentiu a respiração de sua esposa se acalmar. Sabia que precisava urgentemente viajar ao seu planeta e salvar a princesa Isadora, além de prender o tirano Mirov.

Enquanto isso, em outra casa ali próxima, Nícolas e Zara estavam abraçados, as cabeças cheias de pensamentos, na porta do quarto de Helen.

Eles observavam a menina dormir, e se perguntavam quando poderiam ter momentos como aquele outra vez. Zara suspirou, apoiou a cabeça no ombro de Nícolas. Entre eles não eram necessárias palavras. Ambos sabiam que tempos difíceis estavam por vir.

***

No planeta Vida, o Coronel Fizard se apresentou perante o Rei Mirov para receber ordens diretas:

— Fizard, tenho certeza de que o capitão Merko tentará voltar ao nosso planeta. Precisamos eliminá-lo antes que ele retorne e se reúna aos seus amigos, criando uma rebelião. Meus espiões interceptaram uma comunicação vinda do planeta Terra um dia após Merko nos contatar. O fato é que ele ficou desconfiado de alguma coisa. Meu plano de enganá-lo não deu certo; aquele idiota do conselheiro Kenan não consegue ludibriar nem mesmo uma criança. Por isso, vamos atacar o capitão Merko onde ele está sozinho e é mais vulnerável, na Terra. Zara e o terráqueo não poderão ajudá-lo, assim como as forças terrestres, que não são páreo para as nossas armas e soldados. Quero que viaje imediatamente ao planeta Terra; descubra onde está Merko e elimine-o sem piedade. Sem um líder forte ninguém será capaz de criar um pacto contra mim. Faremos uma reunião para montar um plano de ataque. Esteja aqui amanhã cedo com dez de seus melhores militares. Pensaremos em um modo de vocês irem até o meu inimigo antes que ele venha até nós.

Apesar de chefiar as forças do monarca tirano, Fizard se preocupava com sua família e o futuro da humanidade. Ele se retirou e ficou à noite pensando em um modo de chegar até o comandante Merko sem causar danos ao passado terrestre, nem criar paradoxos temporais que prejudicassem o futuro da raça humana. Isso poderia provocar o fim de tudo aquilo que conhecia se não fosse cauteloso. Quando sua esposa dormiu, ele ficou pensando, deitado em sua cama:

— Quais riscos poderiam ter se Merko reagisse e tivermos que matar muitos humanos? E os descendentes dos que morrerem talvez possam ser os nossos ancestrais... Em que isso alteraria o fluxo temporal? Preciso pensar em um modo de eliminar o capitão Merko com uma precisão cirúrgica, sem afetar a humanidade, porque o futuro dela é o nosso presente.

Pela manhã os militares se reuniram com o rei para traçar um plano a fim de matar Merko. O rei Mirov então disse:

— Você levará dez militares e cinco robôs assassinos. Usarão cinco naves de ataque, cada uma com um robô e os tripulantes necessários. Comecem destruindo as cidades principais do planeta e chamem a atenção de Merko. Ele certamente aparecerá para defendê-los e então quero que o matem ou façam-no prisioneiro para que eu, pessoalmente, veja sua aniquilação. A invasão do planeta Terra o pegará de surpresa e estaremos um passo à sua frente. As defesas terráqueas são frágeis frente ao nosso poder bélico e, que eu saiba, Merko só tem uma nave de ataque, um amigo terráqueo e Zara. Eles nada poderão fazer contra nossas forças militares. Ele não imagina a surpresa que o aguarda.

— Me permita a ousadia, Vossa Majestade, mas não podemos invadir e destruir o planeta Terra, porque poderíamos estar causando uma grande mudança na história do desenvolvimento dos seres humanos. Talvez desapareçamos por destruir os nossos antepassados.

Mirov ficou desconsertado com o comentário de Fizard. Sua face ficou vermelha de irritação. Mas depois de um silêncio mortal em que todos ficaram olhando amedrontados por ver a reação do rei, ele ponderou por alguns minutos e pensou que o seu comandante estava com a razão. Não haveria futuro se o passado fosse destruído.

— O que você sugere que façamos, Fizard?

— Vossa Majestade, penso que o ataque deverá ser preciso, não chamando a atenção dos humanos. Se precisarmos atacar as defesas terrestres até o faremos... Em último caso, se formos abordados. Acharemos um meio de nos escondermos e eliminar o nosso alvo. Usaremos o grande oceano como esconderijo ou o próprio sistema solar da Terra. O sistema de defesa terrestre não tem tecnologia para nos rastrear nas águas profundas do planeta. Se me permite continuar, Vossa Majestade, podemos também procurar por evidências de uma família que Merko talvez possua na Terra e, se descobrirmos alguma coisa, podemos sequestrar alguém que seja querido por ele. Isso o deixará impotente, impedindo-o de lutar conosco. Enquanto estivermos escondidos no mar usaremos um espião para vigiar a rotina dele. Enviaremos um homem altamente treinado com a nossa tecnologia e armamento.

— Concordo plenamente, Fizard. Eu também estava pensando em um plano parecido. Mande preparar as naves e os robôs — respondeu Mirov. — Tente encontrar a Star Hunter dentro do oceano, que sempre foi o lugar preferido de Merko para esconder sua nave nas missões que executou no planeta Terra. Ao destruí-la, ele ficará indefeso. Perderá as suas armas e os meios de comunicação com o planeta Vida. Coloque o espião para investigar a vida de Merko. Descubra tudo que possa nos ser útil no futuro. De quem ele gosta? Qual é a sua rotina? Quem você acha que pode ser este homem tão hábil para esta missão?

— Eu realmente acho que uma boa escolha seria Dargan. Ele é experiente e já participou de outras missões; pode se disfarçar em qualquer pessoa com facilidade — disse Fizard. — Ao chegarmos ao planeta Terra, o enviaremos à cidade onde Merko mora e o instruiremos a se infiltrar nos locais de estudo e trabalho de sua família. Ele fará uma grande investigação e um relatório completo.

— Uma boa escolha, coronel. Caso não consigamos derrotar Merko com este ataque, tenho novos planos para acabar com ele e nestes vou incluir o nosso espião.

Mirov sorria, saboreando o plano maquiavélico. Ele queria ter mais cartas na manga para usar em caso de necessidade.

"Um plano B sempre pode ser útil. Um espião será interessante!", pensava.

***

Zara e Nícolas foram aos seus empregos e solicitaram uma licença urgente. Deram a desculpa de que precisariam viajar com emergência, devido à um sério problema familiar. Como tinham férias vencidas e algumas folgas pendentes que nunca precisaram antes, conseguiram rapidamente alguns dias de dispensa. Já Merko não precisava de justificativa para a viagem, pois era dono do seu próprio negócio. Apenas pediria ao seu gerente para tomar conta da empresa de segurança, enquanto estivesse fora.

Eles pretendiam viajar dali a dois dias, tendo algum retorno do planeta Vida ou não.

Mais tarde, o pai de Nícolas estava sentado, assistindo a um jogo da liga americana de futebol, quando viu uma luz vermelha piscando em seu bracelete, avisando-o de uma comunicação na nave espacial. Era a esperada mensagem de Drako. Apressado por novidades ele, imediatamente, se teletransportou para a Star Hunter e abriu uma comunicação holográfica. A imagem de Drako apareceu em seguida, séria:

— Comandante, o coronel Fizard está neste momento se preparando para viajar à Terra. Eles querem matá-lo e levam, para isso, robôs assassinos. Crom pediu que eu o avisasse, pois sabia que tenho equipamentos de ponta que não podem ser rastreados pelo sistema de comunicações do palácio. Sozinho, ele não pode fazer nada, mas tem esperança que o senhor volte e nos lidere contra o tirano Mirov. Peço que tenha cuidado, comandante, e volte em segurança.

— Obrigado, Drako. Eu darei um jeito de me defender deles. Peço que coloque um inseto robô para monitorar os passos de Mirov; retorne com toda e qualquer informação que for relevante. Avise a Crom para preparar a rebelião, pois depois de destruir as forças de Fizard aqui na Terra, voltarei ao nosso planeta a fim de fazer um ajuste de contas com esse louco. Desligo e mais uma vez, obrigado, amigo.

Assim que encerrou a comunicação, Drako olhou para seus bichinhos mecânicos. Pequenos insetos prateados que estavam dentro de um recipiente vítreo, prontos para a ação. Ele levantou o dedo, fazendo surgir no ar um painel holográfico. Com as duas mãos, movimentou as imagens dos insetos para escolher o que melhor lhe convinha. Depois de decidir-se, comentou:

— Hoje será a sua vez. Vá e faça o seu serviço com discrição.

O recipiente se abriu e o inseto, que se parecia com uma libélula, voou pela janela do seu laboratório. Ganhou os céus, indo em direção à capital do planeta Vida.

Na Terra, Merko, embora estivesse em grande desvantagem, era um militar muito confiante. Sendo assim, ele decidiu se preparar e deixou a nave pronta para a batalha.

— Z8, prepare a Star Hunter para o modo combate. Confira todas as armas e coloque o Vírus da Invisibilidade para funcionar.

Aquele era um programa viral de computador desenvolvido no planeta Vida, que possibilitava hackear o sistema de informações do inimigo e fazer com que os radares não tomassem conhecimento da presença das naves alienígenas. Assim poderia voar pela Terra sem riscos. Era um programa efetivo, mas era utilizado somente em caso de emergências, pois poderia causar danos às estruturas da população, como blecautes e quedas de sistemas considerados essenciais para eles. Mas não tinha outra solução para aquele instante. Depois de conferir o armamento, Merko voltou a Los Angeles. Procurou Nícolas e lhe disse:

— Filho, peça a Zara que leve Lorena, Sophia e Helen para um local seguro. Um bom lugar seria a casa da tia-avó de sua mãe na Costa Rica. Peça que fiquem lá até que consigamos combater as forças de Mirov. Elas devem permanecer escondidas, pois se os inimigos as pegarem, podem fazer delas reféns e usá-las contra nós.

— Vou falar com ela agora, pois o tempo está contra nós — retrucou o jovem.

Depois de Nícolas falar com Zara telepaticamente, ela se espantou. Achava que levar Lorena, Sophia e Helen para longe eram medidas extremas. Resolveu então conversar com Merko para ver se haveria outra maneira de protegê-las.

Ela chamou-o, telepaticamente:

— Não existe outra forma de protegermos Lorena e as meninas? Gostaria de ficar perto de Helen e, deixá-las longe me dá uma sensação de que perderei o controle da situação.

— Não podemos, Zara! A situação é crítica. Pode ser que queiram invadir a Terra com tudo o que têm e a coisa vai ficar verdadeiramente feia. Fui avisado por Drako que eles possuem robôs destruidores de última geração. Além disso, virão com várias naves. É melhor as mantermos bem afastadas de tudo isso.

— Mas Merko, para que eu as leve terei de ir de avião, pois não podemos usar o teletransporte. São horas de viagem e precisamos terminar de nos preparar.

— Já calculei tudo. Serão cinco horas de viagem. Assim que as deixar lá, se teletransporte para perto de nós. Você chegará bem mais rápido deste modo. Eu conversarei com Lorena. Quanto à Sophia e Helen, peço que dê um jeito de liberá-las das aulas, dando como motivo uma viagem urgente para visitar um parente doente, à beira da morte. Assine qualquer autorização necessária na escola da minha neta ou na faculdade de Sophia. Faça o que for necessário porque é importante que viajem o mais rápido possível. Eles não tardarão a chegar e trarão os armamentos mais sofisticados que temos no sistema de defesa. É vital que elas saiam daqui e vão para algum lugar desconhecido por eles. Precisarei também que você retorne para nos ajudar. Poderá nos auxiliar a combatê-los. Sei que você sabe pilotar nossa nave. Retorne tão logo deixe as garotas e Lorena em segurança! Faça os preparativos o mais rápido que for possível. Lorena convidou vocês para jantarem conosco esta noite. Ela disse que o jantar estará delicioso. Veja com o Nícolas. Depois conversaremos mais sobre a viagem.

— Falarei com o Nick. É claro que ele quer ir. Ele adora a comida da mãe!

— Aguardamos vocês às oito. Está bem?

— Sim, para mim está ótimo.

Ela terminou a conversa, apertando os lábios. Na sua casa, Zara virou-se para Nícolas, contando como foi a conversa:

— Tentarei viajar amanhã o mais cedo que puder — ela concluiu.

— Pode deixar que ajudarei você, querida — retrucou Nícolas, que agora estava um pouco tenso.

— Sua mãe nos convidou para jantarmos com eles. O que acha?

— Nem precisa perguntar. Helen também vai adorar ver os avós.

Naquela noite, no jantar na casa de Lorena, quase ninguém falava nada. Uma atmosfera de ansiedade dominava o ambiente. Zara, Merko e Nícolas se entreolhavam e Lorena perguntou, por fim, não aguentando mais todo aquele mistério:

— O que aconteceu que vocês estão tão pensativos e quase não falaram no jantar?

Merko se levantou, decidido a resolver aquilo.

— Por favor, querida venha até o nosso quarto que preciso contar uma coisa a você.

Merko e Lorena subiram para o quarto, deixando o ambiente pesado, cheio de dúvidas. As meninas se perguntaram o que estaria acontecendo. Antes que Lorena ficasse mais ansiosa, ele já foi logo esclarecendo:

— Meu amor, recebi uma mensagem do Estado Maior, me convocando. Realmente haverá uma invasão em nosso país por forças inimigas e precisaremos impede-los. — Ele lhe entregou o papel, de uma falsa convocação que pediu para Z8 produzir. Antes que ela se apavorasse mais, ele tentou acalmá-la. — Isso ainda corre em segredo militar. Somente os oficiais de maior patente sabem sobre a invasão. Você sabe que eu sou Capitão do exército e não vou colocar vocês em risco. Por isso, preciso que amanhã, logo pela manhã, você acompanhe Zara, junto com Sophia e Helen, para a casa de sua tia-avó na Costa Rica. Isso é muito importante. Mantenha tudo isso em segredo para a nossa segurança.

Lorena olhou a carta e mal leu o que estava escrito. Ela confiava no marido.

— E quanto a Nícolas?

— Foi solicitado que contatássemos civis capacitados para a parte da equipe de inteligência. Ele e Zara são as pessoas que mais confio. Por isso, Nícolas irá comigo, sendo uma peça importante para decifrar projetos do inimigo. Zara, por ser médica, também vai ajudar com as equipes de socorro. Pode deixar comigo que eu os protegerei. Assim que ela puser vocês em segurança, seguirá ao nosso encontro. Por favor, faça o que estou lhe pedindo. É para o seu bem e das meninas.

— Venham todos conosco, meu amor. Recusem esta convocação. Logo agora que está tudo bem com nossa família acontece esta desgraça. As guerras são muito perigosas. Nícolas não é um soldado. Que inimigos são esses? — Indagou Lorena, triste. — Eu não posso perder vocês!

— Infelizmente, meu amor, eu não posso dizer nada. É um segredo militar. Depois de tudo resolvido, eu contarei a você o que quiser...

— Mas Nícolas e Zara não sabem lutar e acho melhor que eles fiquem conosco na América Central — interrompeu Lorena, iniciando uma crise de choro.

Nícolas subiu as escadas ao ouvir sua mãe falar alto, chorosa e à beira de um ataque de nervos. Abriu a porta, interrompendo a conversa:

— Mãe, prefiro ajudar Merko e ficar perto de Zara. Precisamos lutar pelo nosso país. Vocês estarão protegidas longe de Los Angeles e das maiores cidades americanas. Se a senhora desconfiar que a guerra pode se aproximar da Costa Rica, não pense duas vezes e fuja para o sul. Entre na Venezuela e vá para o Brasil. Lá ficarão seguras. Depois nós as buscaremos e as traremos de volta.

— "Não bastou ser casada com um militar no passado, estou novamente vivendo este pesadelo de não poder saber o que se passa à minha volta... A única explicação que recebo é que são segredos militares do governo", pensou Lorena, indignada, enxugando as lágrimas.

Ela sabia que não podia se deixar levar pelas emoções.

— Está bem, eu vou com as meninas. Mas quero saber mais detalhes sobre esta guerra.

Por alguns instantes, ela ficou totalmente em silêncio ao lembrar-se de John, o homem que tanto amou e que, repentinamente, desapareceu de sua vida sem explicações. Mas tinha de se manter forte. Aquele não era um momento para expor suas tristezas.

Enquanto eles conversavam, no andar de cima, Zara contou a Helen e Sophia sobre a viagem, usando os mesmos argumentos que Merko. Elas não fizeram qualquer comentário. Helen ficou feliz com a possibilidade de uma nova viagem e sobre faltar às aulas; já Sophia sabia que existiam muitos mistérios naquela casa, coisas que sua cabeça não conseguia entender, desde que o seu irmão sumira há anos atrás. Mas aquela não era hora de bancar a detetive. Por isso, chamou Helen para subir em seu quarto para arrumar as malas e prometeu que depois iria à casa da sua sobrinha ajudá-la. Nícolas desceu até à sala para reservar passagens no próximo voo, já que os vistos estavam em dia, enquanto Zara foi preparar as bagagens junto com Lorena, evitando assim que ela e Merko discutissem ainda mais. No outro dia, logo cedo, iriam para o aeroporto.

A despedida foi cheia de segredos e palavras não ditas. Nícolas pediu que Zara tivesse cuidado. Abraçou Lorena, Sophia e Helen e depois as beijou ternamente. Merko olhou para Lorena, abraçando-a forte, como se estivesse se despedindo para sempre. Ela sentiu-se mal naquele instante, como se algo de ruim estivesse para acontecer... Mas não conseguiu dizer nada para o homem que amava. Senão, sabia que iria chorar.

Zara olhou para Nícolas e disse:

— Tome cuidado, querido. Siga as ordens de Merko. Ele é muito experiente.

— Sei que não será fácil, mas conseguiremos. Tome cuidado você também, pois acredito que estão atrás de Merko e agora todos nós somos seus alvos.

Merko deu um abraço em Sophia e Helen. Nícolas deu um último beijo em Zara.

Merko e Nícolas ficaram olhando enquanto sua família entrava no carro e sumia no final da rua.

— Não será fácil combater os robôs assassinos e a equipe de Fizard. A maioria dos soldados foi treinada pessoalmente por mim. Eles lutam bem e usam as melhores armas. Precisaremos estar bem preparados para o confronto. Além disso, precisaremos leva-los para um lugar deserto para evitar vítimas civis e contato com as forças de defesa do planeta Terra. Precisamos afastá-los das forças militares deste planeta e evitar a todo custo uma intervenção no passado.

— Espero que eles pensem como você. Uma mudança no passado dos seres humanos pode causar danos imprevisíveis ao futuro da raça humana. Eu, você, Zara e Helen podemos desaparecer da face da Terra por causa da destruição dos antepassados. Seria um paradoxo temporal terrível — disse Nícolas.

— As defesas militares do seu planeta não terão chance contra as armas das naves de Fizard e, principalmente, para se defender dos tais robôs assassinos. Drako me informou que Mirov aumentou o poder de fogo deles e, agora são quase indestrutíveis, feitos do mais puro irídio. Precisamos de uma estratégia para vencê-los. Vou pensar em algum ponto fraco onde poderemos atacá-los — continuou Merko.

"Tenho medo do que possa acontecer a partir de agora. Nícolas nunca participou de uma guerra assim como Zara. Ele tem o conhecimento dos seus poderes que eu e Tibor lhe ensinamos, mas tentarei mostrar a ele as técnicas de batalha em uma guerra. Quanto à Zara, ela é treinada, porém a deixarei cuidando de nossa nave. Praticamente estarei sozinho nesta batalha, mas se não lutarmos, o planeta Terra será destruído e o destino do meu querido filho e de toda a minha família será incerto. Sim, a melhor decisão é lutar", pensou, em seu íntimo, o corajoso Merko.

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