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Capítulo 4 - O Tribunal das Sombras

Durante o percurso para só Deus sabia onde, Cassy notou que ao invés de seguirem no sentido oposto do local ao qual ela havia sido atacada, eles estavam na verdade, retornando para a o parque nacional de Redwood.

- Por quê nós estamos voltando para a floresta? - Indaga Cassy.

Os três rapazes ali presentes nada dizem, e isso só deixava Cassy cada vez mais apavorada. Em mais um de seus atos desesperados de fuga, ela resolve abrir a porta do carro, entretanto, é interrompida por Christopher que a impede de cometer tal loucura.

- Vá por mim, você não vai querer estragar esse seu rostinho lindo no asfalto.

- Então me diga porque estamos voltando para a floresta!

- Como não sou muito bom com "essas coisas" vou deixar que o Sebastian lhe conte. - Disse Christopher dando uns tapinhas no banco em que Sebastian estava.

- Por quê que acalmar humanos é sempre a minha função? Eu até contaria, mas, hoje é a vez do Bryan. - Disse Sebastian enquanto dirigia.

- Eu contaria, se ela calasse a boca, mas como sei que isso nunca irá acontecer, é melhor continuar sem saber mesmo! - Disse Bryan obserando Cassy através do retrovisor interno.

Um breve momento de silêncio ocorreu naquele carro, até que Cassy, diz que dessa vez irá ficar "mais quieta".

- Eu não estou acreditando muito nisso, mas, o jeito é pagar pra ver! Por onde eu começo? Bem, nós estamos voltando para a floresta porque é lá que você será julgada pelos juízes do tribunal das sombras. - Disse Bryan.

- Na floresta? - Indaga Cassy.

- É um pouco complicado de explicar, então, vai ter de esperar para ver quando chegarmos. - Disse Bryan acomodando-se no banco.

- Ver? Ver o quê?

- Agora é a parte em que você cumpre com a sua palavra e cala a boca! - Disse Bryan.

Devido a sua promessa, Cassy é obrigada a se calar, até que Sebastian adentra com o carro na floresta e segue viagem desviando das diversas árvores que surgiam em sua frente.

Cassy a princípio, não entende o motivo deles estarem retornando ao local onde ela quase foi morta, mas como tinha que ficar quieta, não pôde fazer mais uma de suas centenas de perguntas.

- Vejam só! Ela finalmente calou a boca! Disse Bryan após um breve período de silêncio.

- Deixa a garota em paz Bryan! Não está vendo que ela está o tempo todo assustada? - Disse Sebastian observando Cassy pelo retrovisor interno.

- O que há com você hoje? Há poucos dias você era o primeiro a criticar as ações dos humanos, e agora está dando uma de advogado dela? - Indaga Bryan.

- Eu ainda critico os humanos! Os humanos que não tem magia, o que não é o caso dela! - Disse Sebastian parando o carro aos poucos.

- Estou prevendo uma discussão, e eu nem precisei usar magia para isso! - Disse Christopher na tentativa de aliviar toda aquela tensão.

Sebastian estacionara diante de uma enorme árvore, aparentemente centenária, que por sua vez possuía uma grande fissura em seu tronco.

- Tá legal, já chega! Não consigo calar a minha boca! Agora, me digam, porque estamos parados em frente a uma árvore velha? - Pergunta Cassy.

- Eu te respondo querida. - Disse Christopher.

- Finalmente respostas!

E assim Christopher faz, ele explica de uma vez por todas o motivo deles estarem na floresta e cita também que o futuro dela, dependerá da decisão decisão dos juízes do tribunal.

- Deixe-me ver se entendi, essa árvore, quase morta, é na verdade uma passagem secreta para o local onde vocês vivem e que por coincidência é igual a este mundo aqui fora? - Indaga Cassy.

- Vejo que você aprende rápido! É exatamente isso! - Disse Christopher.

- E este "mundo" tem nome. Base sete! - Esbraveja Bryan enquanto ajudava Sebastian a esconder o carro em folhagens da floresta.

- Pronto! Carro camuflado, agora é só abrir o portão da Base, e de lá, seguiremos para o tribunal das sombras. - Diz Sebastian, dirigindo-se à fissura no tronco da árvore.

Sendo muito experiente, o vampiro logo introduz sua mão na fenda, ao fazer isso, uma intensa luz de coloração púrpura emana da árvore, e em seguida, um portal se abre diante deles.

- O que é isso?! - Indaga Cassy embasbacada.

- Um portal! Nunca viu um? - Pergunta Bryan ironicamente.

-Deixa o Bryan pra lá Cassy! Essa é a tal passagem para a Base sete que lhe falei agora a pouco. - Disse Christopher.

- Bem, vamos indo, o portal só fecha quando algo o atravessa. - Disse Sebastian sinalizando para que Cassy entrasse no mesmo.

- O quê?! Eu não vou entrar nisso aí! E se isso for como um buraco negro que suga você e te desfaz em pedaços, não! Definitivamente não!

Bryan, já irritado com o modo de agir de Cassy, toma a frente da situação, carrega a garota em seus braços e segue rumo ao portal.

- Sinceramente, quantos anos você tem garota?

- Me põe no chão seu... seu bruto! - Disse Cassy enquanto encarava Bryan, dessa vez, um pouco perto demais.

- Está bem, você quem manda! - Disse Bryan lançando Cassy pelo portal.

Já do outro lado, Cassandra ainda se encontrava no chão, enquanto os demais haviam acabado de atravessar.

- E então? Perdeu algum membro atravessando o portal? - Indaga Bryan.

- Definitivamente, isso não vai ficar assim! Na primeira oportunidade que eu tiver de te jogar de algum lugar, pode ter certeza, eu vou te jogar! Mesmo você não morrendo! - Responde Cassy.

- Está bem "garota-gângster" , outro dia você tenta matar o Bryan, agora levanta daí e vamos andando, o tribunal fica a duas quadras daqui. - Disse Sebastian.

Por muito tempo, Cassy ficara boquiaberta, a tal Base sete era idêntica a Crescent city, eram incontáveis as vezes em que a garota se perguntava "como tudo isso pôde caber numa árvore velha?"

- Está se perguntando como, não é? - Perguntou Sebastian.

- Está tão óbvio assim? - Indaga Cassy.

- Um pouco, mas, já que você está aqui posso te contar. - Respondeu Sebastian.

- E lá vamos nós, ele vai contar a mesma coisa, assim como fez com o último humano há doze anos atrás. - Disse Bryan chamando a atenção de Christopher para Sebastian.

- Há quase três séculos atrás, nós, os seres da noite, fomos obrigados a coexistir com os humanos, nos misturarmos, entretanto, com o passar do tempo, isso foi ficando cada vez mais difícil, afinal, vampiros sempre têm sede de sangue, lobisomens não podem ver uma lua cheia que já começam a uivar e os feiticeiros, bem, eles até conseguiram se adaptar um pouco mais, mas, ainda se sentiam infelizes. - Disse Sebastian.

- E a Base sete? - Indaga Cassy.

- Já estava indo falar sobre ela! Naquela época, nós vivíamos onde podíamos, e com isso surgiu a grande necessidade de se criar um local em que pudéssemos ficar longe dos mundanos e ainda assim, ocupar o mesmo espaço. Foi então que os feiticeiros conseguiram, com muito custo, criar uma dimensão paralela que fosse idêntica ao mundo real lá fora, porém, só nossa! E assim surgiu a Base sete! - Disse Sebastian.

- Mais três perguntas, a Base sete tem o mesmo tamanho da cidade lá fora? Por quê Base sete? E por quê ela foi criada justo na floresta? - Indaga Cassy.

- Não, a Base sete é grande, mas não tanto assim, a cidade paralela recebe esse nome pelo fato de que, aqui é a nossa casa, nossa base, o sete é só o número de identificação, as outras seis estão espalhadas ao redor do planeta e decidiram que seria melhor ela ser criada na floresta devido as lendas que assombram o local, humanos, tão medrosos! - Disse Sebastian com desdém.

- Você age como se nunca tivesse sido um humano antes! Afinal, vampiros já foram humanos não foram? - Indaga Cassy.

- De fato, sim.

- Então porque os destrata dessa forma?

- Por que os humanos não sabem valorizar a vida que possuem, e infelizmente eu tive que morrer para entender isso. Agora chega perguntas, nós já chegamos. - Disse Sebastian.

Ao chegarem no tribunal, Sebastian acena para um outro homem que estava parado em frente a porta de entrada, imediatamente, o mesmo abriu passagem e eles seguiram através de um longo corredor, ora iluminado, ora pura escuridão.

- Espera, mas aqui é o tribunal distrital de Crescent City! - disse Cassy boquiaberta.

- Não ouviu que eu disse? - indagou Sebastian.

- Oh, sim, mas não achei que vocês fossem "copiar" até mesmo o tribunal distrital!

- Ora, mas por quê não? - pergunta Sebastian.

- Até onde sei, lobos resolvem suas coisas entre si, vampiros também, e os feiticeiros, por meio da magia.

- Parece que você anda assistindo muitas séries Cassandra! - Disse Christopher.

- Aposto que ela é fã daqueles vampirinhos esquisitos que mostram na Tv! Aquilo é uma ofensa! - disse Bryan.

- Fiquem vocês sabendo que nem tempo para me viciar em séries eu tenho! Minha rotina de trabalho é muito movimentada e quase não sobra espaço na minha agenda.

- É estranho. - disse Cassy.

- O que é estranho Cassy? - indaga Sebastian.

- Onde estão os habitantes? Você sabe, lobos, feiticeiros, e por aí vai.

- Lá dentro, nos esperando para a audiência. - disse Sebastian apontando a porta à sua frente.

Bryan abre as duas grandes portas e quando eles entram, notam que o local estava lotado, e a agitação não tinha limites, entretanto, quando suas presenças foram percebidas um silêncio repentino se fez no tribunal.

- Por aqui Cassy. - disse Sebastian acomodando a garota na cadeira dos réus.

Todos começaram a sussurrar e a lançar pequenos insultos como, humana desprezível e intrusa. Cassy, por sua vez, tentara ignorar tudo aquilo, mas era inevitável, afinal, era toda uma comunidade sobrenatural contra ela, uma pobre humana.

Sebastian se afasta da garota, recompõe a postura, e de modo firme diz:

- Que se inicie o julgamento! Da classe dos Não-vivos, o juiz Gustav!

Todos se levantam e uma outra porta se abre do lado oposto da sala, por meio dela, entra um homem de cabelos grisalhos, visivelmente pálido e alto, o mesmo senta na cadeira da direita e acena para que Sebastian prossiga com as apresentações.

- Da classe das Feras Noturnas, O juiz Ivan!

Novamente, a porta se abre, e dessa vez, entra um homem alto, loiro e dotado de enormes músculos. O mesmo, senta-se na cadeira da esquerda e acena para Sebastian.

- E por último, da classe da União da Magia, a juíza Lídya!

Mais uma vez a porta se abre e uma mulher de cabelos negros e olhos incrivelmente verdes que lhe destacavam, eram como um par de esmeraldas penduradas em sua face. Ao ver aquela mulher, Cassy se levantou e gritou:

- Eu conheço você! Você é a esposa do Senhor Joe!

A mulher parou de caminhar e encarou Cassy por um breve momento e disse:

- Ah Cassandra! Você finalmente tem a chance de fazer a reportagem dos seus sonhos, e no primeiro dia vem logo parar aqui? - disse Lídya.

Lídya segue caminhando e senta-se na cadeira central e acena para Sebastian que retribui e deixa o local para ir se sentar na área dos espectadores.

Gustav bate o martelo e diz:

- Que se inicie o julgamento! A corte chama os senhores, Bryan Collins, Christopher Adams e Sebastian Gonzalez.

Imediatamente, os três se levantam e seguem até a bancada dos juízes, chegando lá, Gustav diz:

- Relatem-nos o ocorrido senhores!

E então Sebastian passa a contar tudo o que havia acontecido, desde os procedimentos da missão de investigação sobre a morte do policial Billy até o ataque dos lobos a Cassy e também do seu salvamento, ele não ousou ocultar nada, relatou tudo com todos os detalhes.

- Então, temos aqui mais um caso de humanos enxeridos! Muito bem, não precisamos ir muito longe. Eu voto para a morte em razão de "queima de arquivo". - disse Gustav batendo o martelo.

- O quê? Sebastian, você disse que eu não iria morrer! - esbravejou Cassy.

- Cale-se humana! - disse Ivan.

Ao ouvir os gritos de Cassy, Crhistopher se aproxima de Sebastian e diz:

- Lembre-se de que você disse que ela não iria morrer!

- Eu sei, mas o que eu posso fazer? Eles são os juízes aqui!

- Agora o senhor, senhor Adams - disse Lídya - Onde exatamente você entra nessa história?

Christopher, por sua vez, relata tudo o que outrora ocorrera até eles chegarem ao tribunal, desde o seu encontro com os vampiros no motel até a tentativa de apagar as memórias de Cassy.

- Seu relato me deixa profundamente intrigado senhor Adams - diz Ivan - Se você estava lá para apagar a memória da humana, porquê não o fez?

- Eu dei início sim, aos processos de retirada de memória, mas tive de parar imediatamente.

- E por quê você parou Christopher? - indagou Lídya - Diga-nos!

- Pode parecer loucura o que vou dizer, mas, por alguma razão eu detectei magia dentro dela!

E nesse mesmo instante, todos os espectadores começaram a murmurar de tal modo, que Lídya teve de bater o martelo e pedir ordem até que todos se calassem, e funcionou, rapidamente, o silêncio voltou a reinar no tribunal.

- Tem certeza do que está dizendo Christopher? - pergunta Lídya.

- Infelizmente sim, excelência!

Lídya então, passa a conversar silenciosamente com seus outros companheiros juízes sobre o que deveria ser feito a respeito. Algum tempo depois, Gustav encara Cassy e pergunta:

- Diga garota, você já tinha conhecimento disso?

- Mas é claro que não! E honestamente, eu só aceitei vir para cá porque me disseram que vocês poderiam me ajudar!

- Eu sugiro que seja feita uma análise no corpo da ré! Só assim saberemos com o que estamos lidando! - disse Ivan.

- Ninguém aqui vai me analisar! Eu não estou doente, e vocês não são médicos!

- Ora, acalme-se Cassandra! Ninguém aqui vai enfiar um bisturi em você! Nós só queremos saber a razão de haver magia aí dentro. - disse Lídya.

- Isso depende.

- Depende do quê? - indaga Lídya.

- Depois que isso acabar eu vou poder ir embora?

- Mas é claro! Eu só vou apagar suas lembranças e logo depois você vai poder voltar a receber os gritos do meu marido!

Lídya se levanta da bancada e vai até Cassy, logo depois, ela põe suas mãos sobre a cabeça da garota e inicia um feitiço que aparentava ser de um idioma desconhecido para a jovem, latim talvez.

Enquanto seguia com o feitiço, do outro lado do tribunal, Christopher nota que Lídya expressa algumas reações estranhas, como se não estivesse conseguindo concluir o que estava disposta à fazer.

- Isso não é bom.

- O que foi agora Chris? - indagou Sebastian.

- Reparou nas caras que a Lídya fez agora há pouco?

- Sim, e daí?

- Esse tipo de reação só acontece quando o feitiço não está funcionando, sabe o que isso quer dizer?

- Não me diga que...

- Não ouse terminar essa frase Sebastian Gonzalez! Você fica aqui e cuida da Cassy, eu vou ver o que posso fazer para que o pior não aconteça! - disse Christopher saindo às pressas do julgamento.

- O que deu nele agora? - perguntou Bryan.

- Logo vai saber meu caro Bryan, mas vou logo avisando, prepare-se!

No fim, as suspeitas de Christopher estavam certas, o feitiço não estava fazendo efeito e isso deixara Lídya preocupada, por que a partir daí, não restava muitas opções para solucionar o problema.

- Isso é estranho. - disse Lídya.

- O que é estranho? - indaga Cassy.

- Por alguma razão, não consigo chegar até as suas memórias.

- E eu deveria ficar triste com isso? Eu acabo de descobrir um mundo totalmente diferente e vocês já querem me fazer esquecer de tudo!

- Entenda, isso é para o seu próprio bem, e nosso também garota! - disse Ivan.

- Bem, já que Lídya não consegue extrair as memórias da humana, creio que não temos outra alternativa senão condená-la a morte! - disse Gustav.

- Como assim morte? Sebastian me garantiu que eu não iria morrer, e que só iriam apagar minhas lembranças e depois voltaria para a minha vida de sempre!

- Sebastian não mentiu, de fato, eu só iria deletar suas últimas lembranças e depois você poderia ir embora, mas como não estou conseguindo fazer isso, não nos resta muita escolha. - disse Lídya.

- Como você consegue senhora Lídya?

- Como consigo o quê Cassandra?

- Estar casada com o senhor Joe, que mesmo com o seu jeito grosseiro, é uma boa pessoa e estar aqui, prestes a me matar? - pergunta Cassy com os olhos mergulhados em lágrimas.

- Oh Cassy, por favor, não torne as coisas mais difíceis do que já estão, nós realmente não temos mais o que fazer!

E na mesma hora, Christopher retorna e todas as atenções são voltadas para ele, o mesmo, ainda com a respiração ofegante diz:

- Solicito que o caso seja investigado com a devida atenção necessária, e que até lá, a ré permaneça sob a proteção de algum membro da Base sete!

Os espectadores voltam a murmurar e Gustav bate o martelo pedindo por ordem e silêncio.

- Mas o que pensa que está dizendo Christopher? - disse Gustav.

- Não Gustav, de acordo com as nossas leis, ele tem razão! - disse Ivan.

- Muito bem então, aqueles que se habilitam a função de protetor desta humana, ergam a mão! - disse Gustav.

A quietude era notória, todos ali presente não ousaram levantar a mão e isso deixava Cassy cada vez mais nervosa.

- Parece que mais uma humana vai ter um fim trágico. Qual será a farsa da vez? Ataque de lobo? Atropelamento? - perguntava Bryan em voz baixa.

- Não é farsa! É só um meio de fazer com que tenha sido um acidente mais "humano". - disse Sebastian.

Gustav se levanta da bancada, vai até onde Cassy está sentada e ordenando que ela se levante diz:

- Vou perguntar pela última vez, há alguém que queira se candidatar a protetor da humana?

O silêncio ainda pairava no ar e Cassy, ainda de pé, estava aos prantos, suas lágrimas já eram visíveis. Quando tudo parecia ter se encerrado por ali, ouve-se uma voz ao fundo dizer:

- Eu me habilito!



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