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Capítulo 13: A Semifinal do Interclasse de Queda-Livre

— Os jogadores que voam em lados opostos da torre não podem deixar a bola cair no chão do lado em que estão. O objetivo é derrubar a bola no chão do time adversário. Dessa maneira, toda vez que a bola toca o chão marca-se um tombo. — isso foi tudo que Ícaro conseguiu falar para o grupo de visitantes que estava sob sua responsabilidade assim que eles se sentaram nas duas últimas fileiras da arquibancada do campo de Aca.L.An.Tu.S.

Havia mais de duzentas pessoas nas arquibancadas, a maioria alunos com faixa etária entre 11 e 15 anos agitando bandeiras, algumas de cor laranja e outras de cor verde. Quando todos se levantaram, dois times entraram pelo gramado do campo redondo. No centro dele havia uma torre com quinze metros de altura. Ela era dividida em cinco andares contados a partir do teto que era de onde a bola seria lançada. Nos três andares logo abaixo estavam três juízes, um em cada patamar, responsáveis por vigiar os jogadores. E o último andar da torre, também chamado de entrada, era no nível do gramado. E era nesse gramado onde os times marcavam os tombos.

Assim que os jogadores, os da direita de uniforme laranja e os da esquerda de uniforme verde, posicionaram-se na linha de meio de campo, todos colocaram a mão no peito. Uma trombeta anunciou o início de uma música. A multidão começou a entoá-la com orgulho. Era o hino da escola:


No topo do Monte do Devaneio

Permanece nossa Aca.L.An.Tu.S

Que resistindo a todo tempesteio

Tornou-se o melhor dos recantos.

Aos que chegam até ela,

Vindo de longe ou de perto

Por meio da Canoa Amarela,

Recebemos de portão aberto.

Ao fundador Getulino Gama

Que tanto lutou por igualdade

Quando o que mais se ama

Recebe o nome de liberdade.

Ao corpo de mestres, o nosso canto

Por todo o saber que aqui nos deste

Sobre a pedra-estilhaço de acalanto

Para protegermos a flor do Sudeste.

Aos alunos das ordens de cada asa

Branca, Negra, Cinza e Marrom

Que o compromisso com esta casa

Seja eterno e de bom tom.

Pois aqui o que mais se visa

Com a história que cada um traz

É o que os oceanos chamam de brisa

E o que nós chamamos de paz.

Por isso é que repetimos todo ano

Que aqui e em todos os lugares

Os anjos têm um coração humano

E recebem o nome de tutelares.


Ao término do hino, C.C, um tanto quanto impaciente, pediu para que as crianças panquecas não batessem palmas. Mas já era tarde demais para a mensagem chegar até o último da fila. E grande parte deles aplaudiu quebrando assim o protocolo da escola.

Aquilo chamou a atenção do locutor que estava no teto da torre segurando uma bola laranja com uma auréola dourada. Ele era um senhor gorducho com uma barba branca farta, nariz protuberante e óculos redondos. Os suspensórios que usava sobre o colete verde e a camisa salmão realçavam ainda mais sua pança saliente. E seu chapéu de palha, que cobria longos cabelos brancos, combinava com o tom de sua calça. O broche dourado no seu peito indicava que ele era alguém muito importante.

— Oras, parece que os visitantes panquecas vieram nos prestigiar hoje. — o diretor da escola comentou no megafone.

— Essa não! Mestre Folco Lore percebeu a nossa presença! — Ícaro encolheu-se entre os visitantes. Ele sabia que o seu grupo não deveria estar ali, saindo da programação do tour.

— Como diretor de Aca.L.An.Tus.S, creio que o senhor Ícaro Takashi terá uma ótima explicação para a presença de vocês aqui, crianças panquecas. — Folco Lore sorriu.

O monitor deu um sorriso de volta e acenou para o diretor e depois para todos os alunos e professores que estavam nas arquibancadas.

Folco Lore, lá no teto da torre, pediu para que Ícaro se aproximasse. O monitor trocou um olhar rápido com C.C. e com um murmúrio evocou suas asas. Logo se pôs a batê-las indo na direção da torre.

As crianças panquecas não conseguiram tirar os olhos de Ícaro enquanto todos os demais na arquibancada começaram a olhar para seus relógios de pulso imaginando o quanto aquela visita inesperada iria atrasar a partida, justo a semifinal do torneio interclasse de queda-livre de Aca.L.An.Tu.S.

— Você ao menos conseguiu explicar para os panquecas como o queda-livre funciona, né? — o diretor cochichou para Ícaro longe do megafone assim que ele pousou no teto da torre.

— N-não, s-senhor! — Ícaro gaguejou. — F-Fomos pegos de surpresa. Mestre Morfeu Elísio desmarcou a aula em cima da hora! Eu s-sinto muito.

Joaninhas Barbadas! Afffffffff! — Folco Lore sorriu para Ícaro e depois voltou o megafone à boca em um anúncio para a plateia. — O nosso monitor do dia, Ícaro Takashi, veterano do quinto anelário, pertencente à Ordem dos Asas Cinza, acabou de me informar que uma das crianças panquecas gostaria de lançar a bola da nossa partida.

— Eu acabei de informar isso, é? — Ícaro soltou baixinho sobre a mentira do diretor.

— O que vocês acham, prezados alunos e professores de Aca.L.An.Tu.S? — Folco Lore foi ovacionado pela multidão. — Escolha! — em seguida, ele cochichou para Ícaro.

— Escolher o quê? — Ícaro murmurou.

— A criança, oras!

A pressão da torcida nas arquibancadas e do diretor olhando de perto fizeram com que Ícaro chamasse o primeiro nome que lhe veio à cabeça.

— Luquinha! — Ícaro disse, e o garoto loiro ficou em pé e todo cheio de si na arquibancada.

— Vá buscá-lo. — ordenou Folco Lore a Ícaro. — Jogadores, podem acionar as suas chuteiras troposféricas! — o diretor disse em alto e bom som no megafone.

Os jogadores de uniforme laranja da Ordem dos Asas Negras do quarto anelário evocaram e abriram suas asas. Os jogadores de verde da Ordem dos Asas Cinza do terceiro anelário fizeram o mesmo, e logo todos começaram a levitar até os seus postos por meio de chuteiras de onde saiam nuvens que mantinham os jogadores estáveis no ar. As chuteiras de Tomás Miller chamavam mais atenção do que as de qualquer outro jogador porque elas eram rosa e reluzentes. Um grupo de alunas na arquibancada começou a gritar "V-vai Miller!" chacoalhando pompons laranja.

No primeiro nível da torre logo abaixo do teto, onde estava o diretor, encontravam-se em ambos os lados dois jogadores de cada time, e um deles era o próprio Tomás Miller. O diretor explicou que eles recebiam o nome de tombadores, pois eram os únicos que podiam fazer o tombo da bola, ou seja, o gol.

No segundo nível, estavam os jogadores que Folco Lore explicou serem os meia-torres, os responsáveis por manterem a bola sempre quicando para cima, sempre chegando ao primeiro nível de onde poderiam ser chutadas para baixo pelos tombadores.

No terceiro, ficavam os zagueiros que o diretor disse terem a função mais difícil de todas, pois eles ficavam muito próximos ao chão e nem sequer podiam tombar a bola. E por fim, Folco Lore mencionou os goleiros que ficavam no nível do campo e tinham que proteger uma área de 30 metros quadrados cada um. Todos flutuavam graças às suas chuteiras troposféricas e batiam suas asas esporadicamente para se locomoverem.

— Agora que estão todos posicionados, o nosso convidado, Lucas, irá realizar a queda livre da poncã. — o diretor disse para todos ao ver Ícaro chegar ao teto carregando o menino.

— É Lucca, senhor. — Luquinha corrigiu o diretor bem próximo ao megafone, deixando suspenso no ar um clima estranho. — Meu nome é Lucca! — ecoou pelo campo todo.

Os alunos e professores nas arquibancadas se entreolhavam tentando entender por que o diretor estava repassando as regras do jogo como se eles não soubessem. Ícaro se retirou logo dali voando de volta para o seu grupo de visitantes na arquibancada.

— Que comece a partida! — Folco Lore apitou esperando que Luquinha soltasse a bola para baixo. — S-solte a poncã... a bola, garoto. Mantenha-a rente à linha de meio de campo.

Luquinha obedeceu à ordem olhando para baixo e vendo a tal linha que lhe serviria de referência. Ele esticou os braços para fora da torre e soltou a bola alaranjada com auréola. A princípio ela começou a descer rente à linha de meio de campo, mas logo desviou para o lado direito.

— A poncã acaba de ser lançada pelo nosso visitante panqueca Lucca e desviou-se para o lado dos Asas Negras. — Folco Lore disse olhando para baixo. — Eles começam a partida.

A poncã passou pelo primeiro nível dos Asas Negras bem rente à torre, e nenhum dos dois tombadores tentou pegá-la. Luquinha achou estranha a inércia de Tomás Miller, mas logo se empolgou quando um dos meia-torres do segundo nível dos Asas Negras tocou para o outro meia-torre que por sua vez chutou a bola para Tomás Miller no primeiro nível.

Miller deu um pontapé na poncã com sua chuteira rosa reluzente. A torcida ficou eufórica ao ver a bola laranja girando em torno de sua auréola dourada e indo para o outro lado da torre onde estavam os jogadores dos Asas Cinza. A poncã passou pelo segundo e terceiro nível deles sem que eles conseguissem relar nela. Mas, para desespero da torcida dos Asas Negras, a poncã se chocou com as luvas de couro da goleira dos Asas Cinza que havia se jogado para impedir o tombo.

— Bela defesa, Arieeeeeeeeeeeel. — soltou o diretor narrando o jogo com empolgação.

Ariel Santana manteve a poncã nas mãos acima da coxa com a perna dobrada no ar. Assim que ouviu o apito de um dos três juízes, a goleira começou a bater balãozinho com a bola. Um, dois, três e acertou a bola em cheio lançando-a para o primeiro nível da torre no lado dos Asas Cinza.

Um dos tombadores do time conseguiu aparar a poncã e a tocou para o outro tombador que não teve muito tempo para pensar e já a chutou para baixo rumo ao gol dos Asas Negras. No entanto, a poncã foi interceptada por um dos zagueiros de laranja que quicou a bola para o nível superior ao dele. Lá, um meia-torre direcionou a bola para Tomás Miller, mas ele não conseguiu chutar a bola para baixo e então tocou para o seu parceiro tombador.

Um apito cortou o campo. "Excedente" gritou o juiz que estava no primeiro nível.

— O que aconteceu, diretor? — Luquinha cochichou para Folco Lore longe do megafone dessa vez.

— OS ASAS NEGRAS EXCEDERAM O NÚMERO MÁXIMO DE TOQUES NA PONCÃ POR POSSE DE BOLA. PODEM SER APENAS TRÊS, O QUARTO É CHAMADO DE EXCEDENTE. — explicou o diretor no megafone por descuido, deixando Luquinha meio surdo por um tempo.

Mesmo assim, o garoto loiro parecia estar achando o jogo cada vez mais interessante, sobretudo por estar em um lugar privilegiado para assistir a toda a partida.

Novamente a goleira dos Asas Cinza lançou com os pés a poncã para os tombadores do seu primeiro nível. O tombador mais próximo à torre receptou a bola e a lançou para cima. A poncã ultrapassou em cinco metros a altura do teto da torre e voltou a cair feito um meteoro na direção da outra tombadora dos Asas Cinza.

A garota não tirava os olhos da poncã que se aproximava cada vez mais dela. Um silêncio ensurdecedor se fez nas arquibancadas até que o diretor soltou:

Joaninhas Barbadas. Será que Felipa Vitório vai conseguir dar um calcanhar de Aquiles na poncã? Tal jogada pode ser um trunfo e ao mesmo tempo, devido a sua complexidade, pode botar tudo a perder.

A tombadora deixou a poncã descer rente ao seu rosto e girou no ar em 360 graus acertando a bola em cheio com o calcanhar de sua chuteira troposférica. A poncã desceu rumo ao lado dos Asas Negras e foi bloqueada pelo zagueiro que apenas conseguiu diminuir a força da poncã, na esperança de que o goleiro de seu time conseguisse pegá-la. No entanto, ele não conseguiu.

— TOMBOOOOOO. FELIPA VITÓRIO ACABA DE TOMBAR A PONCÃ PARA OS ASAS CINZA! — gritou o diretor.

Tomás Miller bufou de raiva. A torcida gritava o nome do time de verde que se reuniu em um abraço coletivo no segundo nível paralelo à torre. 1X0 para os Asas Cinza.

O clima da partida foi ficando tenso. O jogo foi se estendendo entre poncãs quicadas para cima, alguns excedentes e algumas poncãs fora. Tomás Miller queria a todo custo tombar a poncã, mas estava tendo dificuldades. A goleira dos Asas Cinza, Ariel Santana, estava se destacando.

A partida recomeçou com o goleiro dos Asas Negras lançando a poncã para o alto. Ela sequer chegou no primeiro nível, mas foi quicada para os tombadores do time pelos meia-torres no segundo nível. Havia um último toque antes do excedente, e Tomás Miller resolveu fazer o que ninguém esperava.

O tombador dos Asas Negras recebeu a poncã e a manteve parada na ponta de sua chuteira. Em seguida, ele se aproximou o máximo que conseguiu da torre e chutou a poncã com toda a sua força para cima. Ela subiu acima do teto da torre indo mais longe do que havia ido com o chute de Felipa Vitório.

— Será que Tomás Miller também vai tentar tombar a poncã com um Calcanhar de Aquiles assim como fez Felipa Vitório? — soltou Luquinha para o diretor sinalizando que ele podia responder à pergunta sem usar o megafone.

— Não dá. A poncã está caindo muito rente à torre. Tomás Miller não terá espaço para girar os 360 graus para tombá-la. — disse o diretor vendo a bola descer. — E mesmo que ele o faça, será excedente!

Quando a poncã passou pelo primeiro nível, a torcida murchou-se, pois já haviam tomado o lance como perdido, afinal de contas nenhum tombador conseguiria chutá-la. Os meia-torres dos Asas Negras também só observaram a poncã descer e nem a tocaram. E o mesmo fizeram os zagueiros. Restava apenas o goleiro dos Asas Negras segurar a bola, o que seria possível. Os Asas Cinza já nem estavam preocupados, pois a poncã estava no lado do time adversário. No entanto, o inesperado ocorreu.

— NÃO TOQUE NA PONCÃ! — Tomás Miller gritou lá de cima para o seu goleiro.

— VOCÊ ESTÁ MALUCO, MILLER? VAI SER TOMBO-CONTRA ASSIM! — o goleiro retrucou indo atrás da bola.

— FAÇA O QUE EU MANDO! EU SOU O CAPITÃO DESTE TIME. — Tomás Miller gritou seu pulmão para fora literalmente.

O goleiro dos Asas Negras acatou então a ordem e viu a poncã passar por ele indo em direção ao chão ao som de uma torcida que não estava acreditando no que estava acontecendo. Tomás Miller estava cometendo um tombo-contra para o time adversário.

A torcida dos Asas Cinza já comemorava os 2x0 quando a poncã nos últimos centímetros antes de alcançar o chão do lado dos Asas Negras cruzou a linha de meio campo e se desviou para o lado dos Asas Cinza deixando todos surpresos. 1x1. Empate!

A torcida dos Asas Cinza já comemorava os 2x0 de meio campo e se desviou para o lado dos Asas Cinza deixando todos surpresos. 1x1. Empate!

JOANINHAS BARBADAS, BIGODUDAS E PELUDAS! — soltou o diretor no megafone. — TOMÁS MILLER ACABA DE REALIZAR UM FEITO QUE NÃO SE VIA HÁ MUITO TEMPO NA HISTÓRIA DA ACADEMIA LEGENDÁRIA DE ANJOS TUTELARES DO SUDESTE. ELE LITERALMENTE REALIZOU UMA QUEDA LIVRE! QUE ESPETACULAR, MEUS CAROS.

O jogo se estendeu por mais quinze minutos. O apito de um dos juízes indicou que era a hora do intervalo. Para espanto de Luquinha, Folco Lore guardou o megafone em sua farta barba de onde retirou um lanchinho.

— Servido? — o diretor ofereceu.

— Não, obrigado. — o sorriso amarelo de Luquinha entregou seu nojo.

Vinte minutos depois, o jogo recomeçou durando mais meia hora. Após aquela partida animada de queda-livre, Ícaro e seu grupo voltaram para os corredores do prédio principal da escola. Ele precisava seguir a programação feita para os visitantes à risca, pois no fim do dia teria que entregar um relatório para o diretor.

Ao bater na porta grande de madeira com a argola de uma aldrava em formato de coruja, o monitor respirou fundo torcendo para que a aula que os visitantes deveriam ver naquele momento não tivesse sido cancelada também. Como não houve nenhuma resposta, Ícaro apertou seus olhos puxados encarando as crianças atrás dele e depois girou a maçaneta devagar.

Antes mesmo que ele continuasse, a porta terminou de se abrir sozinha. As luzes estavam acessas, mas não havia ninguém ali. E no lugar de carteiras e cadeiras havia dezenas de tapetes retangulares. Pareciam mais capachos de porta enfileirados pela sala.

— E-entrem, crianças. — Ícaro indicou para os visitantes olhando para o seu relógio de pulso. — Vamos esperá-los aqui. Logo o Mestre Foberto Ícelos chega com os alunos. Estamos alguns minutinhos adiantados.

As crianças foram se posicionando no fundo daquela sala de aula, que lembrava muito um salão sombrio. Luquinha foi o último a entrar após as pândegas e C.C. O garoto loiro havia se distraído observando os corredores da escola com muita admiração. Eles eram repletos de vitrais que pareciam se mexer conforme a luz do sol batia neles. Antes mesmo que ele encostasse a porta, ela se fechou com um supetão. PAF.

Todos se assustaram, e as luzes se apagaram deixando a sala meio escura. Algumas meninas deram um gritinho assustadas. Ao se aproximarem dos capachos espalhados pela sala, os visitantes puderam ver que eles eram de cores diferentes e que havia dois pares de cada cor. Um total de quarenta e oito.

— Na verdade, esses capachos são tapetes geográficos. — explicou Ícaro para as crianças. — Os alunos do terceiro anelário os usam para ...

De repente uma sombra alta saiu do capacho que estava em frente à lousa. A sombra dava gargalhadas e se mexia freneticamente. Seu formato era de alguém que usava uma capa com capuz. Os visitantes deram um passo para trás. E logo viram outras sombras saindo do mesmo capacho. Começou a se formar uma aglomeração de sombras menores em volta da sombra maior. E com mais um passo para trás, os visitantes se esconderam todas atrás de Ícaro. Ainda mais quando ouviram mais risadas propagando-se pela sala.

— Vocês viram a cara das crianças daquele orfanato quando todos os guarda-roupas do quarto começaram a fazer o mesmo barulho? — proferiu uma voz que vinha da sombra em frente à lousa. — Tocar We will rock you com esses tambores foi a melhor ideia que poderíamos ter tido para assustar aqueles panquecas.

Quando a sombra maior parou de falar, ela percebeu que as menores a olhavam intercalando os olhares para ela e para os visitantes que estavam ali assustados. As crianças continuavam escondidas atrás de Ícaro, meio que apertando as pândegas e C.C na parede.

— Ah, aí estão vocês! — disse a sombra mais alta tirando a capa preta que cobria todo o seu corpo e jogando-a para o lado. O forte brilho de sua auréola iluminou parte daquela sala. Tratava-se de um senhor pálido de cabelos castanhos, bigode em estilo francês, óculos escuros e que vestia um terno preto com uma gravata listrada na mesma cor.

— Sejam bem-vindos à aula de transfiguração de sombras, Sombração II. Eu sou o Mestre Foberto Ícelos e esses aqui são os meus alunos da turma do terceiro anelário. — ele disse indicando os alunos com a mão esquerda que tinha um pequeno curativo.

As sombras menores foram tirando suas capas e gorros pretos e revelando seus rostos de garotos de treze anos. Os tambores foram sendo postos em um canto da sala.

— Impressão minha, ou chegaram cedo, Ícaro? — indagou Foberto Ícelos.

— Chegamos sim, Mestre. A aula do seu irmão, o Mestre Morfeu Elísio, foi cancelada. Tivemos que matar o tempo vendo a partida de queda-livre. Fiquei com medo de atrasarmos e nem esperamos pela comemoração terminar.

— Jura? Que ordem ganhou?

— Os Asas Negras do quarto anelário! 3x1 contra os Asas Cinza do terceiro anelário. — Sexta-feira, então, teremos uma grande final! Os Asas Negras do quarto anelário vão enfrentar os Asas Negras do quinto anelário, os campeões do ano passado! — soltou o professor empolgado.

De repente, alguém abriu a porta e acendeu as luzes. CLICK. Uma cegueira momentânea atingiu a todos.

— Esssssssstá tudo bem aqui, ssssssenhoressss? Ouvi alguns berrosssss! — soltou a voz sibilante.

— Está sim, inspetora Cassandra. — enfatizou Foberto Ícelos indo na direção da porta, meio que enxotando a figura que vivia à espreita.

Assim que ela saiu, o professor de Sombração II virou-se para todos.

— Estão prontos para a nossa aula? — por um instante ele fitou Luquinha por debaixo dos óculos.

O menino loiro estava próximo demais.

E aí o que está achando? Ainha há muito por vir. Continue acompanhando a história de "Os Fabulosos" e não se esqueça de dar estrelas, comentar e seguir a gente. Tudo isso ajuda a divulgar o nosso trabalho.

Beijos

Luiz Horácio

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