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Capítulo VIII: Sozinha?

Segurei meu vestido enquanto nós andávamos apressados até a parte interna do castelo.

Corríamos desvairados pelos corredores em direção à sala das refeições. A euforia era tanta que nem percebemos Giórgio em nosso caminho, o que rendeu uma bela batida entre nós. O homem foi ao chão.

— Perdoe-nos — disse Antero enquanto segurávamos a mão de Giórgio, ajudando-o a levantar-se do solo.

— Presumo que toda essa presteza seja por causa da carruagem parada do lado de fora — comentou, batendo as mãos contra as calças para limpá-las da poeira.


— Justamente — respondi.

— Pois então, estão no caminho errado. A visita que tanto anseiam está no salão de festas — replicou com a feição contorcida, descontente pela sujeira do chão que ainda residia em suas vestimentas.

— Tu juras? — falei com esmorecimento devido à distância enorme que existia entre essas duas partes do lugar.

— Por que mentiria, princesa? — Giórgio indagou retoricamente.

— Vamos, Agnessa. Sem preguiça nesses pés — disse Antero e depois me puxou pela mão, sem nem ao menos agradecer ao homem pela informação.

Deixamos aquele local e partimos em direção ao salão de festas. Dessa vez com um pouco menos de pressa, já que todo meu estoque de força se esvaíra naquela corrida.

— Então, minha irmã, me perdoe por ter atrapalhado... você sabe — comentou inclinando-se e observando ao redor, para certificar-se que ninguém espreitava nossa caminhada.

— Antero! — retruquei aflita. — Ícaro é só um amigo — disse, olhando para frente sem parar de andar.

— Então o que estavam fazendo atrás daquela árvore? E aquele abraço, hein? Eu não estou louco, Agnessa.

— Quer saber da verdade? — Parei de andar e cruzei os braços. — Nós quase nos beijamos. Foi isso. — Voltei a caminhar.

Meu irmão ficou parado por alguns segundos com a feição paralisada e em seguida correu até me alcançar novamente, parecia uma criança curiosa.

— Mas, e então? Como foi? — Sacudia meus braços para frente e para trás esperando uma resposta.

— Não foi! Tu apareceste e nós nos desvencilhamos antes que eu pudesse beijá-lo, estás satisfeito?

— Desculpe-me, eu não...

— Espere! — Segurei em seu braço, assustada com algo que acabara de ver, ou pelo menos eu pensei ter visto.

— O que foi? — perguntou-me, intercalando os olhares entre mim e o fim do corredor.

— Viste aquilo? — inquiri.

— O quê?

— Parecia um homem de preto com um cajado na mão. Passou agora para a parte leste. Não viste?

— Que homem, Agnessa? Seria impossível alguém passar por aqui sem que eu visse. Ainda mais um homem com um cajado na mão — zombou.

— Teu mal é esse! Não acreditaste nunca no que eu digo — murmurei ainda com as mãos apertando seu braço.

— Ag, eu acredito, só acho que pode ter se confundido.

— Com o quê? Quem tu achas que anda com tal vestimenta por aqui? O pai não permite cavaleiros das sombras em Erysimun.

Cavaleiros das sombras eram pessoas repletas de magia proibida e sombria. Eram homens que, ao nascer, foram ofertados a algum demônio e por isso tinham uma aparência obscura. Eles rondavam o reino, mas eram proibidos de adentrar suas dependências e até mesmo o povoado de Erysimun. Era praticamente impossível haver um dentro do castelo, caminhando tranquilamente como vi. Alguns reinos utilizavam dos poderes malignos dos cavaleiros para guerras e também para conseguir regalias, no entanto meu pai, o Rei Demétrio, não gostava nada da ideia. Segundo ele, aquelas pessoas eram o caminho para a desgraça por onde passavam, tendo em vista que o preço pago para que usassem seus poderes era alto. Por vezes até sacrifícios humanos.

— Quer saber, Antero? Melhor que esqueças isso. Devo estar ainda mal por conta do acontecido — disse.

Eu não acreditava em minhas próprias palavras, mas se não falasse aquilo, os boatos de que estava doente da cabeça iriam rondar por toda a região, e o prestígio de meu pai em me nomear rainha iria afundar como pés na lama.

Chegamos ao salão de festas e avistamos meu pai, minha mãe e meu avô, bem onde ficava a grande mesa, lugar em que deixavam os quitutes dos grandes bailes.

— Vovô!!! — Corri até alcançá-lo e o abracei fortemente.

— Minha querida, como está crescida! — Fazia anos que não nos víamos.

—  Deixe-me cumprimentar o vovô, Agnessa. — Antero aproximou-se com calma e se encaixou em nosso afago.

— Meu filho, que rapaz bonito! Perdi muito tempo da vida de vocês — completou.

Desvencilhamo-nos e eu olhei para os lados, ainda com uma das mãos segurando a de meu avô.

— Cadê a vovó? — questionei.

— Ela não estava se sentindo muito bem. Achamos melhor que ela ficasse em Magnus Montis. Mas um de nós teria de vir à sua coroação, não é mesmo? — Sorriu.

Eu tentei também esboçar um sorriso forçado, mas era difícil. Pelo menos tinha a alegria de ter Aurio ali, conosco.

— Claro, vovô.

— Querida, eu e sua mãe temos que lhe dizer uma coisa, esperamos que entendas. — Meu pai começou.

Assenti sacolejando a cabeça.

— Então, meu amor. Nós iremos para Magnus Montis com seu avô quando ele for embora. Assim que for coroada como Rainha de Erysimun.

— Co-como assim? — Já estava nervosa.

— Querida, veja bem. Sua avó está mal. Pense, se fosse com Auriviana, tu também querê-lo-ias vê-la — meu avô respondeu.

— Mas serão meus primeiros dias de governo. Eu não sei o que fazer sozinha — argumentei desesperada. — Eu entendo, mamãe, que queiras ver a vovó, mas pense em mim por um instante. Como ficarei aqui sem vós? Eu pensei que pelo menos teria vosso apoio. — Despejava as palavras quase em pranto.

— Acalme-se, minha filha — disse meu pai, tentando me acalentar.

Antero parecia incomodado, mas não dizia uma só palavra. As paredes se tornaram mais frias naquele instante, sentia como se o chão fosse ceder, e eu fosse ser engolida pela grande fenda. Já era pesado demais toda aquela responsabilidade, sozinha ainda mais. Tinha medo, além de tudo ainda havia a certeza que algo obscuro rondava o nosso castelo. Quiçá já estava lá dentro e ninguém percebia, apenas eu era capaz de sentir tal força maligna.

— Eu não posso, papai. Não aguento mais tanta pressão. — Minha voz falhava.

— Já está decidido, não adianta lamentar. — Minha mãe então se impôs.

O silêncio se instalou por alguns segundos, era constrangedor.

Respirei fundo e me recompus.

— Bom, de qualquer maneira — Sequei uma lágrima solitária que escapou sobre minhas bochechas —, vim ver o vovô e perguntar se eu e Antero podemos ir até o povoado mais tarde.

Meu irmão me encarou estupefato. Era para eu mentir e não falar para onde iria. Na verdade, nem era para eu ir junto.

— Já disse que estão proibidos de sair depois de o Sol se pôr. Já não basta o que aconteceu contigo, Agnessa? — Demétrio respondeu.

— O que aconteceu com ela? — Aurio, meu avô, indagou confuso.

— Nada — repliquei. — E quanto a sairmos, eu serei a nova rainha, não é mesmo? Preciso dialogar com o meu povo. E sabes muito bem que durante o dia todos estão em trabalho.

— Sim, mas... — Minha mãe ameaçou começar, porém eu a interrompi.

— Mamãe, Antero e eu já sabemos onde devemos nos meter ou não. Além do mais, o povoado é repleto de pessoas, não é perigoso como a floresta.

— Exatamente, e eu posso proteger a Ag — meu irmão completou.

— Tudo bem. Vão! — Nosso pai cedeu. — Mas não sozinhos, levem um dos guardas, ou aquele rapaz dos cavalos.

Meu coração palpitou.

— Como queira. — Antero sorriu.

— Alteza! — Giórgio apareceu, como sempre espalhafatoso, porém, bem alinhado. — O almoço está servido.

— Vamos? — Meu avô, que antes apenas observava a cena tentando entender o que se passava, chamou.

— Podem ir, preciso conversar a sós com meu irmão — falei.

— Não demorem. — Demétrio segurou a mão de Auriviana e os três saíram do local acompanhados de Giórgio.

— Que ideia foi essa? — Meu irmão indagou em sussurros.

— Calado! Não queres encontrar Venília? Pois bem, vais vê-la. E deixe que me viro com o resto.

— Mas sobre o que queres falar comigo? — questionou.

— Antero eu... Eu preciso que interrogue o feiticeiro o quanto antes para mandá-lo embora daqui.

— Por quê?

— Não queira saber. Apenas o faça. Estou lhe pedindo.

— Tudo bem, irei conversar com Levi e Lorenzo. Agora vamos, antes que mamãe tenha mais um de seus ataques. — Estendeu o braço e eu o segurei. Deixamos o salão em direção à sala das refeições.

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